Redenção escrita por AnneAngel


Capítulo 15
Aonde Está Sarada?




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Confiança não tem sete vidas

Sarada P.O.V (Point Off View)

A noite caiu de forma demorada fazendo a madrugada  se arrastar, a menina mal conseguia se concentrar em alguma coisa: Havia pessoas do lado de fora de sua casa, menos que antes porque algumas simplesmente desistiram. Mas algumas pareciam MUITO dispostas a aborrecer sua mãe e ela! (Aqueles malditos paparazzi, ninjas e civis de merda!).

Podia sentir as olheiras em torno de seus olhos cansados, mas de qualquer forma não conseguia fecha-los e descansar nem um pouco. Sua cabeça estava a mil por hora, a memoria de sua mãe lhe dando uma bronca ainda era fresca em sua mente: Sakura lhe tirou do local da briga de maneira brusca, havia levado uma bronca de sua mãe, mas não era isso que lhe deixara atônita e nem o fato de estar de castigo.

Ser arrastada para casa aos berros pela sua mãe quando você já era uma Chunnin não era lá a melhor coisa do mundo, mas ela havia sido privada de ter todos lhe observando e do mico que seguiria a situação, já que TODO O MUNDO estava mais interessado na briga de seu pai com o Hokage.

Ela praticamente não ouviu enquanto sua mãe berrava alguma coisa qualquer enquanto fechava a porta de casa com força, fazendo a casa estremecer ligeiramente: Apenas deixou sua mãe gritar o quanto quisesse, sua mente estava bem longe e sua mãe parecia mais nervosa do que o normal descontando tudo nela...

Horas e horas já haviam passado desde então: Ainda se auto questionava o porquê havia ido até aquela cabana, estava na cara que era encrenca. Ela não deveria ter se metido nos assuntos de seu pai, mas agora já tava feito, não havia como voltar atrás. Aquela bagunça era tudo culpa dela até certo ponto, por que Kami? Por que ela foi sair de Konoha com Boruto e Chouchou? Por que tinha que ter sido salva por aquele Uchiha que, ao que tudo indicava, era seu tio?

Sabia a resposta: Ela era uma teimosa, quando colocava uma coisa na cabeça dificilmente tiraria e costumava ir até o fim, mesmo que fosse mancada! (Devia ter puxado isso de algum de seus pais, afinal os dois eram meio desvairados e cabeça dura).

Olhava sem foco o quarto, ele parecia mais escuro do que geralmente estava, sua cabeça doía, mas não fora pegar o remédio, estava completamente sem ação. O que faria agora? Tudo tinha virado de cabeça para baixo de uma hora para a outra.

A noite fora violenta e agitada: Havia várias pessoas do lado de fora da casa dos Uchihas e Sarada quase não podia entender o porquê. Se eles queriam alguma informação da confusão que seu pai armou com o Hokage que fossem perguntar a ele oras!

O aglomerado de pessoas do lado de fora fazia um barulho ensurdecedor, era uma falação sem fim e Sarada imaginou que não fosse conseguir dormir com isso tudo acontecendo. Seus olhos pesavam e sentia sua cabeça tombar para o lado, mas não conseguia pregar os olhos por nem alguns segundos.

Sua cabeça girava tentando imaginar o que aconteceu com seu pai, com o Hokage e claro: Com seu misterioso titio também.

A situação toda lhe intrigava, mas como não havia nenhuma maneira dela saber onde estava qualquer um deles lhe contentava pensar que estavam bem, que estavam se acertando de uma maneira mais civilizada dessa vez.

O tal Itachi ainda era um mistério que ela queria desvenda e tinha a sensação que isso viria mais cedo doque pensava, todos pareciam interessados sobre a volta dele em Konoha, afinal. Fosse pra mau ou pra bom.

Bufando, ela tentou organizar seus pensamentos. Conhecer seu suposto tio foi bem interessante: A aventura de seus amigos e ela parecia fascinante, mas fugir para procurar a misteriosa cabana parecia tão errado agora. Sua mente gritava dizendo que tudo era uma grande má deia desde o começo.

‘’Malditos instintos que só são escutados depois que a merda esta feita!’’ Grunhiu socando um travesseiro.

▀▄▀▄▀▄ ...Um tempo depois...▀▄▀▄▀▄

Chamada eletrônica;

00;47 da madrugada> ‘’Ei, Sarada! Sou eu, Boruto! Você sabe, minha mãe esta uma fera aqui, mas parece estar mais preocupada com outra coisa... E aí? Você esta com uma sensação esquisita? Quem venceu a luta afinal?...’’

00;58 da madrugada> ‘’Ei, sou eu de novo! O Boruto! Tá tão encrencada assim que não pode atender minhas chamadas? Tanto faz.  Meu pai não chegou ainda... Faz alguma ideia de onde está o seu? As coisas estão estranhas! A noite parece maior do que o normal... Acho que não vou conseguir dormir!’’

