Até Às Últimas Consequências escrita por AND


Capítulo 21
Destruição em cadeia


Notas iniciais do capítulo

Beleza galerinha, como passaram a semana?

Temos aqui o capitulo 21, e está recheado de ação, drama e muito mais.

Espero que Gostem e Boa Leitura.



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Dois dias se passaram.

Luiws pediu a três juízes uma ordem para examinar o corpo de West, porém todos eles negaram seu pedido.

Se negando a desistir, insistiu com um quarto juiz.

Ficou apreensivo quando soube que era Elizabeth Thatcher quem julgaria o seu pedido. A mulher tinha fama de ser fria e em alguns casos, cruel. Quando foi chamado, adiantou-se e explicou-lhe as suspeitas e os motivos para querer exumar o corpo.

No término do seu relato, ficou ainda mais tenso e torcendo para que o resultado fosse positivo.

Apesar de ser fria, Elizabeth era muito correta, combatia com veemência a corrupção, tendo criado diversos inimigos, e por isso, concedeu à autorização para Luiws.

Ao sair do fórum, foi direto para a sede do FBI; quase no meio do caminho, ligou para Rebecca.

— Dr. Walters, é o agente Luiws.

— Sim, conseguiu a autorização?

— Consegui, estou indo para o FBI, vou preparar um grupo de minha confiança e te encontro no cemitério.

— Ok! Finalmente uma boa notícia. Te vejo lá!— despediu-se animadamente.

Luiws foi diretamente para o gabinete de Bob dar-lhe a boa nova.

— Bob, consegui a autorização para exumar o corpo do West. – falou eufórico.

— Excelente! – respondeu, entusiasmado.

— Já avisei a Dr. Walters e nós iremos levar o corpo para o instituto de uma cidade vizinha, já está tudo acertado!

— Quando vocês vão começar?

— Estamos indo para o cemitério recolher o corpo, mas o comandante não quer que você vá!

— Eu já imaginava, então vai logo, não perca mais tempo!

Assim que Luiws saiu, seu celular começou a tocar; ao conferir o aparelho, percebeu que o número era privado.

— Eric? – perguntou rispidamente.

— Olá meu caro Bob, como vai neste lindo dia?— indagou com sarcasmo.

— Estaria melhor sem ter que falar com você! – retrucou ríspido. – O que você quer?

— Ora, faz 2 dias que te liguei e ainda não obtive a sua resposta sobre minha proposta. Vai aceitar ou deixará que meu irmãozinho seja condenado a apodrecer na cadeia?

— Ainda não decidi o que farei!

— Talvez isso o ajude a decidir...— disse com rispidez.

Bob começou a escutar um choro de criança.

— O que você está fazendo com o Kevin, seu desgraçado?

— Por enquanto, nada de mais, no entanto minha paciência está se esgotando, você tem até o fim de semana. Se não me entregar o serial, diga adeus ao garoto!— informou, desligando em seguida.

— Eric!!! – berrou, porém a ligação já tinha sido finalizada – Merda! O que faço agora? – indagou desesperado.

XXX

Entrementes, Stan estava em frente ao instituto aguardando pacientemente o momento de colocar seu plano em marcha.

Estava realmente animado pelo novo serviço que Mullins lhe dera, já que a vida tranquila não lhe agradava muito. Gostava de ação, sentir a adrenalina bombear em suas veias e sentir o prazer sem igual de destruir tudo que estivesse ao sem alcance.

Passou todo o dia anterior observando o instituto. Mullins tinha-lhe passado algumas informações sobre os alvos, no entanto, a vigia serviu-lhe para observar com atenção toda a movimentação, principalmente de seus alvos: Acetti era muito descuidado, andava como se fosse algum tipo de Deus pelo local, era um completo imbecil, contudo era divertido ver o jeito narcisista em ação.

Trent mostrava-se ser dedicado em seu trabalho, respeitava seus colegas e parecia bastante prestativo. Olhando-o atentamente, não parecia representar uma ameaça, o sujeito era bonzinho demais.

Seu primeiro pensamento sobre Rebecca foi de inúmeras posições que a foderia caso estivessem sozinhos em um quarto; os cabelos loiros, as feições delicadas, o jeito de andar, o rebolado dos quadris… tudo deixou-o fascinado e pela primeira vez, estava considerando não matar um alvo só para poder desfrutar inúmeros prazeres. No entanto, Mullins tinha lhe alertado que a garota era perigosa, e poderia colocar seus planos em risco. A prioridade era
eliminá-la.

Durante a noite, tinha conseguido se infiltrar no instituto e armado diversos explosivos em vários locais estratégicos. Quando acionasse uma das bombas, eliminaria os três de uma única vez, sem mencionar que destruiria permanentemente qualquer prova que prejudicasse Mullins. Seu plano era genial, um pouco espalhafatoso, reconhecia isso, porém não deixaria de ser eficiente se atingisse seu objetivo.

