Pov. Angélique:

—Dá para você parar de se mexer querida ou vou acabar lhe furando com os alfinetes.- minha tia pediu dando um ajuste de última hora em meu vestido de noiva.

Nem conseguia acreditar que depois de meses esperando, o grande dia pelo qual esperei a minha vida inteira ira finalmente acontecer, e dessa vez seria com o homem certo.

—Me desculpe tia, é que estou nervosa.- disse inquieta e ela desviou a atenção de seu trabalho para me olhar nos olhos.

—Pensei que você gostasse do Conrad. Por acaso não gosta mais dele?

—Eu não gosto do Conrad. Eu o amo, e esse amor jamais passará.- disse segura e ela sorriu suave.

—Está ai um bom motivo para você não ficar nervosa querida.- ela disse antes de voltar ao seu trabalho.

Meu casamento seria realizado na casa dos meus tios em Hamptons, os avós de Conrad queriam que a cerimônia fosse realizada na casa deles de lá, pois ela tinha mais espaço. Mas meus tios fizeram questão de fazer a festa em sua casa e eles respeitaram a decisão.

—Pronto querida.- minha tia disse após terminar o ajuste do vestido.

—Meus Deus olhe só para você. Está linda.- Hayley disse emocionada assim que entrou em meu quarto e me viu vestida de noiva.

—Você também está linda. Cadê o Vinicius? - questionei por seu filho que havia acabado de completar um mês.

Hayley e Daniel haviam convidado Conrad e eu para sermos padrinhos de Vinicius, que era uma fofura de bebê, e claro que dissemos sim.

—O deixei com o pai. Mas tenho certeza que agora ele deve estar no colo do seu noivo, vocês dois precisam fazer um filho urgentemente para poder deixar o meu em paz. Só faltam tomar o Vinicius de mim e do pai.- ela reclamou e sorri.

—Vou contar a ele a sua sugestão.

—Ótimo. Mas voltando ao assunto, você está magnifica. Mãe, a senhora se superou dessa vez.- Hayley elogiou e minha tia sorriu.

—Minha filha do meio merecia um vestido de princesa para o seu grande dia.- ela disse e sorri emocionada antes de abraça-la com carinho.- Tenho certeza que de onde estiver Tessa tem muito orgulho da linda mulher que se tornou querida.

—Obrigada tia. Obrigada por sempre me amar como se fosse sua filha. Obrigada por ter cuidado de mim desde que nasci.

—Não precisa agradecer querida, e nada de choro. Afinal, você tem que ficar linda para o seu noivo.- minha tia disse enxugando minhas lagrimas antes de sermos interrompidas por meu tio e por Connie, que seria minha daminha de honra.

—Está na hora querida.- ele disse e sorri concordando antes de dá uma última olhada no espelho para ver se minha maquiagem não havia borrado.

—Só preciso retocar minha maquiagem rapidinho tio.- pedi e ele concordou.

—Precisa de ajuda? - minha prima questionou e fiz que não.

—Boa sorte.- Hayley e minha tia desejaram antes de sair do meu quarto e assumirem seus lugares, já que minha prima e seu marido seriam nossos padrinhos de casamento.

—Trouxe seu buque tia Ang.- Connie disse me entregando meu buque assim que finalizei minha maquiagem.

—Obrigada querida. E você está muito bonita.- elogiei e ela sorriu sem jeito.

—Obrigada e a senhora também. Tia Ang, posso lhe fazer uma pergunta? - ela questionou nervosa e virei para vê-la.

—Claro querida.

—Agora que a senhora vai se casar com meu pai, tenho que chama-la de mãe? - ela questionou preocupada e sorri suave antes de acariciar seu rosto de leve.

—Não precisa chamar se não quiser querida. E se algum dizer você quiser me chamar de mãe, tenha em mente que jamais vou querer ocupar o lugar da sua mãe.- assegurei e ela sorriu feliz antes de me abraçar com carinho.

—Não teria escolhido uma segunda mamãe melhor para mim. E tenho certeza que minha mãe está muito feliz por você ser a minha nova mamãe.- Connie sussurrou feliz e sorri emocionada.

—Eu também estou muito feliz em ganhar uma filha maravilhosa como você, querida.- disse amável antes de enche-la de beijos.

Assim que nos recuperamos da emoção, saímos do quarto e logo Connie ocupou seu lugar a minha frente e meu tio me ofereceu seu braço.

Meu coração estava acelerando, e minha respiração estava descontrolada enquanto íamos em direção ao quintal que tinha uma vista privilegiada para o mar que seria o pano de fundo para o meu casamento.

No momento em que meus olhos se cruzaram com os de Conrad à minha espera no altar me apaixonei novamente por ele, confirmando assim todas as certezas que tinha em relação a nós dois.

—Cuide bem dela Conrad.- meu tio disse serio assim que entregou a minha mão a Conrad.

—Não se preocupe Theodore, irei cuidar de Ang como se fosse um tesouro.- ele jurou e meu tio concordou antes de beijar a minha testa e ir para o seu lugar ao lado da minha tia.

—Nesta linda tarde irmãos, iremos celebrar a união desses dois jovens em matrimonio. Que Deus os conserve sempre juntos, e que lhes dê sabedoria em cada momento difícil que enfrentarem juntos. E que cada desafio só sirva para fortalecer o juramento de amor que faram nesta tarde. Angélique.- o padre disse antes de indicar que eu começasse a falar meus votos, os quais escrevi junto com Conrad.

