O Espirito do Lobo escrita por Sensei


Capítulo 4
Triângulo Amoroso


Notas iniciais do capítulo

Divirtam-se com a Erika, ela ta se sentindo uma palhaçinha nesse capítulo kkkkk
Câmbio e desligo



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Capítulo 3

No final de semana Bella viajou.

E como a visão de Alice havia mostrado, Victoria reapareceu. Eu estava na casa dos Black com a Tia Jasmine no momento, então a visão me tomou. Victoria entrando na floresta e os lobos pegando seu rastro. Quando a matilha voltou para casa eu soube da pequena briga entre Paul e Emment.

Não era de se admirar, eles eram os mais cabeças quentes.

Quando os garotos voltaram para casa mais tarde eu passei vários minutos abraçada ao Embry. A única coisa realmente boa naquele final de semana foi que Jared trouxe uma visita para nós no domingo à tarde.

Estávamos todos reunidos na sala de Emily, aquilo meio que já havia se tornado uma tradição, se reunir na casa do Alfa. Rachel havia saído para Port Angeles visitar sua irmã Rebecca, além dela, apenas Jared faltava ali.

Ele apareceu pouco depois, veio todo sem graça trazendo uma garota pela mão.

—Hey pessoal. –Falou acenando meio sem jeito.

Toda a matilha virou em direção a ele, eu olhei bem para a garota e reconheci seu rosto na hora, era a mesma menina que apareceu na minha visão pouco mais de quatro meses atrás. Um sorriso lento se espalhou pelo meu rosto, sacana. Justo Jared que sempre reclamou dos imprinted da matilha era agora um deles.

—Olha quem finalmente apareceu! –Falei animada me levantando da poltrona e caminhando em direção aos dois.

—E o feitiço virou contra o feiticeiro. – Embry e Sam falaram ao mesmo tempo, rindo um com o outro.

O resto da matilha os acompanhou na risada fazendo com que Jared ficasse corado e coçasse a cabeça, envergonhado.

—Parem, parem. –Pedi. –Não vamos tirar onda com ele, afinal, quando um lobo se apaixona vira “um idiota”.

Jared negou com a cabeça, rindo.

—Um idiota completo. –Respondeu olhando para a garota ao seu lado. –Érika, essa é a...

—Kim. –O interrompi. –Eu já sei.

—Como é que...? -Eu o olhei com a sobrancelha arqueada. - Ah, claro. Visões.

Virei para Kim.

—Seja bem vinda a Matilha. –Falei lhe dando um abraço, ela retribuiu meio surpresa. –Somos barulhentos, comilões, bastante brigões e sem um pingo de vergonha, por isso não se assuste, pegue seu colete a prova de balas, ponha seu melhor capacete e venha comer um muffin da Emily, pois eles são os melhores do mundo.

Os lobos riram fazendo barulhos estranhos e animados, Kim acompanhou a risada.

—Obrigada. –Ela disse levemente vermelha.

Eu a puxei para dentro da sala e a empurrei até Emily que a abraçou também. Ela foi apresentada a todos os garotos enquanto Jared parou ao meu lado.

—Obrigado Erika. –Ele disse olhando a garota sorrindo ao ser apresentada ao Sam. –Ela estava bem nervosa em conhecer a matilha.

—Não tem de quê. –Sorri.

—Quando você viu? Digo... Eu e ela. -Ele perguntou.

—No dia em que Bella veio aqui pela primeira vez.

Ele arregalou os olhos.

—Tanto tempo assim?

—Tanto tempo assim.

Kim se aproximou de nós e segurou na mão de Jared, sorrindo animada.

—Eles são legais. –Ela sussurrou.

Jared passou o braço pelos ombros dela e a beijou na cabeça.

—Sim, eles são.

Ele sorriu para ela, idiota, completamente bobo.

Olhei para Embry, ele piscou para mim, me olhava, sorrindo, idiota, completamente bobo.

Como qualquer outro lobo apaixonado.

—--

Na segunda quando cheguei no colégio a primeira pessoa que procurei foi Bella, mas me surpreendi ao encontrar outra pessoa.

—Aquele ali não é Jacob Black? -Carter perguntou ao estacionar sua moto.

Realmente, Jake estava encostado à moto em frente ao colégio, usava uma calça jeans e uma blusa preta que lhe dava um ar de arruaceiro. Os alunos todos se afastaram dele o fazendo ficar num círculo sozinho, enquanto eles cochichavam ao redor, curiosos.

Carter riu daquilo.

—Que ridículo.

—Ele realmente parece bem malvado daqui. –Comentei.

—Se as pessoas pudessem vê-lo perto da Bella não achariam isso. –Ele respondeu.

