— Quando posso voltar? - A loira estava impaciente e preocupada. Olhava fixamente para os olhos do enfermeiro, que não trazia óptimas notícias. 

— Infelizmente, só daqui a uma semana. - Emma fechou os olhos e suspirou. Regina pegou em sua mala, que se encontrava no chão da enfermaria. Dirigiu-se à saída, com cara de poucos amigos, mas antes de sair, encarou Emma e em seguida olhou para o enfermeiro, e ordenou-lhe que chamasse August, para levar a loira para seu quarto. O homem com o fato branco acenou afirmativamente, e Regina deixou a enfermaria. 

X

— E agora? Vai ser desqualificada da missão ou...? 

— Não penso que vá ser desqualificada. Regina é a general, ela que me pôs nesta situação, e sinceramente, acho que está realmente arrependida. Ela vai dar um jeito. 

— Um jeito? Aquela mulher é louca! - August arregalou os olhos ao ouvir o que a loira havia dito. 

— Sim, um pouco mas...

— Mas nada, Emma! Você tem que decidir quem você quer ser e como quer ser tratada! Regina não te respeita, nem ao menos te deixa descansar. Parece que só você existe para ela, e nesse momento isso não é algo bom. Ela coloca todo o esforço e todo o cansaço em você... vezes e vezes sem conta! 

— Ela faz isso para o meu próprio bem! E ela já me falou isso várias vezes! 

— Ah, Emma! Vê se cresce. Ela não é nada pra você. Não é sua amiga, nem sua mãe! 

— Como você tem tanta certeza que ela não é minha amiga? E como tem certeza que ela não se preocupa comigo? 

August ficou calado, encarando Emma, que parecia exausta e suava ligeiramente. Houve silêncio. Até que, a porta do quarto, que estava entreaberta, abriu-se vagarosamente. Emma olhou para a porta se abrindo, e logo uma lágrima escorreu pelo seu rosto. Um menino de cerca de quatro anos tinha aberto a porta. Largando a mão de Regina, o menino correu rapidamente para os braços da loira, que sorria brilhantemente. 

— Oh, Henry! - Ela beijou a testa do menino, que se aninhou nos braços de Emma. - Que saudades, pequeno soldado! 

— Mamãe, mamãe! Eu e a senhora Mills fizemos um "denho" pra você!

— Sério? - Emma limpou as lágrimas na manga de sua camisola. - Tudo bem, eu vejo se você disser correctamente, "de - se - nho". - Emma falou pausadamente. 

— De-e-nho. - Emma e Regina riram, enquanto August, que estava de mau humor, tinha apenas soltado um sorriso sem graça. 

— Fica para a próxima, campeão! Me mostra o desenho! 

(...)