—Juro estar ao seu lado em todos os momentos de nossas vidas, sempre amando-o como único em minha vida. Juro protege-lo de todos os perigos que lhe assustam, e quando não puder protege-lo ficarei ao seu lado ajudando-o a supera-los. Juro ser seu porto seguro nos momentos de tormenta, juro ser sua amiga quando precisar que seja ouvido e juro ama-lo sem reservas pelo resto da minha vida.- disse enquanto colocava a aliança de Conrad em sua mão esquerda e a beijava no final.

—Juro estar ao seu lado em todos os momentos de nossas vidas, sempre amando-a como única em minha vida. Juro protege-la de todos os perigos que lhe assustam, e quando não puder protege-la ficarei ao seu lado ajudando-a a supera-los. Juro ser seu porto seguro nos momentos de tormenta, juro ser seu amigo quando precisar que seja ouvida, juro ama-la sem reservas pelo resto da minha vida e juro ser seu amante insaciável pelo resto de nossas vidas.- Conrad disse colocando minha aliança em minha mão esquerda, em seguida ele tirou meu anel de noivado de seu lugar e o colocou no mesmo dedo que minha aliança antes de finalizar tudo com um beijo.

Sua adição aos nossos votos causaram um rubor leve em meu rosto, algumas risadas nos convidados e um olhar reprovador do padre.

— Com o poder concedido a mim, eu vos declaro marido e mulher. Conrad pode beijar a sua noiva. E que Deus os proteja da luxuria.- o padre sussurrou a última parte e rimos antes de Conrad me puxar para um beijo nada educado para se dado na frente de um padre.

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 Já havia se passado dois meses desde que me casei com Conrad, dois meses cheios de amor e felicidade que jamais tive com outro homem.

Minha vida era um verdadeiro conto de fadas.

—Vamos logo.- pedi olhando para o celular esperando que os minutos passassem depressa enquanto encarava a bancada de mármore negro da pia do banheiro.

—Angélique? - Ouvi Conrad chamar novamente do quarto.

Já era a terceira vez que ele vinha me ver em menos de uma hora.

—Já estou indo, só preciso de mais alguns minutos.

—Você disse isso a uma hora atrás amor. Assim vamos chegar atrasados para a ceia de natal. Por acaso você está se sentindo mal? - ele questionou através da porta do banheiro.

Este ano iriamos passar o natal todos juntos na casa dos avós de Conrad, era a primeira vez que passaríamos as festas de fim de ano como uma família.

—Não, estou bem. Só que ainda não terminei de me arrumar.- disse contando os últimos minutos que faltava, para que seu saísse.

—Você está mentindo.- ele disse tentando abrir a porta e sorri nervosa.

—Quem te disse isso?

—Conheço você a mais de 20 anos minha linda, e sei quando está mentindo só de ouvir a sua voz. E se você não abrir essa porta agora, vou arromba-la.- ele ameaçou sério e revirei os olhos antes de abrir a porta.

Como meu marido era estressado.

—Ok. O que está havendo? - ele questionou preocupado e sorri emocionada antes de lhe mostrar o que estava escondendo atrás de mim.

—Estava esperando para ver o resultado disso.

—O que é isso? - ele questionou confuso e sorri entre lagrimas.

—Isso se chama teste de gravidez. E como você pode ver, todos os quatros deram positivo. Conrad, nós vamos ser pais.- disse feliz e ele me olhou atordoado, como se não houvesse entendido.

—Conrad.- disse e corri para ajudá-lo a se sentar na cama assim que ele se desequilibrou por um estante.- Você está bem?

—Preciso de um minuto.- ele pediu enquanto respirava fundo tentando se orientar.

—Você não gostou? - questionei preocupada e ele me olhou confuso.

—Claro que eu gostei, amor. Só que você me pegou de surpresa, quase tive um ataque.- ele brincou e sorrimos felizes antes dele olhar para minha barriga inexistente.

—Não acredito que você está gravida.- Conrad sussurrou emocionado antes de começar a acariciar a minha barriga de leve.- Vamos ter um filho.

—Vamos amor.- disse entre lágrimas e ele sorriu antes de me beijar com amor.

—Obrigado por tudo Ang. Obrigado por sempre ter sido a minha melhor amiga. Obrigado por estar sendo a melhor esposa do mundo, e obrigado por me dá a honra de ser o pai da sua filha.- ele disse carinhoso assim que nos separamos para respirar e pisquei confusa.

—Filha? Mas e se for um menino, amor? - questionei confusa e ele sorriu antes de se separar de mim e começar a beijar a minha barriga.

—Conrad? - chamei pedindo uma explicação e ele sorriu.

—Não é um menino. Você está gravida de uma menina, tenho certeza disso.- ele disse convicto e não discuti.

—Oi filhinha, o papai e a mamãe amam muito você, e estamos loucos para vê-la.- Conrad sussurrou para minha barriga antes de enche-la de beijos enquanto eu acariciava o seu cabelo de leve.

Naquele momento me permitir lembrar de tudo que vive até chegar aqui, e agradeci silenciosamente a Deus por ter colocado Conrad e sua amizade em minha vida.

Uma amizade verdadeira que acabou se tornando muito mais que amizade no final.