A noite havia passado , só que parecia ter levado mil séculos para o Sol substituir a luz da Lua, segundo Violet’ enquanto a mesma pensava. Ela sofria de perturbadoras insônias , e quando conseguia finalmente cair num sono só lhe restava presenciar vários pesadelos, que a fazia passar a noite em claro e com medo. Sim, a Loba de 16 anos tinha medo de pesadelos. Uma piada na verdade, perante as circunstancias.

Mas finalmente se podia escutar o cantar dos pássaros numa inquieta sinfonia , oque indicava a chegada da manhã. Apesar de o dia estar nublado, passavam vestígios de luz sobre a cortina que tampava a grande janela do quarto da mãe de Vii’, onde ela se encontrava sentada encima de um cobertor no chão bagunçado. Decidiu se levantar para arrumar o café da manhã, e então viu que a pequena Serena estava se deliciando num sonho aparentemente agradável, já que estava estirada na cama de qualquer jeito e sorrindo com os olhos mexendo de um lado para outro. Violet queria acordar a menina de um jeito épico, mas sabia que após isso teria que arcar com as consequências, e além disso, não queria ver como a princesa ficaria em um momento de pura raiva.

Sem mais delongas, passou pela porta cuidadosamente fechando-a em silencio , percorreu o corredor comprido da casa onde levava até o seu quarto, e chegando lá encontrou Samantha também estirada na sua cama, só que de cabeça pra baixo e babando enquanto dormia, Violet se lembrou que também dormia do mesmo jeito quando mais nova, e era engraçado. Sem pensar duas vezes, ela foi se aproximando da criança e começou a fazer cócegas nos pés dela, fazendo a mesma cair no chão com os olhos extremamente “esbugalhados’’.

—Quem você acha que é pra me acordar assim?! –Disse a menina ficando de pé ao lado da cama passando as mãos pelo rosto para faze-la acordar.

—É hora de se levantar, olhe só  –gesticulou como se houvesse um relógio imaginário em seu pulso –já é meio-dia. Agora tenho duas preguiçosas na minha casa.

— Nunca! Meio-dia? Eu jamais acordo tarde assim.

—Ah, eu tava só brincando pirralha. –Disse dando um abraço que não foi retribuído.

—E então?

—Então que você vai me ajudar a fazer o café.

—Eu tenho 6 anos, e não sou sua empregada. –Se dirigiu ao corredor da casa tendo Violet seguindo-a.

—Pois bem. Você vai aprender de qualquer jeito mesmo a se virar. Vá acordar sua nova mamãe. –Riu brevemente.

—Que? –Olhou confusa enquanto Vii’ descia a escada para a cozinha.

—Só acorde a garota que esta nesse quarto ai. Ah, e de um jeito bem criativo!

A criança loira foi andando até a porta e a abriu cuidadosamente, e lá dentro encontrou a sereia que dormia ainda em um sono intenso. Sammy andava de um lado para outro, pensando em como iria acordar a pobre vitima da vez, então teve um ideia. Ela bagunçara seu cabelo para tampar seu rosto totalmente, e estava toda de branco. Na verdade parecia mesmo um fantasma. A garotinha enfiou-se de baixo da cama e começou a dar socos no colchão, ouvindo a menina que estava por cima se remexer na cama e bocejar, indicando que estava acordada finalmente, então observou os pés da mesma tocar o chão indo em direção ao espelho do quarto para arrumar deu cabelo. Então a garotinha saiu de lá, andando como um zumbi,  sem aparecer no reflexo do pequeno espelho, dai tocou o ombro de Serena fazendo a ruiva girar-se para ela, e ao olhar levar um tremendo susto.

Dizem por ai que o canto de uma sereia  assemelha-se ao de um anjo, mas posso lhe dizer que o grito parece obra do demônio. Serena gritou tão alto que podia se ouvir do outro lado do quarteirão o ruído detestável. Isso fez com que a criança acabasse se assustando junto com ela. Uma cena bem indiferente e engraçada.

—Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaah? O que você ta fazendo aqui? –Olhou para a criança sentada no chão dando gargalhadas, mas um pouco assustada e irritada com o barulho que havia presenciado.

