Até Às Últimas Consequências escrita por AND


Capítulo 28
A tempestade antes da bonança parte 2


Notas iniciais do capítulo

Oi galera, tudo bem?

Hoje temos a segunda parte do penúltimo capitulo de Até as ultimas consequências.
Quem ta ansioso ai? Depois de quase 3 anos escrevendo essa história, finalmente vou conseguir conclui-la.
Espero que gostem e boa leitura!



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Natasha estava chorando. Nos últimos dias sua vida era resumida a isso, dor e lágrimas. Em numerosos momentos, sua mente se desconectava e ficava encarando o nada por várias horas, incapaz de se mover ou raciocinar. Tinha perdido completamente a esperança de sair viva daquele lugar. A cada dia, Mullins ficava mais insano e perigoso.

Ao ver seu algoz na sua frente, a garota se encolheu de medo.

Mullins se aproximou dela e a agarrou pelo pescoço.

— Tenho uma surpresinha para você! Tenho certeza que você irá adorar!

Natasha começou a soluçar.

— Não faça mal para meu filho! – implorou.

Mullins gargalhou, pegou a faca e fez um pequeno corte em suas bochechas para depois lamber o sangue da lâmina, ao mesmo tempo que a encarava.

— Vamos, não podemos deixar nosso convidado esperando. – falou arrastando a mulher pela casa.

Natasha estava completamente nua, seu corpo totalmente marcado e torturado.

Ao entrarem no quarto, Natasha deixou um lamento escapar ao olhar para a figura desacordada. Seu esposo, Cristian.

— O que você fez com ele? – indagou horrorizada.

— Ainda nada, mas tudo vai depender dele. Se for bonzinho, eu o deixarei ir. Caso ele resolva ser mau, eu o torturarei lentamente e depois, quando não sobrar mais nada além de um pedaço sangrento de carne, eu o mandarei para o inferno. – ditou com a voz excitada e cruel – Agora vamos dar as boas-vindas a ele.

Mullins acertou-lhe um forte tapa em seu rosto que a deixou desacordada e a jogou contra a parede. Depois, apanhou um aparelho que emitia choques e atingiu seu irmão com ele.

Cristian estava envolto em trevas, sua cabeça doía para caralho e não tinha noção do que tinha acontecido. A última coisa que se lembrava era de estar carregando Winter até o carro de Bannet e depois tudo ficar preto.

Do nada sentiu uma corrente elétrica passar por todo seu corpo. Automaticamente, abriu seus olhos e começou a gritar.

O choque passou, tentou olhar em volta para descobrir onde estava, mas tudo que via eram sombras. Tentou mover os braços, mas não conseguiu, pareciam estar presos.

Uma gargalhada insana o deixou alerta.

— Que bom que acordou, irmãozinho. – ditou Eric.

— Eric? – perguntou ainda um pouco desnorteado. – Onde estou?

— Você é meu hóspede temporário. Temos alguns assuntos para resolver, e queria fazer isso em paz!

— Me solte! – gritou com raiva. – Me deixe sair e me enfrente como um homem, seu covarde!

Mullins parou de sorrir; avançou contra o irmão e desferiu um soco fortíssimo em seu rosto.

— Não me chame de covarde! Você e seus amiguinhos me obrigaram a isso.

Cristian encarou o ser desprezível que estava na sua frente, não iria implorar por sua vida, nem mesmo diria coisa alguma.

Antes de Mullins continuar, ambos ouviram um gemido vindo do outro lado do cômodo.

— Claro! – ditou dando um tapa na própria testa. – Tem alguém aqui que quer lhe ver, mano. – falou saindo do campo de visão de Cristian e retornando segundos depois com uma mulher nua e bastante machucada.

— Será que você se lembra da sua mulher? – indagou com escárnio. – Claro que deve se lembrar não, Juliane?

Cristian a encarou com olhos arregalados.

— Diga olá para seu marido, querida! – falou no ouvido de Natasha.

A mulher encarou-o com os olhos aterrorizados e cheios de lágrimas.

— O que você fez com ela? – berrou furioso tentando soltar os braços e os pés, mas sem sucesso.

— Apenas a fiz pagar por sua traição. Afinal, se ela não tivesse deixado que seus hormônios maternos tomassem conta, nada dessa merda estaria acontecendo. Bob já teria me entregado o serial, minha bomba – apontou para um canto na sala; -  estaria pronta e ninguém, absolutamente ninguém saberia que permaneço vivo, mas agora é tarde demais. Olhe-a bem, irmão, pois nem você nem ela sairão vivos daqui. – urrou descontrolado. - Agora, - sacou a arma da cintura. – Me diga onde encontrar o serial senão quiser ficar encharcado com o sangue dessa vagabunda.

Cristian encarou a mulher.

Natasha apenas fez um sinal negativo com a cabeça, dizendo para ele não falar nada.

— Estou sem tempo. – berrou acertando o rosto de Cris com a arma e voltando a apontá-la para Natasha. – Me diga logo onde está!

