O Espirito do Lobo escrita por Sensei


Capítulo 20
Não é a minha Erika, não é a minha vida


Notas iniciais do capítulo

Um PDV do Embry, por que, convenhamos, eu tinha que fazer algo para vocês se apaixonarem ainda mais por ele.
Espero que gostem
Câmbio e desligo.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/677257/chapter/20

Capítulo 19

Embry

Já fazia mais de uma semana desde o dia que Erika foi embora, minha rotina se resumia basicamente a ir para a escola, fazer ronda e pensar nela. Pensar no sorriso dela, no toque dela, no cheiro dela, em tudo o que ela representa para mim.

Seria um inferno de mês esse.

A festa de formatura da turma de Erika seria no dia seguinte e eu me sentia cada vez mais triste de não poder estar lá com ela, como ela queria que tivesse sido. Enquanto eu olhava para o extenso mar de cima do precipício onde havia sido nosso primeiro beijo, eu me perguntava se ela estava realmente bem.

—Hey! –A voz de Jacob soou atrás de mim.

Virei meio confuso que ele estivesse por ali naquele horário.

—O que houve? –Perguntei.

—Sua mãe mandou eu te procurar, aparentemente tem alguém da família da Erika te esperando lá na sua casa.

—Carter? –Me questionei.

Carter e Jasmine eram as únicas pessoas da família da Erika com quem eu chegava a conversar realmente. Talvez fosse o pai dela?

Jacob deu de ombros como se não soubesse.

—Ela só pediu para eu te procurar.

Acenei que sim com a cabeça e me levantei de onde estive sentado.

—E como está a Bella? –Questionei quando fomos andando pela floresta em direção a minha casa.

A coisa é que uns dias atrás Jacob beijou a Bella a força, a garota tentou dar um soco nele para afastá-lo, mas foi como se batesse diretamente num muro e ela acabou quebrando a mão. O namorado vampiro dela ficou muito puto.

—Está bem. Está usando uma tala. –Ele respondeu num tom de voz contrariado. Eu ri.

—Sorte sua que a Erika não está aqui, ela teria arrancado seu braço por que você beijou a amiga dela sem permissão. Igualzinho ela fez com aquele vampiro negro, lembra?

Jacob tremeu levemente, ciente de que eu falava a verdade. Erika não deixaria barato quando descobrisse. Ela teria chutado a bunda dele. O coração apertou de saudade e suspirei.

—Ela está bem, cara. –Jake falou colocando a mão no meu ombro.

Era meio óbvio que eu sentia falta dela constantemente, principalmente para os meus companheiros de matilha. Eu devia estar insuportável de se conviver, mas eles não reclamavam.

Quando entramos na trilha para minha casa pude ouvir vozes animadas e a risada da minha mãe soar pelas árvores.

—Ah, senhora McRae, a senhora é maravilhosa. –Minha mãe disse.

—Me chame de Safira, querida. Agora que somos família não é necessária tanta formalidade. –Uma senhorinha idosa respondeu.

Junto com a minha mãe estavam Carter, Jasmine e a senhora que sorria de forma carinhosa para minha mãe.

—Achei ele, senhora Call! –Jacob gritou para chamar atenção quando chegamos na frente de casa.

—Ah, obrigado Jacob, querido. Embry, venha aqui, por favor. A avó de Erika veio te conhecer.

Arqueei as sobrancelhas, surpreso. Aquela senhorinha era avó de Erika? Lembrava vagamente dela vir me dizer, em desespero, devo salientar, que a avó viria para a formatura dela. Me aproximei da varanda e fiz uma leve reverência com a cabeça.

—É um prazer conhece-la, senhora McRae. –Falei, tentando ser o mais educado possível.

Erika me avisou para ter cuidado com o que eu falava perto da avó dela e de preferência que não falasse. Primeiro me senti ofendido, mas em seguida ela explicou que não era por minha causa, mas que era para o meu próprio bem, por causa dos poderes da avó dela.

—Ora, veja só. Um belo exemplar animal nós temos aqui. –Ela disse com um sorriso aberto. Por um segundo me lembrou o gato de cheschire. Arrepiei como se percebesse que fiz algo que não devia ter feito.

Ela se levantou da cadeira onde estava, andando em minha direção.

—Mamãe... –Jasmine falou num tom de aviso.

—Quieta, Jasmine. –A senhora falou, cortante.

Naquele momento eu confirmei que tinha algo errado ali. Minha mãe tinha o cenho franzido e levantou de sua cadeira, como se estivesse pronta para se colocar entre eu e a Avó de Erika. Jacob parecia alerta também, estranhando aquela situação. Carter suspirou, colocando a mão no rosto como se já esperasse por aquilo.

—Diga-me, querido... Se Erika decidisse ir embora com outro homem... –No momento em que ela começou a falar eu senti como se minha cabeça girasse. -O que você faria?

Antes que eu percebesse o que estava acontecendo eu vi Erika através de uma janela, eu estava do lado de fora, na chuva, enquanto ela estava dentro de um quarto de criança e em seus braços ela tinha um bebê. Em seguida um homem apareceu e a abraçou por trás... Era o retrato de uma família perfeita. E eu não fazia parte dela.

Senti como se meu coração fosse rasgado em milhões de pedaços.

—Erika...