Estava esperando pacientemente o momento de iniciar o show. Com seu celular, observava a movimentação dentro do instituto. Tinha conseguido o acesso de algumas câmeras internas.

Em uma delas, pôde ver uma BMW bege estacionada, era o carro de Rebecca.

Cerca de 15 minutos depois, Trent chegava ao instituto com seu Ford Crown Victoria e quase na sequência, Acetti estacionava seu Focus.

— Perfeito! Os três estão na toca do lobo, agora o gran finale.— murmurou extasiado.

XXX

No estacionamento, Trent acabava de sair de seu veículo, se preparando para mais um dia de serviço. Próximo a ele, estava Acetti indo em direção à sua sala, sem mostrar qualquer sinal que tinha visto seu chefe.

Sem se importar, Trent seguiu para seu escritório tranquilamente, naquele dia as coisas estavam tranquilas no instituto, não tinha ocorrido nenhum crime na noite passada e seus relatórios estavam concluídos. Somente uma coisa o perturbava, era a ordem de eliminar Rebecca.

Por mais que tentasse ou especulasse, não conseguia encontrar coragem para fazer isso. Walters era uma garota meiga, simpática, competente e linda, toda vez que a via sorrindo seu coração batia mais acelerado. Como iria acabar com aquele sorriso que aquecia seu coração todos os dias?

Dessa vez, não iria seguir as ordens de Mullins, tinha tomado sua decisão, iria proteger Rebecca a todo custo, mesmo que perdesse sua vida no processo.

Sabia que Mullins era perigoso, por isso, tratou de tomar algumas medidas caso alguma coisa acontecesse consigo. No dia que falara com Mullins, escreveu uma carta contando alguns dos crimes que tinha ciência e principalmente alertando Rebecca do perigo que corria. Havia deixado esse subscrito escondido no meio de suas coisas.

Tinha feito outra manobra arriscada, tinha trocado o corpo do indigente que Rebecca desconfiava que era de West por outro que tinha vários aspectos parecidos. Deixou-os em uma caixa muito bem lacrada e mandou entregar no necrotério da cidade vizinha, onde ela iria exumar o corpo. Sabia que ela não desistiria e descobriria a verdade.

Ao fechar seus olhos, pôde ver com clareza o rosto meigo e pacífico de Becky e pôde contemplar seu sorriso.

Momentos depois, tudo desapareceu.

XXX

Do lado de fora, Stan observava o prédio pela última vez. Sorrindo diabolicamente, acionou o controle e com um prazer sádico e quase sexual, contemplou o instituto desaparecer em meio a um mar de fogo.

Fogo, destruição e morte, eram as únicas coisas que existiam naquele momento. O instituto havia desaparecido, em seu lugar havia um mar de escombros encandecestes, uma espiral de fumaça negra subia sem parar. Com a explosão, vários prédios vizinhos foram seriamente danificados, várias pessoas apavoradas corriam em todas as direções tentando encontrar uma maneira de fugir da fumaça toxica e também do horror que viviam.

Com uma última olhada significativa para a destruição que provocara, Stan começou a andar tranquilamente em direção a seu esconderijo, satisfeito por ter finalizado outra missão.

XXX

Em Boston, Mullins estava andando de um lado para outro na sala. Estava apreensivo e ao mesmo tempo ansioso. Mirava o celular ferozmente querendo saber alguma noticia de seus dois comparsas, Stan e Smith.

Fazia mais de dois dias que não tinha qualquer noticia de Smith. Não sabia se tinha conseguido eliminar a cretina da Lorena, nem sabia se estaria vivo, todas as vezes que tentava se comunicar com ele, não conseguia, o celular parecia estar desligado. Realmente estava preocupado! Smith fora sempre seu homem de confiança, fora ele que o ajudara a escapar da prisão, que o ajudara a comandar a favela, não poderia imaginar o que faria se não tivesse mais seu apoio.

Entrementes, esperava que Stan lhe trouxesse boas notícias. Nunca tinha imaginado que Lorena lhe causaria tantos problemas, se ao menos tivesse imaginado, teria dado um jeito de eliminá-la a muito tempo.

Foi tirado de seus pensamentos ao ouvir seu celular tocar.

Correu até o aparelho e o atendeu com grande afobação.

— Quem é?

— Mullins, é o Stan.

— Tem alguma boa notícia para mim?

— Claro que sim, os alvos foram eliminados! – disse sem rodeios. – A essas horas já estão fazendo companhia a West e a seus outros lacaios no inferno.— informou caindo na gargalhada.

— Excelente noticia! – respondeu aliviado. – Agora só preciso encontrar uma maneira de fazer com que o agente me entregue o serial e também não seria ruim se meu irmãozinho fosse preso.

— Quer que eu faça mais alguma coisa? Adoraria fazer uma visitinha ao seu querido Bob e obrigar-lhe a entregar o serial.

— Não seria uma má ideia! – considerou por instantes. – no entanto, ainda não é o momento, ainda tenho algum tempo até que os norte coreanos comecem a se enfurecerem verdadeiramente, e o idiota do agente não tardará a me entregar o que eu quero.