— Eu nunca irei te falar nada, se quiser matá-la fique à vontade, tudo que sinto por essa mulher é raiva e desprezo. Não me importo nem um pouco com o que possa acontecer com ela.

Mullins cerrou os punhos, soltou a mulher, e voltou a atacá-lo com mais socos. Depois do quinto golpe, Cristian estava quase perdendo a consciência, sua boca sangrava bastante e havia grandes hematomas em seu rosto.

— Não irei matá-la ainda, antes você verá tudo que irei fazer com ela. – berrou avançando contra Natasha e abaixando suas calças – Assim, quem sabe, você não abre a boca de uma vez? -  finalizou entrando nela sem qualquer cuidado e estocando-a violentamente.

— Veja só, irmão. – falou ofegante. – Sua mulher é uma delícia.

Natasha berrava de dor, mas ainda não era o suficiente. Sem parar com as estocadas, Mullins apanhou a faca e começou a fazer alguns cortes em suas costas.

Cristian não conseguia mais ver tudo que acontecia, os gritos agonizantes de Natasha e os gemidos brutais de Eric, eram difíceis de suportar, tanto que fechou os olhos com força para tentar bloquear os barulhos.

No entanto, momentos depois, outro berro ainda mais terrível foi ouvido, e nesse momento Cristian abriu os olhos e viu com terror o que tinha acontecido. Mullins tinha decepado o bico de um dos seios dela.

O ferimento não parava de jorrar sangue. Natasha havia sucumbido à dor, mas Mullins não cessou as estocadas, pelo contrário, aumentou ainda mais a velocidade.

— Você vai matá-la, - ditou desesperado. – Pare com isso, seu desgraçado maldito!

Mullins apenas gargalhou e continuou com o ato até que finalmente despejou-se dentro dela com um gemido alto.

Deixou-a jogada no chão, inconsciente e sangrando, para voltar-se ao irmão com um brilho maníaco na face. Pela primeira vez desde que se encontraram em Los Angeles, Cristian sentiu medo dele. Alguma coisa estava diferente no irmão, parecia estar possuído ou algo do tipo.

Mullins pegou a faca suja do sangue de Natasha e se aproximou perigosamente dele, passando a lâmina em seu rosto, deixando um rastro de sangue. Depois agarrou-lhe os cabelos, puxou-os violentamente para trás e aproximou o aço do pescoço fazendo uma leve pressão.

— Irmãozinho, me diga por gentileza onde eu encontro o serial? – pediu gentilmente. – Não me obrigue a torturá-lo também. Dê uma olhada na pobre Natasha, - ditou fazendo com que ele encarasse a figura moribunda no chão.  

— Nunca direi a você! – falou com dificuldade.

Mullins deu um sorriso afetado, pressionou a faca contra o rosto dele e deslizou-a pausadamente, abrindo um corte superficial na carne.

O policial não emitiu nenhum gemido de dor, não lhe iria dar esse gostinho.

Eric ainda deu mais alguns golpes no rosto, no entanto parou ao ouvir batidas freneticas na porta.

Eric ficou apreensivo. Ninguém sabia onde se escondia.

— Vamos dar uma pausa, mas se você não me contar o que eu quero saber, quando eu voltar, será o seu fim. – ameaçou friamente. – Te deixarei ainda pior do que essa vaca imunda.

Assim que o bandido saiu, Cristian pôde respirar mais aliviado, mas sabia que seria por um breve espaço de tempo. Tinha que sair dali, pois Eric não hesitaria em matá-lo.

Depois de alguns minutos de tentativas desesperadas para se soltar, viu que não conseguiria sozinho, então, percebeu que só teria uma única opção.

— Natasha. – gritou com desespero – Natasha, por favor acorde!

Cristian precisou gritar algumas vezes para a garota enfim começar a se mexer fracamente.

— Natasha, por favor, me solte. Temos que fugir daqui, ou ele irá nos matar. Por favor.

A mulher parecia não ter escutado, estava tremendo, sentindo terríveis dores por todo o corpo, a única coisa que conseguia fazer era se encolher no chão e chorar.

— Natasha! – chamou-a novamente. – Natasha!

Nenhuma resposta, era como se seu cérebro estivesse desconectado, ela tinha se fechado dentro de sua mente, onde nenhuma dor ou mal poderia atingi-la.

“Droga, eu preciso fazer alguma coisa, nosso tempo está se esgotando.”

XXX

Entrementes, Lorena estava se aproximando cada vez mais do local, só esperava que chegasse a tempo de impedir o pior.

Parou o carro de Bob duas ruas antes de chegar ao endereço; apanhou tudo que tinha – sua arma, alguma munição, a lâmina com que matara Smith – e saiu rumo ao seu destino. Rumo ao fim de Steven Mullins.

Pôde vislumbrar a casa onde supostamente ele estaria. Não sabia se Mullins ainda teria algum capanga para ficar de guarda, mas a casa aparentemente era comum, onde uma família de classe média poderia viver numa boa e pelo que podia ver, não havia ninguém guardando o perímetro, nem mesmo câmeras.

