Até Às Últimas Consequências escrita por AND


Capítulo 11
A grande descoberta


Notas iniciais do capítulo

Ae galera, postando o capitulo 11, um pouquinho tarde, cheguei agora pouco da faculdade, dia meio tenso... Mas espero que gostem desse capitulo...



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A queda da janela deixou ambos inconscientes, cheios de escoriações pelo corpo e as roupas bem chamuscadas.

Por sorte, nenhum outro agente foi ferido com as explosões e sem demora, todos os agentes do grupo correram para auxiliá-los. Com cuidado, levaram Rebecca e Bob para longe dos escombros incandescentes do galpão.

Bob acordou assustado, tentou levantar-se, mas foi impedido por um dos agentes.

— Agente Lincher, fique deitado.

— Estou bem! – disse olhando fixamente para as chamas. Ignorando os pedidos dos seus colegas, ele se levantou e se aproximou novamente do galpão destruído.

Se sentia completamente furioso e frustrado. Ele não queria ter que voltar nesse lugar, onde quase foi morto várias vezes na noite anterior, e de novo quase havia perdido a vida nessa explosão.

— Eu deveria saber que West não deixaria que tirassem os corpos daqui. – murmurou para si mesmo.

Passados alguns minutos, Rebecca recobrou a consciência e começou a olhar para todas as direções assustada.

— O que aconteceu? – perguntou meio confusa.

— Uma bomba. – respondeu um dos agentes.

Rebecca fixou seu olhar em Bob, ele estava na frente dos entulhos ainda em chamas, olhando-os fixamente. Becky sentiu-se extremamente culpada, se não fosse pela sua insistência em recuperar os corpos, isso não teria acontecido. Cautelosamente foi se aproximando dele. Apesar de saber que Bob nunca lhe faria nenhum mal, ficou um pouco insegura em se aproximar.

— Obrigada por salvar minha vida, e me desculpe por trazer vocês para o perigo. – abraça-o com lágrimas em seus olhos.

Ele retribuiu o abraço.

— Não precisa se desculpar, você fez o que era certo, não tinha como imaginarmos que isso aconteceria. West deve ter mandado traficantes instalarem as bombas e durante a fuga eles, devem ter acionado o dispositivo na esperança de nos eliminar. – disse com raiva. – Aquele desgraçado!

Enquanto Bob e Rebecca conversavam, um dos agentes comunicou à equipe de Luiws sobre o acontecido. Pediram para avisar o comandante e também os bombeiros.

 Após alguns minutos, Luiws e sua equipe chegou ao local. Todos ficaram impressionados com o que tinha acontecido.

— Não há como recuperar os corpos agora, já eram. – disse Rebecca com tristeza.

— Já avisei o comandante sobre o ocorrido e também os bombeiros e paramédicos, eles estão a caminho. – disse Luiws.

Cerca de 20 minutos depois, os bombeiros chegaram juntamente com paramédicos e ambulâncias.

Rebecca e Bob foram examinados pelos paramédicos e apesar dos pequenos machucados, ambos estavam bem, um pouco abalados, mas nada de grave.

Os bombeiros tiveram pouco trabalho, já que as chamas foram se extinguindo aos poucos, e com sua ajuda os legistas conseguiram recuperar pequenos fragmentos dos ossos, mas estes não ajudariam muito na identificação.

— Esses ossos já estavam carbonizados, agora então... – disse um colega de trabalho de Becky – estamos sem nada.

Ambos continuaram a olhar os bombeiros trabalhando, até que Bob se aproximou deles.

— Becky, nós estamos voltando para o FBI.

— Certo! – disse ela mirando seu amigo. - Nós também iremos para o instituto; qualquer novidade eu te aviso.

— Ok! – abraça-a e sai do local com os demais agentes.

XXX

Horas depois em Los Angeles, Smith estava preocupado com o estado letárgico de Mullins. Ele e Rojas estavam nos fundos da casa discutindo o motivo que levaria seu chefe a agir dessa forma estranha.

