Pov. Angélique:

Depois de várias horas dirigindo pela estrada Conrad seguiu em direção a um local conhecido por seus chalés isolados que sempre estavam cercados por neve, ideais para quem queria fugir da correria da cidade.

—Nossa.- sussurrei maravilhada assim que ele estacionou em frente a um lindo chalé que ficava atrás de uma montanha.

—É lindo, não é? Sempre gostei desse lugar.

—É sim, mas de quem é?

—Dos meus pais. Meus avós tinham a casa de praia em Hampton para passar as férias, e meus pais tinham esse chalé. Não venho aqui há muito tempo.- ele disse enquanto olhava o chalé do carro.

—Tem certeza que quer ficar aqui? - questionei preocupada, afinal sabia que aquele lugar iria lhe trazer várias lembranças dos seus pais.

—Tenho, afinal está na hora.- ele disse e segurei sua mão para lhe dá apoio.

—Estarei ao seu lado.- prometi e ele sorriu suave antes de beijar minha mão e saímos do carro em seguida.

A casa era tão linda por dentro quanto por fora, parecia cenário de filme antigo. Mas assim que virei para ver Conrad parado na porta percebi que ele não estava tão encantado com o lugar quanto eu.

—Se você quiser, podemos ir para outro lugar.- sugeri assim que me aproximei dele.

—Não, está tudo bem. É que não venho aqui há muito tempo.- ele disse com cuidado enquanto olhava o interior da casa.

—Se as lembranças dessa casa lhe fazem tão mal, por que resolveu vir para cá? - questionei confusa e ele respirou fundo antes de entrar com as malas e fechar a porta em seguida.

—Por que você é a única em que confio para me ajudar a lidar com tudo isso Ang. E por que está na hora de seguir em frente, afinal, como posso ajudar a minha filha a superar suas perdas se não conseguir lidar com as minhas? - ele questionou triste antes de se sentar no sofá que havia ali.

—Você não pode apressar as coisas querido, quando estiver pronto saberá lidar com tudo que está guardado em seu coração.

—E quando será isso? - ele me questionou confuso e beijei sua testa antes de me levantar.

—Isso só você saberá. Agora, se poder me mostrar a casa.- pedi e ele sorriu antes de se levantar para me mostrar cada cômodo do chalé.

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Depois que arrumei minhas coisas no quarto desci para fazer o jantar enquanto Conrad falava com a filha pelo celular em francês, segundo ele Connie precisava aprender a língua materna d sua família, era uma espécie de tradição dos Labonair.

—Como a Connie está? - questionei assim que ele desligou o telefone.

—Como se você não tivesse entendido cada palavra que disse.- ele brincou e sorri enquanto desligava o fogo.

Conrad começou a frequentar as aulas de francês com a idade da filha, mas como não queria ir sozinho, ele convenceu a minha tia a me deixar ir também. E agora, sou tão fluente em francês quanto ele.

—Isso é verdade, mas quem diria que algum dia iriamos ficar juntos.- disse surpresa e ele sorriu presunçoso enquanto me ajudava a pôr a mesa.

—Sempre tive a certeza de que ficaríamos juntos.

—Convencido.- disse sorrindo enquanto Conrad ia pegar o vinho.

Jantamos em harmonia antes de irmos para frente da lareira escutar música e terminar a nossa garrafa de vinho do jantar.

—O que foi? - Conrad questionou me olhando confuso enquanto o olhava.

—Só estou tentando entender como você conseguiu relaxar, por que há algumas horas você estava tão tenso por estar aqui.

—Decide deixar minhas questões mal resolvidas com o passado para depois, afinal que tipo de homem eu seria se não dedicasse minha total atenção a você? - ele questionou e sorri corada.

—Não seria você.- disse e coloquei meu cabelo para trás da orelha em sinal de nervosismo.

—Acho que temos muito assuntos pendentes Angélique Mason. E adoraria coloca-los em dia, o que acha? - ele questionou sedutor assim que se aproximou de mim.

—Que está mais do que na hora de resolvermos isso.- disse e ele sorriu antes de se inclinar para me beijar.

Sem quebrar o beijo Conrad me pegou no colo e me levou em direção ao quarto, onde teria a melhor noite da minha vida.