Aproximando-se com cautela e com a arma em punho, procurou um lugar onde pudesse entrar sem ser percebida.

A residência possuía uma porta e duas janelas na frente, todas estavam trancadas. Sem se deixar abater, Lorena deu a volta. Chegando nos fundos, se deparou com seu inimigo discutindo com um homem. Por sorte, ambos estavam tão centrados na discussão que não perceberam a presença dela, por isso conseguiu se esconder e ouvi-los.

— ... não me interessa! – gritou Donald Federhen. – Esse plano louco foi seu, agora vá lá e resolva com as famílias dos homens mortos ou presos. Eles estão loucos, querendo minha cabeça.

— Não tenho tempo para isso Federhen, e outra, não é problema meu. – ditou ríspido. – Tenho coisas mais importantes a tratar nesse momento do que ficar lidando com um monte de gentalha morta de fome. Eu te pago para resolver essas situações. Então resolva! – gritou furiosamente, virando de costas para retornar a casa.

Donald Federhen sacou sua arma e apontou para Mullins.

— Eu mandei você ir resolver esse impasse, eu não serei responsabilizado por seus atos loucos. – gritou com ódio.

Mullins deu uma olhada por cima do ombro para a figura armada e começou a rir histericamente.

— Você é tão patético quanto todos meus outros capangas. – falou antes de engatilhar sua arma e disparar contra Donald, que desabou no chão morto.

Sem se importar em ocultar o corpo, entrou em casa.

Lorena esperou alguns minutos escondida. Ele poderia voltar para dar um fim no corpo, mas conforme os minutos foram passando, ela percebeu que a barra estava limpa, mas também, que Mullins estava ainda mais insano e perigoso.

Pouco antes de entrar, Lorena pousou a mão em sua barriga e respirou fundo, tentando encontrar coragem para o que necessitava fazer.

— Vini, olhe por mim. – sussurou com os olhos fechados.

Sem perder mais tempo, foi até o cadáver de Federhen e pegou a arma. Olhou com pena para o corpo do rapaz e virou-se para encarar a porta. Permaneceu alguns segundos visualizando-a até por fim entrar.

XXX

Enquanto o embate acontecia nos fundos, Cristian continuava a tentar fazer com que Natasha o ajudasse a se livrar das cordas. No entanto, ainda não tinha tido sucesso.

Do nada, uma ideia surgiu em sua mente, talvez fosse o único jeito de fazê-la sair dessa letargia.

— Natasha, você não quer ver o Kevin?

Como num passe de mágica, a garota virou a cabeça para ele e permaneceu o encarando.

— O Kevin, seu filho, você gostaria de ver ele? Falar com ele?

A mulher sacudiu a cabeça afirmando.

— Me solte dessas cordas e eu prometo que te levarei até o Kevin.

Natasha foi até o policial amarrado e começou a soltá-lo.

No entanto, para a infelicidade de ambos, naquele momento, Mullins retornou ao quarto. Ao ver a garota tentando soltar seu irmão, sentiu uma cólera ainda maior. Apanhou um pedaço de metal com uma ponta fina que deixara propositalmente naquele quarto e transpassou essa lâmina no ombro dela, que gritou de dor.

— Desgraçada. – berrou agarrando-a pelo pescoço e desferindo-lhe dois tapas contra a face.

— Deixe ela em paz, Eric. – urrou Cristian.

— Vou cuidar de você em breve, Natasha. – ditou, arrastando-a para fora do quarto e jogando-a novamente no porão.

XXX

Lorena andava com extrema cautela, se escondendo atrás de móveis pelo caminho. De repente, ouviu um grito. Automaticamente reconheceu a dona daquela voz: Natasha.

Logo, ouviu o tom tonitruante de Mullins vindo em sua direção. Com muita rapidez, conseguiu se esconder atrás de uma estante no exato momento em que ele passou arrastando uma mulher nua.

Lorena ficou horrorizada ao ver o estado deplorável que a outra se encontrava.

Ouviu Mullins jogá-la no porão e retornar até o quarto.

Sem pensar duas vezes, dirigiu-se ao porão, mas travou no meio do caminho ao ouvir um grito agonizante de Cristian.

Não sabia o que fazer naquele instante: Salvaria o Cristian e finalmente se livraria de Mullins ou ajudava a mulher que odiava?

Ponderou por meros segundos antes de tomar sua decisão.

— Por favor, aguente firme Cris, logo irei te ajudar. – sussurrou para si mesma antes de entrar no corredor que a levaria para a prisão de Natasha.

Ao chegar à porta, viu que estava aberta. Quando entrou, viu a mulher que fora tão bela e desejada reduzida a quase nada. Seu corpo ferido, deformado... sentiu uma ira insana se apoderar de si. Correu até ao ser encolhido no chão e apoiou a cabeça dela em suas pernas.  

Natasha continuava com o olhar perdido.

— Meu Deus! Olha o que aquele monstro lhe fez! – disse com lágrimas nos olhos.

