Contos de Terror escrita por Fiction world


Capítulo 8
O acordo




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O diabo é traiçoeiro, ele finge ser seu amigo, finge ser bom, finge que vai ter ajudar. Ele vem na forma mais bela possível, te oferece dinheiro, mas tudo em troca de uma coisa, afinal, tínhamos um acordo. O acordo era “eu nunca poderia morrer” e ele pediu minha alma em troca e eu aceitei, no entanto ele é traiçoeiro, como já dito. Vou lhe contar o que ele fez comigo.

                Meu pai era chefe de uma gangue que traficava armas, além de venderem maconha. Ele tinha muito dinheiro, com isso, sustentava minha mãe e eu, mas do que adianta tanto dinheiro se outros traficantes vivem te ameaçando de morte e que vão te torturar bem devagar. Ouvi essas palavras quando fui mantida refém, mas me libertaram, ainda assim, não vivo direito sabendo que alguém ia me matar bem devagar.

                Um dia eu estava no terraço, nossa casa era enorme. Ouvi tiros dentro de casa e eu já sabia que ia morrer. Vi minha mãe morta na escada que parecia mais uma cachoeira de sangue. Sabe lá Deus o que fizeram com meu pai. E foi nessa hora que ele apareceu, não o meu pai, mas o diabo. Ele era lindo e tinha uma risada medonha, ele disse que eu ia morrer, mas ele poderia me ajudar se eu negasse a Jesus já que eu era tão fiel. Ele disse que eu acreditava demais em Deus e que naquele momento Deus não estava me ajudado a sobreviver, e, o diabo estava me oferecendo muito mais que ajuda. Os caras que assassinaram meus pais já estavam chegando, ou seja, eu tinha pouco tempo.

                Eu disse a ele que queria ser imortal, foi ai que ele pediu em troca minha alma e eu concordei. Eu ia me vingar daqueles assassinos um por um bem devagar. Eles me acharam, mas eu fugi, eles me atiraram várias vezes, no entanto, eu parecia o Wolverine, pois me regenerava rapidamente. Eu estava correndo e eles atrás de mim atirando muitas vezes. Entrei na floresta que tinha próximo de casa para despista-los. Meu plano de fuga funcionou mais ou menos, porque um cara ainda estava atrás de vim e ele me encurralou, eu mesma me encurralei, porque fui parar num precipício.

                O vadio começou a sorrir com aqueles dentes podres e amarelos, pegou uma granada e jogou a cinco metros de distância de mim e saiu correndo. Eu tentei pegar ela e jogar morro abaixo, mas ela explodiu bem na minha cara e eu desci o desfiladeiro com uma tonelada de pedra e terra caindo em cima de mim. Eu não conseguia abri meus olhos e nem boca, porém, consegui dizer “satanás você disse que eu não ia morrer então me tira daqui agora”. Ele me ouviu e falou “está certo, querida, você não vai morrer, estou cumprindo meu acordo”. Ele foi embora e agora eu ficarei soterrada para sempre. Eu queria morrer, mas não podia. Passaram décadas e eu nunca fui encontrada, poderia fazer um novo acordo, mas minha boca estava cheia de terra, eu não podia falar nada. E agora?


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