—Ora, Violet mandou eu te acordar de um jeito criativo. E que porra de grito foi esse mulher?!

—Além de ridícula você tem boca suja criancinha? –Disse puxando a orelha da menina loira.

Nesse instante Vii’ adentrou o quarto com as mãos nos ouvidos e olhos fechados com uma expressão de quem estava com dores de cabeça , então viu Serena com uma mão levantada para dar um “corretivo” à Samantha.

—Ei! Que isso? Serena, se você mover mais um centímetro com essa mão, você vai sofrer muito! –Disse Violet irritada com a atitude de Serena.

—Você mandou essa pestinha me acordar assim? –Jogou Sammy para longe de si.

—Ora, eu dei uma sugestão , e parece que ela gostou. –Disse sorrindo e levando a mão à cabeça.

—Vocês duas são chatas demais! Como se aguentam? –Murmurou a menininha ao sair do quarto para finalmente tomar seu café da manhã.

—Olha que é apenas o começo não é princesa? –Violet abriu caminho para a outra adolescente passar.

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Estavam as três sentadas na mesa de jantar, apreciando a salada de frutas que a menina loba havia preparado enquanto ocorria o alvoroço no andar de cima. As três se fitavam com olhares diferentes, Vii’ olhava para Sammy com uma expressão de divertimento enquanto Serena encarava as duas com um tom de reprovação.

—Haverá vingança! –Disse com um sorriso sínico estampado no rosto angelical.

—Aposto que sim. –A maior concordava ainda rindo.

— Mudando de assunto. Violet, será que você poderia me levar para conhecer a cidade hoje? Estou curiosa para saber onde vou viver pelo resto de minha vida.

—Resto d-da vida? Ham...Tudo bem, eu te levo.  Sammy, você vai querer ir junto?

— Eu estou bem aqui! E eu não posso sair por ai, depois do que aconteceu algumas pessoas vão me procurar não acha? –Disse seriamente.

—Essa criancinha é bem avançada para a idade dela, não é? –Perguntou Serena.

—Eu era assim também, parece que a idade não é nada quando somos seres sobrenaturais. –Murmurou com uma cara triste.

—Mas enfim, vamos?

—Sim.  Tem certeza de que você vai ficar bem aqui sozinha por algumas horas bebezinho ?

—Não sou um bebê. Vou ficar vendo TV’. Aquela garota a Keroline...

—Karoline...?

—Essa mesma! Se quiser mandar ela pra cá... Seria legal, eu gostei dela.

—Tudo bem. Então eu vou arrumar a casa e vamos dar um passeio pela cidade de Nova Orleans. Tan tan tan –Cantou uma musica de suspense, mas não deu muito certo.

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Violet foi até seu quarto onde Serena estava deitada observando seu colar “mágico” que segundo a pequena, era de incrível importância. A morena começara a remexer seu guarda roupas procurando um traje que lhe agradasse para sair pelas ruas da cidade.

—Pode sair do meu quarto? Vou trocar de roupa, e não sei se você gostaria de me ver nua. –Disse brincando, e ao mesmo tempo mandando um olhar duvidoso à menina que se sentara na cama.

—Eu estou bem aqui.

— Você quem sabe.  –Retrucou , começando a se despir na frente da outra que parecia estar envergonhada.

—Eu não sabia que você ia mesmo fazer isso! Droga! –Disse tampando seus olhos enquanto Violet continuava a retirar suas roupas, mas agora estava apenas de calcinha e sutiã na frente do espelho olhando os arranhões que a luta há dias lhe provocara.

—Mas foi você quem disse, agora aguente a pressão.

Serena tirou sua mão do rosto e pode ver o corpo de Violet. Estava tão castigado e avermelhado, mas isso não lhe chamara atenção, e sim as curvas da Loba que eram tão gostosas só de se ver, imagine então se pudesse tocar. A ruiva sentiu suas bochechas rosarem e ficarem quentes, e esse calor se estendeu por todo seu corpo. Ela não havia sentido isso antes, o que seria aquilo? Queria saber o porque disso.