01;18 da madrugada> ‘’Ei, eu sei que você não esta dormindo, Sarada –[da]TEBASSA!’’

02;16 da madrugada> ‘’Ei, Sarada! Sou eu de novo! Eu acho que sei onde está os nossos pais! Provavelmente em um hospital! Tenho certeza! Ei, Sarada? Esta aí? Se estiver atenda, não me faça de bobo...’’

—-...--

Sabia que aquele loirinho estaria preocupado e confuso com tudo assim como ela, eram bem parecidos em muitas coisas. As chamadas de Boruto não lhe ajudaram em muita coisa, além disso ela não tinha certeza de que queria falar com ele agora porque não sabia como lidar com tudo nem oque dizer: Os pais de ambos pareciam estar com mais preocupações do que transpareciam e Sakura estava quieta demais lá em baixo como se tivesse algo acontecendo que eles não devessem saber.

Quando era de manhãzinha e a noite havia passado, os danos já estavam feitos: Sua mãe estava aflita, transbordava essa emoção tão fortemente que Sarada não conseguiu entender, não sabia se era medo, angustia ou só preocupação com oque tinha acontecido com seu pai (E com Naruto e Itachi).

Sakura a deixou de castigo no quarto depois de terminar de berrar, o que lhe rendeu uma noite imensa: Parecia que as horas não passavam, ou passavam mais lentamente do que o de costume. Perguntas nublavam sua mente, não sabia onde seu pai estava, nem o Hokage, nem o que tinha acontecido exatamente. Isso lhe deixava aflita assim como sua mãe.

Seu pai parecia tão bravo. Não era considerada a mais inteligente de sua geração atoa, era obvio que ela notou a situação; Seu pai achou um suposto irmão perdido há muito tempo e Naruto parecia saber, mas não fez nada por isso estavam brigando. E agora ela estava perdida em meio às pedras rolando e todo aquele caus.

Queria ter algum acesso a informação, mas não tinha como escapar de sua mãe. Que droga! Queria fazer alguma coisa, não aguentava ficar em casa sem fazer absolutamente nada, coisa alguma parecia conter seus pensamentos conflitantes, então tomou um banho longo e colocou a primeira roupa que achou nos armários.

Um telefone tocou lá em baixo, embora estivesse cedo demais. Ela perdeu a conta de quantas vezes ele tocou só aquela noite, não só o telefone da casa como os celulares: Sakura havia confiscado seu celular propositalmente, dizendo que fazia parte do castigo, agora Sarada estava mais aborrecida do que nunca (Seu telefone residencial particular só aceitava chamadas de números conhecidos e por isso não foi incomodada com Paparazzi como sua mãe no telefone lá de baixo).

Ela ouvia um celular tocar de algum lugar e como não era seu toque típico sabia que só podia ser o da sua mãe: Imaginava que o som viesse do quarto dos seus pais.

Tocou e tocou a noite inteira, só para irrita-las.  Sarada não sabia se era grata a ter seu Celular confiscado ou não: Afinal, foram muitas ligações. Muitas de pessoas raivosas e repórteres irritantes.

Mas não ter seu celular também lhe trouxe inconvenientes: Não atendeu as chamadas de Boruto a tempo, aquelas que caíram na caixa postal eletrônica, e depois  sua mãe confiscou o celular, agora se arrependia de não falar com ele.

A Uchiha notou que o celular de sua mãe ainda tocava e ela atendeu, se esgueirando pelos corredores Sarada pode ouvir sua mãe falar com alguém sem muito animo, tudo no dia anterior tinha tirado as forças daquela mulher forte, ela parecia tão cansada quanto Sarada.

Sem precisar se esforçar muito ela notou que a chamada era do hospital, parecia que sua mãe estava falando com Tsunade. Sarada suspirou ao mesmo tempo de alivio, ao mesmo tempo com apreensão: A noite toda foi repleta de coisas que ela nunca pensou em ver, a rua estava agitada, ela percebera isso mesmo estando do lado de dentro de casa, os telefones não pararam um segundo, ora alguém da família querendo saber o que tinha acontecido e como elas estavam, ora um intrometido querendo saber mais do babado, ora repórteres querendo entrevista exclusiva, ora alguns babacas mandando recadinhos, xingamentos e ameaças...

Sua família parecia ter virado o centro das atenções de uma hora para outra, a mais nova atração, ou aberração do momento!

Oque seu pai tinha na cabeça quando foi socar o Hakage? Além do mais, oque tinha de tão assustador em Itachi? Porque todos pareciam teme-lo?

Será que todos estavam bem? E se sim, onde estavam e porque não davam noticias?

