I'll Find You escrita por J00


Capítulo 5
Foi a vontade do Henry




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O papel estava separado no meio por uma risca feita com lápis. De um lado, tinha um simples desenho de criança. Uma mulher palito, com uma enorme "peruca" loira, vestindo uma jaqueta vermelha, segurando um menino pela mão , também palito, que usava uma simples camisa e uns calções que ficavam excessivamente grandes considerando a finura do corpo do boneco. Do outro, um retrato perfeito da loira e de Henry. Apesar de ser um retrato feito com um simples lápis cor de laranja, os traços perfeitos faziam com que o desenho estivesse extremamente idêntico a uma mera e simples fotografia. 

— Uou... - A loira sorria, encarando seu filho. Foi você que fez, Henry? - Regina observava a interação entre mãe e filho. Encostada na porta, a morena não conseguia esconder um pequeno sorrisinho.

O menino moreno respondeu abanando sua cabeça da esquerda para a direita repetidamente, em sinal de "não". 

— Esse aqui, é o meu! - Ele apontou para os dois bonecos palitos que se encontravam ambos com um grande sorriso na cara. - Este aqui é o da Senhora Mills! Ela disse que um dia eu desenharei igual a ela! - O enorme sorriso na cara de Henry iluminava tudo em sua volta. Tudo parecia feliz com ele estando lá. 

— Bem... acho que vou deixar você sozinhos enquanto vou buscar um travesseiro extra! - Regina falou, piscando o olho para Henry, que deu um riso de criança. 

— Como assim.... Pra quê outro travesseiro? - Emma parecia de certa forma nervosa, e nem ela entendia o porquê. 

— Henry ficará cá até você se recuperar... precisa de um travesseiro para dormir... 

— Minha mãe... concordou com isso? 

— Digamos que... se não fosse a vontade do Henry de te ver, não teria sido assim tão fácil de a convencer... - A morena sorriu de lado e deixou o quarto. 

 

X Umas horas antes X

— Estou indo! - Uma voz de dentro do apartamento suou. Alguns segundos depois, uma mulher baixa, de cabelos negros e curtos, de pele extremamente branca e com cara ligeiramente arrogante, abriu a porta, e ao ver a morena numa farda militar, logo franziu o nariz. - O que a Emma fez dessa vez? 

Sem reação a tais palavras, Regina apenas gaguejou algo como "Nã--não. N-aada...". A mulher lhe lançou um olhar mortífero, e convidou Regina para entrar, mesmo sem perguntar qual era o assunto ou quem ela era, dado que era a nova general, e nunca havia estado ali na sua vida. A senhora guiou Regina até a sala de estar, onde ambas se sentaram no humilde sofá que havia no cômodo. 

Houve silêncio durante alguns segundos, até que um pequeno menino moreno, de cabelos curtos, de cerca de quatro anos de idade, entrou na sala correndo. Parou um pouco ao ver Regina. 

— Quem é essa senhora, vovó? 

— Não sei Henry... - Ela falou, pegando no menino e colocando-o em seu colo. - Também gostaria de saber. 

— S--sim! Cla--ro. Meu nome é Regina Mills. Sou a nova general e estou comandando a missão onde sua filha irá participar. - A morena se levantou e fez uma pequena saudação. A morena levantou uma sobrancelha e ficou com uma cara indisposta, e depois ela apenas retorquiu "Meu nome é Mary Margeret, e como deve saber, sou a mãe de Emma...".  Regina simplesmente voltou a sentar-se e começou a encarar o chão. - É que... algo aconteceu com Emma... - Sempre evitando o contacto visual, - ela se machucou, e infelizmente não poderá comparecer nos treinos por uma semana... - ela falou, com um pouco de dificuldade, pois calculava a pergunta que iria surgir depois. 

— E como ela se machucou? - Regina engoliu em seco. 

—Eh-h... bem... Foi durante um treino... Ela meio que... Eu meio que tentei testar a condição física dela... e ela acabou por se magoar. 

— Isso não explicou ainda como ela se machucou, senhorita Mills... - Ela estava com impaciência estampada em sua cara. 

— E-eh... Ela se defendeu muito bem e mostrou uma boa capacidade física e de defesa... fez um bom trabalho... ela apenas... bateu forte contra a parede e se machucou feio... Mas sem dúvida deveria estar orgulhosa dela... Pois fez um ótimo trabalho... 

— Hum... Me diga uma coisa, ela tem namorado? É que ela é a única mulher lá, não é? Se ela arranjasse um homem para a defender e proteger, provavelmente ele faria algo para impedir o que aconteceu.

— Hu-uh... eu não sei se ela tem namorado, isso não me diz respeito... E não é para falar dos relacionamentos da sua filha que eu estou aqui. Eu queria a sua permissão para levar o Henry para a base... sabe, para passar algum tempo com a Swan...

— Depende... Henry, você gostaria de ir com essa senhora pra ver a mamãe? - Ela falou sem graça, como se tivesse zoando com o menino, que radiante bateu palmas e saiu do seu colo. Logo ele começou pulando de alegria e correu para Regina, que sem saber o que fazer, apenas sorriu para ele.  O menino se aproximou mais e mais da morena, e depois apenas colocou os seus pequenos braços em volta do seu pescoço e deu um pequeno beijo em sua face. O menino não largava Regina, e os seus braços pareciam presos. 

— Bem, parece que isso é um sim. Ele pode ir! Mas tem que estar em casa na sexta, se não eu mesma irei lá.... 

— NÃO! Quer dizer... não é necessário... 

— Senhorita Mills, eu sei muito bem que o meu marido ainda continua na base, se for esse o seu problema... - Ela suspirou e se levantou, com Henry no seu colo. 

— Ok... Então... Sexta eu trago ele de volta... não tem problema! - A morena se despediu desse jeito. Henry abanou sua pequena mão em direção a Mary, que fez o mesmo, e os dois saíram do apartamento. Henry no colo de Regina, e Regina segurando ele com o maior cuidado, para evitá-lo cair ou magoá-lo. 

— Você também é mamã? - O menino perguntou, brincando com as bochechas de Regina. - Eu vou ver a minha! -  A morena sorriu. - 

— Não, Henry. Não sou mamã... ainda! Se eu tiver um bebé que nem você, eu prometo que eu te deixo brincar com ele ou com ela, combinado? - O menino acenou com a cabeça. Regina o abraçou levemente e continuou o caminho até ao Mercedes que a mesma tinha. Ao chegar perto do carro, Henry abriu a boca e soltou um pequeno "uau". 

— O carro tem um nome? - Ele falava, apontando para o mercedes. 

— Não... mas quer baptizá-lo? - A morena perguntou, colocando o menino no chão e agarrando-o pela mão. Ele bateu palmas e apenas falou "Cedes"! Regina sorriu.

— Cedes será...

— O da minha mamã é o Bug, sabia? Bug com Cedes dá... 

— Bugcedes... - Regina completou. Os dois riram, e Regina abriu a porta do carro alegremente. Antes de colocar Henry lá dentro, a morena se ajoelhou, ficando ao nível dele, e falou : 

— Então, Henry... essa viajem vai ser grande. Já alguma vez andou de avião? - Ela parecia excitada. 

— A-vi-ão? Avião... não! 

— Não? - Ela o encarava divertidamente. - Então você vai poder andar num avião pela primeira vez! HOJE! - Henry ficava cada vez mais excitado com a ideia da viajem. Depois de algum tempo verificando se Henry estava bem seguro no carro e se não faltavam quais queres malas, Regina finalmente começou o caminho para o aeroporto. 

 


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