Almas Presas escrita por Gregorius


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Oi, tô aqui postando esse, que é quase um anexo ao 6, por isso tão pequeno, para fechar essa "explicação" da história.
Espero que gostem, porque eu viajei bastante, e só um aviso, eu não entendo de artes das trevas tá? é só fantasia mesmo. hehe



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Eu estava em pânico com ele me observando. Pensei em gritar, em correr, pegar alguma coisa e atirar nele, mas como se a criatura pudesse ler meus pensamentos, se antecedeu:

—Nem tente fazer alguma gracinha, ou eu ponho fogo na sua família.

Acreditei

Ele pegou minha mão, e imediatamente senti meus ombros serem jogados para trás e uma falta de ar, enquanto era puxada para frente. Não conseguia ficar de olhos abertos, mas tudo isso acabou rápido. Senti meus pés descalços sobre a grama molhada, abri os olhos tentando me acostumar com a escuridão.

—Onde estamos? Que lugar é esse?

me assusto com uma fogueira que se acendeu do nada, lançando chamas enormes. Dou um grito.

Agora conseguia enxergar o que tinha a meu redor, nós estávamos no parque que fui com Josh, só que na parte mais densa. Era estranho estar ali nessa hora.

  -O que você vai fazer comigo Eduardo?! - disse quase implorando.

—Nada querida, você vai me entender, só preciso que fique aqui, nesse círculo, dentro dele - mostrou e me puxou até o meio.

—Isso é algum tipo de brincadeira, porque eu não gosto...

—Spell Ignis

Agora o círculo que era desenhado com pedras no chão, havia pegado fogo e não se apagava.

Gritei de novo

—Isso é algum ritual satânico? - disse descrente

—Não seja tão genérica.

Ele possuía uma calma no falar que irritava, tão lento e contido.

—Eu não vou ficar aqui, não vou participar disso!

Olhei para o círculo de fogo e corri, mas o fogo parecia ter vida e subiu em lavaredas que me fizeram recuar assombrada.

—Desse jeito não dá Florenzza, vou ser obrigado a te parar? Você prometeu me ajudar - ficou parado me observando - Motum Corporis!

—O que é isso? Eduardo isso é mais um sonho... só pode ser. Porque comigo?

—A culpa não é sua, mas tem que ser assim, digamos que tu tens algo que precisa morrer. Agora fique quieta.

—Propinquus sanguis revelabitur, genere vitae quae ducit at mortem. Ostendite!

No primeiro momento nada mudou, mas o que aconteceu depois me fez gritar.

Eu sentia meu sangue ferver nas veias e a pele começou a se abrir, como um bisturi invisível fazendo o trabalho. Não podia me mexer, meus órgãos estavam paralisados, o que fazia era apenas gritar e chorar desesperadamente enquanto o sangue me manchava e formava uma espécie de desenhos macabros. A dor  continuou por um tempo e de repente parou. 

Muito rápido Eduardo ficou de frente para mim, abriu suas mãos:

—Eamque sanguine pentagram ostende!

E seu sangue correu pela palma da mão, formando desenhos em cada uma delas, jogou a cabeça para trás com olhos voltados para o céu, pronunciando algo baixo, até seu corpo ficar rígido e seus olhos perderem as separações, ficando apenas órbitas negras sem brilho algum. 

Não tinha noção do que haveria depois disso, e como num susto, ele apanhou meu rosto com as duas mãos ensanguentadas e disse:

"Solitudo, quid sit tibi. 

Perdere animam!

Et tenebrae eam.

Non lucem, non lucem

Precor mortem in aeternum

Floribus albis defunctorum

Qui enim in ignominiam

Aeternam, spirant putredine mali

Accipe fatis, effundam

Specullum, qui loculum

Spell duplices animo

Revela!

Eu me arrepiei toda, senti um frio que vinha de dentro, aquele tipo de sensação que se tem quando se está caindo. meu coração estava acelerado, via algo dentro de mim morrer, uma tristeza se apoderou, parecia que nunca mais seria capaz de sorrir. Acreditava estar vendo o mundo de uma maneira nova, cada vez mais perto da escuridão, até tudo se desaparecer de vez.

 

Acordei não sei quanto tempo depois, um pouco perdida, um pouco me estranhando, saí sem direção até tropeçar em alguma coisa. Era Eduardo jogado no chão, ele não tinha a aparência que me lembrava, era uma pessoa normal, só que muito mais velha e sofrida. Teria passado reto se ainda fosse a antiga Florenzza, mas as lembranças dos atos dele me fez odiar com todas as forças aquele monte de nada.

Peguei uma das pedras que tinham ali e bati varias vez em sua cabeça enquanto eu gritava o quanto queria que ele queimasse no fogo do inferno. Só parei quando vi minhas mãos sujas de sangue se misturando com o ruivo do meu cabelo. Estava assustada, porém não arrependida.

Saí um pouco insana, rindo como psicopata na madrugada indo pra casa, ter o sono dos justos.

 


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Notas finais do capítulo

E essa Florenzza aí, em papai?
Eu me diverti muito escrevendo isso, não sei o que acharão..
XOXO



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