Sarada bufou, tudo isso era loucura demais e se ela não soubesse o que estava acontecendo ficaria maluca: Mas não tinha nenhuma chance dela arranjar qualquer informaçãozinha que fosse porque colocar os pés pra fora de casa ela não podia, sua mãe a mataria e ela já tinha levado bronca o suficiente (Não queria mais problemas, sem motivo suficiente).

Além disso, tinha ainda várias pessoas do lado de fora que parecia inútil tentar sair sem ser bombardeada de pessoas: Seria notada na hora!

Não era burra: Não precisava sair de casa para arranjar informação. Ela até tentou ligar seu computador escondida, embora estivesse proibida de fazer isso também. Fez o possível para não fazer barulho e lembrava-se de como seu coração pulou algumas batidas quando a tela de entrada fez barulho anunciando que o equipamento estava pronto para uso, mas sua mãe também não era idiota e fez questão de desligar o modem com o sinal Wi-fi da internet, então não foi de muita ajuda ligar aquela merda.

Ela podia se lembrar da frustração e do suspiro intenso que se seguiu. Não havia como ela ter nenhuma informaçãozinha sequer do tal Itachi ou do desfecho da briga de seu pai com Naruto. Foi uma total perda de tempo se arriscar no computador para nada.

Já estava perdida em pensamentos quando notou que sua mãe não estava onde deveria estar, já havia desligado o celular e saído das vistas de Sarada sem nem mesmo ela notar porque estava perdida em seus pensamentos. ‘’Droga’’ Murmurou antes de voltar ao seu quarto as pressas, fazendo o mínimo de barulho. 

Antes de fechar completamente a porta ouviu sua mãe se aproximar, só deu tempo de pular na cama e fazer a maior cara de emburrada que podia e fingir que estava o tempo todo ali antes de sua mãe se fazer presente no mesmo cômodo. ‘’Sarada, querida. Vou ter que sair. Precisam de mim no hospital.’’ Disse-lhe com a voz firme, mais do que Sarada podia pensar dado que a mulher rosada ficou acordada a noite toda também e estava um caco.

‘’Okay, mãe!’’

‘’Mas você ainda esta expressamente proibida de sair dessa casa. Se precisar de algo me ligue, mas não atenda o telefone a menos que seja eu ou seu pai ouviu?’’

‘’Certo!’’

‘’Quando voltar teremos que ter uma conversa séria sobre tudo isso que está acontecendo.’’ Sakura tentou se aproximar da menina, mas a morena se esquivou enraivecida por ter que esperar por respostas e fez sua mãe recuar. ‘’Tudo bem. Até mais tarde então, fique bem amor.’’ Disse antes de sair, sua voz falhando um centésimo antes de fechar a porta do quarto da filha.

Sarada ouviu a porta da frente se fechar e logo estava de pé na janela: Podia ver sua mãe tentar se livrar dos curiosos do lado de fora, dava pra perceber que as pessoas era incisivas nos questionamentos e raiva, mas Sakura só fechou a cara e passou pela multidão em volta de sua casa sem dar importância aos demais e ordenando baixo para que eles deixassem-nas em paz.

Quando sua mãe saiu de vista, correu para o quarto de seus pais sem paciência alguma, bagunçou algumas gavetas até achar seu celular, o que não demorou muito. Quando tocou-o sentiu-se insegura por alguns segundos, mas logo discou os números desejados esperando que atendesse rapidamente porque não estava com muita paciência para esperar.

A pessoa desejada demorou a atender a Uchiha ficava cada vez mais aborrecida enquanto escutava o aparelho chamar e chamar. ‘’Chouchou?! Sou eu, sua amiga Sarada! Onde está?’’ Quando a voz do outro lado não foi a de quem Sarada esperava ela sentiu seus ombros baixarem ‘’Ahh, oi senhora Akimichi...’’

Ligação inútil. O que se seguiu após isso foi uma série de reclamações e sermões, no fim Karui não deixaria a filha falar com Sarada, a quem a colocou em toda aquela roubada toda.

 Havia uma declaração sutil, mas real: Nem Karui nem Choji queria sua filha perto de Sarada. A Uchiha bufou depois disso, ela já devia ter cogitado algo assim.

Após se recuperar de seu desapontamento com os pais de sua amiga, tentou ligar o modem da internet, o que também foi em vão quando ela notou que sua mãe quebrou a maldita coisa só para ela não usar ‘’Grhaaa’’ Grunhiu de raiva acabando de destruir o aparelho com sua força (Que ela puxou da mãe).

Passando a mão nos cabelos ela tentou se acalmar: Talvez não fosse tão mal assim discar para Boruto, que aliais, ligou inúmeras vezes...

Seus dedos foram rápidos ao teclar os números. Esperar que o Dobe atendesse foi a pior parte, ele podia estar muito bem querendo se vingar dela por não retornar as chamadas mais cedo...

