Don't call me number two escrita por Sasazaki Akemi


Capítulo 14
Encontro


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem



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Narrativa: Akashi 

Retornei a minha casa que muitos diriam ser uma mansão, recebendo apenas minha negação, pois é apenas uma casa razoavelmente maior que a de muitos por eu pertencer a uma família de classe média alta. Estendo minha bolsa a um de meus empregados, indo diretamente ao meu quarto, afrouxando minha gravata, sento em minha cama de casal. 

—Cinema...? – Pergunto-me inconformado por ter notado que eu convidei-a para ir ao cinema sem mesmo saber que filme estaria passando. Droga... Este eu, estar em um encontro com aquela garota? Dá-me até desgosto de pensar em algo como este, não permitindo-me apaixonar por alguém como ela. 

O dia amanheceu normalmente e admitirei que não consegui adormecer na noite passada ou mesmo aquietar-me até o horário de eu ir busca-la. Próximo ao horário marcado, troco-me de roupa, demorando um pouco para escolher como vestir-me por não fazer a mínima ideia o que a garota estaria vestida: visto-me com uma camisa vermelha de mangas longas, uma calça social escura e um sapato escuro que costumo usar. 

Não sentindo-me confortável por eu estar próximo de busca-la, sem contar ao meu pai que brigaria comigo ao descobrir que eu estava indo em um encontro com alguém de meu colégio, faltando apenas alguns minutos para às 19h, toco a campainha de seu apartamento que rapidamente teve a porta aberta. Ao vê-la, sinto meu rosto arder, não querendo aceitar que ela estava realmente linda vestida de um modo nada simples comparado a o que eu havia imaginado: vestindo com um shorts jeans não muito curto, uma camisa azul clara de mangas curtas que marcavam sua cintura com um fino cinto escuro e para quebrar um pouco da delicadeza, um tênis de cano médio azul com detalhes em rosa e uma bolsa pequena de alça. 

—E.Estou tão ruim assim...? – Ela perguntava-me corada, reparando que eu a olhava de baixo para cima. 

—Não... – Respondi revirando meu olhar para outro lugar, como ela fazia o mesmo e fomos em minha limousine em direção ao shopping pouco longe dali. Ela mantivera-se em um lado do automóvel e eu do outro como o das outras vezes, que mesmo em nosso destino, andávamos um longe do outro sem trocar nenhuma palavra – Bem, que filme gostaria de assistir? – Pergunto-a, recebendo apenas os olhares surpresos da garota ao meu lado que via todos os cartazes das paredes. 

—A.Achei que você já tivesse escolhido... – Ela estava bastante nervosa e envergonhada ao meu lado, aquilo era bastante notável por sua voz trêmulas e algumas gaguejadas, além de ficar mexendo toda hora em seu cabelo. 

—Não, pensei que você gostaria escolher – Respondo, fazendo-a apontar ao cartaz de um filme que surpreendera-me: Caso Encerrado, um filme policial que pelo cartaz, dava para concluir-se que era sobre um serial killer na cidade fictícia. 

—O.O que? Quer assistir outro...? – Ela interrompia sua própria fala, indecisa com sua escolha, vendo que eu não esperava que ela apontasse a aquele filme. 

—Não, vamos assistir este – Digo, fazendo-a soltar um sorriso aliviada, vendo que ela queria realmente assistir àquele filme. Comprei nossos ingressos, achando que ela brigaria comigo por eu ter pagado a ela, mas não recebi nenhuma palavra agressiva direcionada a mim – Falta mais de meia hora para o horário do filme, o que quer fazer? 

—Não sei... – Aos poucos ela sentia-se confortável ao meu lado, parando de mexer em primeiro lugar em seus cabelos e logo, parando de gaguejar durante suas falas. Indecisa, convido-a para caminharmos pelos corredores do local sem destino algum, parando em algumas vitrines, mas nada chamava a atenção da garota ao meu lado; até chegar em uma loja de instrumentos musicais, que a fez ficar encantada com os violinos expostos. 

—Você gosta de violinos? – Pergunto pouco curioso, sabendo que aquelas eram as mais baratas e as piores para serem tocadas, sendo que seria utilizada por aqueles que ainda estariam aprendendo a manusear o instrumento. 

