(In)Perfeitos um pro outro -Hayffie escrita por Lady Alguma Coisa


Capítulo 8
Família


Notas iniciais do capítulo

Desculpa a demora! Essa semana não trabalhou ao meu favor...mas seria falta de consideração com vocês não postar. Esse capítulo era pra ser maior, mas não deu. Desculpa mais um vez, boa leitura.



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    A semana passou rápido, Effie aproveitou ao máximo o tempo que passou no doze, sobretudo, a companhia de seus vitoriosos e de “um certo Ex-mentor”. Quando amanhecia, ela descia correndo á cozinha para ajudar Peeta com o café da manhã, com isso, acabou aprendendo umas mil receitas caseiras do doze- É claro que queimara muitas delas- , mas já era um começo.

   Com o tempo a neve foi diminuindo, deixando apenas um friozinho gostoso. Graças a isso, Katnnis a levou para caçar e até tentou ensina-la como manusear uma arma, mas sem sucesso. Effie era extremamente desajeitada e descoordenada quando o assunto era enfrentar, caçar ou acertar alguma coisa. Para falar a verdade, ela parecia uma doida com uma faca mão. É claro que isso rendeu muitas risadas, tanto de Everdeen quanto de Trinket. Por fim, Katnnis caçou três coelhos e duas aves silvestres, ela não precisava mais caçar para sobreviver – manteve o habito pelo simples prazer de se sentir viva e útil. Effie, que acabara de presenciar a vitoriosa pegar cinco animais em menos de meia hora, nada que ela não tivesse visto nos jogos, mas não deixava de ser impressionante. Se você ela, demoraria no mínimo um dia, pensou Trinket, rindo de si mesma. 

   Ao anoitecer, eles montaram um acampamento perto da aldeia, acenderam uma fogueira e contaram histórias. A ideia fora de Haymitch, que considerava aquilo como uma forma de aliviar a tensão da reunião que se aproximava. Katnnis levou a comida para assar, Peeta os doces, Haymitch as bebidas, e Effie as barracas e os cobertores. Ela nunca tinha acampado, ou sequer, ficado tanto tempo ao ar livre. Não havia florestas na Capital e era difícil ver árvores, sendo o centro de Panem, era totalmente industrializada e moderna.

  Katnnis começou a contar uma história de terror, uma das lendas urbanas do seu distrito. Ela andava para o outro, gesticulando dramaticamente e arregalando os olhos. Assustar as pessoas, ou melhor, aterrorizá-las era sua especialidade. Quando criança, Everdeen costumava sair com Gale toda a lua cheia, quando a floresta ficava particularmente sinistra e escura- um ambiente perfeito para histórias de terror.

   A noite estava calma, a floresta iluminada e o ambiente aconchegante, mas isso não impediu que Effie e Peeta ficassem tremendamente pertubados com a história de Katnnis. Já Haymitch, era imune, ele sabia praticamente todas as lendas do doze desde moleque. Além do mais, pessoas como ele e Katnnis, que sofreram nos jogos, com a pobreza e miséria a vida toda, não tinham medo desse tipo de coisa. Mas Effie e Peeta, não entendiam nada de matas, animais selvagens e situações de vida – eles eram do tipo que nem sabiam direito como era um lobo selvagem, quanto mais um lobisomem – Azar o deles. 

  Invés de só fingir que estava prestando atenção e se divertir com o horror estampado na face de Trinket e Mellark, Haymitch resolveu cutucá-los uma  vez ou outra. Só pelo simples prazer de presenciar os gritinhos de pavor cada de cada um, quando chegasse de surpresa e desse um peteleco em suas cabeças. Effie dava um pulo, corria de um lado pro outro gritando e se debatia, na tentava inútil de escapar do que na cabeça dela, era o “monstro” -  É claro, que depois ela percebia que aquilo não passara de uma  brincadeira do Ex-mentor. Ele gargalhava e ela fechava a cara.

  “Não tem a menor graça, Haymitch”, disse Effie, sentando novamente. 

  Peeta fitou-o com um olhar de reprovação, ele acabara de cair na mesma brincadeira, há minutos atrás.