 Mas ela se surpreendeu, não precisou discar mais de uma vez, a voz grogue e cansada surgiu na linha antes do que ela podia imaginar. ‘’Boruto?’’ Ela chamou temerosa, afinal, havia uma pequena chance dele ter tido seu celular confiscado pela mãe também.

‘’Sarada??’’ A voz do outro lado da linha parecia mais surpresa do que qualquer outra coisa.

Suspirou de alivio. ‘’É claro né dobe, quem mais seria?’’

Ele demorou para responder, a linha ficou muda por minutos intermináveis e Sarada quase, quase, se desculpou por chamar ele de dobe. ‘’Não, nada. Ninguém... Estou tão cansado Sarada-Chan’’.

A resposta dele não condizia com quem ele era, então Sarada começou a se preocupar.  Talvez ele e sua família tivessem recebido a mesma quantidade de telefonemas que ela na noite anterior. ‘’Você tá bem Boruto? Você parece muito mal! Esta me deixando preocupada, afinal você está sempre tão seguro de si e animado... E agora...’’

‘’Então você ainda não esta sabendo, né?’’

De repente ficou surpresa com a ideia dele já estar a par de tudo oque aconteceu enquanto ela ficou a noite toda sem nenhuma noticia: ‘’Sabendo de que?’’ A linha ficou muda novamente, a Uchiha sentia seus nervos a flor da pele. ‘’BORUTO, sabendo de que? RESPONDA SHANNARO!’’

O outro se irritou: ‘’Acalme-se tá? Eu não fui preparado pra lidar com gente enervada-[DA]TTEBASSA’’ Ele se demorou na linha, mas como Sarada não disse nada ele prosseguiu. ‘’Olha, acho que isso não é noticia que se diga pelo telefone, entã-’’

‘’COMO ASSIM? NÃO OUSE FUGIR AGORA, DEPOIS DE ME-‘’ Ela foi interrompida bruscamente.

‘’Eu não posso te contar assim, sua doida! Não é o tipo de informação que agente da por telefone. É uma coisa MUITO séria! Eu me importo com você, e seus sentimentos!’’

‘’FALA DE UMA VEZ’’ Reclamou ela agoniada em ter que esperar mais ‘’Já me basta minha mãe me escondendo tudo e meu pai sumido sem dar uma noticia sequer! Somos amigos, por favor, me conta!’’.

‘’Olha, a informação que tenho é meio que uma BOMBA e não da pra dizer isso pelo telefone só por dizer, então eu acho melho-’’

‘’FALA LOGO SEU TAPADO, NÃO ENROLA!’’

‘’TAPADA É VOCE! Sua louca!!!’’ Ele rebateu. ‘’Não te digo porque sou seu amigo e quero que você fique bem, vou te contar pessoalmente quando tudo se acalmar, eu juro!’’

‘’Vá à merda Boruto!’’ Grunhiu. ‘’NÃO TÁ VENDO QUE EU ESTOU UM CACO? Quer acabar comigo mais ainda? Sabe oque eu e minha mãe passamos a noite toda com esse monte de doido e irritados do lado de fora da minha casa? Eu não posso sair, estou de castigo! Se você não vai me contar agora então pare de ladainha, e não diga que se preocupa, Shannaro!!’’

’Certo, você quer a verdade: Vou te informa. Então para de gritar comigo e dizer essas barbaridades porque eu gosto muito de você, [DA]TTEBASSA! ’’ Disse com raiva no outro lado. Ele suspirou e prosseguiu ‘’Então, seu mais novo titio querido é um assassino em massa, ao que tudo indica.’’

Ela ficou muda.

Ele só percebeu que foi um erro contar depois disso. ‘’Sarada??? Você ainda está aí?’’ A linha estava muda e ela desliou logo depois aturdida e sem querer mais saber.

Mesmo depois de ter desligado, continuou com o telefone no rosto, como se ele ainda estivesse lá. Como se isso pudesse lhe passar algum conforto: Ficou ouvindo o barulho de estática por minutos, talvez horas... 

‘’Espera! Como assim assassino em massa?’’ Questionava. Por tempo indeterminado ficou ali parada. De repente se sentia tonta: A informação a pegou desprevenida de tal forma que ela não sabia como reagir.

Podia ter passado horas quando ela percebeu que isso não levaria a nada, então usou o pouco dos créditos que tinha para usar a net do celular, ela não queria ter que gasta-la, mas concluiu que urgia saber o que estava acontecendo e se aquilo que seu amigo loiro disse era verdade mesmo.

As palavras de sua mãe ecoaram em sua mente, talvez ela quisesse conversar com Sarada algo sobre isso, sua mãe provavelmente ficaria desapontada ao chegar, mas a Uchiha não podia esperar até a noite. Sentia seus dedos tremerem ao digitar o que queria muitas vezes errando e tendo que começar novamente.