Ela, no entanto, pareceu reconhecer a voz sofrida de Lorena. Com um certo esforço, Natasha conseguiu focalizar a figura da pessoa que um dia considerava sua inimiga.

— Lo-Lorena... – sussurrou fracamente.

— Sou eu! Eu irei te ajudar. Vou te tirar daqui e irei acabar com Mullins. – falava rápido enquanto secava as lágrimas com as costas das mãos. – Venha Natasha, vamos sair daqui. – tentou levantá-la, mas Natasha a impediu.

— É tarde demais! – sussurrou – Não tenho mais salvação, ele me destruiu.

— Não! – disse com determinação. – Você ainda pode ser salva, temos que levá-la a um hospital rápido.

— Você deve salvar o Cri-Cristian. Mullins irá matá-lo. Não se importe comigo.

— Não! Eu não irei abandoná-la. Mullins matou meus amigos, não pude fazer nada para salvá-los, mas eu posso, eu consigo salvá-la, vamos Natasha, temos que ir para um hospital.

— Se você quer mesmo me salvar, mate-me. – implorou começando a chorar.

— Não posso! Não vou. – retrucou.

— Olhe para mim, Lorena, meu corpo levará essas marcas para sempre, será uma lembrança eterna do que aquele monstro fez comigo, não quero viver com isso, sem contar a culpa por ter enganado e abandonado meu filho e Cristian. Não tenho mais salvação, então por favor, por favor, só você pode me libertar do meu tormento.

Nesse instante, um berro doloroso foi ouvido.

— Cristian é forte, mas não vai resistir muito tempo, você tem que salvá-lo, mas antes, por favor, acabe com meu sofrimento.

Lorena continuava a encarar a garota, quando outro grito ecoou pela casa.

— Por favor! – suplicou novamente.

— Me perdoe. – pediu, enquanto retirava a lâmina do bolso traseiro de sua calça e lhe cortava a veia jugular.

Natasha se debateu por alguns segundos antes de finalmente a vida se esvair de seu corpo. No fim, ela permaneceu com uma expressão serena.

Lorena reprimiu um grito de tristeza e pesar pela companheira. Com lágrimas descendo em cascata, fechou os olhos abertos e vidrados de Natasha para sempre.

— Que você encontre paz. – sussurrou antes de se levantar e sair do porão.

XXX

Enquanto isso, no quarto, Eric continuava a torturar Cristian.

Já o havia atacado com socos, tinha feito alguns cortes pelo corpo, usara também o aparelho que dava choques, mas Cristian não havia dito nenhuma palavra.

Mullins estava começando a ficar irritado e desesperado, quase não havia mais tempo, tinha que conseguir o serial custasse o que custasse, agora não tinha muito a perder.

Aproximou-se e pisou com força em seu órgão, fazendo com que soltasse um alto grito de dor.

— Me diga onde está, ou eu juro que irei fazer com você a mesma coisa que fiz com a puta da Natasha. – ameaçou com os olhos quase saltando das orbitas.

— Olha só, você fez tudo isso para ter a chance de transar comigo? – indagou com sarcasmo. – Não precisava ter ido tão longe, era só ter pedido com jeitinho... – Cris não terminou a frase, já que Mullins o atacou com socos e terminou a sequência pisando em seu membro, ouvindo de imediato um grito agoniado de dor.

— Cale a porra da sua boca, seu viadinho de merda! – gritou, agarrando-lhe os cabelos e os puxando para trás. – Eu não sou doente que nem você para gostar de um macho. Me diga onde está o serial. – exigiu soltando os cabelos.

— Nunca direi a você! Mate-me se quiser, você jamais o terá! – ditou furioso cuspindo-lhe na cara.

Eric limpou os rastros de saliva misturado com sangue de seu rosto e voltou a encarar o irmão com fúria, porém não lhe fez nada, pelo contrário, saiu do quarto.

Cristian estava um pouco mais aliviado, tinha certeza que seu ato de bravura lhe traria consequências terríveis.

Contudo, seu alívio durou meros segundos, pois Eric retornou com um balde cheio de água.

— Irmãozinho, antes de você morrer, tem algo que você deve saber: nossa perfeita mãezinha traiu o imbecil do Alex logo depois que se casaram, e ela engravidou de mim. Entende o que isso significa?

— Do que você está falando?

— O que estou falando é que Alex Hayes não é meu pai biológico. Sou fruto da traição de Carol. Por isso, Alex nunca me tratou com tanto carinho como tratava você. Por esse motivo, ele sempre me odiou, porque eu o fazia lembrar disso.

— Isso é impossivel! – gritou, recusando a acreditar – Nossa mãe nunca seria capaz disso.

Eric gargalhou.

— Eu também pensava assim, mas eu os ouvi, eles estavam brigando, e o Alex a acusou disso e o que mais me abalou foi que ela confirmou toda a história.

— Eric... – Cristian não sabia o que falar, por alguns instantes havia se esquecido da sua atual situação, mas não precisou, porque seu irmão despejou o líquido sobre a cabeça dele.

