I'll Find You escrita por J00
Regina se separou completamente de Emma. A loira encarou-a seriamente.
— Fiz... disse algo errado?
— Não... - Regina fez uma pequena pausa. - Eu só estou cansada... e você também deve estar. Vá dormir, Swan. - A morena se levantou, assim de Emma. Regina olhou para a loira e a abraçou. Depositou um pequeno beijo em sua bochecha e foi direta para sua tenda, onde se fechou rapidamente e se deitou no pequeno colchão, onde alguns minutos depois acabou por adormecer profundamente.
Emma continuou alguns minutos perto da fogueira, até que os seus olhos começaram a ficar extremamente pesados. Em passos pesados e vagarosos, a loira finalmente entrou em sua tenda, onde apenas se enrolou e adormeceu em questão de segundos.
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* - Srta. Mills... lamento informar, mas... - Regina começou a chorar pesadamente e descontroladamente. Perdeu as forças e se ajoelhou no chão. As lágrimas escorriam pela sua face até chegarem ao chão, que estava completamente molhado naquele ponto. - perdemos a Swan...
David correu até ela. Colocou os braços em sua volta e deixou que a mesma chorasse sem ter que dizer nada. Algumas lágrimas também saíram dos olhos de David, que tentava não acreditar no que havia ouvido. Regina repetia vezes e vezes sem conta a palavra "NÃO!", em gritos de sofrimento.
— Pronto, Regina... já passou... - David tentava acalmar Regina, que só chorava mais e mais.
— EU A AMAVA, DAVID!— Ela se afastou do homem e o encarou com seus olhos vermelhos!
— Eu sei... *
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Regina abriu rapidamente os olhos. Sem fôlego, a morena abriu a tenda rapidamente, saiu da mesma e viu onde estava. Tudo aquilo tinha sido apenas um pesadelo... Ela não estava na base, ela estava apenas no local de treino. Independentemente disso, Regina se sentia completamente insegura. A morena voltou à tenda e viu as horas. Faltavam apenas uns minutos para que todos tivessem que acordar, então Regina vestiu sua farda e saiu. Sentou-se numa enorme pedra e ficou olhando para o nada, pensando no pesadelo. Pensando que aquilo podia realmente acontecer. E se Emma estivesse realmente destinada a ser a nova Mal? O relógio apitou, dando sinal para acordar todos os soldados, e ao mesmo tempo travara os pensamentos de Regina.
A morena pegou no seu megafone e ordenou para que todos se levantassem, se vestissem, arrumassem suas tendas e comessem. Para todo esse processo, tinham apenas 20 minutos.
Emma saiu da tenda e foi até perto de Regina, que agora guardava seus materiais- Bom dia!
— Hey... - A morena não a encarou, apenas continuou arrumando o material. - É melhor se despachar, tem 20 minutos, Swan.
— Ok... Está tudo bem, Regina?
— Sim. - A morena suspirou ao ouvir os passos da loira a se afastar dela. Engoliu em seco e tentou esquecer.
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Os 20 minutos haviam passado. Agora todos os soldados se encontravam em fila, todos encarando a general.
— Este irá ser o segundo dia, então vocês terão que dar o vosso melhor, entenderam?
Todos acenaram positivamente com a cabeça.
— Iremos para um percurso mais difícil do que o de ontem. Haverão mais animais, o solo será mais irregular, mais estreito e pelos vistos o sol não irá ajudar. Devido ao calor, lembrem-se de gerir a quantidade de água que bebem durante o percurso! Lembrando também que, se a água acabar antes de chegarmos ao destino, não poderão voltar a encher o cantil.
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— Regina, pode falar comigo, por favor? - Emma insistia, enquanto tentava acompanhar os passos da general.
—Agora não. Concentre-se no caminho, por favor! - A morena continuava bloqueando o contacto visual com a loira.
— Eu não consigo me concentrar assim! Você não olha pra mim desde ontem, como acha que eu me sinto? - Emma pausou o discurso, se aproximou da morena e sussurrou, de maneira a que nenhum dos soldados pudesse ouvir. - Nós nos beijamos, por que me está ignorando?
— Emma... eu só... eu não consigo, okay? - Pela primeira vez no dia, Regina finalmente encarava a loira. - Você não pode me prometer que ficará bem, e você sabe disso. Eu nunca me irei perdoar a mim mesma se você morrer, e isso só indicaria que não fiz meu trabalho, que desde o inicio sempre foi simplesmente treinar vocês. Você é meu trabalho, não é minha amante.
