O Espirito do Lobo escrita por Sensei


Capítulo 3
Visões compartilhadas


Notas iniciais do capítulo

Uia, capítulo novo, e no final a Erika vai confirmar o que muitas de vocês já devem ter descoberto... Mas vou deixar ela contar *-* Ela fica irritada quando dou spoiler sabe?
Espero que gostem
Câmbio e desligo



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Capítulo 2

Eu estava na mesa do refeitório com Alice, Angela e Ben conversando sobre o baile de formatura, Angela estava animada, com seu cabelo castanho-claro puxado num rabo-de-cavalo frouxo, e não com o penteado liso de sempre, e havia algo de frenético em seus olhos. Bem estava concentrado numa HQ, os óculos escorregando pelo nariz fino e Alice sorria para Angela e sua animação, foi quando Edward e Bella se aproximaram.

—Já mandou seus convites? — perguntou Angela a Bella quando os dois sentaram a nossa mesa.

—Não. -Bella respondeu a Angela. — Não tem sentido fazer isso. Renée sabe quando vou me formar. Para quem mais eu mandaria?

—Erika? –Perguntou ela.

—Meu pai está na cidade, então não preciso mandar nenhum convite para ele. E a vovó... Bom, digamos que é melhor ela não saber que vou ter uma formatura. –Falei sombria e Angela riu.

—Seu pai está na cidade? –Bella perguntou surpresa.

Suspirei.

—Longa história Bella, depois.

Ela cerrou os olhos, mas acenou que sim com a cabeça.

—E você, Alice? –Angela virou para a vampira percebendo meu pedido mudo para mudar de assunto, Alice sorriu.

—Está tudo pronto. –respondeu.

—Sorte sua. — Angela suspirou. — Minha mãe tem uns mil primos e espera que eu mande um convite escrito à mão a cada um deles. Vou ficar com síndrome do túnel cárpico. Não posso mais adiar isso, e estou morta de medo.

—Eu até ajudaria Angie, mas vou ter que ir a La Push, aparentemente Embry quer que eu conheça a mãe dele. –Sorri nervosamente.

—Olha, então seu namoro está ficando sério. –Ela sorriu animada e bateu palmas levemente.

—Vou ajudar você — Bella ofereceu. — Se não se importar com minha letra pavorosa.

—É uma delicadeza de sua parte. Apareço na hora que você quiser.

—Na verdade, prefiro ir à sua casa, se não tiver problema… Estou enjoada da minha. Charlie me liberou do castigo ontem à noite. — Sorri ao anunciar as boas-novas.

—Agora Bella é uma mulher livre! –Comentei feliz.

—É mesmo? — perguntou Angela. Uma animação discreta iluminou seus olhos castanhos e sempre gentis. — Pensei que tivesse dito que ia ser para a vida toda.

—Estou mais surpresa do que você. Estava certa de que já teria no mínimo terminado o ensino médio antes que ele me liberasse.

—Bom, que ótimo, Bella! Vamos ter que sair para comemorar.

—Eu apoio. –Falei.

—Não faz ideia de como isso parece bom. –Bella sorriu.

—O que a gente vai fazer? — Alice refletiu, o rosto iluminado com as possibilidades.

—Não sei em que está pensando, Alice, mas duvido que eu esteja tão livre. –Bella respondeu.

—Livre é livre, não é? — insistiu ela.

—Tenho certeza de que ainda tenho limites… Como, por exemplo, as fronteiras do país.

Angela, Ben e eu rimos alto, mas Alice deu um sorriso amarelo de decepção.

—Então, o que vamos fazer hoje à noite? — continuou ela.

—Nada. Olhe, vamos esperar alguns dias para ter certeza de que ele não estava brincando. De qualquer forma, amanhã temos aula.

—Vamos então comemorar neste fim de semana. — Era impossível reprimir o entusiasmo de Alice.

—Tenho o dia inteiro livre, só preciso voltar para casa as cinco. –Avisei.

—Claro –Bella concordou.

Angela e Alice começaram a falar das opções, Ben aderiu à conversa, deixando os quadrinhos de lado.

Deixei que eles conversassem e decidissem qual era o melhor lugar para ir em Port Angeles, me estiquei na cadeira e encostei a cabeça levemente no ombro de Alice, ultimamente toda vez que eu parava para pensar minha cabeça voltava para Theo e o dia que nos vimos a última vez, aquilo me deixava tão doente! Minha cabeça repassava todos os motivos do por que ele faria uma coisa dessas comigo. Coloquei a mão na barriga, automaticamente.

