Star Wars - O retorno do Império. escrita por Kylo Ren trash


Capítulo 4
I wanted to be a better brother, a better son.


Notas iniciais do capítulo

Eu fiz esse capítulo no ponto de vista do Heath, imaginei que ele poderia dar uma ideia de como o Império e etc. Espero que gostem!



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Pra quem gosta de ouvir música enquanto lê, leiam esse capítulo ouvindo Stressed Out do twenty one pilots :)

Heath

— Fui informado de que você deixou o jovem Padawan fugir, Lorde Heath. - falou Capitão Hux. Sua voz estava calma e isso me apavorava.

— Ela teve ajuda, Capitão. - engoli em seco. Odiava quando minhas missões   davam errado, isso só ajudava Hux a tentar convencer Lorde Snoke de que eu era um atraso á eles. 

— Uma garota? - ele sorriu - Você deixou uma garota escapar?

— Não importa se é uma garota ou não, é quase uma Jedi - falei com raiva -, sabe que não deve subestimá-los.

— Ah sim, eu me lembro da sua irmã. - estava me provocando - Realmente, uma Jedi incrível. Se tornou uma bela mulher.

— Eu era melhor! Eu sou melhor! - explodi. Como ele ousava citar a minha irmã na minha frente?! 

— Isso não importa. A garota fugiu e precisamos pegá-la.

— O que há com essa garota? - me sentei em sua frente - Não sou suficiente?

— É uma Skywalker. - sibilou - Não tenho tempo para o seu ciúmes infantil. Tem ideia do privilégio que ela pode nos trazer? 

Ele se levantou, fazendo questão que seu manto preto batesse em mim. Suspirei alto, na intenção de fazê-lo perceber que logo me livraria dele.

— Já tem 21 anos Heath, faça-nos um favor e cresça. Agora se me der licença. E ah, Lorde Snoke deseja lhe ver. - e foi embora. 

Chutei a cadeira e gritei. Estava cansado disso. Até quando me desrespeitariam? Até quando me tratariam como criança?

— Se acalme, Lorde Heath. - a forte voz de Snoke tremeu o local.

— Hux disse que queria me ver. 

— Sim. Achei que seria justo ouvir das suas palavras o que houve naquela noite. - disse calmo.

— Levei quinze Stormtroopers comigo, eles eram vinte. - fechei os olhos e me permiti voltar àquela noite - Matamos todos, menos a garota e o piloto. Estavam errados, é uma garota. A nova aprendiz dela.

— Vejo que ainda se recusa a pronunciar o nome de sua irmã. - disse me estudando - Precisa perder o medo desse fantasma do seu passado, meu jovem. Mas prossiga.

— Não sei como, mas a garota conseguiu se esconder. Deve ter achado o piloto por acaso e então fugiram para Alderaan. Acredite quando digo, mestre, a menina é poderosa. -  me ajoelhei - Se deixar-me ir até lá buscá-la seremos mais poderosos ainda.

— Não duvido da sua capacidade de fazer a cabeça das pessoas. - falou ponderando - Mas não posso. Sei que se chegar perto da sua irmã ela te levará de volta para a Luz, e não posso permitir isso.  Também não duvido da capacidade de Elara para fazer a mente dos outros.

Elara. Tinha me esquecido do som de seu nome. Mas nunca me esqueci do seu rosto, apesar de tentar tanto. Evitava olhar nos espelhos, pois sabia de nossa semelhança, mas não adiantava. Era uma fraqueza minha: eu ainda me preocupava. Toda noite, antes de dormir, me perguntava se estava bem, se estava comendo direito ou dormindo o necessário. Me perguntava se ela estava mais feliz sem mim. 

— Ela não significa nada. Nada. Me diga que preciso matá-la e eu o farei. A única coisa que importa agora é a Skywalker. - conforme essas palavras saíam da minha boca, mais culpado eu me sentia. Eu a amava. Como poderia a matar? Não tinha forças para isso.