Após isso, ele apanhou a arma de choque e se aproximou perigosamente de Cristian, que finalmente tinha percebido qual era a sua intenção.

— Só achei que você deveria saber a verdade sobre nossos pais, porém, agora me diga onde está o serial, ou eu irei fritar você com esse aparelhinho.

Cris não disse nada, apenas ficou o encarando, tentando parecer valente, mas por dentro estava aterrorizado.

— Último aviso, Cristian! – berrou, com o rosto vermelho.

Diante do silêncio, Mullins perdeu a paciência e começou a dar pequenos, porém repetitivos choques em Cristian. Como estava todo molhado, a potência do choque aumentou o que fazia com que seu corpo convulsionasse com bastante força.

— Posso continuar com isso todo o dia, é melhor me dizer onde está o serial e poupar todo esse sofrimento, não concorda? Seja um bom menino e me diga, não é tão difícil.

— Vai para o inferno. – berrou com fúria.

— Isso quase me deixa desapontado. – falou, começando a dar algumas voltas ao redor dele, como um animal que cerca sua presa antes de estraçalhá-la. Parou na frente para lhe dar mais choques, ficando de costas para a porta.

Quando Cristian estava para perder a consciência, eis que algo totalmente inesperado aconteceu. Alguém apareceu do nada e começou a atacar Mullins com grande ferocidade. Depois de sucessivas coronhadas na cabeça, ele caiu no chão inconsciente.

Cristian não conseguiu enxergar quem fora a pessoa que o salvara. Se era amigo ou inimigo não sabia, somente esperava morrer a qualquer momento.

— Cristian! – falou uma voz conhecida.

O policial levantou a cabeça e olhou na direção da voz, aos poucos foi entrando em foque a figura de Lorena Thompson.

— Lorena? – ditou aliviado. – Como chegou até aqui? Como me achou? – perguntou confuso e cansado.

— Longa história, mas quando sairmos daqui eu te explico tudo. – falou rápido. – Espero que Bob e os outros estejam chegando. – comentou, tentado cortar as cordas que prendiam os pés dele.

XXX

Enquanto isso, Bob e os outros 4 sobreviventes ainda estavam presos na sede. Mesmo os policiais insistindo para que evacuassem o local, os bandos de reporteres e câmeras não saíam.

Cansado de esperar e sabendo que a vida de Cristian corria perigo, ele tomou uma atitude drástica.

— Não sei vocês, mas eu vou atrás daquele desgraçado. – ditou, indo para o lado de fora da agência.

— Bob! Espere aí. – Luiws chamou indo atrás dele e logo os outros três agentes os seguiram, mas quase foram engolidos pela massa crescente de jornalistas que tentavam de todas as maneiras se aproximar deles.

Bob apanhou sua arma e deu dois disparos para cima.

Automaticamente, o barulho que os repórteres faziam, cessou.

— Nenhum de nós irá falar nada! Não sabemos o que houve, então sumam daqui, temos coisas mais importantes a fazer do que ficar aguentando um bando de retardados como vocês. – gritou furioso.

Os agentes começaram a se dirigir ao pátio onde estavam as viaturas, mas alguns homens e mulheres mais insistentes continuaram a persegui-los para fazer perguntas.

Dessa vez, Luiws perdeu a cabeça, tomou a câmera de um dos reporteres e atirou-a no chão com violência. Para completar, acertou o aparelho com uma bala de sua arma.

Os reporteres ficaram indignados com o ato e continuaram a persegui-los com mais empenho. No entanto, quando os urubus da reportagem menos esperavam, os cinco agentes engatilharam suas armas e apontaram para eles.

— Já chega! – berrou Bob, apontando o revolver para a perna de uma mulher loira. – Se vocês não desaparecerem daqui agora, iremos prender todos vocês por impedir uma investigação federal, sem contar a dor do tiro que provocaremos em vocês.

— Vocês não podem fazer isso! – gritou um mulher morena que estava sob a mira de Adam. – Estamos no nosso direito de imprensa.

Os outros gritaram em concordância, fazendo com que os agentes se irritassem ainda mais.

— Esse é o último aviso, se não saírem daqui em dois minutos, iremos tomar medidas mais drásticas. – gritou Bob recuando em direção ao pátio.

— Nos dê uma boa razão para sairmos daqui. – insistiu uma outra repórter.

— Aqui tem um. – ditou, acertando um tiro no farol do carro de sua emissora. – Dois. – gritou, atirando noutro farol. – Vai querer mais algum motivo? – perguntou irado.

O pequeno grupo de reporteres começaram a gritar ofensas e xingamentos para os agentes.

No entanto, não foi por muito tempo, pois, todos eles avançaram contra o grupo e começaram a arrastá-los para dentro do prédio.

Ao chegarem na sela, todos foram jogados lá dentro.

— Estão todos presos por desacato e por impedirem nosso serviço de investigação. – ditou com um ar superior – Ficarão aqui por enquanto, logo voltaremos. Aproveitem bem nossa hospitalidade.