Ela sabia que seria um baque e tanto, tomou um copo d’água e sentou-se antes de começar a procurar algo sobre os recentes acontecimentos na rede.

Queria poder matar o dobe do Boruto por passar tal trote: Porque aquilo só podia ser piada de mau gosto mesmo. Será que ele não percebeu o quanto ela estava aflita com tudo? Precisava brincar com uma coisa dessas?

Grunhiu alto, agora era questão de honra: Provaria ao loiro que ele estava errado! Seu mais novo tio não podia ser um assassino. Não podia ser!

Ela esfregaria a verdade na cara do Uzumaki e lhe diria que nunca mais falaria com ele depois desse trote: NUNCA mais falaria com ele, tinha passado dos limites.

Procurou rapidamente os sites de noticias. Não precisou procurar muito, a maioria dos jornais online pareciam mais interessados na briga de seu pai com Naruto, havia fotos para todo canto, ela nem imaginava que dava para fazer tantos cliques assim em uma só noite, embora seu pai tenha sido o centro das atenções ela não se atentou muito ao que estava escrito da briga e suas repercussões, algo como “Remanescente Uchiha enlouquece e ataca sétimo Hokage”.

Sua leitura rápida e vaga deixou a entender que o que mais lhe intrigava era a questão de seu tio, ele era o centro de toda a confusão: A maioria dos jornais tinham como foco toda a situação inicial da briga, mas muitos outros levantavam a tona a questão de Itachi.

Ela não queria acreditar: Não podia ser verdade aquilo que Boruto lhe disse!

Sarada não continuou a desvendar todo o mistério sobre seu titio: Sentiu sua curiosidade se esvair e sua força ser sugada por um buraco negro em seu peito ao ler o que vinha a seguir, na contracapa, em letras grandes; ‘’Psicopata Nukenin procurado Internacionalmente no passado reaparece muitos  anos após massacre de seu próprio Clã e o fim da Akatsuki’’

Ela passou os olhos pela noticia sem muito animo, havia algo como uma pergunta, questionando se o assassino estaria de volta ou seria apenas especulação já que não conseguiram tirar foto dele devido a briga de seu pai e Naruto.

A reportagem trazia fotos, antigas, nenhuma atual: Continha Itachi com a roupa padrão da antiga AMBU. Sarada tinha certeza que era a mesma pessoa, embora ele estivesse um pouco mudado. Havia outras ainda mais antigas, onde mostrava a família central Uchiha, seus antepassados e seu pai estavam na foto, juntamente com Itachi.

Olhou a foto com intensidade. Seu tio matou o Clã Uchiha? Sua própria família?

Não podia ser real: Aquilo devia ser a maior mentira já dita em um jornal, não era possível que aquele rapaz tão jovem fosse capaz disso.

Não era possível que aquele homem que conheceu horas antes e lhe salvara, tão bonito e prestativo, fosse capaz de um absurdo assim. E ainda para buscar poder? Não era possível, não mesmo!

Ela se perdeu na noticia: Por instantes ficando sem ter o que pensar. Parecia improvável que um garoto de treze anos matasse todo um Clã em uma só noite, mas seu suposto tio era apontado como um prodígio já capitão da antiga AMBU mesmo com tão tenra idade pelo jornal, conhecido por suas altas proezas antes mesmo de ingressar na academia ninja.

Ela sentia a duvida sondar sua mente, a negação parecia tomar conta de seu interior, por mais que ela pensasse ser improvável a reportagem trazia que, desde um dia depois do massacre, ele já havia sido considerado o principal suspeito. O resto era apenas resquícios de reportagens antigas mescladas com novas informações...

Também era dito na noticia que Itachi havia sido supostamente morto por seu próprio irmão, Sasuke Uchiha, anos atrás que fora o único sobrevivente da chacina e jurou vingança.

Sarada não sabia mais o que pensar: Soltou a respiração pesadamente, sem perceber que havia prendido.

Percebeu que o jornal também apontava a linha tênue que os Uchihas tinham com a criminalidade e listava o numero de derradeiros criminosos perigosos do Clã: SEU proprio PAI era um dos que estavam na lista, com um parênteses bem pequeno dizendo que ele havia sido perdoado por seus crimes e deixara de ser considerado Nukenin havia anos.

Ela nunca soube que seu pai foi nukenin e descobrir assim lhe assustou. Além disso, sabia que seu papai tinha algum passado sombrio: Mas ser único sobrevivente de uma chacina orquestrada por seu próprio irmão, que buscava poder e matou a própria família como um sádico?

Era muito insano: Então era por isso que seu pai sempre foi um cara fechado e cheio de problemas. Ele era assim tão esquisito e distante por culpa daquele irmão inescrupuloso.

