I'll Find You escrita por J00
Emma carregou no botão que ligava o rádio da carrinha. Nada aconteceu. A loira carregou várias vezes, até que Regina falou algo.
— Isso não funciona assim, Swan... Não é um rádio normal, assim como esta carrinha não é uma carrinha normal. Só recebe missões e informações em caso de urgência.
— Oh... Então... é assim que vamos passar as próximas horas? - Ela franziu a sobrancelha e olhou para Regina, que conduzia sem tirar os olhos da estrada.
— É...
— Hm...
— Hey, Emma! Como está aí? Se divertindo com a General? - August falou da parte de trás da carrinha, ao perceber o clima estranho que permanecia nos bancos da frente.
— Muito engraçado, August! Está indo maravilhosamente. Eu e a Regina até vamos jogar um jogo não é mesmo?
— É? - A morena olhou para Emma durante poucos segundos, e logo voltou a colocá-los na estrada íngreme. - É... sim!
— Então, August, não perturbe nosso jogo! - Ele riu e voltou a falar com os outros soldados.
— Um jogo, hum?
— É... então que jogo você quer jogar? - Emma perguntou. A morena franziu a testa.
— Foi você que falou que íamos jogar um jogo... então você escolhe o que fazer agora.
— Hmm... vamos fazer assim... eu conto pra você algo que você não sabia sobre mim, e você faz o mesmo, tudo bem?
— Ok... eu acho.
— Tá! Eu começo! Eu já fui presa. - Emma falou confiante. Regina riu.
— Emma, sabe que isso não é bem... algo que eu não sabia, né? Está no seu registro, isso...
— Oh... pois, desculpa. Então... eu tenho uma tatuagem!
— Swan... você não é uma pessoa muito interessante, sabia disso, não é? - A morena não conseguia tirar um sorriso da cara. Era como se estivesse preso, mas ela sentia-se, de certa forma, bem.
— Ok... então... - Ouve uma pausa, e o seu sorriso desapareceu. - Eu nunca conheci minha família.
— Re---Regina... você não tinha que me contar isso... sabia? - A loira pareceu preocupada ao ver a expressão na cara de Regina.
— Eu sei... mas... Desculpa... eu pensei que não ia ficar tão afetada assim...
— Pare o carro por favor.
— Quê? - Regina olhou para ela, um pouco chocada.
— Isso mesmo, pare o carro. Eu dirigo até chegarmos na mata!
— Não, Emma. Eu não estou autorizada a fazer isso! - À medida que essas palavras saíram da boca de Regina, a loira colocou uma mão em cima de uma das mãos de Regina, que agarrava firmemente o volante. A morena olhou chocada e engoliu em seco. Parou o carro e saiu, assim como Emma. A loira estava agora ao volante, e Regina ao seu lado.
— Você... quer falar sobre isso?
— Não.
— Quer continuar a jogar?
— Não.
— Ok...
Houve alguns minutos de silêncio entre as duas, pois todos os que se encontravam na parte de trás do automóvel, pareciam dar uma festa. O estranho silêncio foi quebrado, inesperadamente por Regina.
— Pode me mostrar a sua tatuagem? - Ela perguntou, corando um pouco.
— Temo que não posso, não. Ela está num lugar privado... - Emma falou séria, olhando para a morena.
Regina corou, ficou da cor de um tomate e desviou o olhar.
— Estou brincando! - Emma riu, e Regina suspirou de alívio. - Aqui. - A loira puxou a manga e mostrou o seu pulso, onde uma simples flor estava desenhada.
— É linda... Tem algum significado? - Ela perguntou, agarrando o pulso de Emma suavemente.
A loira abanou a cabeça em sinal de negação. - Nem por isso. E você, tem alguma?
— Não. Mas não me importava...
X
— EW! - Regina olhou para trás. Um dos soldados fazia movimentos bruscos com as mãos, tentando afastar todos os bichos voadores em sua volta.
— Pelo amor de Deus, Jefferson! Seja homem!
— Regina, até onde temos de ir exatamente? - Emma perguntou, mostrando o mapa do caminho à morena.
— Aqui! Mas antes teremos que andar os 40km até lá chegar.
— Mas já fizemos uns 20km... estamos exaustos e só parámos uma vez...
— Quer descançar mais ainda?