— Tudo bem então chefe...

— Preciso que fique em Nova York por mais alguns dias, se por acaso eu estiver errado e o policial precisar de alguma persuasão mais objetiva, conto com você para conseguir o serial para mim.

— Sem problemas! Adoro o clima frio de Nova Iorque, será um prazer. – assegurou.

— Fique escondido com Natasha e aguarde minhas instruções, anote o endereço.

— Entendido, chefia! Precisa de mais alguma coisa?

— Por enquanto, não! Até mais! – encerrou a ligação em seguida.

Ao atirar o celular no sofá, sentiu um nada de calma abrandar sua ansiedade. Estava sozinho na casa, Natasha e o garoto tinham voltado para Nova Iorque, sabia que eles estavam em segurança e agora com Stan ajudando-o, tinha certeza que logo estaria curtindo a boa vida com alguns milhões no bolso.

Esse era seu objetivo, sua meta, fora para isso que seu velho amigo Vitor o preparara, seria o homem que destruiria definitivamente os EUA; não ligava a mínima para quem sofreria.

XXX

Em Nova York, Bob estava em seu gabinete terminando de arrumar alguns papéis, quando o comandante apareceu.

—Lincher, venha à minha sala, tenho que falar com você! – ordenou sério.

—Sim senhor! – disse, levantando-se e acompanhando-o.

No gabinete, o comandante acomodou-se na cadeira e convidou Bob a sentar-se.

— Mandei os arquivos que você me entregou dias atrás para a corregedoria, eles estavam investigando as denúncias de Cristian e vão cuidar dessa parte também, mas você será investigado, por isso, terei que te suspender até que tudo isso seja esclarecido.

Bob não se surpreendeu.

— Tudo bem, comandante! – ditou tristonho. – A suspensão começa a partir de agora?

— Sinto muito, você é um dos meus melhores agentes e não tenho nenhum prazer em fazer isto, porém não tenho escolha, também, é necessário que... – se calou ao ouvir batidas frenéticas na porta de sua sala.

— Entre!

— Comandante, - chamou Ross sem fôlego. – o instituto médico, explodiu!

Winter encarou o agente como se ele estivesse maluco e Bob estava em choque.

— Que foi que você disse?

— O instituto médico explodiu! – tornou a repetir. – Os bombeiros foram acionados e já estão a caminho, acabaram de nos informar...

— Pare de perder tempo, reúna um grupo de agentes e vá para lá imediatamente.

— Lincher, por enquanto vá para casa e aguarde...

— Não comandante! Eu vou com Ross. – informou levantando-se e saindo, mas antes que chegasse à porta, Winter o chamou.

— Você não pode ir, você está suspenso e...

— Mesmo assim, eu vou, minha amiga Rebecca trabalha no instituto, quero somente ter certeza que... – não conseguiu terminar.

— Tudo bem, pode ir, mas não faça nenhuma loucura, nada que possa comprometer as investigações.

— Fique tranquilo. Obrigado.

No momento em que Bob saiu, Winter sentou-se novamente incapaz de aceitar o que tinha acontecido. Essa história da explosão não fazia o menor sentido. Como um prédio em perfeitas condições e com as inspeções em dia, explodiria sem mais nem menos? Essa tragédia teria alguma ligação com o fato de Romero estar trabalhando com Rebecca para descobrir se Hayes teria matado West?

Começou a pensar em tudo quanto Bob lhe tinha dito dias atrás. Seria verdadeira a história sobre o irmão de Cristian estar vivo? Será que ele estaria por trás de todas as atrocidades? Seria Hayes inocente?

Teria que esperar para confirmar sua teoria, porém não restava mais nenhuma dúvida, o atentado ao instituto não fora um caso isolado. Teriam que agir mais rápido agora antes que acontecesse mais ataques e mortes.

XXX

Assim que deixou o escritório, Bob sacou o celular e ligou para Luiws desesperadamente, porem seu celular estava fora de área.

Recusando a desistir, continuou tentando, ora ligando o número de Rebecca, ora de Luiws.

Durante o trajeto até o local da explosão, tentou inúmeras vezes, mas todas sem sucesso. Estava começando a perder as esperanças, temia o momento que fosse confirmado a morte de seus amigos.

XXX

Cristian estava entrando finalmente em Boston.

A viagem teve duração de quase 3 dias, foi incrivelmente exaustivo atravessar o país, mas finalmente tinha conseguido.

Depois de quase bater contra um caminhão, obrigou-se a fazer pequenas pausas para descansar e se alimentar.

No período em que esteve na estrada, não se comunicou com ninguém, estava totalmente alheio ao que estava acontecendo. Se tivesse sido acusado de outros crimes, ou se Lorena estivesse morta, nada disso importaria naquele momento, há dias que apenas uma coisa ocupava sua mente: seu filho Kevin.