Foi então que uma visão me pegou de surpresa.

“Era a floresta de Forks, havia uma mancha vermelha correndo por entre as árvores, provavelmente uma pessoa, uma mulher.

Ela vinha correndo pela divisa de Forks e a cidade vizinha... Procurando alguma coisa.”

— Alice? Alice! -A voz de Angela me fez levantar a cabeça e a visão sumiu.

Angela acenava diante dos olhos inexpressivos e fixos de Alice.

Então era uma visão de Alice. Eu havia visto por estar com a cabeça no seu ombro.

E então Edward riu, um som muito natural e relaxado. Angela e Ben olharam para ele, mas meus olhos estavam fixos em Alice.

Ela pulou de repente, como se alguém a tivesse chutado por baixo da mesa.

—Já está na hora do cochilo, Alice? — brincou Edward.

Alice estava de volta a seu estado normal. Ela era melhor nisso do que eu.

—Desculpe, acho que estava sonhando acordada.

—É melhor sonhar acordada do que encarar mais duas horas de aula — disse Ben.

Então ela voltou a conversar animadamente com Ben e Angela. Mas eu não estava mais no humor, tinha que ir para La Push e avisar aos lobos que a Vampira que estava atrás de Bella ia voltar para Forks em breve e eles tinham que se preparar, por que eu tinha certeza que os vampiros iam ficar preparados.

Depois do intervalo eu tive uma aula com Alice que me explicou sobre Victoria, mas não tive nenhuma aula com Bella para perguntar como ela estava se sentindo ao saber sobre a vampira, da última vez foi bem estressante, mas dessa vez Edward estava aqui e eu esperava que ela se sentisse melhor.

Depois das aulas não encontrei Bella do lado de fora então pedi uma carona ao Carter para que ele me levasse até La Push e me deixasse na casa de Jacob.

Eram duas da tarde quando cheguei lá.

—Olá Erika. –Billy abriu a porta animado com a visita.

Ele chamou Carter para entrar, mas o garoto não queria ficar muito tempo, aparentemente ele tinha outras coisas a fazer.

—Você vai ficar bem, está em La Push. –Ele disse e acenou se despedindo.

Rachel saiu da cozinha bebendo uma coca e veio me dar um abraço quando me viu.

—Onde está o Jake? –Perguntei.

—Ele foi para a casa do Sam depois do colégio. –Ela avisou.

—Hum... É até melhor que ele esteja lá, afinal eu preciso falar com o bando todo. –Refleti.

—Eu vou com você. –Ela ofereceu indo em direção a cadeira na cozinha e pegando seu casaco pendurado.

—Tem certeza? Não precisa me acompanhar se não quiser, eu sei o caminho.

—Não, quero ver o Paul, ele provavelmente está por lá. Vamos no meu carro.

Eu ri.

—Certo então, vamos.

—--

O caminho para a casa de Emily pareceu mais curto que de costume, talvez por que eu e Rachel batíamos papo animadas.

—Paul me contou que você e Embry estão firmes. –Ela disse sem tirar os olhos da estrada.

—É... Ele quer me apresentara mãe dele. –Falei fingindo tremer um pouco.

Ela riu.

—Entendi, imaginei que isso aconteceria logo. Lobos...

—Como foi para você? –Perguntei. –Quero dizer, ser apresentada a mãe do Paul.

Ela riu novamente, mais alto dessa vez, como se a lembrança a divertisse imensamente.

—Bom, foi diferente. Quando Paul me viu pela primeira vez nós estávamos numa festa de aniversário do pequeno Seth Clearwater. Você sabe que o imprinting acontece já na primeira vista. –Ela explicou. –Paul apareceu do nada na minha frente e me puxou pela mão, levou até a mãe dele e disse: “Mãe, essa é a mulher da minha vida”.

Soltei uma gargalhada.

—Não acredito! –Exclamei.

— Pode imaginar a minha reação? –Ela riu junto comigo.

—Como ele é sutil! –Falei.

—Exatamente. –Ela disse ainda rindo um pouco. –Fiquei completamente estática. Rebecca, minha irmã, ela não conseguiu se aguentar e ficou rindo do outro lado da festa. Eu tentava explicar a ele que nós não íamos ficar juntos sem magoar os sentimentos dele, mas Paul apenas me olhava sério e acenava com a cabeça, no fim continuava dizendo que eu era a mulher da vida dele, extremamente convencido de que íamos ficar juntos.