—Está chegando o aniversário dele... – Ela murmura a si mesma, ignorando-me e adentra a loja, logo perguntando se havia o violino de uma determinada marca que eu teria de admitir que era uma das melhores. Ela começara a perguntar tudo sobre os violinos ao atendendo que surpreendia-se com as informações que ela havia sobre o instrumento, mas que com o encerramento da conversa de ambos, ela retira-se do local sem levar nada. 

—Não achou nada que lhe agradou? – Pergunto por ter conversado demais com o atendente que não conseguia acompanhar o raciocínio da garota. 

—Não – Fora apenas sua resposta simples e direta que recebo, logo, aviso-a que estava próximo ao horário do filme, fazendo-a ficar um pouco mais agitada, querendo rapidamente voltar ao cinema. Subimos as escadas rolantes e ao chegarmos no local, pergunto-a se gostaria de pipoca, refrigerante ou alguma outra coisa, recebendo apenas um "Não, obrigada" da mesma que apenas dirigiu-se a sala do filme. 

Aconchegamos nas poltronas em uma das fileiras do meio, tendo ela sentando-se bem no centro da sala, aguardando o filme começar. E quando começou, ela não chegava a piscar como o costume de tão concentrada no filme que em minha visão, estava bastante clichê, surpreendendo-me apenas no final. Nos momentos em que havia a necessidade de pensarmos, as partes essenciais para todo o trama, via que ela murmurava a si mesma, acompanhando o pensamento de cada personagem, entre as palavras que não davam para entender, soltava sorrisos animados. 

—O filme estava ótimo! – Ela espreguiçava-se na poltrona, enquanto as luzes acendiam-se. Levantando-se para retirar-se, esbarra em uma garota que apresentava ter nossa idade ou mais velha, tendo ambas pedindo desculpas e logo, cada uma segue para um lado – Estou com fome. 

—Então vamos na praça de alimentação – Digo, sendo seguida pela garota que diferente de quando nos encontramos em seu apartamento, já conseguia agir normalmente sem ter muita vergonha. Resolvendo comer apenas um lanche e tomar um refrigerante, sentamos em uma das mesas, tendo ela sentada a minha frente; não trocamos nenhuma palavra, apenas trocávamos alguns olhares. 

—Nossa, desculpe! – O silêncio entre nós fora quebrado quando a mesma garota que Hikari havia esbarrado no cinema havia esbarrado em nossa mesa, fazendo o refrigerante derramar nas pernas da garota sentada a minha frente. A garota que esbarrara-se havia cabelos longos e esbranquiçados, pele bastante pálida, fazendo destacar seus olhos grandes e vermelhos, vestindo-se com uma camisa lilás de mangas curtas e uma calça jeans clara. 

—Está tudo bem, fora apenas um acidente – Surpreendo-me com a resposta de Hikari, que eu imaginava sendo grossa com a albina, mas que apenas soltou um sorriso simples nos lábios e levantou-se de seu assento – Akashi, irei me limpar – Sem dizer mais nada, com suas pernas meladas direciona-se ao banheiro ali próximo, enquanto a garota que causara todo transtorno, empurra-me gentilmente para o lado e senta-se: 

—Prazer, Mei – Ela apresenta-se com um sorriso suave nos lábios.  

—Akashi – Apresento-me a ela, fitando-a com olhares frios e sérios como de costume, recebendo apenas uma risada suave da garota ao meu lado. 

—Sabe, você é muito lindo – Ela abraça-me pelo braço – Você lembra muito meu ex-namorado – Ela comenta, enquanto dou-lhe de ombros, não importando-me – Aquela não é sua namorada, é? – Ela pergunta curiosa. Sabendo que ela não aceitaria um "Não" como resposta e que continuaria a jogar-se em cima de mim, apenas respondo para deixar-me em paz: 

—Sim, ela é minha namorada – Ao dizer estas palavras, não esperava que Hikari chegasse momentos depois, fazendo-me torcer para que ela não tivesse escutado estas minhas palavras. 

—Que pena... – Mei murmura fazendo bico, soltando-me e retirando-se da mesa – Nos veremos novamente – Mandando um beijo e uma piscada de olho a mim, sinto que Hikari não havia gostado nada dos atos da garota que fitava-a ir embora com olhares congelantes e irritados que dava-me arrepios. 

—Quero ir embora – Foram as únicas palavras ditas por ela, que fitava-me com os mesmos olhares. 