— Seu trabalho? - Emma olhou ofendida para Regina, que se mostrava bastante débil em relação ao que havia dito. - Então quer dizer que eu sou só seu trabalho? Nada do que aconteceu realmente te importa? Ouve Regina, se você não quer estar comigo, beleza, mas se for esse o caso, apenas diz. Não vou mais te chatear.
— Não... eu não quis dizer isso, Emma... eu... eu... tudo o que aconteceu teve um significado pra mim! Você devia saber disso. Eu só... eu tenho medo, Emma! Muito medo! Eu não quero que nad...
— Tudo bem, Regina! Já entendi. Você não me quer, não é mesmo? Então dá licença, vou ter com meus colegas. - A loira virou costas para a general e foi para o meio dos soldados, de maneira a não ser vista por Regina. Cabisbaixa, a mesma sussurrava algumas palavras inadiáveis. Encarando o chão, Emma prestava atenção ao solo irregular e cheio de falhas. - Olha... esse chão é tão irregular quanto minha vida. É tão irregular quanto meus sentimentos. - Ninguém parecia ouvi-la. E se algum deles havia ouvido as palavras da loira, tinha apenas ignorado.
Um rugido vindo do meio da mata é ouvido por todos os soldados, que ficam igualmente alarmados.
— Parem todos e não façam qualquer barulho ou movimento. - Regina ordenou, tentando decifrar o animal a partir do som do seu rugido. - É um urso...
— Um urso na mata? - Um dos soldados perguntou, com a voz trémula e fraca.
— Éh... um urso na mata. - A morena acenou com a cabeça. - Não vamos matar um animal a não ser que seja realmente necessário. A partir de agora, ninguém fala. Tentem todos fazer os movimentos mais calmos possíveis, e continuem a andar.
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Emma se sentia extremamente apertada entre todos os homens. O suor de cada um deles encostava na pele de Emma, que vestia uma simples regata, devido ao extremo calor.
O rugido do urso se tornava cada vez mais baixo, o que indicava que o animal estava mais longe da "equipe", felizmente. August abrandou e ficou do lado de Emma.
— Então? Está cansada, ou...
— Não.
— Eita, não precisa de falar assim. Rude, você. - Ele falou, colocando uma mão no peito e fazendo uma voz fina, tentando por um sorriso na cara de Emma, porém não funcionou.
— O que aconteceu com Regina? Acabaram, foi?
— Acabamos? Como assim, August?
— Emma... eu posso ser um pouco tapado... mas sem dúvida alguma eu não sou cego. Fizeram sexo e ela não gostou?
— August, para com isso!
— ...
— ...
— ...
— Dá para acreditar que nós nem fizemos sexo?
— Emma... isso só prova que você não é um macho! Nem devia estar aqui só porque você não pegou a "senhorita" Mills!
— Eu estava brincando, não precisa me ficar chamando de menininha ai, não. Mas agora é sério... eu não a entendo.
— Amor, se por cada vez que você falasse que não entende aquela mulher eu ganhasse um dollar, eu estaria rico. E acredita, não estaria aqui.
— Haha, muito engraçado! Vou falar realmente o que aconteceu. - Emma respirou fundo. - Então, eu comecei sentindo essa coisa muito estranha pela Regina faz um tempo... E ontem eu... contei isso pra ela e... ela correspondeu o sentimento. A gente se beijou... e não aconteceu mais nada. Mas eu fiquei feliz sabe... foi tudo tão... mágico, tão bom. Aí hoje eu acordei e ele nem olhava pra minha cara... Eu perguntei o motivo desse comportamento e ela falou que não podia fazer "isso" e que eu era o trabalho dela...
— Primeiro... você não está me contando tudo. Você é muito fofa, impossível alguém dizer não pra você. - Ele pegou nas duas bochechas de Emma e apertou com força, até que a loira soltou um "AU!" ligeiramente alto. - E segundo... bem... não tem segundo. Emma, certeza que tem um motivo mais forte.
— Tem... tem um motivo mais forte...
— Você sabe e ainda assim não entende o ponto de vista dela?
— Ela me vê como se eu fosse outra pessoa, August!
— Talvez não seja bem assim, Emma... Tente entender o lado dela.
— Ela não quer nada comigo! Ela fala que eu não posso prometer ficar a salvo...
— Eu acho que o que ela está fazendo, é somente querer proteger você...
— Como você tem tanta certeza?
— Está escrito nos olho dela. Sempre que ela olha pra você, até eu vejo um brilho diferente.
— ...
— Ela te ama, Emma...
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