Agora sem impedimentos, entraram em um dos SUV e partiram em velocidade para o local indicado por Rebecca.

— Só espero que não seja tarde demais. – pensou Bob aflito.

XXX

Na casa, Lorena ainda lutava para conseguir soltar as cordas de Cristian, estava quase conseguindo.

— Falta pouco! – ditou ofegante.

— Por favor, temos que ir logo antes que o Eric acorde. – falou exausto.

— Consegui! – ditou animada. – Agora só faltam as mãos.

Para sorte de ambos, as cordas que prendiam as mãos de Cris não eram tão grossas como as que prendiam seus pés.

Momentos depois Cristian estava livre, mas seu momento de felicidade durou muito pouco.

Enquanto Lorena cortava as cordas, Mullins recobrou a consciência um pouco confuso, mas logo percebeu o que tinha acontecido ao ver sua ex funcionária tentando libertar o irmão.

O ódio queimou dentro dele com força total. Aquela vagabunda tinha matado praticamente toda a sua equipe, até mesmo Smith. Tinha que se livrar dela agora, naquele momento. Ao mover sua mão alguns centímetros, sentiu bater em algo de metal.

Então lembrou-se do pedaço pontiagudo que usara para ferir Natasha no ombro. Esse seria o fim daquela vaca de uma vez por todas.

Levantou-se em silêncio com o metal em suas mãos e avançou bem lentamente contra Lorena.

No momento em que ela terminou de libertar Cristian e se levantou, Mullins a atacou.

Cristian percebeu tarde demais o que estava para acontecer, só conseguiu gritar:

— Cuidado!

Antes de Eric fincar o metal nas costas de Lorena, que soltou um gemido de dor. Da sua boca começou a sair sangue.

— Esse será seu fim, Lorena. – ditou sádico, enfiando o metal ainda mais fundo dentro dela e atingindo seu coração. – Você nunca foi adversária para mim, espero que queime no inferno junto com seus amiguinhos. – ditou, retirando o metal e deixando-a cair no chão agonizando.

Cristian assistiu toda a cena completamente apavorado, não conseguia acreditar no que via. Seu cérebro obviamente o estava enganando, pois não podia ser verdade, era impossível que Lorena estivesse morta. No entanto, o sangue fresco em seu corpo molhado era a prova definitiva. Sua grande aliada, estava morta. Tinha ido se encontrar com seu grande amor Vinicius no além vida.

Foi despertado pela gargalhada insana de Mullins, que ecoou em seus ouvidos. Cristian nunca sentiu tamanha fúria e ódio contra um ser humano como sentiu por Eric naquele momento.

Tomado por uma força sobre-humana que parecia ter recaído sobre ele, Cris avançou contra seu irmão, o derrubando no chão. A seguir, começou uma impressionante distribuição de socos contra Eric. Ele tentava se defender, mas Cristian não permitia, o atacando sem dó nem piedade incontáveis vezes.

No entanto, Mullins conseguiu ficar livre ao alcançar a arma de choque que estava em seu bolso e disparando contra ele.

O único problema era que Cristian estava em cima e o choque que Cristian recebera foi compartilhado por Eric, mas de certo modo, tinha conseguido se ver livre.

Ambos estavam exaustos, talvez Eric estivesse em melhores condições que Cris, mas ainda assim, sua cabeça sangrava devido aos golpes de Lorena, e doía bastante.

Passados alguns minutos onde ambos se recuperavam do choque, eles voltaram ao combate. Foi um verdadeiro festival de pancadas, Mullins acertando Cris e vice-versa.

Não tinha como saber qual dos dois sairia vitorioso.

Em determinado momento, Mullins acertou-lhe um chute fortíssimo no estômago. Cris caiu no chão sem ar. Aproveitando o momento, Eric correu até a mulher morta e apanhou sua arma.

XXX

Carol conseguiu encontrar a casa. Desesperada, temendo perder seus filhos, chegou à porta dos fundos aberta. Viu um corpo, mas sem se deter, entrou, começando a procurar desesperadamente por alguém.

Não demorou muito para que ela os encontrasse já que ambos estavam travando uma batalha mortal.

A única coisa que foi capaz de fazer, fora ficar parada encarando a cena tenebrosa: seus filhos matando-se um ao outro.

XXX

Sorrindo exuberante, apontou a arma para Cristian e foi se aproximando calmamente de seu alvo.

— Queria que as coisas terminassem de um jeito diferente. Não precisava ser assim, mas você me obrigou a isso. Não tem mais jeito, irei te matar e ficarei escondido por alguns anos, mas eu terei o que é meu por direito, pode demorar 10, 20 ou 30 anos, mas eu ainda serei milionário. – gritou engatilhando a arma. – Adeus irmão!

Cristian fechou os olhos esperando seu fim. Em sua mente passavam cenas de todos os fatos importante de sua vida, e por fim as imagens do filho, rezando para que ele ficasse bem.