Violet finalmente acabara de se vestir e Serena achava aquele tipo de vestimenta um pouco masculina demais para meninas. Então Vii’ exibiu sua mão para Serena poder agarrá-la e ser guiada para fora da casa, em direção à garagem onde estava sua moto que amava tanto. Subiu nela e olhou para Serena esperando a menina subir na garupa, então ela ficou parada ali olhando para o veiculo como se fosse algum tipo de monstro que nunca tinha visto antes.

—Qual o problema? Nunca viu uma moto? –Disse confusa.

—Que tipo de carruagem é isso ai? –Perguntou curiosa e com medo.

—Carruagem... –Riu – isso é uma moto, e é como se fosse um carro só que com duas rodas. Não precisa ter medo, é só subir que eu te guio princesa. –Pegou a menina pela cintura e ajudou-a a se sentar na moto.

—Meu Deus, eu não quero morrer hoje Vii’ – Agarrou-se na loba.

—Poxa , você até me chamou pelo nome. Estou surpresa. –Gostou de sentir a garota entrelaçar seus braços sob sua cintura.

—Agora vamos. Se Segure bem!

—Pode apostar que estou segurando.

Então as duas saíram da casa num segundo,  enquanto Violet mostrava todos os lugares para Serena ela ficava feliz de poder passar mais tempo do que imaginava com a princesa dos mares. As Lojas, a escola, o parque, a igreja, e outros lugares “meramente” importantes na vida de todo cidadão dali estavam sendo descobertos pela menina novata.

—Acho que vou te levar a um lugar que gosto muito, acho que você vai se interessar por ele.

—Tudo bem, vamos até lá.

Violet passou por um caminho que tinham muitas árvores , e suas folhas caíam ao passar da moto, fazendo uma “tempestade” verde e Serena se soltara de Violet colocando seus braços para o alto, sentindo o vento no tocar seu lindo e alvo rosto. Era boa a sensação.

Então Violet parou a moto ao lado de uma cerca e as duas desceram do veiculo. Violet agarrou a mão de Serena levando a menina até o alto de um morrinho, onde ficava uma árvore enorme com aparência antiga, e que tinha um balanço ligado à ela. O cenário em que estavam era excepcionalmente lindo aos olhos de Serena. Ela pensava que o mar era o único lugar com belezas naturais incríveis, mas soube naquele momento que estava errada. Ela ficara mais impressionada a cada passo que davam. Pássaros diferentes, climas diferentes, flores , vegetações , e paisagens. Isso a fazia querer conhecer muito mais sobre o mundo dos humanos.

Chegaram perto da árvore e lá Serena se sentou e deitou , sentindo a grama tocar seu corpo e o vento balançar os fios de seu cabelo ruivo, ao seu lado estava Violet observando o horizonte, parecendo estar hipnotizada com oque via. Então Serena tocou sua mão e se aproximou dela.

—Como você achou esse lugar? –Perguntou a menina fixando seu olhar no rosto da outra que não olhava de volta.

—Ora, muita falta de o que fazer e revolta na mente. Hehe! Mentira, eu sou uma nerd. Eu vinha aqui para estudar também, já que em casa não tenho sossego. Mas, ta vendo aquela fazenda? –Apontou para frente onde havia um rio que passava por uma ponte e logo em diante se encontrava uma casa enorme. –Meu primo que mora aqui me disse que lá viviam meus bisavós. Eu fui lá um dia, mas é meio estranho.

—Ah, entendi. Então você é inteligente e revoltada. Você vinha aqui porque era um lugar com laços familiares provavelmente, eu também ia em um lugar que minha mãe costumava frequentar. Me trazia paz.

—Na verdade eu vinha aqui quando algo de ruim acontecia, esse lugar me faz sentir bem. Como... –Violet lembrara que não podia falar aquilo.

—Como o que?

“Como quando eu estou na sua presença” –Pensou a menina.

—Nada, esqueça.

—Ok, aqui é muito bonito.

—Uhum... –Murmurou – Você não acha que esta na hora de me contar mais sobre sua vida?

— Não é nada demais, eu só tenho 17 anos, sou uma princesa, meu pai vai morrer, e estou sendo forçada a me casar. –Agarrou-se ao braço de Violet como se fosse lhe dar proteção. –Não tenho amigos, sempre fui sozinha e meio louca.