Na sala, Mullins estava contemplando os documentos que possuía, com semblante calmo, porém seu cérebro estava fervilhando, repassando seu plano novamente.

Todos da sede de L.A. já tinham sido informados sobre o ataque em Boston, sabiam que o chip fora levado e agora bolavam planos para tentar proteger o objeto que estava em seu poder, mas o que muitos não sabiam é que o comandante do FBI era um de seus informantes, e havia lhe passado informações que permitiam arquitetar seu plano. Os agentes anteciparam a retirada do chip e esperariam um ataque diretamente como o que tinha ocorrido no dia anterior. Só faltava um pequeno detalhe, então saberia onde atacá-los diretamente e pegar o chip.

Mullins foi até uma mesa que estava na sala e preparou uma dose de whisky.

Na noite anterior havia recebido outra ligação dos coreanos. Eles estavam com a paciência quase esgotada, não tinha muito tempo.

“Agora é só esperar, e que o destino me traga excelentes notícias” pensou tomando a bebida em um só gole.

XXX

Rebecca havia voltado ao instituto e agora trabalhava nervosamente tentando encontrar o DNA do agente, mas apesar da raiva, ela também se sentia frustrada.

Teve muito trabalho para convencer Bob a resgatar os corpos e fazer a denúncia, mas o que ganhou em troca? Quase foi morta pela explosão do local.

Agora tudo o que tinham era o fragmento do dente que Bob e Cristian tinham resgatado, porém estava com dificuldades, não tinha como comparar os resultados que obteve com a análise. Para piorar a situação, ela perdera a câmera que tinha utilizado para tirar fotos dos cadáveres.

Resumindo a situação, não tinha como fazer uma reconstrução facial, não tinha o restante dos ossos para complementar a análise, tudo o que tinha era a sequência genética do indivíduo e não tinha muito o que fazer agora. Estava sem opções.

Ainda perdida em pensamentos, não percebeu que um outro companheiro de equipe havia entrado na sala com alguns papéis em mãos. Seu nome era Daniel Jones.

— Dra. Walters! – chamou Jones.

Ela encarou-o com um olhar neutro.

— Sim Dr. Jones, o que você deseja?

Ele fechou a porta antes de prosseguir, aquilo era um assunto bem sigiloso, e naquele lugar, as paredes tinham ouvidos...

— Vim para mostrar isso. – entregou os documentos para Rebecca.

Ela olhou para ele desconfiada, mas pegou os documentos e começou a analisá-los, com uma grande surpresa.

— Como você conseguiu isso, Dr. Jones? – indagou surpresa.

— Bem, eu vim até sua sala para te convidar para tomar um café – disse corando um pouco – mas ouvi que estava conversando com um homem quando eu estava para voltar para minha sala. Acabei ouvindo uma parte da conversa sobre um fragmento e um agente da Interpol e...

— Você estava ouvindo minha conversa? – perguntou ferozmente.

— Desculpe, Dra. Rebecca, não tive intenção, foi... é... não... – começou a se atrapalhar ao tentar explicar.

— Tudo bem, vamos esquecer que ouviu minha conversa particular. – disse se acalmando. – Termine de contar como descobriu isso.  – apontou para os documentos.

— Bem quando você foi para a favela, eu conversei com um amigo que trabalha na Interpol e ele verificou para mim o controle de ausências dos funcionários.

Rebecca não conseguiu fingir que estava realmente impressionada com Daniel.

— Esse agente, John James, não aparece na sede há 2 dias. O último registro dele consta que saiu na metade do expediente, não apareceu mais e não houve nenhuma justificativa sobre a ausência no trabalho.

— Certo, mas quanto a esses exames, onde os conseguiu? – perguntou novamente Rebecca.

— Falei com a empresa que presta serviços médicos para o governo, me apresentei como médico e pedi o histórico do paciente. Claro que eles não quiseram me entregar, disseram-me que era confidencial, no entanto meu amigo conseguiu acessar os registros de John e me mandar uns exames que ele fez há alguns anos logo que começou a trabalhar na Interpol. Me enviaram via e-mail.

