Castelobruxo - Aliança Enfeitiçada escrita por Éden


Capítulo 9
Especial II - Sandices da Natasha




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− Quem sou eu? Que pergunta boba – exclamou a garota de cabelos escarlates à senhora de idade que lhe acompanhava naquilo que lembrava um consultório – Natasha. Natasha Bittencourt, a próxima estrela do mundo bruxo – ela disse convencida. A mulher sentada na poltrona à sua frente franziu a tesa e anotou.

− Então, Natasha. Meu nome é Helena. Estou aqui porque você solicitou uma conversa com a psicóloga, mas ela teve uns problemas e te remanejou para mim. – respondeu a senhora, ajeitando seus óculos de grau redondos e alisando seus curtos cabelos louros. Naty sorriu e se atirou no divã – Então, porque não começa contando para mim... O início de tudo?

− Inicio tipo, inicio, quando eu era um espermatozoide do meu pai e um óvulo da minha mamis? – questionou confusa. Helena suspirou – Brincadeirinha! – e riu – Bom, o fabuloso destino de Natasha Bittencourt começa a três ou quatro meses atrás, quando, acredite ou não, eu ainda não sabia que meu destino era brilhar...

...

− L A C R O U – disse meu melhor amigo, Dinho, girando minha cadeira em frente a um espelho que se estendia sobre toda a bancada de seu salão. Ele é aquele gay bem clichê, sabe? Feliz da vida, assumidíssimo, lindo e problematizador. – Esse loiro vai chamar atenção de todo mundo, miga, você vai arrasar na festa da Talita Trindade – ele disse, enquanto escovava os cabelos da nova Natasha.

− Eu sei be – respondi, dando tapinhas nas ondulações que se formavam no fim de cada mecha de cabelo. Meu sorriso estava radiante.

Naquela época tudo que eu queria era fisgar um boy rico e gato e os melhores iam a festa da Talita. Nem sequer convite eu tinha, mas eu ia entrar...

− Tá, repassando os planos: Você vai chegar na entrada...

− E ficar esperando um velhinho solitário chegar, vou me agarrar nele e entrar na festa como se fosse sua acompanhante, lá dentro corro dele e vou achar um boy magia...

− E se você achar e ele for gay...

− Vou falar do viado mais lindo, talentoso e fofo do Brasil: Minha gordelicia, Roberto Das Dores, Dinho – e então, demos gritos eufóricos e pulinhos. Depois me acalmei e ajeitei minha roupa, estava linda demais. Ai, como eu brilhei de Natasha loira...

− Agora vai be, o sucesso te espera! – ele disse, com um esperançoso sorriso. Nem preciso dizer que o Dinho é meu maior cumplice. Então, coloquei meus óculos escuros em formato de estrela, agarrei minha bolsa, dei tchau para o povo do salão e entrei no banheiro.

O banheiro nem era um banheiro de verdade. Vivia com uma placa de “Em reforma”. Era só um modo de camuflar o portal para a Quebrada Paulista, para que os Peros não entrassem. Lá dentro nem tinha vaso, só uma cordinha de descarga presa no teto. Entrei, tranquei a porta, ajeitei meus cabelos novamente e puxei a cordinha.

Quando me dei por conta, um liquido azul claro começou a sair das frestas no chão e encher todo aquele banheiro. Em poucos segundos aquilo me cobriu completamente, mas para minha alegria eu não me molhava ou afogava.

Quando o liquido encheu todo o banheiro, no chão surgiu uma luz redonda e ressoou o som de descarga por todo salão, então fui absorvida por aquele brilho e desapareci dali e surgi sobre um quadrado de concreto, cercado por aço, com três ou quatro iguais do meu lado. O líquido me acompanhou como um redemoinho, depois dispersou e foi engolido pelo chão.

− Essa parte você já deve saber – disse Naty para Helena com olhos brilhantes – A Quebrada Paulista é um dos lugares mais bonitos do Bêbê. – ela disse maravilhada.

Bêbê? — questionou Helena, confusa.

− Brasil Bruxo, dãã – respondeu, com um olhar acentuado. Depois, sorriu imaginativa – Ai ai, são tantas emoções que lembra até o rei Roberto Carlos... Já viu aquela expressão “O bruxo perde a varinha, mas não perde a magia”? – Helena assentiu – Então, comigo é o seguinte “A Natasha deixa o subúrbio, mas o subúrbio não deixa a Naty”. Se tem um lugar que eu amo é a Quebrada, a Sra. nunca deve ter ido, nessa fineza toda e levando em consideração o poder do seu marido... Helena Pavanelli... Sabia que seu filho estuda comigo? – a psicóloga coçou uma ruga em sua testa.

− Uhum, − e cruzou as pernas – mas vamos focar em você e esquecer da minha família? E, aliás, já fui e ainda vou muito na Quebrada Paulista.

