Eu não Amo Chuck Bass escrita por Neline


Capítulo 14
Última Chance


Notas iniciais do capítulo

Hey gente! As partes itálicas entra aspas são momentos de GG que vem como lembranças, ok? Considerem esse fim de fase como um Season Finale. ;*



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http://www.youtube.com/watch?v=pGOMP8DMl0M|| When I look at You - Miley Cyrus

Blair Waldorf

 

 

“- Você não pertence ao Nate. Nunca pertenceu, nunca pertencerá. – Ele disse me puxando para mais perto.

- Você não pertence a ninguém...”.

 

Pare de pensar nele, Blair. Pare de pensar nele!

 

“- Você tem certeza disso? – Eu tinha. Eu nunca estive tão certa de algo durante toda a minha vida.”

 

Lá estava eu, sentada no aeroporto olhando para as próprias mãos esperando que meu avião finalmente partisse. Eu não podia guardar essas lembranças. Eu estava esperando um vôo para Paris e já tinha aceitado a idéia de construir uma nova vida. E Chuck Bass definitivamente não estava nela.

 

“- O jogo só acaba quando eu disser. – O tom que ele falava me assustou.

- Então se divirta jogando sozinho. – eu parti. Mas não sabia o que estava por vir.

 

“- Na verdade, você não tem a mim. 

- Basta. – lutei contra meus próprios olhos que começavam a marejar.
- Tentarei ser mais claro. Você fascinava, quando estava bonita, delicada.. e intacta. Mas agora você está tipo uma das árabes que meu pai costumava possuir. Que usava e depois jogava fora. Eu não te quero mais, e eu não imagino o porquê de alguém querer. – ele disse com frieza. Eu decidi: a partir desse dia, Chuck Bass não faz mais parte da minha vida.”

 

“- Você gosta de mim? – Quem diria. Chuck apaixonado... ou não.

- Defina gostar. “

 

Meu celular tocou. Hm.. era a Serena. Sim, eu tinha avisado ela sobre a viagem, e depois de ameaçar me prender em um hospício, arrancar o trem de pouso do avião e várias outras coisas bizarras, ela finalmente entendeu que o melhor para mim era ir para ficar um tempo com o meu pai. Quem me assustou foi a Dorota. Ela simplesmente disse que eu ia cometer o maior erro da minha vida fugindo. Eu não ia “fugir”. Era só uma temporada inofensiva na França! Passando na frente da Torre Eiffel, comendo macaroons, passando pelo arco do triunfo e vendo a catedral de Notre-dame. Ia fazer bem para mim passar mais de um mês sem ver o Chuck. Atendi o celular torcendo para que a S. não tivesse mudado de idéia.

 

- Alô? – ouvi um suspiro aliviado vindo do outro lado da linha.

- Alô? Blair, você não desistiu dessa idéia maluca, desistiu? - ri calmamente da esperança na voz da S.

- Não Serena, e não tem nada de maluca. Vai ser bom e você sabe disso. – ouvi um suspiro. Dessa vez, parecia um suspiro triste.

- Ok, b. Me ligue quando chegar. Eu te amo. – Desligamos. Eu tinha que mandar as lembranças para longe.

 

 

ENQUANTO ISSO...

 

http://www.youtube.com/watch?v=y_FdpK2KGTU || Apologize - Justin Timbaland

 

Chuck Bass

 

Olhei no relógio. Eu tinha exatamente 27 minutos. Meu motorista me chamou de maluco e ainda está murmurando alguma coisa. Quais eram minha chances de cruzar NY em 27 minutos? E achar a Blair em um dos maiores aeroportos da América? Mas deixar ela fugir de mim de novo estava fora de cogitação.

 

- 7 letras. 3 palavras. Diga, e eu sou sua. – se fosse preciso para ela ficar, eu falaria.

- Eu... eu... – Vamos fale!

- Obrigado, era tudo que eu precisava ouvir. – E ela saiu, sem olhar para mim.”

 

- A pior coisa que você já fez, o pensamento mais sombrio que você já teve. Eu estarei ao seu lado para qualquer coisa.

- E por que você faria isso? – eu perguntei.

- Porque... eu te amo. – Ela disse. Mas eu não estava pronto para responder.

- Bom, isso é uma pena...

 

Olhei no relógio de novo. Estávamos passando pela ponte do Brooklin. Talvez desse tempo. Talvez eu ainda tivesse alguma esperança.

 

– Olha, eu sei que fiz coisas horríveis, até mesmo para mim. – Eu tinha noção das coisas que tinha feito.

