Amsterdã. Nunca pensei que iria gostar tanto de uma cidade com tanto verde. Ok, admito que ainda não posso dizer que conheço a cidade. Mas posso afirmar que os lençóis, o serviço de quarto e os colchões daqui são ótimos. Ah, a vista para o campo de tulipas também é maravilhosa. E o quarto é lindo.

Um grande avanço: estamos indo para o centro de Amsterdã. É estranho ver que o trânsito aqui é tão tranqüilo, em compensação, as ciclovias estão lotadas. Ainda estou tentando convencer o Sr. Sedentário a dar uma volta de bicicleta. Mas enquanto não consigo... Bem, enquanto não consigo, faço meus exercícios levando metade da cidade comigo para NY. Sim, eu já tinha ouvido dizer que aqui tem lojas incríveis. E foi algo um dos boatos mais verdadeiros que eu já ouvi. Chuck estava me acompanhando. Desculpe, não vou deixar Chuck Bass solto em uma rua conhecida pelas vitrines de prostitutas. Não obrigada.

Peguei várias sacolas de compras e procurei o Chuck pela loja. Ótimo, perdi meu namorado em Amsterdã. Embora eu já tivesse uma idéia de onde procurar...

Sai da loja e andei pela rua calmamente. Cheguei às famosas vitrines e vi de longe, Chuck andando calmamente pela calçada com um cigarro nos dedos, vendo como as garotas de ouriçavam quando ele passava. Dei um tapa no ombro dele quando consegui alcançá-lo

- Terminou as comprar? – Ele pediu soltando a fumaça no meu rosto.

- É, acho que por hoje sim.  – Tinha comprado tudo que queria, inclusive as lembrancinhas da S. Coitada, pena que o Humphrey nunca vai poder pagar uma viagem dessas para ela...  Mas mesmo assim, decidi levar algumas lembranças para ela.

- Então podemos voltar para o hotel... – Ele respondeu com um sorriso malicioso nos lábios. Revirei os olhos, sem conseguir controlar o sorriso divertido que insistia em ficar nos meus lábios, enquanto dava mais um tapa no ombro dele. Acho que isso estava virando uma mania.

- Temos que tirar as fotos... – Respondi da maneira mais manhosa que consegui. Ele sorriu e puxou o celular. Tiramos algumas fotos. Ok, tiramos milhares de fotos. A última foi a minha preferida. Tinha como fundo um campo, algo do tipo. Me uni a ele e ouvi um click do celular, e outro de uma pessoa que tirou uma foto nossa e simplesmente saiu correndo. Dei de ombros enquanto olhava para ele e andamos um pouco pela cidade. O ar era mais leve do que o de NY. Algumas vezes, olhava para o anel que estava no meu dedo, e depois para a pulseira. Ele tinha que ter alg meu para levar com ele. Mas o que? Das várias possibilidades, pensei em uma echarpe, com as minha iniciais. Mas eu queria algo para ele ter com ele sempre. Algumas mulheres olhavam para ele. Quando passava por elas, apenas lançava um olhar de deboche que dizia claramente “Ele está comigo suas vadiazinhas.”, mas isso não parecia intimidá-las. Foi ai que eu parei na frente de uma pequena joalheria e vi o que eu estava procurando. Um lindo anel masculino de ouro fosco, de mais ou menos um centímetro, com alguns trabalhos abstratos. Era complexo, lindo, másculo e atraente. Como ele.

- Chuck, pode procurar um restaurante bom? Estou faminta. – Eu disse de uma maneira sexy e o beijei. Ele assentiu e eu finalmente entrei na joalheria.

Chuck Bass

Nunca pensei que ficar ai, com a Blair ia ser tão bom. O tempo que estamos passando aqui é maravilhoso. Eu nunca pensei que fosse gostar tanto de me amarrar, isso nunca esteve nos meus planos. Na verdade, ultimamente nada do que acontecia estava nos meus planos. Eu ainda estava me acostumando a não ter controle sobre tudo. Reservei uma mesa no melhor restaurante da cidade e fui buscar a Blair, que estava me esperando no mesmo lugar no qual eu deixei ela... com o meu sorriso favorito.

- Achei que sua posição de rainha do gelo não lhe desse o privilégio de sorrir. – Ela gargalhou enquanto me beijava docemente.

- Apenas para uma platéia muito bem selecionada. – Ela disse ainda com aquele sorriso.

