Mais que amizade escrita por KayallaCullen, Miss Clarke


Capítulo 23
Vigésimo terceiro capitulo:


Notas iniciais do capítulo

E com vocês o penúltimo capitulo gente, espero que gostem.



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Pov. Angélique:

Enquanto sonhava coisas sem nexo, comecei a ouvir um pip enlouquecedor que vinha do meu lado e assim que me concentrei em tentar fazê-lo parar comecei a sentir várias dores por todo o meu corpo assim como um calor sutil que vinha de minha mão direita.

Confusa e temerosa por não saber o que estava acontecendo comigo, tentei voltar para a calmaria de antes, onde não havia sons irritantes, dores ou sensações desconhecidas, mas uma voz me impediu de retornar para o torpor. Ao contrário, ela me motivou a querer siar daquela prisão em que estava.

Logo comecei a tomar consciência do meu corpo assim como das coisas ao meu redor, tudo estava ficando mais nítido para mim assim como a voz que dizia algo docemente.

A voz era de Conrad, e ele estava lendo Tennyson em voz alta, o que era estranho, afinal ele não gostava muito dele.

—“ [...] Mas persiste em lutar, achar, buscar e jamais render-se.”- sussurrei interrompendo sua leitura assim que abri os olhos e percebi que o calor que sentia em minha mão direita vinha da mão de Conrad que estava segurando a minha.

—Amor...- Conrad sussurrou entre lagrimas enquanto me olhava nos olhos e deixava o livro cair no chão com um baque surdo.- Você acordou, minha linda.

— Eu acho que sim.- sussurrei confusa, pois pela sua reação parecia que eu estava dormindo por um bom tempo.- O que houve? Não me lembro de nada.

—Tudo bem, não precisa ter pressa.- ele sussurrou ainda chorando antes de acariciar meu rosto como se eu fosse de cristal.- Vou ajudar você a lembrar de tudo.

—Prometi? - questionei olhando em seus olhos e ele sorriu amoroso em meio as lagrimas.

—Prometo amor.- Conrad jurou antes de se inclinar para beijar meus lábios d leve inúmeras vezes, se interrompendo apenas para me dizer o quanto me amava.

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—Confortável? - Conrad questionou pela oitava vez após ter me ajudado a deitar em minha cama.

Depois que acordei, descobri que havia sofrido um grave acidente de carro que me deixou à beira da morte, tive que enfrentar duas cirurgias complicadas para conterem uma hemorragia interna e ainda fiquei duas semanas em coma depois de tudo.

Após uma bateria de exames que fiz depois que acordei tive permissão para voltar a NY, desde que continuasse os cuidados lá. E agora estava em meu quarto na casa dos meus tios sendo paparicada por toda a família, especialmente pelo meu namorado que havia tirado férias do consultório, algo que jamais tinha visto durante todos os anos que o conheço.

—Estou, não se preocupe.- assegurei suave antes de pedir para que ele se sentasse ao meu lado.

— Conrad, você precisa relaxar um pouco, eu estou fora de perigo.- disse e ele tentou dizer algo, mas o interrompi.- Acho que você devia passar um tempo na sua casa com a Connie.

—Você está me dispensando Angélique Masen?! Depois de eu ter passado duas semanas lendo Tennyson para você enquanto estava em coma?! – ele questionou incrédulo e suspirei.

—Claro que não. Eu amo você. E só o fato de você ficar lendo Tennyson para mim já é uma prova de amor, foi o som da sua voz que me fez querer voltar. Só acho que você precisa dá uma volta, afinal está trancado comigo em um quarto há semanas.- disse preocupada e ele sorriu malicioso antes de se aproximar do meu ouvido para dizer algo.

—Não se preocupe, vou dá uma volta por ai assim que você poder ir comigo. E vamos ficar trancados em um quarto por semanas fazendo algo muito melhor do que você dormir eu ficar lendo Tennyson.- ele sussurrou com a voz rouca e senti meu corpo se arrepiar por inteiro enquanto meu rosto corava em um vermelho intenso.

—Conrad...- sussurrei sem jeito e ele sorriu cheio de segundas intenções antes de começar a beijar o meu pescoço de forma lenta.

Era impressão minha ou o quarto havia ficado uma sauna.

—Hmm.- ouvimos alguém pigarrear e Conrad se afastou de mim a contra gosto enquanto eu corava ao perceber que Benjamim havia nos flagrado em nossa pequeno momento íntimo.

Conrad havia me contado que benjamim tinha salvado a minha vida e que ele era meu meio irmão, pois a notícia de que o senador Coleman tinha uma possível filha se espalhou por todo o país. E para desmentir os rumores ele aceitou fazer um exame de DNA enquanto eu ainda estava em coma, pois ele tinha certeza que o resultado seria negativo, mas não foi o que aconteceu.

No final, o exame apenas serviu para confirmar o que eu havia lhe dito.

Depois de tudo que Conrad me contou, acabei lembrando dos fatos que aconteceram antes do acidente. E fiz meu namorado jurar que não deixaria o senador chegar perto de mim, pois se ele se atrevesse a tanto sabia que Conrad e minha família seriam capazes de cometer uma loucura depois que lhes contei tudo o que ele fez para mim.

Mas não podia me afastar de bem ou da sua mãe, afinal os dois não tinham culpa de nada.

—Já disse o quanto seu irmão é inconveniente Angélique? - Conrad sussurrou e olhei feio para ele.

—Eu ouvi isso Conrad.- Benjamim disse sério e suspirei.

Aqueles dois implacável um com outro desde que se conheceram, o que segundo minha tia era natural, afinal Benjamim só queria passar mais tempo comigo, pois havíamos ficado separados por anos. E Conrad tinha ciúmes por ter que me dividir com outro homem.