Rebecca abriu um grande sorriso e em seguida o abraçou com força.

— Obrigada pela sua ajuda Daniel, sem você não sei se conseguiria encontrar esse agente. – disse animada.

— Resta saber se o DNA do fragmento bate com esse do exame.

— Vou comparar os resultados, mas pelo que você falou, - pegou o celular e conferiu o calendário, - as datas batem com o sequestro do filho de Cristian e pelo que Bob me falou, esse evento junto com a bomba foi o começo de tudo.

— Certo, espero ter ajudado Dra. – disse Daniel saindo da sala.

— Ajudou mais do que imagina Dani, fico te devendo uma. – dá uma piscadela para ele.

Ao sair da sala, Daniel apanhou seu celular, mandou uma mensagem rapidamente e voltou para seus afazeres como se nada tivesse acontecido.

Rebecca com seu ânimo renovado, começou a trabalhar novamente. Após comparar os resultados dos fragmentos com o exame, Rebecca comprovou que o resultado era compatível. O fragmento do dente pertencia a John James.

Assim que concluiu as analises, quase que imediatamente, ligou para Bob para contar sobre a descoberta.

XXX

Após voltar da favela, Bob teve uma manhã bem estressante, preenchendo vários relatórios sobre a operação.

Teve tanto trabalho que nem tinha conseguido falar com Cristian. Mandou uma mensagem rapidamente combinando de almoçar com ele.

Quando finalmente terminou seus relatórios, saiu com seu carro rumo a um restaurante que ficava nas proximidades.

No meio do caminho, seu celular começou a tocar.

Como um bom “homem da lei”, ele encostou o carro antes de atender a ligação de Rebecca.

— Oi Becky, alguma novidade?

— Sim Bob, grandes novidades. – respondeu animadamente.

— Então você descobriu a identidade do agente? – perguntou ansioso.

— Sim, mas queria falar com você pessoalmente, e se possível fora do FBI e do Instituto. — diminui o tom de sua voz – Tenho receio de que possam nos escutar, e para explicar pode ser complicado.

— Tudo bem, Becky você conhece o restaurante que fica próximo ao FBI?

— Sim, porquê?

— Estou indo almoçar lá com o Cristian, você pode vir também.

— Tudo bem, aceito seu convite Bob, mas você vai pagar meu almoço. – falou ela às gargalhadas.

— Quando chegar lá nós vemos quem vai pagar a conta de quem. – desafiou sorrindo.

— Tá, até daqui a pouco.

Após encerrada a ligação, Bob voltou a dirigir rumo ao restaurante.

XXX

Cristian estava em sua casa terminando de se arrumar, tinha combinado de almoçar com Bob no restaurante que sempre frequentavam quando estavam em serviço.

Estava meio apreensivo, não sabia o que tinha acontecido na operação da manhã, a única notícia que teve foi uma mensagem que Bob lhe enviou algumas horas atrás, dizendo que estava bem e o convidado para almoçar.

Ouviu uma batida na porta.

— Pode entrar!

Era Tales.

— Cristian o almoço está pron... Você vai sair?

— Sim, vou almoçar com Bob, ele foi na favela hoje para recuperar os corpos no galpão.  – disse, passando perfume.

— Como? – perguntou espantado.

— Pois é, ele me avisou quando já estava indo para a favela, fiquei tão surpreso quanto você.

— Ele conseguiu resgatar os corpos?

— Não sei! – disse apanhando as chaves e a carteira - Espero que ele conte o que aconteceu durante o almoço.

Após o breve dialogo com seu aliado temporário, Cristian saiu de casa e seguiu para o restaurante.

XXX

Natasha tinha ficado a manhã toda em frente à televisão, esperando.

Tinha pedido ao Kevin para permanecer no quarto. Claro que o pequeno não tinha gostado muito da ideia, porém ela o conseguiu convencer com alguns brinquedos e uma promessa de lhe dar chocolate depois do almoço.