− Ah! Então já sabe porque eu amo tanto aquele lugar – ela suspirou – Adorava ir até lá com minha mamis, sentir o cheiro dos quitutes na primeira zona, aquela cheia de lanchonetes e restaurantes, me esgueirar nas centenas de lojas da segunda zona e brincar na praça da terceira zona.

Minha história continua assim que terminei um lanche na primeira zona e ia a caminho da segunda, o Empório do Sumiço da Srtª Agripina Chauí, sabe, lá é como uma estação de metrô para os Peros. Todo bruxo, sem condição financeira para um portal próprio, passava lá mais dia, menos dia.

As ruas da Quebrada Paulista estão sempre lotadas de vendedores e compradores. Gente de todo tipo, andando por aquele emaranhado de lojas em ziguezague, numa avenida secreta, rodeada pelos prédios mais altos de São Paulo. Gosto de acreditar que ali é como um forte e as paredes cinzas ao redor são enormes muralhas protegendo um tesouro valioso: Eu. E também o maior segredo do mundo, a existência de bruxos, mas eu sou mais importante.

Enfim, quando finalmente cheguei a segunda zona, fui direto para o Empório e, posso dizer com toda a minha certeza, foi lá que meus problemas surgiram. Entrei, linda e ingênua, e fui direto para a sessão de Portais de Espelho. Já tinha sido levada descarga a baixo muitas vezes naquele dia. Estava bem vazio. Apenas três senhoras carrancudas que cheiravam a alho estavam na minha frente. Elas mais futricavam do que usavam o portal. Eram lentas como tartarugas e, para piorar a situação, a que estava bem a minha frente levava um enorme gato amarelo na bolsa e nem preciso dizer que ele quase não cabia. Tinha um olhar maligno e garras afiadas e ficava rosnando a cada movimento meu. Era medonho.

− Ô, dona sei lá o que – comecei. Estava muito fula da minha vida, a velhinha que estava há uns quinze minutos parada na fila sem usar o portal olhou de relance – Vambora fazendo? To sem tempo monamu – e dei dois tapas leves no meu pulso, como se estivesse apontando para um relógio. A velhinha torceu o nariz, sibilou que as crianças de sua época eram mais educadas e entrou, as outras duas foram atrás, muito porém, para minha alegria, o gato resolveu que não queria passar pelo portal, saltou da bolsa e arrepiou todos os pelos, me encarando com ódio e impedindo minha passagem para o espelho – Merda. O gato ficou para trás – comentei desapontada, mas não surpresa.

− Não sou um gato, sua idiota – e foi aí que eu gelei e fiquei albina de medo.

− O ga-gato ta falando – gaguejei, dando alguns passos para trás e olhando ao redor, procurando alguém para que eu pudesse gritar desesperada, mas estava sozinha ali. Eu e a cria de satanás.

− Já disse que não sou gato, − comentou ele, se acalmando e ficando sobre as patas traseiras – sou um Penador... – ele disse. Fiquei um pouco mais calma. Penador era um bruxo que havia cometido alguma imprudência e, por isso, era transfigurado em um animal por certo período de tempo. Mas aí a ficha caiu. Para ser um Penador ele tinha que ser um...

− Criminoso. Não é gato mais é criminoso – foi o que eu disse para ele, com uma voz esganiçada por conta do medo. Ele chacoalhou a cabeça para os lados, com um olhar fingido de inocente.

− Fui transfigurado por roubar uma moça aqui e outra ali... Não tenho roubado por um tempo, por culpa daquela velha louca que me trancava em uma gaiola... – comentou – Mas sabe, agora que já não estou mais com ela, posso finalmente voltar a fazer o que eu faço de melhor e você vai...

Tá. E você acha que Natasha Bittencourt é burra de ficar ouvindo o plano do vilão sem agir? Assim que percebi que aquele louco queria me roubar, meti uma bicuda no danado, fazendo ele voar espelho a dentro, sabe-se lá para onde.

Depois, me olhei no espelho portal e retoquei meu batom roxo lacrante. Ajeitei meu cabelão loiro e dei um passo em frente, literalmente atravessando o espelho e chegando na Avenida 29 de Fevereiro, onde os riquinhos do Bêbê moram. Desfilei em frente, pelas mansões e grifes, acenei para os boys gatos e cheguei no Condomínio Morgana Le Four. Um prédio de uns cinco andares por fora e, por dentro mais de cinquenta. Ele tinha paredes em lilás claro e com trepadeiras verdes por todo lado.

Sorri, mas aí a ficha caiu de novo: Eram seis horas e a festa seria as oito. Teria de procrastinar durante duas horas, então fui dar um rolê ali pela área.