Um som ressoante de um tiro foi ouvido pelo quarto.

Contudo a dor que Cristian esperava nunca apareceu. Quando tomou coragem e abriu seus olhos, pôde ver seu irmão caindo no chão com um buraco de bala jorrando sangue e atrás dele estava sua mãe Carol, com uma arma na mão.

— Você! – sussurrou Mullins fracamente. – Minha doce e querida mãezinha atirou em mim. – com algum esforço começou a rir.

— Eric, você não tem salvação. Fiz o que deveria: salvar minha família de você. Adeus meu menino. – disse, acertando mais três tiros em Mullins.

Os olhos de Eric se fecharam para sempre, a mão que segurava a arma caiu no chão e ele não se mexeu mais.

Carol encarou o filho morto por mais alguns segundos com a expressão impassível. Depois correu para Cristian que estava em choque com a cena que tinha presenciado.

— Filho, você está bem? – indagou aflita. – Está ferido?

— Mãe... – foi a única coisa que conseguiu dizer antes de desmaiar de exaustão.

Carol o abraçou fortemente.

— Finalmente tudo acabou, filho.

Momentos depois, o SUV parou em frente da casa. Dele, saiu os cinco agentes.

Bob estava aflito, corria para todos os lados sem parecer saber onde ir.

— Bob, - chamou Luiws – Fique calmo, vamos encontrá-los, tenho certeza que ele está bem!

— Gente! Venham aqui. – chamou Stuart

Os outros correram em direção à cozinha. Ao entrarem no cômodo, viram do lado de fora da casa, um corpo.

— Morto! – ditou depois de tentar encontrar a pulsação.

— Chamei o resgate e também a perícia, embora vá demorar um pouco para chegarem aqui. – ditou Jones.

— Vamos continuar a examinar o restante da casa. – disse Adam.

Os agentes obedeceram. Bob e Luiws seguiram em direção aos quartos enquanto Stuart, Adam e Jones continuaram a examinar a sala. Stuart encontrou o caminho até o corredor que levava ao porão.

Se depararam com outro corpo envolto em uma poça de sangue.

— Ela está morta, vamos nos juntar aos outros. – falou Jones.

Enquanto eles estavam no porão, Luiws e Bob observavam um dos quartos.

— O que é aquilo? – indagou Luiws apontando para um canto.

Ambos se aproximaram com cautela.

Bob apanhou a maleta nas mãos e a abriu.

— Luiws, esse é o artefato que Eric está montando.

De repente, ouviram alguns gemidos vindos do quarto ao lado.

Rapidamente, seguiram até o local e encontram Carol e Cristian.

Bob correu até eles, ignorando os corpos de Eric e Lorena que jaziam no quarto. Sua única preocupação era Cristian.

— Vocês estão bem? – indagou Bob aflito.

— Eu estou bem, filho! – assegurou Carol. – Vocês precisam levar Cristian para o hospital, ele foi muito agredido e ainda parece que levou vários choques.

— O resgate já está a caminho. Tudo vai ficar bem. – confortou, fazendo um carinho no rosto dele.

— Bob, a mulher ainda está viva! – berrou Luiws. – Rápido, temos que levá-la para o hospital ou ela morrerá.

— Temos que esperar o resgate e...

— Não dá tempo! – contestou Luiws desesperado. – Se esperarmos mais, ela irá morrer. Ela está perdendo muito sangue.

— Tudo bem! Pegue o carro e leve-a para o hospital mais perto.

— Ok! – ditou apressadamente, pegando Lorena no colo e levando-a para fora.

— Achei que ela estivesse morta! – ditou mais fria do que gostaria.

— Dona Carol, foi o Cris que matou o Mullins? – perguntou Bob.

— Não! Eu matei o Eric. – revelou indiferente.

Os agentes congelaram diante da informação e da indiferença que ela expressava.

— A senhora? – indagaram ao mesmo tempo.

— Sim, fui eu quem o matou. Ele iria matar o Cristian, não tive escolha. E também não me arrependo do que fiz.

— Vamos começar pelo início. – falou Bob. – Como a senhora descobriu onde encontrar o Cristian?

Ela contou a história com total indiferença, rematando:

— Fiz o que tinha que ser feito e não me arrependo.

— Bom, se a senhora somente tivesse dado um tiro no bandido, não teria muito problema, afinal impediu que ele matasse seu filho, porém como a senhora disparou três vezes e duas com ele no chão, qualquer juiz poderá entender que houve excesso, e julgá-la culpada de homicídio doloso. – considerou Bob.

— Não me importo! – respondeu sorrindo. – Desde que minha família esteja em segurança, podem me matar que não ligo.

Nesse instante, o resgate e a perícia chegaram.

Antes de irem auxiliá-los, Jones chamou Bob em um canto.

— O que iremos fazer com ela? – perguntou confuso.

— Vamos ter que levá-la para prestar esclarecimentos na delegacia. Não queria fazer isso, mas as circunstâncias não deixam outra opção. – ditou triste.