—Então... Não está mais só, e eu sou sua amiga. –Disse sorrindo e entrelaçando seus dedos aos dela, sentindo o perfume da sereia enquanto o vento batia nos cabelos da mesma.

— Obrigada por isso. Na verdade, se nada disso tivesse acontecido, eu estaria naquele reino e sendo tratada como criança. Acho que agora acredito em destino. –Sorriu brevemente.

— Todos merecem atenção... Você pode contar comigo pra qualquer coisa.

—Ham... e ai? O que os humanos fazem pra se divertir?

—Eu costumo ouvir musica e ir em show’s , mas eu não sei se isso combina com você.

—Por que? –Perguntou indignada

—Porque você é uma princesinha e não tem cara de roqueira louca, como eu!

— Pois eu posso ser o que eu quiser, me leve à um lugar desses ai agora! Eu exijo!

—Seu desejo é uma ordem –Disse rindo, e pegou a menina pela cintura à jogando nas costas. Como sempre deixou-a furiosa.

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Violet ligara para seu ‘colega’ Deivy que era o menino das festas. Toda semana ele à chamava para ir em alguma balada louca, e que ,além disso, eram baladas gays.

Deivy era cismado com Violet, pois a chamava todo dia na escola perguntando sobre sua sexualidade dizendo que a garota andava como “caminhoneira” . Coisa bem estranha, e que na verdade, Violet não queria contar para ninguém além de sua amiga de verdade Karoline. Enfim, havia uma festa na casa do garoto, e estavam partindo imediatamente para lá. Vii’ pensou se era uma boa ideia Serena presenciar festas como esta, mas achou que seria uma experiência dada como “interessante” .

Chegando lá, Deyvi as recebeu apontando para a entrada de sua casa, (Mansão na verdade). Porque quem é que tem uma casa com um portão seguido de um jardim que leva até uma rotatória feita de um enorme chafariz no meio, localizado em frente à entrada da casa? Pessoas ricas? Exatamente!  

Ao entrar na casa Serena ficou espantada com a cena que encontrou. Pessoas se beijando, musica alta, bebidas, drogas, nudez. Tudo de uma vez! Na cabeça da garota, aquilo era o inferno em pessoa. Assustada, enfiou-se atrás de Violet agarrando-se nela.

—Calma Serena, eu vou achar um lugar mais tranquilo pra nós duas ficarmos.

Encontraram um quarto vazio e permaneceram la.

—Vocês adolescentes são extremamente estranhos. –Ficou à beira da janela observando as pessoas nuas na piscina apreciando seus drinques chiques. –Esse menino não tem pais?

— Pessoas ricas são assim mesmo. –Riu .

— O que é isso? –Apontou para uma garrafa de energético situada na estante.

 -Isso é uma bebida que deixa as pessoas... Ham... Loucas!

— Quero provar! –Bebeu tudo de uma vez, fazendo Violet pegar a garrafa da sua mão e jogar longe. Oque não foi boa ideia, pois fez uma bagunça.

—Ops... –Olhou com um tom de reprovação para Serena . –Ei! Calma ai! Nossa...

—Puxa vida, isso é gostoso! –Pegou mais uma garrafa e tomou.

—Vou deixar você apreciar as belezas da vida, vá em frente. –Deitou-se na cama confortável olhando Serena se embriagar. –Beba aquilo ali também, isso é álcool! –Riu.

—Você não quer? –Subiu na cama, indo até Violet caminhando como uma onça à caça de seu jantar, olhando Violet com uma fixação estranha.

— Não, obrigada. Estou bem assim, alguém aqui precisa dirigir não é?

Serena ficou encima de Violet , sentada no rumo da cintura da loba fazendo a mesma se excitar sem mesmo pensar em segundas intenções. A sereia ia se aproximando mais e mais com seus lábios até o rosto de Violet.

—Ouvi falar que humanos cometem muitos pecados, até mesmo antes de virarem adultos. Vocês são muito danadinhos!

—Eu , tecnicamente não sou uma humana. Mas, sim. É por ai... E eu sou um anjo de pessoa. –Riu brevemente ficando hipnotizada ao olhar para os olhos de Serena.

