Star Wars - O retorno do Império. escrita por Kylo Ren trash


Capítulo 5
Brotherhood.


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, tudo bem? Já to liberando esse capítulo porque muita gente me pediu (na verdade não, mas eu to sem nada pra fazer então vai né).



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Elara

— Como foi o dia de vocês? - perguntou Aaron, quebrando o silêncio.

Eu, ele e May estávamos jantando juntos, já que ele saiu do trabalho mais cedo.

— Muito bom. - sorri - E o seu?

— Muito chato. - disse May de boca cheia - O que? Meditar não é legal!

— Meditar não é para ser legal, May. - a repreendi - É um momento de paz e reflexão que precisa ter consigo mesma. Um dia vai aprender.

— Bom, o meu dia foi muito bom também. Bom até demais. - Aaron parecia pensativo - Quer dizer, só alguns funcionários apareceram. Tínhamos uma reunião marcada, mas o Chanceler não estava presente.

Encarei Aaron intensamente. Como ele só veio me contar isso agora?

— Qual o problema? - May perguntou.

— Estamos sob ataque. - disse me levantando e puxando Aaron junto - Vamos, temos que tirá-lo daqui.

Não acho que foi coincidência, mas quando disse isso o vidro da janela estourou, seguido por tiros. Joguei Aaron no chão e liguei meu sabre de luz, May fez o mesmo. Desviávamos de cada tiro, porém eram muitos e uma hora alguém acabaria morto.

— Eu distraio eles. Tire Aaron daqui! - gritei para May.

— Mas...

— Vá!

Entrei na frente deles enquanto May levava Aaron para longe. Por um segundo, olhei para trás, para ter certeza de que tinham saído daqui. Grande erro. Fui atingida e derrubada no chão, e só então os tiros cessaram. A imagem que apareceu em minha frente me congelou. Depois de todos esses anos.

— Vejo que não mudou. Sempre tentando ser a heroína. - a voz abafada de Phasma soou mais grossa do que nunca.

— Capitã. - a cumprimentei com a cabeça - Vejo que mudou. Sua armadura está mais brilhante. O que fez com ela?

Ela veio pra cima de mim e me levantou, segurando o meu braço ferido. Gritei alto, a dor era quase insuportável. Quase.

— Não tenho tempo para suas piadas, Elara. - disse com raiva - Onde está o Senador Maven?

— O Senador? Pensei que estavam atrás da garota. - essa me pegou de surpresa. O que eles queriam com Aaron?

— A garota é problema do seu irmão. - sibilou, apertando meu braço com mais força - Onde está o Senador?!

Precisava ganhar tempo para eles encontrarem Mestre Leia. 

— Você realmente acha que mesmo que eu soubesse, eu iria te contar? - sussurrei, desmaiando de dor - Oh Capitã Phasma, você é uma mulher tão ingênua...

Isso foi a gota d'água para ela. Ela bateu minha cabeça com força no chão e chutou minha barriga.

— Se não vai me falar - sussurrou no meu ouvido, me dando calafrios -, pode ficar aí, agonizando até a morte. Vamos, o Senador pode estar com a garota, devem estar escondidos no Templo.

Minha visão estava embaçada, via uma figura preta vindo até mim. E então se ajoelhou em minha frente e vi que era uma pessoa. Um homem. Ele me levantou em seus braços fortes e me carregou até meu quarto, me depositando na cama. Depois trouxe uma toalha molhada e a colocou em minha testa. Estava me ajudando. Rasgou a manga das minhas vestes, examinando o ferimento que o tiro causou. Fez uma cara feia e começou a limpar. 

— Quem é você? - perguntei, a voz embargada.

— Sério? - deu uma risada rouca - Você continua descuidada, Ela.

— Heath?! 

— Olá, Ela. Que bom te ver de novo, Joaninha. - ele sorriu. Sorri com o som do meu antigo apelido. Só ele me chamava assim, e apesar de fingir que não, eu adorava. Mas meu sorriso sumiu quando me lembrei do porquê de Heath estar aqui.

— O que você fez?

Heath suspirou, terminando de enfaixar meu braço. Seus olhos derrubavam lágrimas pesadas e eu podia ver que havia um confronto dentro deles.

— Heath, o que você fez?! - perguntei de novo.

— Eu não fiz nada, ainda. Mas você sabe muito bem o que eu vim fazer.

— Por que está me ajudando? Até onde sei, seu mestre me quer morta.