— Tudo bem então, se é isso o quer. - disse cedendo - Vá até Alderaan, traga a garota e como souvenir me traga a cabeça de Elara. 

— Sim, meu mestre. Com licença. - me curvei e saí de lá o mais rápido o possível. Lágrimas corriam pelo meu rosto. Lágrimas de ódio. Se tivesse me escutado e vindo comigo não teria que matá-la agora, mas Leia Skywalker fez sua cabeça, e então a virou contra mim. Ela tirou minha irmã de mim. E agora, eu iria tirar sua neta.

Tirei minha capa e minha camisa, ficando só de calça. Deitei em minha cama e deixei as memórias me levarem.

"Eu era criança outra vez. 10 anos, talvez. Eu e Elara corríamos pelo Templo Jedi, com pedaços de ferro na mão, fingíamos serem sabres de luz. Os metais de encontravam e rangiam, perturbando qualquer um que quisesse um pouco de paz.

— Sabe que ganharei esta luta, Mestra Jedi, por que insiste em lutar? - brinquei. Essa sempre fora a brincadeira: eu era um Sith e ela uma Jedi, e nós duelávamos até a morte. Ou, no caso, até Maryse Maven levar Elara para casa.

— Um Jedi nunca desiste, Lorde Sith! Pode se render se não quiser que seu bumbum doa pelo resto da noite! - falou, fazendo nós dois gargalharmos. 

— Crianças, por favor, vocês irão se machucar assim! - censurou Mestre Leia, tirando os metais de nossas mãos.

— Ah, mas mestre Leia! Eu estava ganhando! - minha irmã choramingou.

— Não estava não! - disse em minha defesa. Elara mostrou a língua e fiz o mesmo.

— Parem, os dois. Vão dar uma volta no jardim, sim? E Elara, querida, tente não quebrar os vasos.

Elara assentiu e me deu a mão. Fomos andando calmamente, fingindo sermos civilizados.

— Ela, o que você vai fazer quando terminar seu treinamento? - perguntei.

— Não sei, Heath, o que os Jedis fazem? 

— A única coisa que sei é que quero ensinar. - falei animado - Deve ser demais!

— Uh, não, já pensou se seu Padawan ficar contra você? Tipo o que Anakin Skywalker fez com o nosso avô! - disse balançando a cabeça - Quero derrotar os Sith. Trazer paz para a galáxia, sabe?

— Como andam as coisas na casa dos Maven? - mudei de assunto. 

— Meio nervosas. - respondeu, ficando um pouco triste - Aaron vai para um retiro semana que vem, então a casa vai ficar muto chata. Mas, ontem, eu vi Satoro conversando com meus pais. Acho que ele vai me adotar como Padawan.

Bufei, irritado.

— Qual o problema? - perguntou. Sempre tão inocente.

— Você, chamando Maryse e Forense de "pais". Nossos pais se chamavam Zay e Carmyna. Não se esqueça, Elara, você é uma Kenobi e não uma Maven.

— Eles me criaram como filha, Heath, é claro que eu irei chamá-los de pais! Me deram casa, comida, e o mais importante: me deram amor. - se irritou - O que há com você?!

Eu ia responder, mas Leia me interrompeu.

— Elara, querida, sua mãe está aqui!

Ela me olhou como se dissesse "viu?!" e saiu correndo para os braços de Maryse. A mulher a abraçou e beijou seu rosto, a levando embora."

Levantei assustado, a respiração acelerada. Outro pesadelo. Esfreguei meus olhos, na tentativa de afastar esses pensamentos. Levantei e fui até a Sala do Imperador. Aquela sala não era usado, mas eu gostava de ir lá para pensar ou fazer estratégias de ataque. Me sentei no grande trono de aço e olhei para a desfigurada, mas intacta, máscara de Lorde Vader.

— Um dia irei comandar a galáxia. E então todos se curvarão para mim.

 


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Não sei porque, mas escrever esse capítulo me deixou muito perturbada. Não se esqueçam de comentar, por favor!



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