Pensar em seu pequeno, ajudava-o a ter forças para superar seus limites, fazia com que mesmo nas horas mais tenebrosas, conseguisse sorrir ao lembrar do seu rostinho angelical, da sua risadinha meiga e completamente apaixonante. Seu filho tinha se tornado seu principal ponto de apoio, sua estabilidade, seu mundo.

No momento em que perdera seu filho, quase sucumbira ao desespero; nunca tinha ficado tanto tempo sem ele, mas mesmo assim, conseguiu manter-se determinado e com esperança graças a seu grande amigo Bob que sempre havia estado do seu lado. Os seus novos amigos, Tales, Vinicius Thabata e Lorena também haviam dado seu suporte; não os via mais como aliados e sim como amigos. Tudo que fizeram para ajudá-lo tinha sido incrível, mesmo que no início, suas intenções fossem mesquinhas e egoístas. No entanto, com o passar dos dias, percebeu que eles queriam ver Mullins destruído por todas as atrocidades que cometera e não por um simples desejo de vingança. Os quatro eram pessoas boas que haviam tido dificuldades e para tentar ter uma vida melhor, entraram para esse caminho. Agora três deles tinham perdido a vida.

Devido às circunstancias, não pôde dar um fim digno a eles; mesmo que não os conhecesse totalmente, sua consciência não estava tranquila. Quando tudo isso terminasse, encontraria uma maneira de acertar tudo.

A única coisa que ocupava sua mente era em ter Kevin de volta. Sabia que estava mais próximo a cada quilometro que percorria. A cada metro vencido, a ansiedade queimava-lhe por dentro, estava determinado, acabaria com toda essa história nesse dia. Por isso, mesmo exausto por ter dirigido praticamente a noite toda, não quis descansar, seu filho era prioridade, teria tempo depois para recuperar-se.

XXX

Smith estava percorrendo a periferia de Los Angeles tentando encontrar qualquer resquício de evidência de Lorena, mas até àquele momento, não havia obtido sucesso em sua busca.

Depois de sua derrota no último encontro, sua ira estava aumentando, cada tentativa frustrada de encontrá-la era como adicionar gasolina a um incêndio. Estava quase para explodir.

Não tinha entrado em contato com Mullins pois não tinha conseguido cumprir as ordens dele, não havia desonra maior que essa. Primeiro trataria de acertar as contas com Lorena, só então falaria com seu chefe.

Do nada, como se acendesse uma luz em seu cérebro, lembrou-se de alguns fatos que sucederam dias antes.

“... ao chegar, percebeu que algo estava errado, a porta estava aberta, luzes acesas e não havia nenhuma movimentação na casa.

Smith deixou as pizzas no carro e entrou, segurando a arma com firmeza.

Começou por explorar os cômodos silenciosamente, porém não havia nada de anormal. O último lugar que faltava ser revistado era o quarto do chefe. Ao se aproximar, notou que a luz do quarto estava acesa e a porta entreaberta.

Engatilhou sua arma e entrou no recinto apontando a arma, mas teve uma terrível surpresa.

Rojas e White estavam mortos.

No chão do quarto, tinha duas grandes poças de sangue.

Se aproximou dos corpos e tentou sentir o pulso, mas não os encontrou; então lembrou-se do chip, e no mesmo instante começou a procurá-lo.

Não demorou muito para encontrá-lo; White tinha deixado a maleta embaixo da cama de Mullins. Por isso, quem invadiu a casa não a havia encontrado... ”

Antes de ligar para seu chefe, fez uma busca completa pela casa para ver se a ladra teria roubado alguma coisa mais, no entanto, os outros cômodos da casa estavam intactos, somente o quarto onde os corpos jaziam tinha sido remexido. Percebera que além dos documentos que estavam na escrivaninha, tinham levado o celular de Kimberly, pois seu corpo estava em uma estranha posição, e seria impossível ela ter caído daquela maneira.

Lorena tinha pego o celular e finalmente teria uma maneira de rastreá-la uma vez que os celulares de todos que trabalhavam com Mullins eram rastreados secretamente.

Sentiu-se animado, sabia como o programa funcionava, quando trabalhava na favela, era dessa forma que encontravam os traidores ou desobedientes e os eliminavam.

“ – Aguarde, sua vadia, estou chegando, e irei acabar com a sua vida. ”

XXX

Na cidade de Belvedere, Lorena, estava caminhando tranquilamente pelas ruas. Tinha adorado a cidade pacata, tranquila, seria um local ideal para passar umas férias agradáveis ou quem sabe, fixar residência. Sentiu um nó no estomago ao se lembrar que esse era o desejo de Vinicius, a lembrança dele fez com que seus olhos se enchessem de lágrimas e automaticamente sua mão pousou em sua barriga.

A revelação de que estava grávida, pegou-a totalmente desprevenida. No princípio, achou que somente era um mal-estar passageiro e não dera atenção, mas naquela noite, quando voltou a sentir-se mal, percebeu que poderia ser uma gravidez. Sentiu-se me pânico.