Agora as reações e expressões frias de seu pai faziam sentido, fazia sentido porque ele vivia viajando em missões e era tão distante dela e sua mãe. Fazia sentido porque ela não o via há anos em sua vida, tanto que esqueceu dele e teve que sair numa jornada com Chouchou para encontra-lo e relembrar como ele era quando ela tinha 12 anos.

Ele era distante porque ainda tinha muitas feridas em seu coração: E era tudo culpa de Itachi!

 Ela tentou procurar outras informações, mas todas estavam presas em sites restritos ou coisas do tipo. Seus dedos procuravam avidamente algo novo, mas em todos os jornais era a mesma mesmice.

Sarada não estava conseguindo lidar com a situação. Era como levar um soco no estomago sem aviso prévio.

Queria fingir que aquilo não estava acontecendo, queria fingir que era apenas um sonho ruim e que ela acordaria com sua mãe lhe berrando algo desnecessário, seu pai estaria em alguma missão LONGA, como sempre, e esse tal de Itachi seria apenas uma invenção de sua mente cansada...

Não podia acreditar que aquilo estava acontecendo justo com ela. Com tantas famílias para acontecer desastres tinha que ser justo a sua? E ainda desse jeito?

‘’Não! Isso não pode estar acontecendo comigo...’’ Murmurou sem nem ao menos notar.  Ainda tentava procurar algo na internet, não sabia bem o que, talvez algo no final da pagina que dizia que tudo não passava de uma pegadinha de mal gosto, talvez algum cara com uma câmera entrasse em sua casa agora seguido por um apresentador retardado que diria que ela havia caído na sacanagem do ano...

Ela só procurava e procurava algo que pudesse confortar seu coração, mas nada mudava a situação...

Agora entendia todas aquelas ligações, ameaças seguidas por palavras de baixo calão, entendia os repórteres querendo a qualquer custo uma entrevista, o aglomerado de pessoas enfrente a sua porta: Os pedidos incessantes de sua mãe para que ela ficasse dentro de casa!

Antes que pudesse impedir as lagrimas já banhavam seu rosto pálido, em um movimento quase que involuntário seu celular havia se espatifado na parede, ela o jogou com tamanha força que um buraco se abriu na parede da sala devido sua angustia e raiva com tudo que leu.

Deitou-se no sofá como uma bola: Perdendo toda a vontade de fazer algo, o mundo podia se explodir lá fora e ela nem ligaria: Porque o seu mundo já esta desabando de qualquer forma mesmo. De repente sentiu-se doente, sua garganta doía e ela sentia como se uma avalanche tivesse invadindo seu corpo com ímpeto.

‘’Foda-se tudo’’ Disse ao nada.

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Itachi P.O.V (Point Off View)

Seu irmão e ele foram movidos para uma sala restrita no prédio da DIIA de forma abrupta. Ao menos dessa vez estavam sendo mantidos juntos. Olhando o local, notava-se que essa era mais confortável do que as demais salas, no entanto seu conforto estava se tornando inútil considerando o quão entediado estavam.

Ainda não podia acreditar que seu irmãozinho estava ali, tão grande e... Adulto. Não conseguia parar de observa-lo com certa admiração: Sasuke, seu otouto querido, havia se tornado um homem afinal.

Seu querido irmão parecia aborrecido olhando seus pertences: Tudo estava ali, menos suas armas, estava acumulados em uma pequena mesa à frente dos irmãos, mas nenhum deles fez qualquer movimento para apanha-los. Praticamente tudo estava estraçalhado depois da briga com Naruto (Só a capa preta que seu irmão vestia parecia intacta).

Sasuke andava de um lado para o outro no pequeno ambiente, parecia irritadiço em demasia. E o Uchiha de longos cabelos, que estava sentado em uma poltrona, tinha uma expressão neutra e vazia enquanto observava seu irmão andar sem rumo pela sala, não sabia o que dizer, então manteve-se quieto. Queria acalma-lo: Mas oque diria?

Seus pensamentos estavam confusos, tentando traçar uma estratégia ou um plano, mas estava sendo inútil considerando que nenhum dos dois tinha noção de quais eram as variáveis E se continuassem presos ali isso permaneceria por um longo tempo. Questão de fato: Então Itachi por hora desistiu de tentar prever algo. O que lhe deixou jogado em um mar de emoções conflitantes onde ele se perguntava o porquê de tudo isso...

Parecia uma nova chance para si, mas bem que ela podia vir menos tumultuada. Tudo oque ele queria era que pudesse se entender com Sasuke, que ele pudesse conhecer sua sobrinha melhor e ser apresentado a esposa de seu irmão. Ele queria que tudo ficasse bem, queria que Naruto e Sasuke se perdoassem e que todos fossem felizes por apenas uma vez!