Jacob olhou para nós e arqueou uma sobrancelha.

—Ele pode te ouvir. –Falei rindo.

Carter encarou Jacob de volta.

—Estou falando alguma mentira? Ele fica um docinho. –Ele disse sarcástico.

Jacob riu negando com a cabeça e Carter riu também, coisas de meninos. Fomos em direção a ele, Jake me abraçou enquanto Carter passou direto apenas acenando com a mão rapidamente.

—O que faz aqui? –Perguntei.

—Sabe que Bella viajou há três dias? –Ele questionou.

—O que? Como assim viajou? Para onde?

—Não sei bem, mas Charlie falou para Billy que ela havia viajado com o sanguessuga Cullen. –Ele explicou.

—Três dias, você disse?

Quanto tempo dura uma transformação de vampiro mesmo? Pensei comigo mesma.

Jacob parecia um pouco irritado.

—Ela está bem. –Falou. –Liguei para ela ontem.

—Ela está bem. –Repeti me sentindo mais aliviada.

E como que para provar que ele dizia a verdade o carro de Edward Cullen parou no estacionamento e pouco depois ele e Bella saíram do veículo. Uma Bella corada e de coração pulsante... Por enquanto.

—Estou indo. –Avisei apontando para o colégio.

—Não quer ver? –Ele perguntou com um sorriso irônico.

Eu levantei as palmas das mãos para ele, como se estivesse me rendendo.

—Se tem algo que não quero me meter é nesse triângulo amoroso entre vocês. –Avisei. –Tenho muita coisa louca na minha vida para ficar me preocupando com a vida alheia.

Ele riu.

—Vamos lá Erika, o show vai começar.

Eu me afastei dele no momento em que Bella chagava com Edward. Sei que falei que não iria me meter, mas a  curiosidade falou mais alto e eu acabei me encostando na moto de Jacob para olhar o “show” como ele mesmo havia dito.

Edward parou em frente a ele, colocando Bella delicadamente atrás.

—Podia ter ligado para nós — disse Edward numa voz de aço.

 -Desculpe — respondeu Jacob, o rosto se retorcendo num esgar. — Eu não tinha nenhum sanguessuga na discagem rápida.

 -Podia ter me achado na casa de Bella, é claro.

 O queixo de Jacob se contraiu e as sobrancelhas se uniram. Ele não respondeu.

 — Este não é o melhor lugar, Jacob. Podemos discutir isso mais tarde?

 — Claro, claro. Vou passar na sua cripta depois da aula. — Jacob bufou. — Por que não agora?

Soltei uma risada sem me controlar, Edward me olhou.

—Desculpa, foi mais forte que eu. –Respondi fazendo uma careta.

Ele olhou sugestivamente em volta, os olhos parando nas testemunhas que quase podiam nos ouvir. Algumas pessoas hesitavam na calçada, o olhar brilhando de expectativa. Como se esperassem uma briga para aliviar o tédio de outra manhã de segunda-feira.

—Já sei o que você veio dizer — lembrou Edward a Jacob, numa voz tão baixa que eu mal conseguia ouvir. — Recado dado. Considere-nos avisados.

—Avisados? — Bella perguntou, sem entender. — Do que vocês estão falando?

Nesse momento Jacob olhou para mim, como que confirmando se eu ouvi exatamente a mesma coisa que ele.

Eu prometi que não ia me meter.

Eu prometi, mas...

—Não contou a ela?! –Guinchei irritada me afastando da moto e indo em direção a eles.

—Erika... –Ele começou, mas foi interrompido.

—O que foi, tem medo de que ela fique do nosso lado? –Jacob perguntou.

—Por favor, pare com isso, Jacob — disse Edward numa voz firme.

—Por quê? — desafiou-o Jacob.

Bella parecia bem confusa. Edward não tinha o direito de esconder isso dela, não tinha!

—Do que eu não sei, Edward? –Ela perguntou.

Edward fitava Jacob como se não tivesse a ouvido.

—Jake. Erika.

Jacob ergueu as sobrancelhas.

—Ele não contou que o… irmão mais velho dele passou dos limites no sábado à noite? — perguntou Jacob, o tom de voz repleto de sarcasmo. Depois seus olhos se voltaram para Edward. — Paul tinha todos os motivos para…

—Era uma terra de ninguém! — sibilou Edward.

—Não era!

Jacob estava visivelmente furioso. As mãos tremiam. Ele sacudiu a cabeça e respirou duas golfadas de ar.

—Emmett e Paul? O que aconteceu? Eles brigaram? Por quê? Paul se machucou? –Bella questionava, a cada segundo mais confusa.

—Ninguém lutou — disse Edward baixinho, só para mim. — Ninguém se feriu. Não fique ansiosa.

