Contos de Terror escrita por Fiction world


Capítulo 7
Tudo tem seu Preço- parte 1




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Meu nome é Oliver e esta é minha história...

                Era aniversário da milha filha de seis anos e todos nós estávamos muito felizes. Mary e eu também comemorávamos outra coisa além do aniversário, nós íamos ter outro filho ou filha, ela tinha acabado de descobrir e para um pai isso é totalmente maravilhoso, pois seria pai de duas crianças agora. Eu estava na cozinha quando Mary me trouxe a boa notícia de um novo membro na família, ela me cumprimentou com um beijo nos lábios e um sorriso irradiante “vai ter outro filho”, disse ela. Essa frase poderia me deixar feliz no restante daquela noite até a chegada de minha mãe.

                A campainha tocou e Alice foi ver quem era. Sua avó fez uma surpresa, pois não sabíamos que passaria a noite conosco, junto com ela trouxe um presente embrulhado em uma caixa bem grande com um laço gigantesco. Minha filha, Alice, adorou é claro e não demorou a pegar o presente e ir embora para o quarto sem ao menos agradecer. Abracei minha mãe que logo depois encheu minha esposa de beijos.   

— Vocês estão tão lindos. Disse minha mãe com aquele sorriso enorme no rosto.

— Mamãe, por que você não nos avisou que vinha hoje aqui? Questionei.

— Será que uma avó não pode passar uma noite com sua netinha?

— Oliver, ela tem razão— disse Mary me levando para longe de minha mãe. — A deixe passar esta noite aqui, afinal, ela é sua mãe.

Eu concordei com minha esposa em deixar minha mãe passar a noite, ainda assim, não estava contente com sua presença, pois ela fez parte um dia de uma macumbaria e quando deixou sua equipe de macumbeiros lançaram nela uma maldição que onde ela ficasse ali os demônios iam perturbar sua alma, mas isso não acontecia durante trinta anos e eu nunca me esquecerei da noite aterrorizante que passai com ela quando tinha dez anos. Depois de todos esses anos Mary me disse que Deus teve piedade da alma de minha mãe e que eu só tinha que lhe dar uma nova chance e era o que eu estava tentando fazer.

Tivemos um jantar maravilhoso, mas também não foram cem por cento maravilhosos. Alice comeu tão rápido que parecia um dragão sem ter se alimentado durante séculos. Não demorou muito para colocar a louça suja na pia e ir embora para o quarto. Eu notei sua pressa, mas ela estava feliz e era o que importava. Levantei-me e pedir licença para ir ao banheiro e ao fazer meu trajeto ouvi Alice conversando sozinha, olhei para trás e vi Mary e mamãe conversando sorridentes e então, entrei vagarosamente no quarto de Alice que se mantinha sentada no chão, pois uma boneca do seu tamanho ocupara seu banco.

Ao olhar aquela boneca me arrepiei da cabeça aos pés, perguntei a ela se foi sua avó que tinha lhe dado apesar de saber que foi ela, mas só queria ter certeza. Alice disse “sim” e então, peguei a boneca e a coloquei na caixa de onde tinha vindo.

— Querida, preciso guardar esta boneca— Falei nervoso. — Amanhã você brinca com ela.

— Mas papai quero dormir com ela.

— Não esta noite.

Isso foi motivo suficiente pra ela começar a chorar e gritar o nome da mãe que me parou no meio do corredor me obrigando a pedir desculpas e levar a boneca de volta. Eu disse que tinha algo de errado com a boneca e que eu iria queima-la, mas Mary achou um absurdo e me fez mudar de ideia, mesmo assim, não devolvi para Alice. Eu guardei a boneca no porão dentro de um baú e coloquei um cadeado.

— Já sei, deixa-me adivinhar— Disse Mary apontando o dedo para mim. — Você acha que a boneca esta enfeitiçada?

— Mas é claro que não acho, pois eu tenho certeza. A mamãe pode ter feito isso.

— Oliver pare com isso e entregue a boneca para Alice. Ela gostou então, dei a ela agora.

— Eu não vou dar— falei com muita raiva e sai dali murmurando. — Isso não ocorrerá outra vez.

Doeu muito deixar Alice triste, mas eu tinha certeza que tinha alguma coisa errada com aquela boneca. Resolvi perguntar a mamãe e ela me disse que comprou a boneca em uma loja qualquer, talvez, eu estava cego com o meu próprio medo. Alice não quis falar comigo depois do que eu fiz, portanto, achei melhor ir para meu quarto, pois minha esposa estava me esperando. Deitei-me na cama, fechei os olhos e peguei no sono.

Abri os olhos novamente depois de ouvi um barulho, mas já era mais de meia noite. Com o coração e a respiração acelerados sussurrava para mim mesmo “está tudo bem”. Decidido a voltar a dormir escutei o barulho novamente, parecia alguém mexendo em alguma coisa. Enchi-me de coragem e levantei- me da cama, caminhei até o quarto de Alice, mas ela estava dormindo como um anjo.

                Ao voltar para meu quarto senti medo, no entanto, eu não era um covarde e encarei meu medo e fui até o porão me certificar de que a boneca estava no baú. Surpresa, o baú estava aberto. Eu saí correndo e joguei-me na cama, Mary disse para me acalmar e voltar a dormir, eu acho que ela nem estava consciente quando disse aquelas palavras. Eu tentei acorda-la, mas parecia que ela tinha virado a bela adormecida. Estava desesperado, pois parecia que estava morta, no entanto, ela tinha acabado de falar. Ouvi outro barulho, contudo, esse foi dento do meu quarto. Virei-me e olhei para o guarda-roupa e lá encima estava a boneca andando feito gente. Eu gritei, mas ninguém me ouvia. A boneca desceu e eu saí indo em direção do quarto de hóspedes que era onde minha mãe estava e quando cheguei lá ela estava morda cheia de sangue. Uma ventania muito forte começou e as janelas começaram a bater juntamente comas portas e a chuva começou a despencar. O medo tomou conta de mim e as lágrimas o meu rosto.

                Fui até o quarto da minha filha e ela estava dormindo eu a peguei no colo, mas a boneca já estava me esperando com suas longas unhas, certamente um demônio estava usando ela para machucar minha família, mas não era seu dia de sorte. Eu comecei a recitar o salmo 23 e ele começou a se contorcer. Passei por ele ou pela boneca e dei uma bicuda, estava difícil correr rápido com Alice nos braços. Eu tentei acorda Mary novamente, mas foi inútil.

                A boneca parecia uma pessoa de verdade e sorria para mim, abaixei Alice na cama e joguei um abajur naquele brinquedo desgraçado, mas ela se esquivou. Logo depois uma coisa saiu de dentro dela e seja lá o que era, era maior, era um demônio. E ele me cobrou uma coisa que jamais pensei que devia...


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