-Espero que essa platéia seja apenas eu. – Respondi em tom possessivo. Ela toda era minha. Cada sorriso, cada curva. Ela era toda minha, e sempre seria.

- Se fosse só você, não seria uma platéia. – Ela disse como se fosse óbvio, ainda envolta nos meus braços. – Estou brincando. É só você que pode me ver sorrir, Charles Bartholomew Bass. – Ela disse me arrancando um sorriso.

O lugar que eu tinha escolhido era extremamente romântico. Acho que isso surpreendeu ela. Vocês acham que eu ia levá-la à uma boate, com aquele monte de idiotas olhando para a minha Blair? Ah, não, obrigada. Sentamos em uma mesa reservada, e do nosso lado, haviam alguns holandeses. Bem. Meu holêndes estava meio enferrujado mas tenho certeza que ouvi algumas coisas muito obcenas. E envolviam a minha namorada.

- Blair, vamos embora daqui. – Eu disse puxando brutamente pelo braço e arrastando-a para fora. Mas não antes de dar um soco em um daqueles desgraçados.

- Você está maluco? – Ela perguntou, gritando e rindo ao mesmo tempo. – Isso foi um ataque de... ciúmes? – Ela pediu, tropeçando nas palavras devido à crise de riso.

- Bem na verdade... – Segurei o riso. Deixei a raiva me dominar na hora. – Você não ouviu o que eles falavam de você. O que eles falavam de mim. – Eu disse, trinchando os dentes. Meu bom humor momentâneo passou.

- Ah querido, se eu fosse ter um ataque de ciúmes a cada garota que falasse algo de você, ou de mim, eu seria Sra. Atacada. – Ela disse, beijando meu queixo. – Mas eu aceitei o fato de que sou eu quem tem esse anel. – Ela disse, mostrando o anel que eu dei para ela. – Que eu sou a única que tem essa pulseira. Não sou? – Ela disse essa ultima parte com uma sobrancelha arqueada, enquanto eu assentia, gargalhando. – E você tem que aceitar que é o único que me tem. E o único que tem isso. – Ela disse me dando um anel masculino. Espera: eu que dou os presente por aqui.

- O que é isso? – Eu pedi

- Eu quero que você tenha alguma coisa minha para espantar essas vadias de cima de você. – Ela disse, calmamente, enquanto eu sorria e colocava o anel do dedo.

- Obrigada. – Eu disse. – Satisfeita?

- Muito... mas ficaria mais ainda se voltássemos para o hotel. – Ela disse, enquanto beijava meu pescoço. É, isso sim que é uma lua-de-mel.

Blair Waldorf

Acordei e vi uma nova mensagem. Abri o celular calmamente, vendo Chuck acordar e pegar o celular dele.

“ Olá pessoal. Gossip Girl aqui. Temos noticias no nosso casal mais bipolar. Depois de uma cena linda no aeroporto de NY, onde o nosso cavalheiro negro impediu nossa rainha B. de decolar para Paris, eles finalmente voltaram. É, e parece que dessa vez é para valer. Não pensem que não estou feliz por vocês B. e C., é que vocês dão muito mais escândalos separados. Ou não. Bem, continuando, depois dessa cena merecedora de um filme, fontes seguras afirmam que Chuck pediu a mão de Blair em namoro para os pais da nossa Queen. Pois é, parece que Chuck está realmente mudado.

Mas não acaba por ai. No dia seguinte, C. e B. pegaram um avião para um destino muito curioso: Amsterdã. Eu poderia jurar que a viagem não duraria um dia, mas pelo que parece, eles estão muito bem. Shame on you, guys!

Não acreditam? Uma das minha fontes internacionais mandou isso: Flagrados em Amsterdã. De mão dadas. Chuck e Blair tirando milhares de fotos pela cidade depois de 3 dias (isso mesmo, 3 dias) trancados no hotel. Uma foto dos nossos pombinhos? Ai está:

Então, acreditam no nosso novo casal agora? Não acreditem. Eles logo estarão por ai, aprontando várias de novo. E eu continuo aqui, esperando para que isso aconteça. Happy Honey moon, Chuck and Blair, enjoy when you can do it!

XOXO. Gossip Girl.”

Resolvi ignorar e aproveitar mais um pouco. Afinal, meu sonho estava no fim. E por mais que doesse penser, que não sabia o quanto tempo aquilo ia durar. Deitei no peitoral do Chuck e simplesmente fiquei ali, aproveitando o que eu tinha. Por enquanto.