- Quer dizer postar na Gossip Girl sobre a nossa vida sexual e me comparar com o adorável cavalo velho do seu pai? – Ela disse, irônica.

- Qual o seu ponto? – Eu pedi.

- Qual o seu?

 

4 minutos. Era esse o tempo que eu tinha para entrar no aeroporto, achar a Blair e impedir que ela partisse. Nem que para isso eu precisasse roubar as malas dela e seqüestrá-la.

Entrei correndo no aeroporto e vi aquele monte de cabeças na minha frente. Eu não tinha tempo. Fui até um balcão qualquer.

 

- Qual o portão do vôo... – qual o vôo mesmo? – Para Paris? – Merda, qual o número da porra do vôo!

- Desculpe senhor, só posso lhe dizer se tiver o número do vôo. – Pensei em procurar o comprovante, mas não tinha tempo. 2 minutos.

- Eu sou Chuck Bass, você deve saber o que isso significa, então, diga a porra do portão da porra do vôo.

- Desculpe senhor eu... – ouvi, no meio da milhares de vozes a minha última chance.

 

 

 Senhores passageiro do vôo 6475, Nova York para Paris, linha aérea Air France, por favor, se dirigam a plataforma de embarque 4 portão A. Obrigado.

 

 

Corri sem olhar para trás. Ela não ia me escapar dessa vez. Não mais uma vez.

 

 

Blair Waldorf


 

Ouvi o chamado do aeroporto e me dirigi até o portão 4A. Era como se minha vida estivesse sendo deixada nesse aeroporto. Pensei em recuar. Em voltar para casa, ou talvez procurar o Chuck. Não Blair, siga ao avião.  Passei pelos portões do embarque, pelo Raio-x e todas aquelas parafernálias de segurança. Peguei minhas duas malas e segui até o grande pátio onde estava meu avião. Meu novo futuro. Iria levar as malas comigo. Ouvi alguns gritos, provavelmente de parentes se despedindo, e ignorei. Andei mais um pouco. Quando estava subindo as escadas para entrar no avião, percebi que faltava um detalhe. Detalhe, ha. O pequeno detalhe: minhas malas. Desci as escadas na esperança que minha cabeça oca tivesse deixado elas antes de subir as escadas. Não estavam lá. Ouvi mais alguns gritos de saia daí. É claro que esses funcionários são muito insensíveis. Nenhuma chance de deixar meu DVD da Bonequinha de Luxo Especial nesse aeroporto.

 

- ESPEREM, SÓ ESTOU PROCURANDO MINHAS...

 

http://www.youtube.com/watch?v=g8z-qP34-1Y || With Me - Sum 41

 

- Por acaso está procurando isso, Waldorf? – Ai. Meu. Deus. Bela hora para começar a delirar, Blair. Virei lentamente para trás, esperando ver minhas malas. Mas além das minhas malas, vi o que eu mais queria ver agora: Chuck Bass.

- O... O... – PARE DE GAGUEJAR! – O que está fazendo aqui? – ele deu um leve sorriso. Parecia suada... e cansado. Mas estava simplesmente... ok Blair, você ainda tem um avião para pegar(?)

- Além de cruzar NY em menos de 30 minutos, invadir plataformas de embarque, correr de seguranças, roubar malas de senhoritas esquecidas? – Eu ri. Nossa, ele tinha feito... tudo isso, por mim?

- É, além disso. – Ainda não era suficiente. Se ele me dissesse que abriu as águas do mar Morto ainda não seria suficiente. Não para mim, e não agora.

- Vou tentar fazer isso do jeito certo dessa vez. – Ele soltou um suspiro nervoso enquanto se ajoelhava (naquele chão imundo de aeroporto) e tirava algo do bolso. – Eu sei que eu já te causei muita dor. – Verdade. – E eu sei que você jurou nunca mais me perdoar. – Verdade. -  E é por isso que eu fiz tudo que eu fiz. Meu motorista ainda quer me matar por ter feito perder alguns pontos na carteira. – Ah, o motorista do Chuck não era uma pessoa muito dócil. Deve ser por isso que eles se dão tão bem. – B., eu estou aqui, ajoelhado no meio de uma plataforma de embarque, impedindo um avião de decolar, para pedir que você não entre nesse avião, e fique aqui, comigo. Comigo. Como minha namorada. – Ele estava seguro. Era como se tivesse pensado em como falar. Era como se... era como se ele realmente tivesse certeza do que queria. Olhei para a nossa volta. Pessoas estavam na janelas do avião. Outras nos grandes vidros do aeroporto. Algumas que ainda não haviam embarcado estavam em nossa volta, alguma chorando. E os seguranças estavam parados, acho que eles não sabiam o que fazer.

