Love, Love Day escrita por Kunimitsu


Capítulo 2
|Armin|




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Love, Love Day

Armin

 

— Obrigado por me ajudar.

A garota dos longos cabelos negros e olhos azuis meia-noite levantou o olhar para o garoto que depositava mais uma caixa em um canto daquele cômodo de tamanho médio. Estavam localizados dentro do porão da casa do rapaz, em que Anemonne ajudava o maior a limpar o lugar. O porquê de gastar aquele belo dia dentro de um lugar mofado? Pois, em pouco tempo aquele cômodo se tornaria uma nova sala de entretenimento para o garoto e seu irmão gêmeo.

E pela primeira vez, Armin se encontrava eufórico com algo que não fosse seus jogos.

Bem, seus jogos e Anemonne, pois apesar do que diziam, Armin tinha muita estima e carinho pela namorada. A mesma que deixara o moreno dos fios repicados até os ombros de cabelos em pé, já que quando descobrira que estava a gostar verdadeiramente da pessoa mais curiosa que conhecera; Anemonne fez com que fosse difícil conquistá-la.

Ou seja, um desafio fora lançado que acabou com ambos sendo premiados.

Seu namoro ainda era muito recente, pouco mais de um mês. Ambos admitiam que passaram essas primeiras semanas bem, bem até demais já que poucas vezes não eram vistos separados. Apesar disso, não eram um casal pegajoso e que não poderiam viver sem ter a boca do parceiro colado ao do outro. Contudo, havia um companheirismo crescente entre os dois, um entendimento confortável.

Porém, eram notáveis as diferenças entre os dois, tanto que alguns de seus amigos se surpreenderam quando fora anunciado que eles estavam oficialmente, juntos. Por exemplo, já era comum que todos os estudantes de Sweet Amoris soubessem que Armin era um gamer assumido e muito dedicado. As repreensões e algumas detenções devido a ser pego jogando no meio da aula eram algumas provas de tal dedicação. Além do fato que Armin era pouco focado nos estudos e que não era um fã da natureza.

Por outro lado, Anemonne era uma boa aluna, que não via muito interesse nas modernidades do século XXI. Ela mesma havia afirmado que deveria ter nascido em uma época errada, pois a tecnologia para odiá-la, sem contar seu interesse por quinquilharias antigas. Sua maior obsessão eram as máquinas de escrever, coisa que fazia com categoria refinada. Ademais, Anemonne era dedicada aos estudos e vinha de uma família de grandes autores de contos e poesias.

Não fora tão surpreendente quando a morena ficara amiga de Lysandre e Nathaniel.

E o pouco em que eram compatíveis era por terem a mesma tonalidade de cabelos e olhos azuis – com a pequena diferença que Armin possuía olhos azuis claros, enquanto a namorada possuía íris azuis escuras quase negras –, e também o fato que Anemonne, devido as suas diversas alergias as plantas, não era tão fã da natureza. Apesar disso, nada a impedia de passar o dia no parque, como sabia que seu cunhado estava fazendo no momento.

— Você acha que Alexy está bem? – Anemonne de repente indagara, quando enfim terminara com a arrumação.

O porão agora tinha um largo espaço no centro, as caixas e algumas prateleiras ao canto. Havia ainda um pequeno sofá e almofadas espalhadas pelo carpeta cinzento. Levara a maior parte da tarde para arrumar tudo aquilo e a garota sentia satisfeita por encerrar. Mesmo sabendo que no outro dia ainda viria para ajudar os gêmeos com a deslocação de alguns móveis e os diversos jogos que ambos possuíam – Armin, claro, os tinha mais que o irmão.

Ah, tenho certeza que ele não precisa que nós nos preocupemos. – comentou o moreno maior casualmente, um sorriso matreiro em seus lábios.

Uma sobrancelha delineada e fina erguera na face pálida de Anemonne, a mesma que não escondia sua óbvia curiosidade de seu namorado. Armin percebendo tal coisa meneara a cabeça, rindo enquanto erguia a mão que detinha seu celular a segura-lo. Coisa que Anemonne não havia reparado anteriormente. Mas mesmo assim pegara o objeto e lendo a mensagem que o namorado recebera há poucos minutos. Não conseguira conter o riso de escapar por entre os lábios pintados de rosa. A mensagem era simples, mas muito clara:

“Eu estou com Crispian! Volto tarde. Bye, bye.”

— Então, ele está com Crispian? Finalmente, hun. – murmurou a morena para consigo mesma, mas sabendo que o outro a ouvira perfeitamente. – O que achas?