—E o que você fez? –Perguntei.

—Eu fiquei tão irritada com aquele atrevido! –Ela respondeu.

Ela parou o carro estacionando em frente ao chalé.

—O Paul é bastante confiante dele mesmo. –Falei abrindo a porta e descendo.

Rachel saiu e veio para o meu lado.

—Sim. Mas foi exatamente toda essa confiança que me conquistou no final. –Ela respondeu olhando para a porta onde Paul saia animado. -Quem resiste a esses lobos, não é?

Ele correu em direção a ela e pegou Rachel pela cintura, levantando-a do chão e girando pelo lugar.

—A mulher da minha vida chegou! –Ele disse animado e Rachel riu.

Os dois se beijaram.

Na porta do chalé de Emily o Embry apareceu, cruzou os braços encostando o ombro no umbral da porta, sorrindo de lado ao me ver chegando.

—Realmente... –murmurei para mim mesma. –Quem resiste a esses lobos?

—--

—Hey estranho. –Cumprimentei ao me precipitar em direção a Embry.

—Por que não me avisou que vinha? Tinha ido te buscar. –Ele disse me segurando pela cintura e depositando um beijo demorado em meus lábios.

Me separei sorrindo.

—Carter me trouxe. –expliquei. –Não estava planejando vir, mas aconteceu uma coisa e gostaria de conversar com a Alcateia. Estão todos aqui?

Ele me puxou pela mão em direção a sala. Eu podia ouvir Emily conversando com um dos garotos pela casa, na sala Jared batia um papo animado com Jacob e Sam, e pela janela pude ver Leah do lado de fora.

Suspirei.

Leah era... Complicada.

Sam estava certo quando disse que mais dia ou menos dia eu descobriria sobre ele. Pelo que eu soube ele estava noivo de Leah quando se transformou em lobo, pouco depois conheceu Emily, prima de Leah, e o imprinting aconteceu. Parece que foi uma situação muito difícil para todos, por isso Emily não era muito bem vista pelas mulheres locais. E com Leah se tornando lobo parece que tudo ficou ainda pior, pois os pensamentos de todos eram conectados e Leah ainda era muito apaixonada por Sam.

Como eu disse: Difícil.

—Erika! –Jacob veio em minha direção me dando um abraço.

—Hey Jake. –Retribui o abraço animadamente. –O bando está todo aqui?

Ele acenou positivamente.

—Leah está do lado de fora. –Avisou.

—Sim, eu vi, poderia chama-la por favor?

Sam franziu o cenho, estranhando meu tom de voz.

—O que aconteceu? –Perguntou.

—Tenho algo para contar.

Não demorou muito para que todos estivessem na sala, Leah ficou um pouco mais afastada, na janela, Rachel e Emily foram para a cozinha, de acordo com elas não queriam se envolver mais do que o necessário. Leah fez um barulhinho de escárnio.

—Você está deixando todos preocupados Erika. –Jared falou num tom de voz ansioso.

—Bom... A gente tem coisa para se preocupar. –Falei me sentando no colo de Embry.

Ele passou a mão pela minha cintura.

—O que você quer dizer com isso? –Sam perguntou.

—É a vampira que estava atrás da Bella. –Expliquei. –Alice viu ela voltando nos próximos dias. Talvez nesse fim de semana.

Os lobos se entreolharam, alertas.

—Ela disse isso para você? –Jake perguntou.

—Ela não precisou. –Contei. –Nós só precisamos tocar uma na outra, assim eu vejo o que ela vê. Estávamos nos tocando no momento, então...

Dei de ombros.

—Bella já sabe? –Questionou Jake.

—Não sei. Provavelmente eles vão dizer a ela, mas não esperei para saber, vim direto aqui para La Push avisar a vocês, afinal, ela pode querer entrar nesse lado de cá e vocês estarão preparados. –Respondi.

—Então quer dizer que a vampira voltou? –Paul falou animado.

—Dessa vez a gente vai destruir aquela ruiva! –Jared pulou do sofá, tão animado quanto Paul e os dois bateram as mãos.

Sam sorriu.

—Obrigado Erika. Não vamos ser pegos com a guarda baixa. Isso foi bastante útil. –Ele disse feliz.

—Contem comigo. –Bati continência. –Qualquer coisa que eu puder fazer para ajudar.