—Claro... – Digo levantando-me da mesa, arrumando-a para jogar os papéis no lixo. Saindo do shopping, o relógio marcava 23h, já havia passado horário planejado e ligava ao meu motorista que não demorara para chegar. Adentramos no carro e como sempre, mantivemos um em cada canto sem trocar palavras; ela apenas olhava para a paisagem da cidade iluminada pelas luzes das casas, ela não apresentava mais os olhares aterrorizadores de momentos antes, ela parecia demonstrar um pouco de tristeza em seus olhares de tristeza – Não gostou da noite? 

—Ah...? – Recebendo sua atenção, tirando-a de seus devaneios, ela fita-me surpresa com a pergunta. Solta um sorriso suave nos lábios e agradece-me – Obrigada por esta noite, eu adorei. 

—Eu que lhe agradeço – Digo por educação, deixando que meu orgulho de não abaixar a cabeça a ela dizer mais alto, não querendo que ela soubesse que eu havia adorado passar meu tempo ao seu lado e que prestei atenção em cada passo que ela dava. Chegando ao apartamento da garota, ela retira-se do carro, onde eu dirijo-me no acento onde ela permanecia e abro o vidro do automóvel por ela ter batido nela – O que houve? 

—Da próxima vez, não chame-me para a primeira coisa que viera em sua mente – Ela diz irônica, roubando-me um sorriso de canto – Até a aula, Senhor Mentiroso. 

—C.Como...?! – Gaguejo sem querer, fitando-a surpresa que soltava uma pequena risada, fazendo-me corar. Como ela sabia que ir ao cinema fora a primeira coisa que eu pensara no momento? E chamar-me de mentiroso? Por favor, já está passando dos limites... 

—Você nem sabia os filmes que estavam passando, não é? – Ela pergunta mantendo o sorriso – Tentei escolher o filme que mais lhe agradaria – Aquelas palavras fizeram-me compreender que o alívio que ela havia sentido naquele momento fora... – E eu acertei...? – Suas palavras já não estavam confiantes, demonstrando incerteza sobre a escolha que havia feito. 

—Sim, eu adorei – Respondo para conforta-la, não deixando que um sorriso surgisse em meus lábios. Ela ficou animada com minha resposta e soltou um sorriso alegre que eu nunca havia visto. 

—Que bom! – Ela diz toda alegre, segurando-se para dar saltinhos de alegria. 

—Já está tarde, vá para casa – Digo autoritário, recebendo a confirmação da garota que antes mesmo que eu pudesse fechar a janela, diz: 

—Da próxima vez, chame-me para ir em algum concerto de música como o Kotarou – Ao dizer estas palavras, ela corre em direção as escadas, enquanto eu permaneci um pouco paralisado com elas. Perguntando-me quando que ambos haviam combinado este encontro, retorno a minha casa que sou rapidamente surpreendido pelas visitas em minha sala de estar junto ao meu pai. 

—Seja bem-vindo de volta meu filho – Meu pai cumprimentava-me, recebendo minha reverência e logo aos visitantes. Meu pai costumava trazer seus colegas de trabalho ou empresários de outras empresas para conversas de negócios, mas a visita desta vez intrigava-me muito. 

—Prazer em conhecê-lo, sou Suzuki Takeshi – O homem apresentava-se com uma reverência, tendo a mesma aparência da garota ao seu lado que aparentava ser sua filha – E esta é minha filha, Suzuki Mei. 

—É bom revê-lo, Akashi – Ela cumprimenta-me com um sorriso vitorioso nos lábios. 

—Parece que já conhecem-se – O pai da garota dizia ao ver a intimidade que a garota demonstrava em cumprimentar-me, recebendo apenas meus olhares frios como de costume. 

—Já sim, esbarramos no shopping – Aquelas palavras já haviam sido o suficiente para meu pai levantar-se de seu conforto para receber explicações de minha parte, direcionando-me seu olhar frio e irritado sobre mim, os únicos em que rendia-me e abaixava a cabeça. Enquanto eu direcionava olhares furiosos a garota que havia dito aquelas palavras, que mantinha-se com um sorriso malicioso nos lábios. 

—Você sabe que não permito que saia sem minha permissão – Meu pai diz com um tom de voz agressivo e autoritário, recebendo apenas meu pedido de desculpas por desobedecê-lo – Espero que isto não se repita. 

—Sim, espero que não volte a encontrá-la – Aquelas palavras ditas por Mei foram minha sentença de morte, sinto os olhares furiosos de meu pai que em rápido ato, não deixou-me explicar.


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Notas finais do capítulo

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