Até aquele momento não havia sido divulgada nenhuma outra informação nova sobre o ataque à Interpol. Obviamente haviam noticiado o ataque, mostraram imagens do local, e só.

Ela ainda não entendia o porquê de ser tão importante ver notícias sobre o ataque. Mullins não havia mais entrado em contato com ela.

De repente, ela escuta o barulho de uma buzina.

Se levantou cautelosamente com a arma nas mãos e espiou pela janela.

Era apenas a comida que ela havia encomendado.

Apanhando alguns dólares que Mullins havia deixado, ela pagou a comida e voltou para dentro da casa. Levou o almoço do Kevin no quarto, mas o pequeno se recusou a comer os legumes que estavam no prato.

— Eca, não gosto dessas coisas esquisitas aqui. – aponta para a cenoura e para a couve flor.

 - Kevin, coma tudo sem reclamar. – disse de modo autoritário, porém sorrindo. – Se você não comer, não vai ganhar o chocolate.

O pequeno deu um resmungo e fez um belo bico, mas começou a comer. Nesse momento, a repórter da televisão começou a falar sobre o ataque do dia anterior. Natasha deixou Kevin comendo e correu de volta à sala para verificar as notícias.

Estamos de volta à sede da Interpol onde ontem à noite, durante a troca de turno dos guardas, bandidos fortemente armados invadiram o prédio.”

Natasha estava acompanhando tudo atentamente.

Segundo o comandante da Interpol, os bandidos subiram até o terceiro andar, onde roubaram um pequeno chip. Durante a fuga, eles encontraram três agentes, houve uma intensa troca de tiros que destruiu todo o andar, deixando dois policiais mortos e outro ferido gravemente.”

Natasha estava impressionada. Enquanto a repórter falava, era mostrada as cenas de destruição dentro do prédio.

Ainda segundo o comandante, o agente ferido conseguiu alertar a polícia local, eles cercaram o perímetro rapidamente, encontraram os corpos dos seguranças, e prenderam alguns dos bandidos que estavam na entrada do prédio. Os bandidos começaram a trocar tiros com os policiais, no entanto, para conseguirem escapar, usaram granadas, deixando muitos mortos no local. Os bandidos conseguiram fugir levando o chip.”

Novamente, a imagem da repórter foi substituída por imagens de destruição.

Até o presente momento, não se sabe o que motivou esse crime e não há nenhum suspeito. Voltamos para os nossos estúdios...”

Natasha desligou a televisão.

Imediatamente, ela pegou seu celular e discou o número de Mullins.

No terceiro toque ele atendeu:

— Alguma novidade?

— Sim, acabou de ser noticiado que levaram da Interpol um chip, falaram também que não tem suspeitos desse crime. – disse calmamente.

— Excelente – Mullins sorri largamente. – Natasha, continue atenta às notícias, qualquer outra novidade, me avise. – disse, finalizando a ligação.

“Tudo está saindo como planejado.”

XXX

Ao chegar ao restaurante, Cristian encontrou seu amigo com uma mulher loira. Ele percebeu que os dois tinham muita intimidade, e não pôde deixar de sentir certo incômodo em seu interior. Se aproximou lentamente da mesa.

Ao notá-lo, Bob se levantou e lhe deu um abraço.

— Cris, você lembra da Rebecca Walters? Quando éramos mais novos, nós saímos algumas vezes, ela é a legista que comentei com você. E Becky, esse é o Cristian Hayes, meu parceiro no trabalho, grande amigo e também o pai do Kevin.

Rebecca se levantou sorrindo abertamente e estendeu a mão para o cumprimentar.

O gesto foi prontamente correspondido por ele, porém sem tanto entusiasmo porque havia se lembrado dela, era a antiga namorada de Bob e realmente nunca tinha gostado daquela garota. No entanto, não pôde deixar de ficar impressionado já que de uma magrela esquisita, ela tinha ficado uma mulher muito bonita.

— É um prazer rever você. – disse Rebecca, sentando-se novamente ao lado do amigo.