No dia seguinte, foi até à farmácia e comprou três testes de gravidez. Todos confirmaram sua condição. Foi um choque no início, no entanto, agora já estava mais conformada e até mesmo sentia-se feliz. Aquele bebezinho era um laço que teria com Vinicius pelo resto da vida.

Pensar nele, ainda era bastante doloroso. Logo tratou de limpar suas lágrimas com as costas das mãos, não era o momento para isso, tinha coisas mais importantes a pensar: o acerto de contas com Smith.

Estava terminando os preparativos de seu plano, não deixaria Smith pegá-la de surpresa. Dessa vez, a história seria diferente, seria a caçadora, não a presa.

Tinha planejado tudo com muita cautela e estava confiante que acabaria com Smith; sabia que ele poderia rastreá-la através do celular de Kimberly, e contava com isso, seu plano dependia disso.

A cidade estava calma naquela hora, por isso, não demorou para chegar ao seu destino.

Em uma área afastada, havia uma fábrica de baterias automotivas abandonada. Pesquisando, descobriu que a fábrica fora desativada devido a uma contaminação do solo há alguns anos atrás, por esse motivo, não existiam residências ao redor, o local ainda guardava algum resquício dos produtos químicos, não era ideal para se habitar.

Para ela, no entanto, era um local perfeito, não haveria perigo de pessoas inocentes acabarem machucadas, no entanto, estava temerosa que seu bebe fosse prejudicado pelos resquícios químicos presentes. Mas tinha que fazer aquilo, não viveria em paz enquanto Smith estivesse a caçá-la.

Na noite anterior, tinha entrado na fábrica e examinara o local; a maioria dos maquinários não estavam mais lá, bem como as matérias prima.

Encontrou uma sala onde haviam diversas caixas com roupas velhas, uniformes de diversos tipos e tamanhos. Entrou na área dos chuveiros, o local estava imundo, haviam grandes placas de limo em praticamente todo o lado, o cheiro era quase insuportável, tanto que não se demorou a sair dali.

Entrou em outra sala, a única coisa que havia nela era uma espécie de poço que deveriam usar para coletar água.

A fábrica era grande, demorou cerca de 3 horas para conseguir ver todas as salas do local, mas tinha conseguido encontrar algumas coisas interessantes e sabia o que tinha que fazer para acabar com Smith.

“ - Pode vir Smith, estou esperando para acabar com sua miserável vida. ”

XXX

Mullins estava na sala tentando encontrar uma maneira de aliviar o tédio que sentia. Depois que Natasha fora embora, estava começando a sentir falta de seu corpo, ela lhe proporcionava uma distração interessante. Não chegava a ser excepcional fazer sexo com ela, mas era a única opção que tinha para mantê-la fiel e ainda aliviava sua tensão.

Não encontrando nada que lhe interessasse, desistiu da TV, permaneceu na sala e começou a lembrar-se novamente de fatos passados.

“Depois de fugirem do presídio, Eric fora levado para um local seguro dentro da favela que tinha pertencido a Vitor e agora estava nas mãos de Simon.

Permaneceu escondido por alguns dias, enquanto aprendia o plano para tomar o controle da favela. Os dois rapazes que o ajudaram a fugir do presídio continuaram com ele, o negro chamava-se Adam Smith, era um ajudante leal de Vitor e tinha comprometido a ajudá-lo sempre que necessário. O outro rapaz chamava-se Hector Rodrigues, era quieto porém tinha uma mira excelente.

Enquanto permanecia na surdina, Eric conseguiu reuniu diversos traficantes que eram leais a Vitor e que fingiam estarem com Simon para espioná-lo.

Logo chegou o dia do ataque.

Naquela noite, diversos traficantes estavam na favela para um tipo de comemoração que o velho estava proporcionando. Por causa disso, a movimentação estava intensa, todos que participavam do esquema estavam presentes.

Aproveitando-se disso, Eric, Smith e Hector foram à festa escondidos. Separaram-se para poder cercar o velho, mas precisavam esperar o momento certo para agirem.

Pouco antes da meia noite, o velho subiu ao palco para se vangloriar de alguma coisa, e foi nessa hora que o ataque foi iniciado.

Os aliados de Eric, sacaram as armas discretamente e quando ninguém estava esperando, começaram a matar os servos de Simon.

A ação durou poucos minutos, a maioria deles foi pega de surpresa, no entanto, Simon conseguiu atirar em um homem que estava à direita do palco, com a arma apontada para outro traficante.

O tiro acertou Hector na cabeça. Morreu na hora.

Contudo, foi a única coisa que Simon pôde fazer, uma vez que centenas de armas foram apontadas para ele. Se atirasse levaria inúmeras balas e estaria morto.

— Vejam só, o velho não parece mais tão cheio de si agora, não é galera? – zombou Eric.

— Quem é você pirralho?