A loira afirmou com a cabeça.
— Pois, mas não vai.
Emma amuou. Fechou o mapa, guardou a bússola e cruzou os braços.
— Ah não, Swan...
— Mas por que não? É só agora! Por favor!
— Não. Tire o material. Eu falei que não haveria reclamações. E isso também foi pra você.
— Estamos a metade do caminho... só por 5 minutos... não é muito.
— Vocês quiseram parar quando ainda só tinham feito 5km. Desperdiçaram esse tempo. Agora, aguentem com as consequências!
A loira fez o que Regina mandara. Continuou a caminhar, sempre acompanhando a bússola e o mapa.
X
— AUUUU!
— EMMA? - Regina gritou desesperada, ao ouvir um grito de dor de Emma.
— Filho da...
— Swan... o que aconteceu?
— Fui mordida...
— M--mordida pelo quê? Swan isso pode ser grave. Foi uma cobra? Me mostra sua perna!
— Foi um guaxinim, Regina...
— Emma... tu me assustou... - A general suspirou de alívio. - A sua sorte é que praticamente chegamos. Falta cerca de 2km no máximo. VAMOS LÁ SOLDADOS, SÓ MAIS UM POUCO! - Regina gritou a última frase, dando a todos as forças necessárias para acabar o percurso.
X
— Soldados, finalmente estamos aqui! - Todos olharam em volta. Finalmente haviam chegado a um lugar aberto, após todo o percurso na mata fechada. Todos colocaram as suas malas pesadas no chão. - Agora, bebam um pouco de água, e montem suas tendas! Vai ficar de noite a qualquer momento!
Algum tempo se passou, e logo todos já tinham suas tendas montadas. Era de noite, e estavam agora todos em volta de uma pequena fogueira. Conversando e cantando. Regina estava sentada perto de sua tenda, afastada de todos. Havia imensas trocas de olhares entre a soldada e a general.
— Emma! Agora é a sua vez de cantar! - August falou animado. - Ela canta super bem, só ouçam.
— N--não August... eu não sou tão boa assim... - A loira começou a corar, apesar das suas bochechas avermelhadas não serem visíveis por ser de noite.
A morena entrou na sua tenda. Emma arregalou os olhos e correu até lá. - Desculpem, pessoal!
— Regina? - Emma perguntou baixo. - Podemos falar, por favor?
— S--sim! Mas primeiro me ajuda, por favor! - As palavras que Regina falavam eram de certa forma difíceis de entender. Emma abriu a tenda e viu Regina tendo um "problema técnico" ao tirar sua farda. - Eu... estou meio presa aqui, como já pode ter percebido...
— Posso rir, né? - Emma perguntou, já rindo sem ao menos ter uma resposta.
— Desde que me ajude, pode rir à vontade.
A loira se colocou na frente de Regina, e com cuidado, ajudou Regina a tirar sua farda. Ao fazê-lo, Regina ficou apenas de sutiã. Ambas coraram.
— Desculpa...
— Nã..não.. Eu não devia ter te pedido ajuda... - Regina vestiu rapidamente a sua camisa de pijama. - En--- então o que queria falar?
— Éh... Eu só queria perguntar... Por que você reagiu daquela forma quando eu fui mordida ainda a pouco?
— Porque... porque eu me importo com meus soldados...
— Regina...
— O quê? É verdade.
— Então por que quando você me machucou, você trouxe o Henry até mim, mesmo sabendo que isso é uma coisa praticamente proibida dentro da base?
— Foi minha forma de dizer desculpa...
— Ok... então e...
— Emma! Qual é o propósito disso?
— Na---nada. - Emma estava cabisbaixa, e sua voz ficou fraca de um momento para o outro. - Eu... eu vou embora. Desculpa te incomodar.
— Não! Emma, espere! - A loira estava praticamente fora da tenda, mas Regina pegou no seu braço, com intenção de a parar, mas Emma simplesmente caiu em cima da morena. Ambas coraram. Emma encarava profundamente Regina.
— Emma! - August chamou alto.
— Eu tenho que ir... - A loira se levantou e saiu a tenda, deixando Regina sozinha. Ela fechou a tenda por completo e se deitou.
— Porra, Regina! Você é tão idiota... - Ela sussurrou.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!