— O prazer é meu. – dá um sorriso meio forçado, sentando-se na cadeira da frente.

Uma garçonete se aproximou da mesa para anotar os pedidos. Depois de se afastar, Cristian começou com as perguntas.

— Bob, o que aconteceu na favela? – perguntou meio apreensivo.

— Bem, hoje de manhã passei no instituto onde a Rebecca trabalha para deixar o fragmento que encontramos ontem. Contei a história resumidamente para ela, porem ela me convenceu que deixar os ossos naquele lugar era muito desumano, então ela fez uma denúncia anônima para o FBI e o comandante nos mandou averiguar.

Cristian ouvia tudo atentamente. Também tinha considerado que deixar os corpos não era certo, mas não tinham nenhuma outra opção.

— Quando chegamos lá, dividimos o contingente em dois grupos, o meu grupo foi rumo à casa do marginal. Quando chegamos, vimos os sinais da luta de ontem e..

— Os corpos ainda estavam lá? – perguntou preocupado.

— Não, só era visível as marcas de sangue, a porta da frente que eu arranquei das dobradiças e alguns projéteis vazios espalhados.

— Ok! – disse mais aliviado.

— Alguns agentes queriam entrar na casa para averiguar, mas consegui fazer eles desistirem da ideia; ao chegar no galpão, eu entrei lá com a Becky e disse para os agentes que se espalhassem pelo local. Em determinado momento, quando a Becky estava quase terminando os procedimentos no primeiro corpo, eis que ouvimos umas explosões e o galpão começou a desabar.

— Quê? – questionou um pouco alto demais, atraindo vários olhares para eles.

— Quando o lugar começou a cair, coloquei a Rebecca nos ombros e sai correndo para a porta, porém não conseguiríamos sair a tempo, então a única opção viável, foi nos atirar de uma janela. Mas estamos bem, fica tranquilo Cris. – disse carinhosamente.

— Que aventura. – foi a única coisa que conseguiu pronunciar.

— Nem me diga – Rebecca falou entrando na conversa. – Achei que iriamos morrer, sorte que tinha um homem forte comigo. – colocou o braço ao redor do pescoço de Bob.

— Vou no banheiro, já volto! – disse abruptamente para eles.

— Ok! – disse Bob.

Um turbilhão de pensamentos invadia a mente de Cristian naquele momento, entretanto, não conseguia entender o porquê de estar tão incomodado com a amiga de Bob. Ela era muito linda e os dois tinham um bom entrosamento. No entanto, tinha que admitir mesmo a contragosto que ficou muito incomodado em imaginar ela e Bob juntos.

Abriu a torneira, jogou um pouco de água no rosto, e voltou para a mesa.

A comida não tinha chegado ainda e Bob aproveitou para saber das novidades de sua amiga.

— Becky, conte-nos o que você descobriu.

— Certo! – disse Rebecca, abrindo sua bolsa e retirando os documentos – O fragmento que vocês encontraram pertence a John James.

Cristian repetia esse nome diversas vezes na sua cabeça, finalmente as coisas tinham começado a dar certo para eles.

— Você é incrível Becky – disse Bob entusiasmado.

— Que é isso! – disse encabulada. – Eu não consegui isso sozinha, o Dr. Jones conseguiu um exame genético do agente e também conseguiu acessar as frequências da Interpol. O último registro do John foi há 3 dias. Nesse dia, John entrou no serviço, porém não tem o registro dele saindo.

Bob e Cristian trocaram olhares impressionados por alguns segundos.

— Descobriu algo mais sobre ele? – perguntou Cristian

— Bem – começou ela, - chequei também o banco de pessoas desaparecidas, e há uma denúncia sobre o desaparecimento de John e sua esposa Sarah. A ocorrência foi feita pela mãe dele, ontem.

— Então o outro corpo no galpão é da esposa dele? – perguntou Bob

— Não tem como termos certeza, porém o corpo que eu examinei era de uma mulher de até 30 anos, estatura mediana.