— Sou seu pior pesadelo! – sorrindo sadicamente, apanhou uma metralhadora que estava com Smith e apontou para o velho. – Meu nome é Steven Mullins e trago-lhe uma pequena mensagem: Vitor Santiesteban lhe deseja uma boa morte! – atirou em Simon.

O corpo do homem ficou em frangalhos, havia sangue e pedaços espalhados por todo lado.

— Esquartejem o que restou e botem fogo. – ordenou com total desinteresse.

Antes deles cumprirem as ordens, apareceu uma garota.

Ao ver Simon morto, correu até o lado do velho em prantos.

— O que vocês fizeram com ele? – gritou desesperada.

Ninguém a respondeu, mas um dos traficantes agarrou-a pelos cabelos e apontou-lhe uma pistola para a cabeça.

A garota gritou de dor e tentou inutilmente soltar-se, porém quem a segurava era muito mais forte. No final, o homem soltou-a e acertou-lhe um tapa na face que fez com que caísse no chão.

— Todos os aliados de Simon vão ter o mesmo fim que ele! – gritou engatilhando a arma.

— Parem! – ordenou Mullins.

— Senhor, essa vagabunda era protegida do velho, vamos eliminá-la antes que tenha a chance de acabar com todos nós. – disse um dos traficantes.

— Eu mandei pararem, agora. – berrou fulminando os homens com os olhos.

Mullins aproximou-se da garota.

— Qual é seu nome?

— Natasha Evans. – soluçou – Por favor, não me matem!

Ele encarou-a por um longo tempo.

— Porque suas roupas estão sujas de sangue? – indagou com a mão no revolver. – Conte-me a verdade, se mentir eu vou saber e diga adeus à sua vida!

— Eu matei meu padrasto e minha mãe. – revelou com fúria nos olhos.

— Qual motivo?

— Minha mãe me odiava, me usava para descarregar suas frustações, depois ela trouxe um homem nojento para morar com ela e ele abusou de mim. Depois minha mãe quase me matou de pancada, foi preciso que os vizinhos intervissem. Fiquei em um hospital, mas quando falaram que eu teria que voltar a morar com aqueles dois, eu fugi. Fique morando nas ruas até que Simon me encontrou e me trouxe para cá.

— Tudo bem! Você disse que era protegida de Simon, então sabe coisas sobre ele que ninguém mais sabia, não é?

— Acho que sim! – disse sem ter certeza.

— Você pode ser bem útil no futuro, Natasha, além de ser bonita, você tem potencial, você será poupada desde que dedique sua lealdade a mim. Se eu desconfiar que você está armando alguma coisa contra nós, eu mesmo a matarei. Estamos entendidos?

— Sim. Obrig...

— A partir de agora, me chame de senhor! – disse rispidamente.

— Sim senhor! Obrigado por sua benevolência, não o decepcionarei.

— É melhor mesmo! – respondeu. – O show acabou, livrem-se dos corpos e limpem o sangue.

Dias depois, a favela estava a todo vapor. Com a administração de Mullins, os traficantes estavam vendendo muito mais do que antes, e graças aos contatos de Vitor, já tinha negociado com diversos políticos e tinha garantido um acordo lucrativo para ambas as partes.

Porém, algo o deixava inquieto.

Tinha lembranças da infância, de como era antes de Cristian nascer, e isso o perturbava, não tinha mais família, eles não se importavam mais com ele.

No entanto, mesmo com isso em mente, não resistiu e foi sozinho até sua antiga casa uma noite.

Tinha ido até lá com uma moto, usava um moletom escuro com touca e uma calça jeans surrada.

Viu seus pais e seu irmão jantando na cozinha, os três pareciam felizes, eram uma família perfeita, ninguém parecia sentir a ausência que deixara.

Ver aquela cena, o encheu de ódio, achou que não iria se importar ou incomodar com o descaso, porém, doeu-lhe ver que seus pais não ligavam para o fato dele não estar mais presente.

Sentiu uma lágrima solitária escorrer pelo rosto, mas tratou de limpá-la rapidamente.

De repente, sua mãe olha pela janela e o vê, ele a encarou de volta por alguns segundos antes de subir na moto e sair em disparada para a favela.

Dias depois, foi informado que tinha um homem rondando a favela e não era nenhum morador ou traficante. Começou a desconfiar quem seria.

Naquela noite, deixou vários homens de prontidão, fortemente armados, com ordens de prender qualquer estranho.

Quando o relógio marcou 2h da manhã, os guardas avistaram um homem chegando, e logo viram um dos companheiros ir ao seu encontro com um envelope.

Sem hesitar, os guardas prenderam os dois e os levaram para Mullins.

— Senhor, encontramos esses dois, estavam tendo uma conversinha suspeita quase na saída da favela.

Mullins encarou os dois por alguns segundos, seus olhos estavam frios e por dentro tentava conter sua fúria insana.

— Matem o traidor! – ordenou sem olhar para o traficante, que começou a berrar pedindo clemência, porém tudo que recebeu foi uma coronhada que o fez desmaiar.