Jacob os fitava com o olhar incrédulo. Eu simplesmente não conseguia acreditar o que meus olhos viam, Jake olhou para mim e apontou para Edward, como se palavras não fossem o bastante para exprimir o quão chocado ele estava.

Virou novamente para o vampiro.

—Não contou nada a ela, não é? Foi por isso que a levou para longe? Assim ela não saberia que…?

 –Agora vá embora — Edward o interrompeu no meio da frase, e seu rosto de repente era assustador… verdadeiramente assustador.

Por um segundo, ele parecia… parecia um vampiro. Fuzilou Jacob com um ódio nítido e maligno nos olhos. Eu não consegui me controlar e fui para frente de Jacob, sibilando baixinho em direção ao vampiro, Edward de afastou surpreso com a minha reação, sendo que há não muito tempo eu fiz a mesma coisa, só que para protegê-lo.

—Erika...

—Não tinha o direito! –Falei. –Não podia ter escondido isso dela! Não podia. –Sibilei irritada.

—Por que não contou a ela? –Jacob perguntou.

Os dois se encararam em silêncio, eu, no entanto, olhei para Bella. A garota me olhava confusa até que seu rosto ganhou ares de compreensão. Primeiro veio o choque, em seguida o medo.

—Ela voltou para me buscar — falou ela, com a voz embargada.

Edward a segurava com firmeza ao lado dele, inclinando o corpo de modo a se colocar entre Bella e nós, e afagou o rosto dela com as mãos ansiosas.

—Está tudo bem — sussurrou ele. — Está tudo bem. Nunca vou deixar que ela chegue perto de você, está tudo bem.

Depois fuzilou Jacob com os olhos.

—Isso responde a sua pergunta, vira-lata?

—Não acha que Bella tem o direito de saber? — perguntou Jacob, em desafio. — É a vida dela.

—Por que deveria assustá-la se não correu perigo algum?

—Melhor assustada do que enganada.

—O medo deixa alerta. –Comentei olhando minha amiga fragilizada começar a chorar.

Edward limpou as lágrimas dela com a ponta dos dedos.

—Acha realmente que magoá-la é melhor do que protegê-la? — murmurou ele.

—Ela é mais forte do que você pensa — Eu e Jacob falamos ao mesmo tempo.

Bella levantou o rosto surpresa com nossa veemencia.

—E ela já passou por situações piores. –Jacob continuou, olhando para ela.

 De repente, a expressão de Jacob mudou, e ele encarava Edward com curiosidade, especulando. Seus olhos se estreitaram como se ele tentasse resolver mentalmente um complicado problema de matemática.

Então eu senti uma mudança brusca nos sentimentos de Edward, que passaram de raiva para dor, uma dor profunda e desesperada.

—Que engraçado — disse Jacob, rindo enquanto olhava o rosto de Edward.

 Edward estremeceu, mas, com algum esforço, relaxou a expressão. Mal conseguia esconder a agonia em seus olhos de Bella, imagine de mim que praticamente sentia as ondas de desesperod emanando dele.

—O que está fazendo com ele? — perguntou Bella.

—Não é nada, Bella — disse Edward em voz baixa. — Jacob só tem boa memória, é apenas isso.

 Jacob sorriu e Edward estremeceu de novo. Coloquei a mão no ombro de Jacob e apertei com força.

—Pare! Seja lá o que estiver fazendo. –Eu pedi.

Os três me olharam surpresos.

—Está bem Erika? –Jacob perguntou preocupado.

—Consigo sentir a agonia dele Jake, você nunca me pareceu do tipo sádico.

Ele teve a decência de se sentir envergonhado.

—Se ele não gosta das minhas lembranças, a culpa é dele. –Falou em seguida, contrariado.

—O diretor está vindo para cá a fim de desestimular a vadiagem na propriedade da escola — murmurou Edward. — Vão para a aula de inglês vocês duas assim você não estarão envolvidas.

Ele apontou para Bella e eu.

—Superprotetor, não é? — disse Jacob, dirigindo-se só a Bella. — A vida fica mais divertida com uns probleminhas. Deixe-me adivinhar, você não tem permissão para se divertir, não é?

Edward fez cara feia e seus lábios recuaram um pouco sobre os dentes.

—Cale a boca, Jake — Bella disse.

Jacob riu.

—Isso me parece um não. Olhe, se um dia tiver vontade de viver de novo, pode me procurar. Ainda tenho sua moto na garagem.

—Devia vendê-la. Você prometeu a Charlie que venderia.

—É, é verdade. Até parece que eu ia fazer isso. É sua, não minha. De qualquer forma, vou guardá-la até que a queira de volta.