— Esse foi um final trágico! – concluiu, saindo do quarto.

— Acho que não! Alguns tiveram seu final merecido. – falou Bob para si mesmo.

Os paramédicos levaram Cristian para um hospital, estava bastante debilitado. Carol foi com ele. Ninguém iria conseguir impedi-la.

Bob mandou uma mensagem para Luiws, pedindo que ficasse de olho nela.

Pouco tempo depois, os peritos terminaram de recolher os corpos, estavam os três sacos mortuários pretos um ao lado do outro.

Bob encarou-os à distância com muitos pensamentos rondando sua cabeça.

“No fim das contas, Natasha tinha morrido por amor, por tentar proteger seu filho. Ela morreu com a consciência tranquila, aceitando seu destino. Eric, bem, ele estava morto! Nunca mais iria causar dor e sofrimento à sua família e nem a mais ninguém.”

Acompanhou o trabalho dos peritos. Reconheceu os corpos de Eric e de Natasha. O terceiro era um homem loiro, parecia ter traços europeus, mas de fato, não o conhecia.

Ao se aproximar dos amigos, um deles começou:

— O que iremos fazer agora? – perguntou Stuart. – A sede está destruída, o comandante morto, e estamos sem agentes.

— Por hora, devemos aguardar alguma instrução do governo. – respondeu Bob. – É a única coisa a se fazer.

Passados mais alguns minutos, os peritos deixaram o local.

— Vamos para o hospital! – chamou Bob. – Quero ter notícias de Cristian.

— Falando nele, o que iremos fazer com a mãe? – perguntou Jones.

— Vamos escoltá-la até a delegacia para prestar seu depoimento. Não há outra coisa a se fazer. – disse Adam.

— Eu irei até o hospital e a levarei até a delegacia. Vocês três poderiam voltar à sede e dar um jeito naqueles caras da reportagem? – perguntou Bob.

— Claro! – respondeu Jones.

— Levem isso também! – falou, entregando a maleta para Adam. – Guardem isso muito bem, é a bomba que Eric estava fabricando.

Adam acenou com a cabeça e logo os três saíram. Bob sacou o celular e ligou para Alex.

XXX

Na casa em Belvedere, Alex e Rebecca estavam em pânico, Carol tinha sumido sem avisar ninguém.

O homem tinha ligado diversas vezes para sua mulher, mas não obteve resposta em nenhuma das tentativas.

— Meu Deus! Onde está ela? – perguntou desesperado.

— Fique calmo seu Alex. – ditou preocupada. – Eu sei que é difícil, mas temos que tentar ficar tranquilos e torcer para nada de ruim acontecer.

— É fácil para você falar. Não imagina o que estou passando.

O celular de Alex começou a tocar.

— Carol? – perguntou com expectativa.

— Seu Alex, é o Bob.

— Bob? O que foi? – perguntou sem interesse.

— Preciso que o senhor vá até o hospital NewYork-Presbyterian, o Cristian está lá junto com a dona Carol.

— O que foi que você disse? – gritou, sentindo um pânico terrível se apossar dele.

— Depois explico, somente vá para o hospital! – desligou a chamada.

— Bob! – gritou.

— O que aconteceu? – indagou Rebecca.

— Não sei, a única coisa que Bob me disse foi para ir no hospital que meu filho e minha mulher estão lá!

— O senhor deve ir logo, Mullins atacou a sede do FBI hoje de manhã e parece que ele tinha sequestrado Cristian.

Alex encarou-a assustado, não conseguia falar nem raciocinar.

Vendo o estado do senhor, Rebecca o colocou sentado em uma cadeira, pegou en um copo de água e lhe entregou.

De repente, Kevin apareceu na cozinha e correu até ele.

— O senhor tá bem, vovô? – perguntou, fazendo um carinho nele.

Ao ver o neto, ele pegou-o no colo e o abraçou com força.

— Eu vou levar o senhor até lá, não está em condições de dirigir. – falou Rebecca afetuosamente.

Com agilidade, fechou a casa e com o carro de Luiws, eles partiram.

XXX

Enquanto isso, Carol e Luiws estavam na sala de espera, aguardando ansiosamente por notícias de Cristian.

Logo que chegou ao hospital, foi encaminhado para a emergência e desde então, nenhuma outra notícia foi liberada. Ambos estavam apreensivos.

Cerca de meia hora depois, Bob chegou ao hospital.

— Alguma novidade? – indagou preocupado.

— Ainda nada! – respondeu Carol. – Estamos esperando há bastante tempo, mas nenhum desses idiotas nos dão notícias.

— Temos que manter a calma, eles estão fazendo tudo o que podem para ajudarem. – falou Luiws bondosamente. – Vamos aguardar mais um pouco.

O silêncio caiu sobre os três.


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Notas finais do capítulo

Finalmente Eric pagou por seus crimes. Natasha foi liberta de seu tormento, Lorena está viva, mas por um fio.
O que será que vem pela frente?
Galera a história está no final, o próximo será o ultimo capitulo. Até lá!



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