O Bebê e Eu escrita por Sakyra


Capítulo 3
Capitulo 3


Notas iniciais do capítulo

Olá meu xuxucos, como vão vocês?
(Leiam as notas finais, tem presentinho)



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Castiel estava enrolado até as orelhas com o edredom, estava esperando acordar com choro de bebê, já que esta estava sendo sua rotina desde quando se descobriu ser pai há uma semana, mas em vez do choro estridente de toda manhã, ele acordou com risos, risos infantis que ecoavam pela casa. Ele sorriu de lado, talvez não quisesse admitir, mas estava se apegando cada vez mais a pequena Lina.

Durante esses últimos dias, tudo foi um processo de adaptação para Castiel, processo esse que ainda estava em andamento. Graças a Lizzy ele estava progredindo consideravelmente na árdua tarefa de ser pai, outra coisa que ele não gostaria de admitir – Castiel não gosta de admitir coisas – mas Lizzy estava sendo um verdadeiro anjo, provavelmente se não fosse ela já teria abandonado a menina em um orfanato qualquer e esquecido o acontecimento, já que qualquer coisa era melhor que ficar em custodia com um louco rebelde.

Ele estava na cozinha tentando comer seu cereal enquanto dava mamadeira para Lizzy, ela insistia em querer o desjejum do pai, quando a campainha tocou. Desajeitado ele levantou e foi atender.

Era Lizzy.

—Bom d...

—Anda logo, vamos!

—Para? – Perguntou confuso, afinal era domingo.

—Para a Clinica.

—...

—Nos vamos fazer o DNA!

—O que? Por quê?

—Ué, não era você que estava louco para saber se a bebê é realmente sua filha? Então, fiz o favor de marcar.

—Porque está sendo tão gentil comigo? – Perguntou com um sorriso provocativo.

Imediatamente e sem explicação aparente Lizzy ficou vermelha igual um pimentão.

—O que você está dizendo? Só estou fazendo isso porque a escola está pegando no pé do Nathaniel por não ter uma explicação do porque você esta tão ausente, já que ele é o representante. E eu só quero resolver essa situação!

—Ah, isso tudo por causa do Nathaniel... – Para Lizzy ele pareceu um pouco desapontado, mas ela sabia que era apenas encenação para irrita-la ainda mais, pelo menos era o que achava.

—Deixa de conversa e vamos logo.

Meia hora depois, os três estavam em uma sala de espera totalmente branca e esterilizada. Castiel esfregava uma mão na outra, parecia nervoso.

—Uh, então quer dizer que o rebelde tem medo de agulha?

Ele olhou com raiva para ela. E o mais estranho, não disse uma palavra.

Lizzy logo percebeu que algo estava acontecendo, não era de seu feitio não responder a uma provocação.

No momento em que ela iria perguntar o que havia, a atendente entrou no local os chamando.

—*-

—Então, você vai me dizer o que tá rolando?

Eles já estavam de volta ao apartamento de Castiel, Lina dormia tranquila no quarto, e Castiel estava deitado, praticamente jogado no sofá.

—Sobre o que você está falando?

—Sobre o fato de você esta emburrado hoje.

—Ué, você não vive dizendo que esse é o meu estado real?

—Você sabe do que eu estou falando. – Falou impaciente.

Ele sabia, e estava ponderando se falaria sobre isso com Lizzy, depois de algum tempo, ele decidiu por fim falar sobre, afinal, ela era a única que estava ao seu lado nessa historia toda, ele não tinha muita opção mesmo.

—Sabe, é que esta acontecendo uma coisa...

—O que? – Perguntou meio receosa.

—Droga, eu nunca pensei que isso aconteceria em toda a minha vida! – Falou frustrado.

—Fala logo Castiel, está me deixando nervosa. –O que seria?

—Sabe Lizzy, eu... Eu... –Suspirou – Eu estou me apegando a Lina, e estou com medo do resultado desse exame.

Lizzy não pôde acreditar no que estava ouvindo. Castiel? Apegado á alguém?

—Espera, eu ouvi direito? – Ela não conseguiu evitar e soltou uma risada, era bizarro demais imaginar Castiel sendo um pai amável.

—Isso mesmo, ria da minha cara. Sabia que não deveria ter te contado...

—Não, não é isso.

 Então se controlou da súbita crise de risos e foi sentar ao lado dele.

—Não posso dizer que te entendo, afinal, não conversávamos como pessoas normais até essa historia maluca acontecer, não que agora não briguemos, só que, eu te conheço um pouquinho, não suficiente para ter dar um conselho sabendo do seu jeito, então, vou te dar um conselho que daria para qualquer um na mesma situação: A verdade machuca, mas será sempre a melhor opção.

—Eu sei, mas...

—Outra coisa, eu andei pensando nisso tudo e achei tudo isso muito estranho. A muitos furos nessa historia. E acho melhor você comunicar a policia.

—Policia?

—Castiel, você já parou para pensar que isso tudo pode ser um engano, ou até mesmo uma grande brincadeira. Se essa garota é mesmo sua filha, porque a mãe dela não o procurou antes? Porque só agora? E o mais estranho, porque você não foi atrás dela? Castiel, você tem que ir atrás da mãe dessa garota e resolver isso de uma vez por todas. Ninguém larga uma criança assim do nada em um cesto de supermercado.

Castiel se calou, ela tinha razão, tudo era estranho. Então ele lembrou, a ultima garota com que ele tinha ficado, ele franziu a testa, a tinha visto algum tempo depois de sua transa, e ela parecia perfeitamente bem, até o cumprimentou. Bem, ela poderia ter descoberto depois. Ele então decidiu falar com a garota na manhã seguinte.

 

—*-

9h da manhã, e lá estava ele de frente a porta de Gaby. Se bem lembrava, esse horário seus pais estavam no trabalho.

Quando a garota de cabelos róseos abriu a porta ele lembrou perfeitamente daquela noite. Ela tinha um sorriso doce e infantil, mas não se engane por isso, eles só haviam transado porque ela queria perder a virgindade, e ele não dispensaria um sexo sem compromisso.

—Castiel? O que faz aqui?

—Ah, oi Gaby.

—Entre. Meus pais estão trabalhando.

—É eu sei.

Só então ela pareceu notar Lina, porém, aquela altura, ele já sabia que não era ela, sua reação ao ver ele não foi nem um pouco desesperada.

—Oww, que criança fofa é essa? Sua irmã? Prima?

Pronto, agora estava confirmado. Lina não era filha de Gaby, ele nem se atreveu a tocar no assunto, caso contrario, levaria uma tapa na cara. Definitivamente Gaby fora riscada da lista.

Castiel chegou a casa no fim da tarde e se jogou no sofá, com Lina ao seu lado brincado com um chocalho. Ele pensou em quem mais poderia ser. Não se lembrava de mais ninguém. As outras noites que tivera eram em baladas do fim de semana, ou seja, não lembrava nem os nomes das garotas. Por fim concluiu uma coisa: estava ferrado.


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Notas finais do capítulo

Então, gostaram? Devo continuar?
Agora, vamos ao presentinho.
O que vocês querem que aconteça no próximo capitulo de O Bebê e Eu?
Digam ai nos comentários, vou escolher um dos pedidos de você e realiza-lo. ///

Beijos Doces!