  “Eu também acho”, anunciou ele.

   Katnnis, que chorava de rir da reação da amiga, secou os olhos e sorriu para o Ex-mentor - que ainda ria. Ele retribuiu, como um bom cúmplice.

   “É claro que tem graça!”, eles disseram, em uníssono.

   “A história do lobisomem é tão boba”, Haymitch abocanhou um pedaço de frango. “Você são uns maricas e estou me referindo a você Peeta. A Effie é só um pobre alma inocente.”

   Effie revirou os olhos, não era algo que fazia com frequência, mas estava passando muito tempo com Everdeen – quando ela estava presente, era impossível não ser irônica.

   Trinket teve que concordar com o Ex-mentor, era totalmente inocente em relação ao terror, infelizmente, isso fazia dela um alvo fácil.  

  “Acho que está na hora de dormir” , Trinket apontou paras as cabanas.

   Os vitoriosos e o Ex-mentor fitaram-na por um momento, ambos sabiam que aquilo havia sido uma indireta – mas ninguém se mexeu.  

  “Ah é?”, disse Effie, com um tom maternal. “Vocês querem brincar como crianças, mas não querem ser tratados como tal? Sem mais nem menos, é hora de dormir, nosso trem chega amanhã.”

   Eles preferiram não discutir, Trinket sabia ser bem autoritária em alguns momentos e quando ficava assim, não tinha jeito – obedecer ou morrer. Peeta e Katnnis guardaram a comida, pegaram seus cobertores e entraram na barraca.

  Haymitch e Effie ficaram sozinhos, em um silêncio constrangedor. Ele começou a apagar a fogueira, mesmo tendo a intenção de ficar sentado ali por mais algumas horas. A manha seguinte seria complicada e cheia de afazeres, pelo menos para quem ia para reunião, o que não era seu caso.

  Trinket, que tinha mania de organização, não sossegou até que tudo estivesse em seu devido lugar. Quando finalmente terminou tudo, sentiu um vazio, sabendo teria que deitar e encarar a longa noite de insônia.

   “Quer companhia?”, ele fitou-a por um momento. Haymitch estava ciente dos problemas dela para dormir, que no dia seguinte todos iriam acordar cedo e ela estaria morta de cansaço.

  Effie ponderou a proposta, insegura. Depois do beijo inesperado no beco, eles ficaram meio distantes, de um lado ela não queria se envolver – isso tornaria tudo mais complicado e confuso, se é que já não era. E do outro, ele não se tornar algo mais – á aquela altura, isso só a faria sofrer. Já estava decidido, Trinket iria voltar para a Capital e Abernathy, ficaria ali e seguiria em frente, ele só não sabia como.

  “Err...”, Effie não encontrou palavras. “P-Pode ser, se não for muito incomodo”

    Ela chutou-se mentalmente, “muito incomodo” era definitivamente, a combinação errada de palavras e talvez, a mais tosca. Por pouco, Haymitch não riu. Deitar com ela era tudo menos um incomodo.

   “Não será”, ele sorriu.

  Effie assentiu com um sorriso torto, uma mistura de nervosismo, tensão e algo que fez seu coração disparar. Ela não sabia o porquê, mas era exatamente como se sentia.

  Os olhos cinzentos dele encontraram os dela, um olhar que durou menos de um minuto, mas pareceu uma eternidade.

  “Vamos?”, perguntou ele, em seguida pegou a mão dela. 

  A cabana de Trinket , ou melhor, a que ela tinha roubado de Peeta não era grande coisa, mas conseguia ser aconchegante . Effie deitou e observou Haymitch pegar os cobertores – Deus, seu coração estava ao ponto de sair do peito. Ele a cobriu, tomando um imenso cuidado para deixa-la confortável e aquecida. Trinket suspirou em resposta, como se dissesse obrigada.

  “Boa noite, Effie”

  Ela deitou em seu peito, sentindo o perfume de sabonete e grama que a pele dele emanava, por fim, adormeceu - ouvindo apenas as batidas de seus corações. Talvez, eles não fossem tão imunes a aquele sentimento.  


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Notas finais do capítulo

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