— O que aquelas pessoas ali fora estavam fazendo? Se beijando, é tão gostoso assim fazer isso? E eu nunca vi mulheres beijando mulheres. Isso é permitido?

—Ora, se você quiser é permitido. –Ficou com as bochechas avermelhadas.

—Por que você está tão quente Violet?

—Ham... N-nada?

Serena saiu de cima de Violet, se deitando ao lado da mesma, mas agarrando a camisa da Loba de um jeito “diferente” . Nesse momento, entraram no quarto uma menina e um garoto, que pareciam querer fazer algo “safado” entre os dois, mas se surpreenderam ao ver as duas meninas na cama. Então um deles perguntou :

—Ei! Olha só, o que temos aqui?

—Acho que ganhamos acompanhantes! –A menina riu olhando para Violet mandando um beijo para ela.

Serena estava confusa. Então se levantou e foi em direção aos dois botando eles para fora.

—Não se pode ter privacidade?- Ficou irritada.

—Epa, se acalme. Isso é  normal, eu acho. São só heteros idiotas.

—Heteros ? O que é isso?

— Bom , pra resumir. Hetero é mulher com homem. E Gay pode ser mulher com mulher ou homem com homem.  –Explicou esperando uma reação espantada.

— Interessante...

— É ? Bom.. ham... acho melhor nós irmos embora. Isso aqui não ta com nada!

—Ah, estava começando a ficar bom. –Disse fazendo Violet se deitar na cama novamente subindo em seu colo, e agarrando seu cabelo.

De repente , Deivy entrara no quarto abraçado com um menino e sem camisa. Ele e o menino trancaram a porta sem ver as duas ali. Então um arranhão de garganta os chamou atenção antes que começassem  o ato com as duas no mesmo recinto.

—Ah , VIOLET!!!!! Você tá aqui , sua caminhoneira ! Eu sabia que você era lesbica, olha só pra isso! Sai logo do armário menina!

Violet ficara vermelha, tirando Serena do seu colo e indo em direção ao menino.

—Deivy sua bixa ridícula ! Eu estou indo embora agora. –Riu abraçando o garoto.

—Aaaaaah!! Mas já? Ok.. vão logo que eu quero transar !

— Tudo bem... –Violet Puxou Serena para que pudessem sair dali logo.

Ao sair da mansão as duas estavam sentadas no passeio da rua escura, Violet esperava Serena acabar de botar para fora o que havia provado de bom da vida. Enquanto isso, Vii’ ouvia passos longos se aproximando dali, e pode ver que era um bando de meninos, uns 4. Então eles começaram a gritar com as duas e um deles mostrou uma arma para Serena, fazendo Violet se levantar imediatamente ficando numa posição de proteção à frente da menor.

—O que essas duas gatinhas fazem aqui uma hora dessa? –Disse um deles com os olhos avermelhados, parecendo que havia usado drogas a pouco tempo.

—Não é da sua conta, e posso te garantir que esta mexendo com a pessoa errada.- Disse Violet aproximando-se do garoto com a arma.

—Olha só menina, só entrega a outra ali pra nós nos divertimos e você não sai machucada. –Ordenou o mesmo garoto apontando a arma para o peito de Vii’

— Olha ME-NI-NO , você dá meia volta com a sua galera e eu deixo vocês viverem . –Disse ela apertando o punho. – Ou ... Não tem “ou” , é isso ai mesmo.

O garoto foi correndo na direção de Serena enquanto os outros a seguravam, então uma força do além tomou o corpo de Violet que pegou o menino pelo pescoço com uma mão apenas o jogando no ar e em seguida colocando-o diretamente no chão, fazendo ele bater a cabeça tão forte que saira sangue de seu crânio esmagado.

Serena foi tomada pelos outros meninos que começavam a passar as mãos imundas pelo corpo da garota indefesa e sem força, estava sendo invadida e não sabia o que fazer. Aquilo não estava certo. E então um ódio pairou pela mente de Violet que a fez atirar nos 3 que espalhavam suas mãos por Serena. E não foram poucos tiros, foram vários.

