Barreiras Culturais. Volume 2 escrita por Richard Montalvão


Capítulo 2
Capítulo 2 - Sensações




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/676044/chapter/2

Manhã de terça foi a pior de todas. Tinha dormido na "cama" de Sung-Yong-hyung, sentia falta dele, pois tinha saído desde ontem, talvez só voltaria na quarta-feira. Minha cabeça doía, estava com fome, não tinha comido nada ontem à noite. Levantei para procurar algo para comer, achei umas maçãs e comi duas. Tentei deixar a "cama" de Sung-Yong-hyung do mesmo jeito que ele tinha deixado, não queria que ele soubesse que dormi ali.
Fui até me quarto e liguei o notebook. Minha caixa de emails estava cheia, algumas faturas de cartão de crédito, mensagens de alguns familiares, contato da agência de intercâmbio e um email do professor responsável pelo meu intercâmbio. Decidi abrir o email da agência, nele dizia que eu poderia estender minha estadia pagando uma taxa reduzida, e claro, com a autorização do meu hospedeiro. Não respondi o email naquele momento, pois o valor da taxa era maior do que o dinheiro que tinha em conta, também precisaria conversar com Sung-Yong-hyung, preciso da autorização dele para continuar ali. Abri as mensagens dos familiares, respondi a maioria das perguntas, alguns pediram fotos do apartamento e do hospedeiro, algo que seria impossível conseguir, afinal de contas, Sung-Yong-hyung não era a pessoa mais fácil de ser convencida a tirar uma foto para mostrar aos meus parentes. Seria preciso uma situação especial para tirar essa foto.
O email do professor continha uma tarefa. Eu deveria fazer uma pesquisa das formas de comércios locais. Fotografar, catalogar alguns preços e fazer descrição das melhores opções de comércio para estrangeiros. Para fazer tudo isso, precisaria sair, visitar os locais. Me arrumei o mais rápido possível, fui para a rua levando uma câmera e um caderno de anotações. Andei no shopping que ficava há menos de 5 quilômetros do apartamento, mas não achei muita coisa diferente, fui até um mercado onde vendiam desde comidas de rua, até verduras e peixes frescos. O povo é tão agradável quanto os brasileiros, embora eu tenha percebido um forte espírito competitivo nos coreanos. Andei muito, tirei várias fotos, já passava das 13 horas, precisava comer, decidir voltar para o apartamento, mas antes passaria no restaurante onde Sung-Yong-hyung sempre comprava comida, mas desta vez decidi comer lá.
Após o almoço, caminhei até o apartamento, as mãos cheias de sacolas, tinha comprado e ganhado coisas no mercado. Chegando em casa, guardei as coisas em seus devidos locais, em seguida fui para meu quarto, precisava digitar as anotações, transferir as fotos e depois editar tudo no formado PDF, antes de enviar para o professor. Mas antes de tudo isso, precisava limpar o chão do meu quarto, me lembrei do aspirador de pó que tinha encontrado perto da máquina de lavar roupas. Passei ele pelo quarto, no impulso do uso do equipamento, fui passando pela casa, quando percebi já tinha limpado tudo.
O fim da tarde foi chegando, tomei banho e comecei a preparar minha tarefa. Pouco mais de 23 horas, ouvi a melodia, Sung-Yong-hyung tinha voltado, decidi não sair mais do quarto, precisava dar a ele um pouco de privacidade.

Sai do meu quarto na manhã de quarta, Sung-Yong-hyung estava dormindo na sua "cama", que fica posicionada no canto da sala. Me dirigi até a cozinha, era possível ver o hyung deitado de lá. Peguei uma banana e comi. Não levou muito tempo e ele acordou, foi até o banheiro, minutos depois ele veio em direção a cozinha. Seu semblante não era de uma pessoa satisfeita, senti que ele me ignorava, era como se eu fosse um fantasma.
Ele logo retornou para a sala, pegou uma calça e vestiu, ele estava apenas de cueca e usava uma camisa preta bem apertada que deixava as definições de seu corpo amostra. Fui em direção a ele, queria saber porque ele estava assim comigo. Me aproximei, e disse.