Entrei nas boutiques só para experimentar os vestidos de grife e comer os quitutes gratuitos, tomei um sorvete de abobrinha na sorveteria, fiz cara de rica nas galerias de arte e, quando eram sete e quarenta, decidi voltar para o condomínio e por meu plano em prática.

O caminho de volta estava muito mais sombrio que o de ida. Sempre ouvi boatos de que aquela avenida era frequentada pelos piores tipos a noite, mas para mim era só um mito.

Já perto do Le Four pude ver que a movimentação já estava a pau e pique. Famosos chegavam em limusines, o hostess gorducho de pose esnobe estava a porta, com dois “armários” a tira colo, eram homens grandes e carrancudos.

Era hora – pensei, indo para um beco um pouco afastado do hotel. Quando cheguei, peguei um caderninho cheio de croquis, desenhos de roupas fabulosas, nas páginas. Abri numa em especial, com um vestido rodado roxo sem mangas. Enfiei a mão lá dentro e uma luz dourada me envolveu e, quando ela se apagou, o desenho tinha sumido do caderno e se tornado vestido no meu corpo. Guardei o caderninho, retoquei a maquiagem, ajeitei meus cabelos, fiz cara de granfina e fui.

− Nem preciso dizer que minhas primeiras tentativas foram frustradas né? – disse a garota para Helena – A primeira deu errado porque, bem...

− ME LARGA SEU TOURO! – porque tentar entrar pela porta da frente quando seu nome não está na lista nunca dá certo e, o pior de tudo: Ele tinha marcado a Natasha Loira, então fui pro plano B, voltei para o beco, peguei o caderninho e abri na página de cabelos, já mirando no castanho curto. Enfiei a mão, brilhei em dourado e meus cabelos estavam como o do desenho.

Voltei para a entrada do hotel e resolvi seguir o plano do Dinho e, assim que chegou um velhinho solitário, corri para seu lado, dei um beijo em sua bochecha e o abracei, ele ficou sem reação, sabe, ele estava meio tremulo... tremulo até demais. Fiquei chamando ele de vovô quase todo momento, enquanto o hostess procurava seu nome da lista e ele continuava a tremer.

− Sr. Emanuel Drazildes e srta...? – questionou o hostess e, antes que o velhinho respondesse, tapei a boca dele.

− Tanasha Drazildes – tá, não era um nome criativo – Eu e o vovô adoramos esse hotel. O vovô tem um parecido em Angra. O vovô ama Angra. Já disse para vocês que ele é meu avô?

− Já. Muitas vezes – respondeu o hostess. O velhinho estava todo vermelho, parecia que queria falar, mas eu não deixava e, o maldito hostess estava enrolando para deixar a gente entrar. Ele passava aquele dedo gordo pela lista procurando sabe-se lá o que.

− Hostess, libera a fila aí – gritou um homem esnobe que estava atrás de mim. O gorducho revirou os olhos e liberou a passagem.

Lá estava eu. Linda no close. Subindo as escadas da felicidade e do glamour junta de um velhinho desconhecido, que começou a cambalear quando tínhamos avançado três degraus. Ele tremia mais do que nunca e murmurava, vermelho como pimenta. Finalmente decidi ouvir o que ele tinha a dizer. Aquelas cinco  palavras que mudaram meu dia para pior:

− Eu... Sou... Alérgico... a... Abobrinha. – e então, a burra aqui lembrou que havia guardado o resto do sorvete de abobrinha na bolsa, não foi uma boa ideia. O pote se abriu e de alguma forma vazou pela bolsa um pouco do sorvete e caiu no velho. Nem preciso dizer o que se sucedeu, né? Ele teve um piripaque e despencou escada a baixo.

Puff. Merda.

O velho tava vermelho escarlate, mas respirava, estirado no chão que nem jaca quando cai do pé.

− E você ajudou ele, não? – questionou Helena. Naty revirou os olhos, com as bochechas coradas. A Pavanelli ficou incrédula – Você quase matou esse senhor e nem sequer ajudou ele?

− Olha se não me arrasa não! Todo mundo que tava ali por perto correu para ajudar ele... E a entrada para festa estava livre.

− Alguém procura aquela garota que estava com ele – foi a última coisa que eu ouvi o hostess dizer antes de entrar na festa.

Fiz a egípcia, bem fina, me esgueirando pelo salão do Le Four, até que encontrei o banheiro, entrei como Tanasha, castanha e curta, e saí como Hastana, morena de cabelos longos, descendente de indianos.

− Ai minha Lara – comentei, com um sorrisão assim que deixei o toalete. A festa não era o que eu imaginava. Perdi o sorriso num instante. Fiquei procurando a diversão que fantasiei que tinha. Cadê as luzes pisca-pisca? A música eletrônica babadeira? Os boys magya? Pelo amor. Aquela música clássica brega, aquela iluminação tosca, aqueles velhinhos... Meu deus, como alguém ousa chamar uma festa de festa sem ter nenhum boy sequer? Queria chorar.