—Jake…

Ele se inclinou para a frente, o rosto agora sincero, o sarcasmo amargurado desaparecendo, coisas que só a Bella podia fazer.

—Acho que posso ter me enganado antes, sobre não podermos ser amigos. Talvez a gente possa contornar isso, do meu lado da fronteira. Venha me ver.

Ela olhou para Edward.

—Eu, er, não sei não, Jake. –Respondeu.

Jacob abandonou de vez a fachada hostil. Era como se tivesse esquecido que Edward estava ali, ou pelo menos estivesse decidido a agir dessa maneira.

—Sinto saudades suas todo dia, Bella. Não é o mesmo sem você. Erika não é tão divertida, está sempre se agarrando com o Embry.

—Ei! –Reclamei.

Bella e Jacob riram.

—Eu sei, e lamento por isso, Jake, é só que eu… -Ela tentou se explicar, mas não havia o que dizer.

Eu sabia disso, Bella sabia disso e principalmente Jacob.

Ele sacudiu a cabeça e suspirou.

—Eu sei. Não importa, não é? Acho que vou sobreviver. Quem precisa de amigos? — Ele fez uma careta, tentando encobrir a dor, tentando mostrar coragem, com pouco sucesso.

—Estou me sentindo desvalorizada. –Comentei tentando fazê-lo rir. Mas recebi apenas um pequeno sorriso de lado.

Eu via que Bella queria vir até nós,queria abraçar Jacob e rir das minhas piadas, como nos velhos tempos, mas os braços protetores de Edward tinham se transformado em travas.

—Muito bem, para aula — soou uma voz severa atrás de nós. — Andando, Sr. Crowley.

—Vá para a escola, Jake — sussurrou Bella, ansiosa.

Edward a soltou, pegando apenas sua mão e a puxando de novo para trás dele.  O Sr. Greene abriu caminho pela roda de espectadores, as sobrancelhas unidas pesando acima de seus olhos pequenos como nuvens carregadas e agourentas.

—Eu falei sério — ele ameaçou. — Qualquer um que ainda estiver aqui quando eu voltar ficará na escola depois do horário.

A platéia se desfez antes que ele terminasse a frase.

—Ah, Sr. Cullen. Temos algum problema aqui?

—Nenhum, Sr. Greene. Estávamos justamente a caminho da aula.

—Ótimo. Acho que não reconheço seu amigo. — O Sr. Greene virou o olhar penetrante para Jacob. — É aluno novo daqui?

Os olhos do Sr. Greene examinaram Jacob, e eu pude ver que ele chegou à mesma conclusão de todos os outros: Perigoso, um encrenqueiro.

—Não — respondeu Jacob, com um meio sorriso nos lábios grossos.

—Então sugiro que se retire da propriedade da escola imediatamente, meu jovem, antes que eu chame a polícia.

—Jacob é meu primo Sr. Greene. Ele apenas veio me lembrar sobre alguns problemas que tenho que resolver. –Comentei indo ao resgate do meu amigo Quileute. –Ele tem essa fachada de garoto mal, mas é um anjo por dentro. Não vamos querer envolver a polícia, não é? Ou terei que chamar os advogados do meu pai.

Sr. Greene ficou estático.

O sorrisinho de Jacob se transformou num sorriso largo.

—Claro Senhorita McRae, por favor, peça que seu primo não invada a propriedade novamente. –Ele pediu num tom de voz mais macio.

—Invadir é uma palavra pesada demais. –Sorri docemente.

—Claro, sinto muito. –Ele respondeu.

Virei para Jacob.

—É melhor ir antes que as coisas fiquem piores. –Falei lhe dando um abraço rápido. –Diga ao Embry que mandei um beijo.

—Sim, senhora — disse Jacob, e bateu continência enquanto subia na moto e dava a partida ali mesmo na calçada. O motor roncou e os pneus cantaram quando ele girou a moto com determinação.

Em segundos, Jacob desapareceu de vista.

O Sr. Greene rangeu os dentes ao assistir à cena.

—Bem, então. Para a aula. Vocês também, Srtas. Swan e McRae.

Arrumei a mochila nas costas e parti para o colégio sem olhar para Edward e Bella.

Droga! Me meti nesse triângulo de novo. Carter vai ficar tão irritado comigo!


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Notas finais do capítulo

Para quem deixa review:OBRIGADA!
Amo vocês Suas lindas *-*
Para quem não deixa por que não tem perfil: Tudo bem, eu perdoo.
Para quem não deixa por preguiça: Gente, o dedo não vai cair, faz esse esforcinho vai, por favor?
BEIJOOOS LIINDAS *----------*
RECOMENDEM PLEASE!
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