O Bebê e Eu escrita por Sakyra


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

*Olá! Como estão?

*Obrigada a DudaRathbone e a Vivis por favoritarem a nossa estoria.

*Obrigada a Aline Moraes, DarkLeriam e Quatro Estações por comentarem.

*Aproveitem o capitulo.



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—Como você pôde ter sido tão irresponsável? Existe camisinha sabia?

—Por favor, não ê uma de Nathaniel agora. Vai me ajudar ou não?

Lizzy pela primeira vez analisou a situação em que a garotinha se encontrava. Suas roupas e fraudas estavam sujas, na verdade, imunda. Ela chupava desesperadamente a mãozinha, não chorava naquele momento, mas pelos olhos vermelhos dava pra ver que já o tinha feito po muito tempo.

Lizzy suspirou:

—Eu vou ajudar. Pela criança, não por você, seu irresponsável!

—Nunca pensei o contrario. - Falou zombeteiro.

—Okay! Onde há papel e caneta?

—“Pra” que?

—Para de fazer pergunta idiota e anda logo.

Castiel foi ate o quarto, com a cama ainda feita, já que não havia dormido aquela noite, e pegou o que Lizzy pedira.

Ela rabiscou ligeiramente algo que Castiel não pôde ver até pegar o papel. Era uma lista de compras.

—Você deve comprar esses itens! – Falou autoritária.

—E onde vou arranjar dinheiro para tudo isso?

—Pelo que sei você recebe dinheiro de seus pais não?

— Bem, sobre isso...

Lizzy se irritou com a conversa fiada do ruivo.

—Vai logo com isso, ou você quer que sua filha morra de fome?

Minutos depois ele já estava entre prateleiras de supermercados.

Ele estava preocupado. Apesar de todos acharem que ele era um completo inresponsavel, ele não era burro. Então tinha uma pequena economia, mais veja bem, pequena - não se dar para acumular muito dinheiro quando se é jovem - ou seja, não demoraria muito até que tudo se fosse. E agora, com o gigante corte que seus pais lhe deram tudo ficaria pior. Por falar em “pais”, uma hora ou outra ele teria que contata-los, e sinceramente, ele não queria estar em sua pele.

—Isso não fez muito sentido! Droga, merda nenhuma está fazendo sentido! – Falou baixinho, mas foi suficiente para uma senhora que estava ao seu lado o olhar feio.

—Desculpe, é que o preço do leite esta realmente caro. – Falou apontado para a prateleira.

Ela saiu lamentando.

—Essa juventude de hoje...

“Imagino o que ela faria se descobrisse que tenho um filho.” – Pensou.

Voltando para casa ele se lembrou de Lizzy, do quanto estava tentando não brigar com ela, mesmo não querendo ele tinha que admitir que ela estava sendo gentil. Talvez ele tenha se enganado, Lizzy não era igual ao Nathaniel no fim das contas.

 Quando chegou a casa a bebê chorava. Lizzy estava tentado a todo custo acalma-la, assim que o viu deu suspiro de alivio.

—Graças a Deus você chegou, mais um pouco e a Lina iria morrer de fome. – Disse a entregando para Castiel e indo para a cozinha a fim de preparar a mamadeira.

—Lina? – Castiel a seguiu com a criança nos braços.

—Sim. Sua filha eu.

—Como você qual o nome dela?

—Estava escrito no bilhete.

—Ah. Não tinha reparado.

Depois de alimentada e limpa, Lina se mostrou uma criança tranquila e amável.

Então o resto da tarde foi uma verdadeira aula sobre “Como ser papai”.

—Bom, a primeira coisa que você deve aprender a fazer é trocar uma fralda.

—Nunca pensei que faria isso tão cedo em toda a minha vida. – Murmurou baixinho.

—É, mais a culpa é toda sua, se tivesse...

—Tá, okay! Não precisa me dar uma palestra sobre o assunto, eu sei que fui errado, admito! Feliz?

—Bruto!

—Mais eu só falei a verdade.

—Vamos só focar.

—Mas foi você quem saiu do assunto.

—Pegue o pacote de fraldas – Falou, querendo fugir de uma longa discursão. – Eu vou fazer primeiro e depois você tenta certo?

Lizzy executou o processo com destreza e devagar para que ele entendesse bem.

—Prontinho! Agora você!

—Tá! Não parece tão difícil, vai ser moleza!

Não foi tão moleza assim. Castiel literalmente se enrolou na fralda, de alguma maneira inexplicável a parte adesiva foi parar nas mãos do garoto. Depois de meia-hora suada de tentativas ele conseguiu fazer algo aceitável.

—Não foi tão fácil assim. – Riu Lizzy.

—Ele não parava de se mexer! – Argumentou quase fazendo um bico.

A parte da mamadeira foi igualmente difícil e mais divertida, para Lizzy e Lina é claro, que não parava de rir com as caretas e reclamações do pai.

Finalmente, Lina se cansou de ser testada e dormiu. O que deu algum tempo para que Lizzy passasse mais algumas informações a Castiel. Como preparar o leite, como saber se ela estava com fome, cólica, esse tipo de coisa.

Então Lizzy teve que ir embora.

Agora ele teria que ficar sozinho com aquela montrinha que o chamaria de “Pai”.

Ele foi dormir suplicando que aquilo fosse um sonho, que quando acordasse não tivesse uma criança ao seu lado.

—É só um sonho, é só um sonho...

—Buaaaaaaaaaaaa!

—Não é um sonho! – Disse choramingando. A única solução foi levantar e verificar o que era.

—Tá. Primeiro eu devo ver se ela esta suja... Não é isso. Se está com fome... – E aproximou o dedo da boca da garotinha, que o chupou quase que no mesmo instante. Lizzy havia ensinado aquela técnica, e pelo visto dava certo.

Por sorte ela tinha deixado uma mamadeira pronta, o que encurtou o trabalho de Castiel.

Depois de tomada a mamadeira Castiel a colocou em seu ombro para que pudesse arrotar da mesma forma que Lizzy o ensinou. Então, antes que ela pudesse arrotar, Castiel sentiu um liquido escorrer por suas costas, Lina havia vomitado uma parte do leite que acabara de tomar em sua camisa.

—Ah não... Porque você fez isso Lina? – Disse, falando pela primeira vez o nome da filha.

Então ouviu uma risadinha, ate ela ria da situação de Castiel. Isso o fez rir também, apesar do apuro em que se encontrava.


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Notas finais do capítulo

*O que acharam? Devo continuar?