—Mas por que a sanguessuga Cullen viu a vampira ruiva chegando e você não? –Jared perguntou, eu poderia ficar ofendida com a pergunta, mas o tom dele era de quem estava genuinamente curioso.

Suspirei.

—Jared. –Grunhi levemente irritada. –Alice vê possibilidades, coisas que podem acontecer, por isso as visões dela nem sempre se realizam. Eu, ao contrário, vejo certezas. Tudo que aparece para mim vai acontecer, de um jeito ou de outro.

—Isso pode nos ajudar muito. –Sam falou pensando nas possibilidades.

—Bom, não é sempre que eu tenho uma visão, mas as que tive me ajudaram em várias enrascadas. –Pensei na visão do coração do guerreiro e coloquei a mão ouvindo os batimentos. –São uma mão na roda.

—A vampira Cullen vê o que você vê também? –Sam perguntou.

—Sim, é como uma linha trocada, ela pode ver o que eu vejo no momento em que estou tento a visão, mas só se estivermos nos tocando. –Contei.

—Mas e se você teve uma visão antes de encontrá-la?

Pensei um pouco.

—Bom, sim. Quer dizer, se eu quiser que ela veja eu só preciso pensar na visão e toca-la, mas só se eu quiser. –Expliquei. –Ela não necessariamente vê tudo o que eu já vi.

—E acontece o mesmo com ela?

—Provavelmente. –Dei de ombros. –Nunca testamos.

—Então se você tiver uma visão ao lado dela ela, não vai poder ver se não te tocar? –Perguntou.

—Exato. –Confirmei.

—Vocês estão esquecendo que o vampiro da Bella pode ler pensamentos, não é? –Leah perguntou, pela primeira vez falando na conversa. Notei Jacob ficar irritado com o “vampiro da Bella”.

—Não os meus pensamentos. –Avisei. –Ele contou que os poderes dos vampiros não funcionam em mim, Alice é um caso à parte por termos os mesmos poderes. Mas Edward não pode ler os meus pensamentos.

—Certo. –Sam acenou firme. –Evite tocar a vampira vidente, por favor. –Ele pediu. –Não queremos que eles saibam mais do que o necessário.

Pensei sobre o assunto, a maior parte das minhas visões envolvia os quileutes, justamente o ponto cego de Alice que não conseguia ver os lobos. Entendia por que Sam me fez aquele pedido e não era muito difícil de cumpri-lo.

—Posso tentar. –Avisei. –Mas não quero perder meu acesso as visões de Alice totalmente, elas podem ser uteis também, afinal, as possibilidades mudam a cada segundo, ela pode nos salvar de umas boas, como nesse caso de hoje.

—Tudo bem. –Ele suspirou. –Você está certa. Mas limite o acesso dela as suas visões, sim?

—Se você está pedindo...

Depois disso Sam começou a montar um plano de ataque e defesa contra a vampira. Mas Embry pegou minha mão e me puxou em direção a porta, acabamos sentados do lado de fora, nos degraus da frente.

—Como estão as coisas com o seu pai?

Me remexi meio incomodada.

—É... Complicado.

—Se você não quiser falar, não precisa.

—Não! Eu quero falar, só que... É complicado.

Ele soltou uma risada.

—Estou confuso.

Suspirei.

—É que meu pai veio me contar uns segredos que ele andou guardando, por tempo demais se você quer saber. –Respondi.

—Segredos?

—Sim, sobre... Sobre a minha mãe. E sobre... Theo.

Senti Embry ficar imóvel.

—Theo...? Não é aquele cara que sua tia falou que te magoou muito? –Perguntou.

Levantei o rosto e o olhei ansiosa.

—É ele. –Confirmei.

—E o que o seu pai teria para falar sobre esse cara?

—... –Permaneci em silêncio.

Não soube o que dizer para ser sincera.

Afinal... Como explicar para o seu namorado atual que você teve um filho com “esse cara” e que talvez ele não tivesse morrido no parto como te fizeram acreditar nesse um ano e meio depois que tudo aconteceu?


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Notas finais do capítulo

Para quem deixa review:OBRIGADA!
Amo vocês Suas lindas *-*
Para quem não deixa por que não tem perfil: Tudo bem, eu perdoo.
Para quem não deixa por preguiça: Gente, o dedo não vai cair, faz esse esforcinho vai, por favor?
BEIJOOOS LIINDAS *----------*
RECOMENDEM PLEASE!
Câmbio e desligo



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