Um homem enorme saíra da sombra de uma árvore, então Violet pode enxergar com clareza o rosto dele, era Marcus.

—Olá garotinhas! Que situação magnifica encontrar as duas aberrações por aqui. Parece que os palermas que hipnotizei não agravaram nenhum efeito em vocês. –Disse serio.

—O que você esta fazendo aqui seu idiota?!

—Vim pegar a sereia que você tomou de mim!

Naquele momento Violet soube que teria que lutar com aquele brutamontes, então os dois travaram uma guerra, uma guerra entre lobo e vampiro. Violet estava sendo horrivelmente socada e machucada, mas não desistia de também o atacava. Neste momento Serena levantou-se do chão e uma luz imensamente clara saíra de seu colar e essa luz pairava sob sua mão. Todo seu corpo estava brilhando, e ver Violet sendo machucada daquele modo não a agradava de modo algum, ela tinha que fazer algo para impedir. Então essa luz virou FOGO, uma chama imensa de fogo que ela jogou sob Marcus, fazendo o homem cair no chão sendo queimado e queimado. Até que o fogo sumiu de seu corpo gelado o deixando estirado no chão com os olhos fechados e desacordado.

Serena se aproximou de Violet que estava muito machucada e sangrando sem parar.

—Violet ! Violet ! Você tem que ir pra casa! Vamos sair daqui.

—Vamos...

Violet olhou para o corpo do homem querendo arrancar o coração dele, e sem pensar o fez! Jorrava sangue para todo canto! E Serena estava espantada com a atitude da loba, que subiu logo na moto ligando-a pronta para partir para sua casa novamente.

—Serena, venha logo antes que eu exploda!

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Chegando na garagem de casa Violet jogara a moto para o chão sem cuidado algum, e se dirigiu aos fundos da casa onde tinha uma cabana menor. Serena foi correndo atrás da garota querendo uma explicação.

—Onde você pensa que vai depois do que aconteceu Violet? –Serena corria e segurou o braço da maior.

—Não te devo satisfação da minha vida! –Urrou.

— Violet ! Não faça isso comigo.

— Vá para dentro e tome um banho, você esta passando mal. Tome uma agua gelada e jante. Precisa dormir, já viu que horas são?

—Não me interessa a hora, você tem que falar comigo se não, não vou saber o que fazer.

—Eu já disse.

Entrou na casa, já que fora impedida pela outra. Passou direto por Samantha e Karoline sem dar explicação e Serena fora atrás da loba que estava se despindo e se direcionando para o banheiro de seu quarto. Serena entrou no banheiro querendo conversar , mas tampara o seu rosto.

— Me desculpa ter passado dos limites! E obrigada por me proteger.

— Eu não presto nem para lhe proteger, não deve esperar muito de mim, você se salvou e salvou à mim, ao atacar aquele vampiro.

—Me protegeu daqueles moleques! Não fale assim.

Violet estava debaixo da água que ardia quando tocava seu corpo totalmente ferido por Marcus. Ainda bem que finalmente ele estava morto.

 Serena abriu o box do banheiro entrando debaixo da agua também, fazendo seu corpo se molhar juntamente com o de Violet. As duas se olhavam como se pedissem desculpas uma a outra. Serena tocava o corpo de Violet jogando algum tipo de cura, que fez o sofrimento da maior se cessar, gerando um gemido baixo de alivio, que aos ouvidos de Serena soava como um sinal de agradecimento.

—Você esta melhor agora? –Perguntou Serena.

—Estou. –Saiu do banheiro se vestindo.

—Aquilo tudo que aconteceu, esqueça.

—Não tem como esquecer daqueles idiotas pensando que podem ao menos dirigir a palavra à você, tanto mais quanto te tocar daquele jeito. Valeu a pena matar cada um deles, e que as suas almas apodreçam no inferno escaldante.

— Pare com isso... –Disse , tocando o rosto de Violet fazendo com que a menina olhasse para ela.

As duas estavam deitadas na cama de Violet, que era envolvida por um abraço caloroso de Serena. E ali as duas adormeceram uma abraçada à outra.

Violet poderia dormir em paz finalmente, mas só por alguns dias enquanto não surgiam mais problemas...