Minhas pernas ficaram fracas e caí no chão de joelhos.

—O que você faria, Embry? Aguentaria viver sem ela? –A voz da avó de Erika soou como se estivesse na minha cabeça. 

—Erika... Eu quero que ela seja feliz... Ele vai fazer isso?

Foi então que minha cabeça deu um estalo. Eu já havia ouvido essa história antes, um Quileute que teve que ver sua imprinted casada com outro homem. E a história não acabou bem.

Aquilo que eu via não era real. Não era minha Erika, não era minha vida.

—Agora eu entendi por que a Erika disse que eu não devia falar nada quando a visse. –Falei.

Fui pego naquela ilusão no exato momento em que me apresentei. Nesse momento eu percebi que estava de volta na frente da minha casa. Eu estava de joelhos em frente a avó de Erika, minha mãe estava sendo amparada por Jasmine e Carter segurava Jacob, o impedindo de vir até mim.

—Sinto muito, Embry Call. Mas eu tinha que saber. –Ela disse, me olhando de forma culpada.

Respirei fundo e fechei os olhos, a imagem de Erika sendo abraçado por outro homem parecia gravada em minhas pálpebras. Uma tortura como nenhuma outra seria capaz de me afetar. Uma lágrima escorreu por minha bochecha.

—Senhora McRae. –Falei, ainda de joelhos, levantando o rosto para que ela visse a sinceridade em meus olhos. –Não vai perder sua neta da mesma forma que perdeu sua filha. Eu prometo a você.

Pude ver o momento em que ela soltou o ar que estava prendendo. Foi como se aquela simples frase tivesse tirando o peso do mundo das costas dela.

—Obrigada... Bem vindo a família, Embry. –Ela sorriu de forma aliviada. -Pode me chamar de vovó Safira.

—--

Ainda estava me recuperando do encontro com a vovó Safira no dia anterior. O resto da matilha pareceu bastante afetado e se sentiam metade assustados e metade impressionados com a família McRae. Devo dizer, a vovó ganhou o respeito de todos depois do que ela fez, por que, no final, ela só estava protegendo a Erika.

Nenhum dos lobos a culpou por sua atitude, sabíamos bem que os Quileutes a machucaram muito.

Olhei para o relógio no criado mudo e percebi que a formatura da Erika e do Carter devia estar para começar. Mais tarde seria a festa da Bella que aconteceria na casa dos Cullens. Erika pediu que eu fosse lá e desse um presente de formatura em seu nome e Jacob provavelmente iria a tiracolo para dar o próprio presente com a desculpa de me acompanhar.

Desci até a cozinha querendo comer algo antes de sair de casa, minha mãe estava assistindo TV na sala.

—Tem macarrão na geladeira se quiser. –Ela disse quando passei por ela, já ciente do que eu queria.

Mas antes de entrar um cheiro conhecido chegou até minhas narinas. Fui até a porta e abri antes que a primeira campainha soasse. Leah Clearwater estava com a mão levantada pronta para apertar a campainha.

—Leah. –Cumprimentei.

Ela pareceu sem jeito por um segundo, antes de se recompor. Leah sempre foi terrível comigo, com o objetivo de deixar toda alcateia desconfortável para punir o Sam por tê-la abandonado, ela sempre trazia a tona o fato de que meu pai era um dos anciãos Quileutes, torturando Quil, Jacob e Sam com a dúvida de quem seria meu meio-irmão. Assim como torturando a mim também. Por isso ela parecia tão desconfortável aqui na minha porta.

—A Erika... Ela deixou...?

—Sim. Ela deixou algo comigo para entregar a você. –Respondi. –Mas pediu que eu perguntasse se você está certa mesmo da sua decisão.

Ela fez uma expressão surpresa.

—Ela disse algo a você?

—Sobre o seu imprinting? Não. Tudo o que eu sei é o que eu vi na sua cabeça. Mas eu já tenho algumas ideias sobre quem ele seja. –Suspirei não querendo me meter muito. Realmente a Erika passava por maus bocados com essa situação de saber o futuro. -E a partir das minhas conclusões eu te faço essa pergunta agora. Você tem certeza?

Leah pareceu desnorteada e no final acenou que sim com a cabeça, decidida.

—Me entregue a carta.

Pedi que ela esperasse um pouco e subi para pegar a carta. Quando voltei eu a entreguei e sorri de forma encorajadora.

—Boa sorte, Leah.

Ela me encarou por um segundo antes de falar.

—Desculpe por tudo.

Por fim, sorriu meio sem graça e se foi sem esperar resposta.

Eu olhei até que ela sumisse e sorri também, estava esperançoso para que ela encontrasse o que eu tinha com a Erika, apesar de ela ser uma megera comigo. Talvez ela virasse uma pessoa melhor no final das contas.

Entrei novamente pronto para comer algo e me arrumar para ir a casa dos Cullens.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Para quem deixa review:OBRIGADA! Amo vocês Suas lindas *-*
Para quem não deixa por que não tem perfil: Tudo bem, eu perdoo.
Para quem não deixa por preguiça: Gente, o dedo não vai cair, faz esse esforcinho vai, por favor?
BEIJOOOS LIINDAS *----------*
RECOMENDEM PLEASE!
Câmbio e desligo



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O Espirito do Lobo" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.