—Hyung, o que foi? Por que não está falando comigo?

Ele não respondeu nada, no momento em que ele virou de costas para mim, não resisti, abracei ele por trás. A sensação de estar perto dele, o cheiro, seus braços fortes e suas costas magra e definida. A excitação não demorou a vir, virei ele, logo em seguida, puxei seu rosto para perto do meu e nos beijamos, a sensação de sua barba raza, que tinha crescido nessas horas em que ele estava trabalhando, os pelos finos espetando a pele do meu rosto. Beijar sua boca não era o suficiente, eu abocanhava seus lábios, descia até o queixo, no final já beijava o pescoço do hyung.
Em pouco tempo ele tinha virado o dono da situação, me empurrou até o sofá, onde deitei de costas, com ele por cima de mim. Sua mão passeava pelo meu corpo, eu já estava colocando a minha mão no membro dele, quando tudo parou. Ele me largou, se afastou, sentou no braço do sofá por um tempo, em seguida foi em direção ao rack onde fica a tv, pegou o smartphone. Eu não consegui me segurar, precisava dele. Tirei meu shorts e a camisa, chamei por ele.

—Sung-Yong-hyung, não precisa me evitar. Eu sei que você também quer, portanto...

Levantei as pernas e apontei para meu ânus. Ele olhou meio que de lado, mas não resistiu. Veio em direção a mim, ao se aproximar, abaixou a calça, deixando seu membro duro amostra. Ele agarrou minhas pernas, me puxou para uma posição mais próximo da beirada do sofá, de forma delicada ele introduzia, a dor era cortante. Quando já tinha me penetrado completamente, Sung-Yong-hyung começou com movimentos lentos e delicados, algo que durou pouco tempo, pois ele logo já tinha deixado a delicadeza de lado e se movimentava de forma frenética. A dor era grande, mas o prazer e a sensação de ter ele dentro de mim, fazia a dor sumir. Depois de alguns minutos ele quis mudar de posição, me virou de costas, penetrou novamente, me abraçou por trás, ele beijava meu pescoço, seu corpo estava colado nas minhas costas, conseguia sentir todas as partes dele me tocando. Ele envolveu seus braços fortes por baixo dos meus, me puxou para que ficássemos de joelhos no sofá, seus movimentos já não eram tão fortes e frequentes como no começo, já sentia seu cansaço, ele respirava forte no meu pescoço. O suor escorria pelo peito de Sung-Yong-hyung, e por consequência escorria em minhas costas. Ele me apertou com seus braços fortes, me envolveu completamente, consegui ver o brilho do suor e suas veias saltadas. Em um gemido tímido ele chegou ao orgasmo, ejaculando dentro de mim. Aquela sensação de um líquido quente dentro de mim, foi muito boa. Ele respirava forte, mas já não me apertava com tanta força, ele retirou seu membro de dentro de mim, e em seguida pediu descupas, ainda com o ar quente de sua respiração no meu pescoço. Sem demora ele se levantou, pegou algumas roupas, talvez até roupas que não usaria, foi até o banheiro, em poucos minutos estava vestido, pegou o smatphone e saiu sem me permitir falar nada. Eu ainda estava excitado, decidi terminar sozinho, coisa que não demorou muito, pois o suor e a sensação de Sung-Yong-hyung dentro de mim ainda estavam presentes. Após o orgasmos, me dirigi ao banheiro. Enquanto me limpava, minha cabeça só pensava nele. E ao mesmo tempo, a sensação de vazio dentro de mim voltava aos poucos, talvez pelo fato de ele ter saído sem falar nada, tenha sido o motivo de minha preocupação.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Barreiras Culturais. Volume 2" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.