Mas aí, quando um garçom de olhos verdes, corpão marcado no smoking, cabelo raspado, pele bronze, me serviu um quitute minhas ideias se clarearam: Natasha, ou melhor, Hastana, tinha uma nova missão...

− Vou fazer essa festa ficar do caralho... – foi o que eu disse, com um olhar malicioso. Depois, dei uma olhada pelo salão e percebi que todos os garçons eram gatos, de seu modo, claro. Gosto de acreditar que todo mundo é lindo, mas cada um tem um jeito de mostrar sua beleza.

Tá. Então comecei a por meu plano em prática. Toda a estirpe bruxa estava ali. Em sua maioria, mulheres de idade, viúvas ou solteiras. Eu ia botar essa mulherada para fazer check-in no chão.

Dei um jeito de juntar todos os garçons, inventei a mentira de que era a organizadora e lhes contei meu plano. Eles aceitaram e eu fui direto para a parte dois: Música.

Por sorte ou precaução, sempre levo comigo um wmp3, que é um aparelhinho que carrega as músicas mais choque de monstro que eu conheço. Convencer o dj não foi difícil, ainda mais depois que eu amordacei ele... Vamos fingir que você não ouviu isso, ok? Ok. Coloquei o wmp3 e toquei a playlist.

− Oh, lá, lá, lá, lá, lá, lá oh – cantei, pegando um microfone e acompanhando a Ines Brasil, dona do Brasil. Todos olharam para mim sem entender. Um dos garçons pegou a varinha, deu dois giros e lançou um brilho lilás para o alto. A luz se apagou e brilhos multicoloridos iluminaram o salão. Os convidados se espantaram.

Não tem terror

Não tem caô

E os outros garçons deixaram as bandejas de lado e correram para o centro do salão, onde começaram a dançar e se despir. Tiraram as camisas, os ternos, as gravatas... Coisa de Deus! As senhoras se acanharam no começo, mas com o tempo se soltaram, desceram do salto e foram dançar com os boys no centro. Até os velhinhos, querendo mostrar que também tinham disposição, começaram a requebrar ao som da música.

− Quero ver todas as granfinas descendo até o chão.

− Uhul! – elas gritaram eufóricas, descendo no máximo que podiam.

E eu, bem... Arrasei. Os paparazzi tiraram fotos minhas e eu só no carão.

− MAS O QUE É QUE TA ACONTECENDO AQUI? – e foi o fim da minha alegria, a chegada da Talita Trindade. Ela estava acompanhada do hostess, dos seguranças, do velhinho e da policia bruxa. Me ferrei. A música parou, a luz voltou ao normal e os garçons pararam

− Ela tinha cabelo loiro médio! – disse o segurança.

− Na-não era castanho curto! – disse o velhinho.

− Nada disso, era longo e preto! – corrigiu o garçom.

Todos pararam para dar depoimentos à polícia. A festa estava arruinada. E, quanto a mim, estava mais ruiva do que nunca. Aproveitei o tumulto e troquei de cabelos novamente, depois, desfilei pelo salão com um sobretudo e óculos escuros. Passei pela porta da frente. Realizada. Deixei a escadaria e, algumas quadras depois, quando parei em uma cafeteria para descansar, vi na televisão que eu estava em todos os jornais. A camaleoa.

− Eu me vi linda e famosa e percebi que meu lugar era ali – disse Naty convicta.

− Na cafeteria? – questionou Helena.

− Não. Na televisão – respondeu e se colocou de pé, sorridente – Bom, foi muito bom falar com você, Helena – comentou, deixando a sala animada.

− Mas você não quer saber da minha análise sobre você? – perguntou a Pavanelli, acompanhando Naty ao corredor. Ela olhou de relance com um sorriso.

− Quando eu ficar famosa... Quero sim! – e seguiu em frente, pelos corredores da Castelobruxo. Helena voltou para o consultório e trancou a porta, com um sorriso e uma risada.

Enquanto caminhava pelos corredores vazios, Naty aproveitou para soltar a voz.

− Hello, hello, baby; You called, I can't hear a thing – e, antes que pudesse continuar, viu uma pessoa de sobretudo em sua frente, carregando consigo um cesto. Ela ainda observou no chão um colar dourado, o mesmo que Amara usou na aula – Ei, você deixou cair isso! – ela gritou, agarrando a joia e correndo atrás da pessoa, que nem sequer olhou, mas, algo amarelo se mexeu no cesto e se dependurou no ombro da pessoa misteriosa: Era o gato penador.

Ele olhou para Naty, que paralisou de medo, deu uma risada maligna e fez “shiu...”, assoprando sua garra.


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