—Por favor, não vamos começar de novo. Vocês sabem que não gosto de vê-los brigando.- pedi e ambos resmungaram a contra gosto.

—Tudo bem, vou deixar você com ela. Mas se faltar um pedaço se quer da minha loira vai ter briga.- Conrad disse serio antes de me dá um beijo e sair.

—Me desculpe por ele. Conrad não está acostumado a dividir minha atenção com outro homem. Ele sempre ficava desse jeito com meu ex- namorado.- expliquei sem jeito e ele sorriu suave antes de se sentar ao meu lado.

—Não se preocupe Ang. Nós somos amigos, só gostamos de implicar um com o outro. Afinal, sou seu irmão e ele é o seu namorado, é meu papel maninha.- Bem brincou e fiquei sem fala enquanto ele ria da minha cara.

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Nem conseguia acreditar que depois de meses sem poder trabalhar no que amava, estava finalmente de volta ao meu restaurante. E para comemorar, decide fechar o estabelecimento para um jantar exclusivo, tendo como convidados meus amigos e familiares.

Sorri emocionada ao rever vários amigos meus da escola e até da faculdade, mas o meu melhor havia sumido misteriosamente, o que me deixou intrigada, afinal ele estava ao meu lado o tempo todo.

Mas meus pensamentos foram interrompidos por um leve tintilar que fez todos se calarem e voltarem sua atenção para Conrad que estava no meio do restaurante.

—Obrigado Cupcake.- ele sussurrou para Connie que sorriu enquanto colocava seu copo de vidro e sua faca em cima da mesa antes de se sentar.

—Gostaria muito de dizer algumas palavras sobre Angélique Masen, então se poderem se sentar e fazerem um minuto de silencio eu agradeceria muito.- Conrad pediu e todos fizeram silencio sem reclamar.

—O que será que ele vai falar? - Hayley questionou para mim enquanto nos sentávamos na mesa em que nossos tios estavam.

—Não sei, mas estou temerosa. Da última vez que ele resolveu falar nesse restaurante fiquei morta de vergonha.

—Não sei por que, ele só disse a verdade sobre o safado do seu ex-noivo. E além do mais você está com alguém bem melhor que ele.- ela sussurrou maliciosa e sorrimos.

—Angélique Masen é uma das melhores amigas que alguém poderia desejar na vida. Ela esteve ao meu lado em cada conquista minha, em cada derrota e também no pior momento da minha vida que foi quando perdi meus pais. Ang ficou ao meu lado no hospital por dias sem dizer uma palavra, respeitando meu momento de dor. E quando fiquei pronto para falar sobre o que houve naquela trade, ela me ouviu com atenção e carinho. É vovó, a senhora gastou uma fortuna para que eu falasse com a Dra. Valera e acabei desabafando de graça com a Ang. – ele brincou e todos riram, principalmente a ex-psicologa dele.- Continuando, Ang esteve comigo durante a minha vida inteira. Me apoiando e me fazendo sorrir nos momentos mais tristes da minha vida, cumprindo assim a promessa que fizemos no jardim de infância quando a salvei de uma “borboleta assassina”.

—Conrad.- sussurrei sem graça enquanto todos riam.

—Mas algo me fez olhá-la com outros olhos. E percebi o quanto sempre fui perdidamente apaixonado por Angélique Masen. Me apaixonei por você amor, antes mesmo de saber o que era amar alguém. E não me arrependo de termos passado mais de vinte anos sendo apenas amigos, pois tudo na vida tem sua hora de acontecer, e quando aconteceu foi algo forte e intenso que ainda me deixa deslumbrado ao descobrir o quanto ainda consigo me apaixonar um pouco mais por você a cada dia.- ele disse olhando em meus olhos e sorri em meio as lagrimas.

—Eu te amo.- sussurrei enxugando minhas lagrimas enquanto ele caminhava em minha direção me deixando confusa.

—Eu também te amo, minha loira. E por te amar tanto quero lhe perguntar algo.- ele disse assim que parou em minha frente.

Confusa fiquei sem ar assim que ele se ajoelhou em minha frente e tirou uma caixa do paletó abrindo-a em seguida e revelando um lindo anel.

Um anel que conhecia muito bem, pois sempre o via na mão esquerda de Camille Labonair, a mãe de Conrad.

—Ai meu Deus.- Hayley sussurrou empolgada ao meu lado.

—Angélique Masen, minha melhor amiga de infância que se tornou o grande amor da minha vida, você me daria a honra de chama-la de minha esposa pelo resto da minha vida? - Conrad questionou esperançoso e pisquei confusa.

—Mas é o anel de noivado da sua mãe. Seu pai passou dois anos fazendo esse anel para ela.- disse me lembrando de uma conversa que tive com a mãe de Conrad depois que elogiei seu anel em formato de rosa quando criança.

O pai de Conrad, Phillip, era um dos melhores joalheiros de NY ele possuía uma joalheria a “Eterno”, que existe até hoje. Ela faz parte do vasto conglomerado da família Labonair.

—Sei disso. E tenho certeza absoluta que os dois ficariam muito orgulhosos de vê-la usando esse anel.- ele assegurou e sorri feliz.

—Então, sim. Eu aceito ser sua esposa.- disse feliz e ele respirou aliviado antes de colocar o anel em meu dedo.

—Oh mulher difícil que você é Angélique Masen. Achei que diria não.- ele disse me abraçando pela cintura após ter se levantado.

—Eu jamais diria não para você.- sussurrei e ele sorriu feliz antes de me beijar enquanto todos nos aplaudiam.


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Notas finais do capítulo

Imagem do capitulo:

http://www.polyvore.com/mais_que_amizade_cap_23/set?id=194034257



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