— Porque você é minha irmã! E por mais que não pareça, eu ainda amo você e não te faria mal nenhum - ele engoliu em seco -, mesmo que esse seja meu dever. Lembra? Fiz uma promessa de que não deixaria nada de ruim acontecer com você.

— Você também prometeu que seríamos uma família. - falei, tremendo de raiva - Prometeu que não me abandonaria que nem nossos pais!

— Elara, por favor, estou tentando te ajudar...

Não perdi tempo. Peguei meu sabre de luz e liguei; ele estava preparado e fez o mesmo. As cores azul e vermelha refletiam nas paredes de vidro. Seus golpes eram rápidos e violentos, típico dos Sith. Eu tentava acertar sua mão para não matá-lo, mas ele parecia disposto a decepar minha cabeça.  Ele estava prestes a acertar meu rosto, mas consegui bloquear o golpe.

— Podia ser diferente! Você poderia vir comigo, e então, seríamos uma família! - gritou.

— Eu não quero fazer parte dessa família! - disse, jogando seu sabre pela janela.

— Vá embora. Vá e nunca mais volte. E deixe Aaron em paz, não tem nada com isso. - minha voz saía exasperada - SAIA DAQUI!

Ele me lançou um olhar mortal, colocou seu capuz e saiu da minha casa.

Gritei de angústia, de raiva. De tristeza. Minha cabeça doía e eu queria desaparecer. Derrubei minhas cortinas, quebrei os vasos e chutei a porta. Me deitei no chão frio e chorei. 

— Outro ataque de ansiedade, minha criança? - perguntou o fantasma do meu avô.

— Não. - disse me sentando na varanda - É um ataque de raiva mesmo.

Ele riu e sentou ao meu lado, olhando a cidade. Ela estava mais calma do que o comum.

— Você me lembra a sua avó as vezes. Sempre agitada, sempre com a necessidade de demonstrar seus sentimentos. Não importa eles quais forem. Mas também sempre gentil, não importa o que aconteça. Sua bondade as vezes lhe atrapalha, querida Elara.

— Ela também tinha a má sorte que tenho? - disse, soando mais grossa do que deveria. Mas ele achou graça mesmo assim. Dei um sorrisinho, feliz por ele estar ali. Mas então me lembrei de algo mas importante.

— May e Aaron! E-eu tenho que achá-los e...

— Eles estão bem, criança. - falou, calmo como sempre - Estão com Leia.

— Eu o vi. Estava bonito como sempre, mas seus olhos... - pensei em meu irmão - Eles não eram mais os mesmos. Estavam dourados.

— Sim, isso é um efeito do Lado Negro. - ele analisou meu braço - Ele te fez isso?

— Não, foi Phasma. - toquei as ataduras - Na verdade, foi ele quem fez os curativos. 

— Ainda sente a necessidade de te ajudar. - Obi-Wan falou vagamente.

— Acredite, isso não nos impediu de lutar. 

— Preciso ir agora, minha neta. Que a força esteja com você. - e desapareceu.

— Que a força esteja com você.

Me levantei e fui atrás dos meus amigos. Quando saí de casa me dei conta da destruição causada. Prédios em chamas, carros caídos, pessoas feridas. Caos. Fui correndo até o Templo Jedi, já imaginando o pior. Mas quando cheguei lá Aaron conversava com Leia e May estava sentada em uma maca, com band-aid na testa. Aaron, quando me viu, veio correndo ao meu encontro e fez algo inesperado: me abraçou, me levantando no ar.

— Ah, você está viva! Me falaram que Phasma te encontrou e que você estava ferida. - disse passando a mão na minha cabeça - Isso é sangue? Elara, o que aconteceu com seu braço?!

— Phasma fez questão de bater minha cabeça no chão, sabe, para deixar lembranças. - olhei para baixo - E sobre o meu braço... Bom, eu fui atingida, mas Heath limpou e fez curativos.

— QUEM?! - Aaron rugiu. Eu tinha visto ele alterado apenas algumas vezes e não queria ver de novo.

— Está tudo bem Aaron, ele não fez nada. - coloquei as mãos em minha testa - Por favor, não grite.

— Desculpe. - falou, me envolvendo em seus braços. 

Respirei aliviada. Meus amigos não estavam feridos e eu não estava morta. Tudo estava bem. Não por muito tempo.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado :) esse capítulo me deixou bem tensa, mas eu acho que essa é a ideia...



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