— Agora, - disse sacando sua arma e apontando para a cabeça do homem. – Quem é você e o que quer aqui.

O homem estava aterrorizado, porém não disse nada de imediato.

— Faremos pelo modo difícil então! – informou-o acertando um forte soco no rosto do homem; ao armar o segundo soco, ele começou a falar.

— Não, por favor!

— Comece a falar!

— Meu nome é Ethan Silva, sou detetive particular e fui contratado para procurar um garoto, Eric Hayes.

— Quem te contratou? – indagou, imaginando a resposta.

— Carol e Alex Hayes, pediram para averiguar se o menino estava mesmo vivo.

— Muito bem! – começou com suavidade, indo até uma mesa com várias ferramentas e apanhando uma serra manual de 300 mm. – Você deve ter descoberto a verdade, não? – questionou examinando a serra com muito interesse.

— É você, o garoto que eles procuram.

— Exatamente, meus pais nunca se importaram comigo quando eu estava com eles, agora querem bancar os pais amorosos, mandando um detetive me rastrear. É muito patético. Mandarei uma prova que estou vivo, e tenho certeza que eles jamais irão esquecer. – sorriu sadicamente. – Segurem nele.

Mullins começou uma lenta e dolorosa tortura, decepando membro por membro de Ethan com a serra.

Os berros de dor e agonia eram terríveis, cada vez que a serra rasgava a sua carne era desesperador assistir à cena.

Tinha começado pelos dedos, depois mandou que o despissem, permitiu que seus homens se divertissem à vontade com o homem, enquanto assistia a tudo com imenso prazer.

Quando se aborreceu de ver os peões violarem Ethan, voltou a decepar seus membros. Iniciou pelo pênis, depois as mãos… os pés.

O corpo estava banhado em sangue. O rapaz tinha sucumbido à hemorragia.

— Que pena, ele morreu! – zombou com uma falsa voz triste. – Mas ainda falta o toque final.

Mullins começou a cortar o pescoço, separando a cabeça do resto do corpo destruído. Estava todo sujo de sangue, possuía um sorriso maníaco na face e um brilho alucinado no olhar.

— Deem um fim no resto. – saiu, carregando a cabeça de Ethan.

— Smith?

— Senhor!

— Me arranje uma caixa de presentes.

— Agora mesmo.

Cerca de 10 minutos, Smith estava de volta carregando uma grande caixa redonda de cor rosa e uma fita vermelha na tampa.

Eric depositou a cabeça dentro dela, escreveu uma carta e colocou-a junto.

— Entregue neste endereço, e garanta que ninguém o veja!

— Agora mesmo, senhor.

Dias depois, os negócios estavam lucrando muito bem. Mullins tinha centralizado todas as operações. Ele controlava absolutamente tudo, não confiava em quase ninguém, a única exceção era Smith.”

Cansado de recordações, Mullins foi para seu quarto, despiu-se ficando apenas de cueca e deitou-se na cama.

Apesar do esforço, não conseguiu dormir. Sua mente estava fervilhando. Estava preocupado. Tinha conseguido os chips como planejado, porém acreditava que obter o serial seria muito fácil, mas estava demorando muito para concluir a bomba. Estava começando a perder o controle das coisas, isso não poderia acontecer.

Matar Trent, Acetti e Walters nunca esteve em seus planos, porém não tivera outra alternativa. Rebecca se meteu onde não devia, Trent sabia de seus planos e o imbecil nunca esteve cem por cento sob seu controle. Acetti era um idiota, morreu somente por ter trocado os corpos e ter deixado Walter se apossar deles.

E ainda tinha Natasha que estava saindo de seu controle cada vez mais; mesmo bancando o retardado apaixonado, ela não era mais aquela garota leal e apaixonada que faria qualquer coisa por ele e isso devia-se à convivência com Kevin. Quando retornou a Boston e presenciou a cena dela brincando com o garoto, arrependeu-se terrivelmente por não a ter levado para Los Angeles.

Agora não tinha mais retorno, teria que concluir logo isso e livrar-se dela de uma vez.

XXX

Enquanto Mullins conjecturava consigo mesmo, Cristian se aproximava cada vez mais.

O endereço onde Eric estava escondido era muito longe e não fazia a menor ideia como conseguiria chegar até lá sem ter um GPS. Percorreu por algumas horas às cegas pelas ruas da cidade; não queria ter que pedir ajuda com receio que fosse reconhecido, mas não havia alternativa.

Parou numa farmácia para pedir informações.

O atendente simpático explicou mais ou menos onde ficava, estava ainda meio distante do local. Agradeceu ao rapaz e voltou para o carro.

Mais à frente teve que parar novamente para perguntar onde estava. Um senhor de aproximadamente 70 anos indicou-lhe a direção correta. Estava próximo.

Cerca de 40 minutos depois, chegou ao endereço.

