Era uma noite de quinta-feira quando três amigos resolveram brincar de pira-se-esconde em uma casa em construção. Como de costume toda brincadeira tira-se impar ou par para definir quem vai ser a “mãe”. Feito isso, Emily foi a escolhida para procurar os outros dois amigos, Carlos e Sara.

Ela contou de um a cinquenta e quando o tempo acabou saiu à procura de seus amigos. Emily andou vagarosamente pela casa cujo piso era barro e as paredes de tijolos ainda não rebocados, não havia portas apenas entradas de um cômodo para o outro, o telhado era como todos os outros e em alguns compartimentos da casa era quase impossível de enxergar devido à escuridão. Emily entrou em um quarto, mas não havia ninguém só uma janela que dava vista para uma casa abandonada com uma cerca de madeira podre e cheia de mato.

Emily achava que não tinha ninguém, mas Sara estava lá encolhida atrás de um carrinho de mão. De repente alguém bateu nas paredes e saiu correndo. Emily deixa o quarto e foi atrás do barulho que dava no final da casa à esquerda do cômodo onde estava. Havia um pequeno caminho que ficava entre o quarto e a cerca da casa abandonada, mas Emily não estava com medo algum e seguiu o caminho estreito. “eu sei que você está aí, Carlos” disse ela em voz alta, mas era estranho pra ela porque não tinha ninguém. O caminho estreito deu na janela do quarto onde ela estava antes de ouvir as batidas. Agora sim, ela estava assustada e saiu dali. Andou por outros compartimentos da casa, mas desta vez acompanhada de seu medo.

Novamente ouviu as batidas, mas Emily estava com medo de ir lá outra vez, ainda assim ela foi e, é claro, não havia ninguém. Chamou Carlos outra vez, mas ele não estava lá. Emily tinha certeza de que ele estava tentando assusta-las. Quando ela chegou à frente da casa ouviu um grunhido vindo de cima e quando olhou viu Carlos pendurado no teto. “ah! É você ainda bem, mas como subiu ai tão rápido se você tinha batido há poucos segundos na parede no outro quarto?” questionou Emily cansada após ter corrido tão depressa. Carlos engelhou as sobrancelhas e disse que o tempo todo estava no mesmo lugar. Neste meio tempo Sara aparece assustada e com a respiração acelerada. Seus amigos perguntam o que aconteceu então Sara explica.

“depois que a Emily saiu do quarto eu ouvi passos, mas depois que ela foi olhar se era você que estava lá, ficou tudo silêncio. Novamente alguém bateu na parede e eu achei que fosse você, Carlos, mas depois que a Emily te encontrou lá na frente eu vi uma pessoa na janela, ela usava luvas e uma cartola, ela começou a puxar um fio e na medida em que ela puxava o carrinho de mão ia escorregando e era lá que eu estava escondida. Eu ouvi vocês conversando e sai correndo”.

Os amigos assustados com a história que Sara havia contado resolveram parar de brincar e apelidaram aquela noite de “a quinta da cartola”,pois todas as brincadeiras que ocorriam naquela casa na quinta-feira era vista a mesma criatura com luvas e uma cartola puxando um fio.