- É só isso? – Eu disse com um pouco de indiferença. Quer dizer, com a indiferença que eu consegui colocar na frase.

- Eu te amo. – Sorri. Um dos poucos sorrisos sinceros que eu dei hoje. Não deixei ele me mostrar o que tinha na caixinha. Não era preciso. Agora. O beijei.

 

Bom, depois de sermos retirados da plataforma de embarque, fomos para minha casa. Eu pedi para ele me mostrar o conteúdo da caixinha, mas ele disse que agora, só iria mostrar na minha casa.

- Mas como você soube da... – Ele me olhou como se fosse alguma coisa obvia. – Dorota. – Eu gargalhei discretamente. Chegamos em casa e a Dorota praticamente pulou em cima de mim. Aquele sotaque polonês que era tão charmoso em certas horas, quando ele ficava nervosa se transformava em um dialeto quase indecifrável.

- Repita Dorota. – Eu disse enquanto era esmagada por ela. – E para de me abraças, está amassando minha roupa. – Ela se afastou, ainda com um sorriso (enorme) nos lábios.

- Eu sabia que o Sr. Chuck conseguiria te impedir. Entrem! Sua mãe ficará feliz em saber que voltou.  -  Seguimos até a sala onde ela e Cyrus estavam sentados. Ele havia voltado de viagem a pouco.

- Blair! Querida, o que está fazendo aqui? – Ela perguntou emquanto me abraçava. Chuck entrou na sala com um singelo sorriso no rosto.

- Resolvi ficar, mamãe. – Ela olhou para o Chuck, como se entendesse que foi ele que me fez ficar.

- Yupi! – Cyrus disse enquanto se levantava do sofá.  – Vamos comemorar fazendo Krupnick.– ele disse indo para a cozinha.

- Esperem. Eu... quero fazer uma coisa antes. – Ele se ajoelhou (novamente) na minha frente a abriu a caixinha. Lá estava um anel, que eu reconhecia como um Jean Schlumberger da Tiffany’s. -  Primeiramente, eu quero pedir autorização para namorar a Blair. – Sim, eu estava me sentindo como em um filme da Audrey Hepburn. Eles, obviamente, disseram sim. Cyrus exclamou mais algumas coisas. Provavelmente em judaico, pois não compreendi uma única palavra. – E agora, quero pedir para fazer uma viagem com a Blair. – Oh. My. Effin. God.  

- Viagem, para onde? -  Eu pedi enquanto ele colocava o anel em um dos meus dedos.

- Uma viagem que estou te devendo há algum tempo. Mas ao invés de Toscana, pensei em um lugar mais exótico. Você conhece Amsterdã? – Ele me pediu enquanto mostrava duas passagens para Amsterdã. Data? Amanhã, as 12:00. – Então, aceita ir? – Eu sorri e continuamos andando. Minha mãe falava com Cyrus, dava alguns pulos, mas preferi ignora-lá.

- Essa viagem será como uma lua-de-mel, Bass? – Ele me encarou com um sorriso malicioso nos lábio.

- O hotel tem uma ótima cama. – Tapa. – E uma ótima vista para um campo de tulipas. – Sorriso.

- Ei, Amsterdã tem aquelas vitrines de prostitutas, não? – Ele assentiu com a cabeça. – É por isso que você quer ir para lá? – Eu pedi arqueando uma sobrancelha.

- Talvez. – Dei mais um tapa nele e simplesmente me emburrei. -  Claro que não. Se eu quisesse ir para lá por causa disso, não levaria você. – O encarei com olhar enfurecido, mas um sorriso involuntário nos meus lábios. É, acho que vou ter que me acostumar com isso. Afinal, ele é Chuck Bass.

- Dizem que lá tem ótimas lojas. – Meus olhos brilharam. É, ele vai ter que se acostumar com isso. Afinal, eu sou Blair Waldorf.

- Isso se nós sairmos do quarto. – Ele me beijou de novo. É, parece que vocês vão ter que se acostumar com isso, afinal, somos Chuck e Blair, e nada pode mudar isso... por enquanto.

 


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Notas finais do capítulo

Gente, o próximo post vai ser sabado ou domingo, ok? A Fic não acabou! Espero que tenham gostado, de verdade! Deixem reviews!

XOXO. Neli ;*