— Então realmente é a mulher do agente, - disse Bob com firmeza – na denúncia dizia que ela tinha 28 anos, cabelos castanhos, olhos azuis, estatura mediana e... – Bob parou o relato ao ver a próxima informação da vítima.

— O que foi Bob? – perguntou Cristian,

— Ela estava grávida.

Rebecca e Cristian arregalaram os olhos diante dessa informação.

— Meu Deus! – falou ela perplexa. – Esse homem é um monstro, como tem coragem de matar uma mulher grávida?

— Temos que encontrar esse cara logo, meu filho está correndo perigo. – disse um desesperado Cristian.

— Hey! – disse Bob atraindo a sua atenção – É crucial mantermos a calma, nervosos ou desesperados acabamos cometendo erros, se acalme, ok?

Cristian deu um aceno com a cabeça e respirou fundo, tentando acalmar-se.

Nesse momento, a garçonete apareceu trazendo os pedidos.

Todos começaram a comer silenciosamente.

Quando estavam na metade da refeição, a televisão foi ligada em um jornal local, a pedido de um outro cliente.

Cristian e os outros continuaram a comer tranquilamente, porém quando o jornal voltou do intervalo, noticiou algo que atraiu a atenção do trio.

A repórter estava noticiando sobre um assalto à sede da Interpol de Boston; mostrando imagens do terceiro andar destruído pelo tiroteio, das laterais do edifício que estavam com grandes manchas de sangue e a entrada do prédio parcialmente destruída.

Eles observavam as imagens perplexos.

“...Os bandidos conseguiram fugir levando o chip. Até o presente momento, não se sabe o que motivou esse crime, e não há nenhum suspeito. Voltamos para os nossos estúdios...”

Cristian olhou para Bob.

— Foi ele! – disse com convicção – O tal de Mullins que invadiu a sede e levou esse chip.

— Pode ser, mas não sabemos o que esse chip faz, e nem como ele descobriu onde estava.

— Lembra-se do que o West disse? – sussurrou para Bob.

— O quê?

— De uns documentos que ele conseguiu na Interpol de Nova York, chantageando um agente.

— Claro! Como não me lembrei disso antes! – dá um tapa na própria cabeça.

— Vocês estão falando do quê, seja lá o que tiver naqueles documentos, levou o marginal para lá? – perguntou aos dois.

Cristian olhou para ela com uma expressão pouco amistosa.

— É exatamente o que estamos falando. – disse rispidamente. – Temos que descobrir o que tinha naqueles documentos e ir atrás deles.

Rebecca e Bob olharam um para o outro e depois para Cristian. Ele tinha um brilho estranho no olhar e uma expressão determinada no rosto.

— Cristian, como nós vamos ter esses documentos? O agente está morto, e não acredito que ele tenha contado para mais alguém sobre tudo isso. – falou Bob.

— Temos que ter certeza! – se levantou e deixou alguns dólares na mesa para pagar seu almoço.

— Espera aonde você vai? – perguntou Rebecca.

— Agradeço por tudo o que você fez, mas isso não é da sua conta, garota! – disse furiosamente para ela e saindo em seguida.

Rebecca se virou para Bob.

— Vai atrás dele! Ele pode acabar fazendo alguma idiotice.

— Becky... – começou ele.

— Não precisa se desculpar ou falar nada, - disse compreensiva, - sei que ele está passando por muita coisa, então de boa, e tem mais, ele sempre demostrou que não gostava muito de mim desde a época que namorávamos acho que ele ainda tem ciúmes de ver nós dois juntos.

— Quem sabe? Mas em todo caso, obrigado novamente. – retirou algumas notas da carteira, mas Rebecca não deixou.

— Eu pago! Vai logo atrás dele.

Bob se aproximou dela, lhe deu um beijo na testa, e saiu correndo do restaurante atrás de Cristian.


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Notas finais do capítulo

Gente que comportamento estranho do Cristian não? Porque será que ele tratou Rebecca daquele jeito?
Agora Cris e Bob já sabem sobre o agente da Interpol John, o que será que vai acontecer agora?
Até o próximo capitulo.



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