Em Más Companhias escrita por Maritafan


Capítulo 1
Em más companhias - prologo


Notas iniciais do capítulo

Primeira fan fic que escrevo!!!



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A geada do amanhecer era um lembrete de que o inverno estava chegando, frio e implacável.

A tarde anterior fora quente, mas o frio chegou durante a noite e todo o orvalho congelou nas placas de vidro que protegiam as plantações ao redor do Refúgio.

O povo normal, dos quais os Salvadores eram os soldados treinados, já estavam, desde que o sol havia surgido, retirando os parabrisas de carros que foram adaptados para proteger a plantação de batatas e melâncias.

A horta era o orgulho de Behba, a velha responsável pelo cultivo perante o chefe daquele povo duro e sem ilusões.

As folhas, protegidas da geada se fortaleciam ao sol fraco da manhã enregelante sendo observadas pelo homem alto e bonito, vestido com couro preto, cabelo bem cortado e bem barbeado que olhava para as plantações e para os trabalhadores com ar de dono.

Ele estava acompanhado de uma mulher negra, muito alta e bonita, vestida com um casaco de couro dourado, seus cabelos pretos e espessos estavam presos em um rabo de cavalo elegante.

Ela segurava uma garrafa térmica da qual enchia a xícara de seu homem, enquanto ele bebia e oferecia a bebida quente aos trabalhadores com quem falava.

- Negan, meu garoto, que porra tá fazendo aqui fora congelando o rabo, numa porra de manhã fria dessas.

Behba tinha uma língua que fazia o Negan, campeão da linguagem escrota, corar de vergonha.

Mas ela podia falar assim: era velha, trabalhadora e fez parte do grupo original do Negan desde o inicio do apocalipse.

Quando o horror do fim do mundo e volta dos mortos transformados em canibais destruia tudo a sua volta, Behba e um grupo imenso sobreviveu graças a Negan e a Lucille, o bastão que era tratado como divindade pelos salvadores.

- Sapoha, Behba, Carson tá de putaria comigo, vindo me tirar da cama e das minhas vadias logo cedo.

Negan ofereceu o café quente com wiskey servido por Lily, neta de Behba.

A velha negra e forte olhava a neta, avaliando e procurando maus tratos, enquanto esta servia a bebida e sorria, garantindo a avó que estava bem e satisfeita, se comparada aos tempos terríveis do passado.

Sua neta estava bem alimentada, cansada, mas sem comparação com o resto de seus colegas, pois quando Negan se fosse, ela poderia descansar enquanto os outros continuariam trabalhando com mais vigor, procurando garantir os seus pontos de alimentação, vestuario, remedios e até uma bebida de alcool tão necessária para esquentar o corpo no inverno rigoroso da região de Refúgio.

– Brigado, chefe. Behba aceitou e agradeceu o cafe batizado oferecido por Negan e enquanto bebia observava suas preciosas batatas serem colhidas e acondicionadas em caixas para serem levadas para fora da comunidade.

Era uma ocasião rara: os Salvadores não dividiam, os Salvadores tomavam.

– Um grupo bizarro, Negan, meu filho? Beha perguntou respeitosamente.

Negan acentiu:

- Aquele pulha do Tony, mandei vigiar as estradas e coletar o que prestasse pra nós.

E o puto me aparece no meio da noite, atrapalhando minha foda, dizendo que encontrou uma porra dum grupo bizarro!!

Um grupo definido assim era abordado somente por Negan.

Desde o começo do primeiro inverno em que Negan e Lucille assumiram o comando do Refugio e seus associados, os Salvadores patrulhavam as estradas próximas às comunidades resgatando sobreviventes para o Refúgio, o qual era apenas um dos locais que abrigavam sobreviventes do apocalipse zumbi que obedeciam ao Negan.

Conforme a experiencia e conhecimento da abordagem foram aumentando, foram criadas rotinas para cada tipo de grupo de sobreviventes: solitários, casais, mulheres sozinhas, homens, jovens e crianças. Desde o massacre que Rick Grimes impingiu a um grupo inteiro de coleta, a rotina e o cuidado se intensificaram.

Já estavam entrando no terceiro inverno desde o fim da civilização e começo da Era dos mortos que andam.

Nenhuma pessoa que sobrevivesse todo esse tempo poderia ser considerada inofensiva.

Negan estava satisfeito, o novo grupo bizarro era muito promissor, segundo o relatorio de Tony.

Velhos, adultos, jovens e até mesmo crianças menores de cinco anos. Negan sorriu seu sorriso assustador: o dia prometia ser muito lucrativo.


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Notas finais do capítulo

Espero comentarios... Agradecimentos a Menta, Filho de Kiwi, Pat Black e Moni pelas incriveis fanfic que me inspiraram a escrever Em más companhias