— Ele parece bem. E como você mesma disse, finalmente. – dera de ombros, olhando em volta como se a procura de algo. – Mas nada irá me impedir de ter uma conversinha com o senhor Crispian.

Anemonne bufou diante da fala prepotente do outro adolescente.

— Você passa uma imagem de garoto despreocupado com o irmão, mas no fundo é super protetor com Alexy. – comentou com diversão, erguendo o olhar para o namorado.

Franziu o cenho.

Armin estava em frente à caixa onde se encontravam as diversas chaves de voltagem que eram da casa. O moreno olhava com a testa franzida e lendo um pequeno papel colocada a tampa interna da caixa. A moça tinha um mau pressentimento sobre o que o mais alto queria fazer. Afinal, não se deve brincar a energia sem o conhecimento certo.

— Armin, o que diabos você está fazendo? – exclamou exasperada ao ver o namorado mover uma das mãos para uma das chaves.

— Calma Anne, eu sei o que estou fazendo. – assegurou o outro com um leve sorrisinho e antes que a garota pudesse o impedir, Armin abaixara uma das chaves que estavam erguidas.

Anemonne prendeu a respiração, os olhos arregalados. Porém, nada parecia ter acontecido com o maior já que o mesmo voltava até si ao mesmo tempo em que as luzes do porão acendiam-se. A jovem soltou a respiração, suspirando e momentaneamente fechando os olhos. Realmente se assustara com imprudência que o seu amado mostrara há poucos minutos atrás. Apenas abriu os olhos novamente quando uma mão pousou em sua cabeça e fazendo uma carícia que desceu até a face da morena.

Os olhos azuis se encontram... Anemonne lhe deu um duro soco no braço dele.

Ow, calma aí mulher! – falou Armin, fazendo uma careta e alisando a área acertada. Sua namorada verdadeiramente tinha uma mão – ou um punho, nesse caso – pesada.

— Você está louco?! Poderia ter seriamente se machucado. – ela o repreendeu com ferocidade e irritando-se ainda mais ao ver um simples sorriso na face do mais alto.

— Não há nada para preocupar-se. Eu te disse, sabia o que estava fazendo. – retrucou com um revirar de olhos, mas gostando de ver o lado preocupado da namorada. – E a única coisa que me deixa louco é você, ma chérie.

Ela corou intensamente para a diversão dele.

— Babaca... – resmungou contrariada, cruzando os braços e virando a face para que inutilmente o outro não visse seu rubor.

Sabia que Armin gostava de provocá-la, não perdendo a oportunidade quando a tinha. Era uma das tantas coisas que detestava no amado, ao mesmo tempo em que também as adorava. Ela sabia, era assim que Armin pouco a pouco demonstrava seu amor por si. Além do mais, era um grande passo visto que antes quando se conheceram melhor o gamer parecia estar em negação em relação aos seus sentimentos. E por tal fizera com que o mesmo literalmente corresse atrás de si, fazendo com que percebesse que se queria algo com a garota; então deveria ter consciência que não seria um dos jogos que poderia descartar acaso não pudesse ter mais proveito.

E ali estavam os dois, solidificando pouco a pouco seu relacionamento.

Ei, não fique assim. – o rapaz a abraçou com ternura, rodeando a cintura fina com um braço e com a outra mão acariciava as bochechas da menor. – Eu sou seu babaca, certo?

Anemonne riu jocosa.

— É claro que é. E eu não poderia querer outro. – respondeu sorrindo, o coração martelando forte no peito e retornando o abraçado.

Ela beijou-lhe.

Por algum motivo, a menina detinha certa obsessão pelos abraços que Armin lhe dava. Não sabia concretamente o motivo, mas os adorava sem um limite. Talvez pudesse ser porque Armin não detinha os braços tão fortes, apenas de músculos salientes e que mesmo assim lhe passavam a sensação de aconchego e segurança. Ou ainda pelo fato de sua face repousar no peito largo do maior, sentir seu coração retumbar em seus ouvidos e sua respiração acariciar o pescoço pálido dela. Ou então fosse porque seu nariz amava o cheiro canela misturado ao sabonete de hortelã que o moreno exalava. Era seu afrodisíaco incurável.

Mas talvez, principalmente, porque Armin lhe dava abraços quentes.

Quentes de seu amor.

E era lá, onde Anemonne sentia-se mais segura de seus sentimentos.


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Notas finais do capítulo

Olá sweets!
Yay! Mais um capítulo, então o que acharam do Armin e de sua Anemonne?
Eu sei que disse que não estou postando todos os dias, mas se o capítulo tá pronto, então por que esperar, nee?
Enfim, espero que tenham gostado! ^^
O próximo é: |Castiel|
Até logo,
Kunimitsu.



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