Mas isso era pedir demais pra kami-sama, ao que parecia. O Uchiha mais velho suspirou alto, aconchegando-se mais na poltrona de couro. Tentou desviar seu olhar de um Sasuke inquieto, mais foi em vão: Seu irmãozinho havia mudado tanto. Bem, seu otouto ainda tinha a mesma habilidade de se colocar em confusões como antes, então nem tudo tinha mudado assim...

Mas o Uchiha estava surpreso com o quanto alguns anos podiam fazer com uma pessoa: Ainda estava embasbacado ao ver seu irmão tão mais velho, mais que ele próprio agora. Por Kami, seu irmãozinho era agora mais velho que ele... E era um chefe de família casado... E Pai...

Caramba!

Saindo de seus pensamentos, o Uchiha olhou para a porta, permanentemente fechada até segunda ordem, e o outro Uchiha ainda estava irritadiço demais: Kakashi ou qualquer outro não deviam estar mantendo eles ali assim, a qualquer minuto seu otouto se irritaria, colocaria a porta abaixo e sairia sem o menor constrangimento ou peso na consciência. E não teria quem o parasse depois disso, nem mesmo seu Nii-San.

O zumbido do ventilador era irritante, mas não tanto quanto o silencio repentino no andar, para piorar, os sapatos de seu irmão colidindo com o chão tornava as coisas ainda mais frustrantes depois de algumas horas ouvindo-o. 

Itachi queria pedir para seu irmão deixar de ser tão inquieto, mas ele mesmo tinha que admitir que seu interior também estava tempestuoso: Então tamborilava calmamente seus dedos na poltrona, tentando diminuir, inutilmente, o tédio.

Esperava que o objetivo dos Jounins da DIIA não fosse planejar mantê-los ali até a morte. Não precisariam de muito, era só deixa-los morrer de fome considerando que eles não comeram nada desde que chegaram...

Fazia quase uma hora desde que uma mulher veio extrair uma pequena amostra de seu sangue para analise, todos ainda querendo adivinhar como ele estava estranhamente renascido. Desde então ninguém os incomodou: Isso os deixava frustrados.

Ele podia entender que era necessário que ficassem ali, mas se isso for persistir por mais algumas horas Sasuke tomaria alguma atitude e ele considerava que ele não seria capaz de para-lo com tanta facilidade, argumentar seria ainda mais inútil: Seu irmão nunca lhe deu ouvidos mesmo, afinal de contas.

O silencio do ambiente era assustador, ele seria capaz até de cochilar se não fosse aquela situação tão tensa: Além do mais, alguém precisava vigiar seu irmão e só tinha ele disponível naquele instante por isso deixaram-os juntos. O Uchiha mais velho bufou.

Podia sentir a tensão no ar, era esmagadora e constante...

Sasuke olhou-o de soslaio, parecendo impaciente demais. Era obvio que ele estava prestes a faz alguma coisa impensada.

‘’Que foi Otouto?’’ Murmurou vendo seu irmão tremer com um calafrio ao ouvir sua voz intensa, como se tivesse visto ou ouvido um fantasma.

‘’Você e aquele maldito do Naruto mentiram pra mim!’’ Grunhiu. ‘’Ele estava te escondendo, e você super de acordo com isso sem nem se importar comigo e sobre como isso é importante pra mim!’’

‘’Não era nem pra eu estar vivo, Sasuke’’ Disse-lhe sem animo.

‘’POR ISSO MESMO!’’ Gritou irado. ‘’NÃO ACHA QUE DEVERIA TER ME CONTADO? ACHA ENGRAÇADO ME FAZER DE PALHAÇO? É ISSO QUE ACHA, NII-SAN? QUAL O PROBLEMA DO DOBE E O SEU? SEUS MERDA!’’ Socou uma cadeira pra extravasar a raiva. ‘’Justo vocês dois, meus irmãos! Me apunhalando pelas costas nesse joguinho de esconde-esconde!’’

‘’Otouto, nunca foi intenção de Naruto deixa-lo de lado e lhe esconder isso. Eu que pedi isso a ele enquanto tentava entender como raios eu renasci e tentando descobrir como iria acabar com essa bagunça!’’

‘’NÃO INTERESSA! VOCÊS ME FIZERAM DE BESTA! VOCÊ, O DOBE, ATÉ MINHA PRÓPRIA ESPOSA E O KAKASHI! Estou com tanta raiva de vocês, seus bosta!’’ Grunhiu. ‘’Justo vocês, as pessoas que eu mais amo nessa vida, me enganando e me ocultando as coisas! Como foram capazes de fazer isso comigo? POR QUE FIZERAM ISSO COMIGO?’’.