Observou a casa onde seu filho estaria e foi tomado por uma urgência brutal em invadi-la, destruí-la e ter seu filho novamente consigo. Estava disposto a fazer o que fosse preciso, até mesmo matar seu irmão!

Foi até o porta malas do carro e tirou duas armas automáticas, um punhal, munição e um soco inglês; tinha descoberto um arsenal muito bom no carro que fora de Smith.

— Chegou a hora. – disse determinado, avançando em direção à casa.

XXX

Mullins ainda estava entediado, por isso resolveu sair para dar uma volta.

Estava terminando de se arrumar quando ouviu batidas na porta.

— Quem diabos pode ser? – indagou confuso.

Foi em direção à porta com a arma na mão pronta para matar se fosse necessário.

Ao abrir teve uma grande surpresa.

Cristian acertou-lhe com um murro fortíssimo no rosto, ele estava usando o soco inglês.

Mullins cambaleou e tentou atirar no irmão, porém Cristian chutou a arma de sua mão e derrubou-o no chão, começando uma sequência de socos e chutes.

Cristian parecia estar possuído, não estava dando a menor chance para ele, que por sua vez, tentava inutilmente proteger-se da fúria homicida.

— Diga onde está meu filho! – gritou enquanto acertava outro soco no rosto bastante machucado de Mullins.

— Você nunca o encontrará! – retorquiu, cuspindo o sangue que escorria da boca.

— Dessa vez eu estou no controle, ou você me diz onde meu filho está ou eu vou matar você! – urrou, acertando-lhe mais socos.

Mullins começou a perder a consciência, no entanto, Cristian agarrou-lhe na camisa e levantou-o com facilidade.

— Eu não vou parar até que você me diga onde está o Kevin. Se não quiser apanhar mais, me fale para onde você o mandou.

— Se você me matar, jamais o encontrará vivo!

Cristian arremessou-o contra a mesa, derrubando várias coisas, porém não era o suficiente. Queria acabar com o irmão, fazê-lo pagar por todas as atrocidades que cometera.

Eric tentava manter-se de pé, mas estava zonzo devido à quantidade de golpes que recebera, sua camiseta branca já estava empapada de sangue e seu rosto bastante vermelho, inchado e com escoriações por todo o lado.

Cristian avançou novamente contra Mullins e lhe deu uma rasteira. Ficou em cima do corpo e apertou-lhe o pescoço com força.

Eric não conseguia respirar, tentava tirar aquelas mãos, porém não encontrava forças para tal. Acreditava que era seu fim, mas, para sua surpresa, seu irmão afrouxou o aperto, permitindo que ele pudesse respirar.

— Ainda não vou acabar com você, não até me dizer onde meu filho está, minha paciência está acabando, Eric, me diga agora mesmo. – berrou, comprimindo-lhe a arma contra a cabeça.

— Você não vai me matar. – zombou com dificuldade. – Você é muito bonzinho para isso, irmão. Não tem competência necessária para matar friamente um semelhante.

Cristian acertou-lhe outro soco.

— Você não sabe do que um pai é capaz para ter seu filho de volta! Agora diga-me onde ele está ou eu vou matá-lo.

— Atira se tiver coragem! Vá lá, seja o herói! Vamos lá, o que está esperando, me mate! – exigiu.

Cristian permaneceu com a arma apontada para a cabeça dele, seus dedos roçando o gatilho; era somente um único movimento, se atirasse acabaria com toda essa história. Mas porque não conseguia? Por que não era capaz de matar o homem que tanto lhe fizera mal?

Cristian abaixou a arma.

— Não irei sujar minhas mãos com você! – disse com ódio. – A morte seria um prêmio para você, e outra, com você vivo, eu fico livre de tudo e você vai sofrer na cadeia que é o lugar de onde você nunca deveria ter saído, seu maldito! – berrou, acertando-lhe mais socos.

— Você acha que venceu esse jogo? – cuspiu sangue e gargalhou com dificuldade. – O jogo ainda está muito longe do fim. Irmãozinho.

Nesse momento, diversos policiais invadiram a casa.

— Parado, jogue a arma, levante as mãos e não faça nenhum movimento ou atiro! – berrou o policial.

Cristian hesitou em cumprir as ordens. Encarou Eric mais uma vez, seu dedo roçando no gatilho, mas finalmente obedeceu. Um dos policiais algemou-o, conduziu-o para fora da casa e sem qualquer gentileza, foi jogado dentro da viatura, enquanto o verdadeiro bandido era aparado pelos policiais, levado para uma das viaturas para hospital.

Ao olhar para Eric, pôde ver um sorriso de escárnio e um olhar divertido em seu rosto.

Novamente, ele o derrotara!


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Notas finais do capítulo

Esse novo encontro entre Cris e Eric foi muito bom. Dessa vez, o Mullins não conseguiu fazer nada, apenas levou uma boa surra do irmão.
Estamos entrando na reta final da história, os próximos capítulos tem muitas surpresas e algumas reviravoltas também.
Espero que tenham gostado, e até a próxima.



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