Quando Itachi abriu a boca para REBATER com algo o telefone em cima da mesa começou a tocar repentinamente: O barulho foi tão inesperado que ambos se assustaram por alguns segundos.

O objeto pertencia a Sasuke, eles praticamente chegaram a conclusão de que havia se quebrado durante a briga. Mas vendo a maldita coisa vibrar e tocar uma melodia irritante ficou obvio que não: Aparentemente, mesmo que quase todo destruído a pequena coisa ainda mantinha sua função básica. Talvez as peças de dentro não estivessem tão destruídas como as de fora.

Quando o som parou o silencio oco pegou-os desprevenidos novamente: a briga morreu e o olhar de ambos continuou focado no aparelho mesmo depois do som ter se extinguido. Entretanto não demorou muito até que a coisa voltasse a fazer o mesmo barulho irritante de antes.

 Itachi levantou-se rapidamente da poltrona.

Como cumplices em um plano os irmão entreolharam-se rapidamente, já premeditando o que fazer: Mesmo sem nenhum dos dois trocar uma palavra, começaram a agir. Com um olhar simples ele deu sua total aprovação para que seu irmão pegasse o objeto.

Enquanto o de cabelos curtos apressadamente pegava o aparelho nas mãos tentando achar uma maneira de atender já que estava todo destruído, Itachi correu para a porta e abriu-a com cuidado: Não estavam autorizados a sair dali, mas nem por isso estavam proibidos de abrir a porta. Com uma olhada rápida no corredor percebeu que não havia ninguém por perto, além disso, ninguém pareceu ouvir o som. (Ótimo, já chega de ficar ali sem fazer nada que preste).

Quando olhou de volta ao seu irmão, percebeu tarde demais que ele estava mais branco do que deveria: Parecia aflito por algum motivo não aparente.

Se aproximou de Sasuke preocupado, ouvindo uma voz de mulher do outro lado, parecia nervosa e tagarelava alto e sem parar...

‘’Co-como assim pegou fogo?!’’ Sasuke passou a mão livre no cabelo nervosamente ‘’Nossa casa não pode ter pegado fogo pela vigésima terceira vez no mês desse jeito...’’ Sua voz se perdeu no ar. ‘’Co-Como Como assim... Criminoso?’’ Ele gaguejou.

De repente ele parecia ainda mais branco, tão pálido que parecia um fantasma, o de cabelos longos podia jurar que seu irmão iria cair duro ali mesmo. Sasuke lhe olhou aflito e com os olhos arregalados, parecia paralisado por uns instantes...

Sem pensar muito então, Itachi correu até mais próximo de seu otouto e tomou o objeto de suas mãos sem quase nenhum esforço: Sasuke parecia tão paralisado que não havia notado a aproximação abrupta e nem se importou com ele pegando a coisa.

Pressionando apressadamente o aparelho aos ouvidos pode notar a voz de alguma garota histérica do outro lado da linha, demorou quase alguns segundos para ele perceber que era a esposa de Sasuke falando: Suas palavras eram emboladas, ela parecia tão alterada que ele não entendia metade do que ela dizia.

Itachi tentou acalma-la: Mas ela parecia não estar lhe escutando...

‘’Sasuke! Eu deixei a Sarada lá hoje cedo! Eu falei pra ela não sair! Mas, por favor, diz pra mim que ela esta com você! Diz que ela tá bem! Por favor! Diz pra mim... Tinha um monde te gente raivosa do lado de fora, mas eu não pensei que eles fossem chegar ao estremo de tacar uma bomba lá em casa!’’ Quando percebeu a consequência daquelas palavras ele mesmo podia sentir-se ficar paralisado, seus olhos se arregalaram rapidamente e ele ficou sem ar por instantes.

Não era possível. Não era mesmo! Ele lembrava-se perfeitamente da filha de Sasuke, tinha um desejo enorme de conhece-la melhor...

E não podia imaginar que aquilo estava acontecendo: E novamente era tudo culpa dele! Se ele não estivesse vivo, a família de seu irmão estaria bem e vivendo um dia comum.

Aquela garota era uma Uchiha, ou seja; Inteligente, ele ainda tinha esperanças de que ela havia escapado ilesa, mas...

A mulher ainda estava exaltada do outro lado da linha, Itachi não vez menção de acalma-la mais: Ele perdeu a noção de quanto tempo ficou ali parado, sua nora assustada e ainda lamuriava do outro lado da linha, mas quando Itachi deu por si, Sasuke não estava mais no mesmo cômodo que ele.

‘’Merda’’ Murmurou ao ver a porta escancarada, já deixando o telefone de lado ele correu para os corredores do prédio moribundo. De qualquer maneira, não havia mais nenhuma chance deles permaneceram ali: Tinham que achar sua sobrinha!


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Notas finais do capítulo

O que acharam do cap?