Contos de Terror escrita por Fiction world


Capítulo 10
O hóspede


Notas iniciais do capítulo

Essa história é narrada por Tamara França, portanto, essa história é real. Aconteceu quando ela tinha 15 anos, atualmente ela tem 23 e essa foi sua única experiência com seres sobrenaturais



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                Se o sal é um elemento para espantar demônios e espíritos, porque eles mexeriam no pote de sal de minha casa?

                Este fenômeno começou há um dia, no ano de 1993, eu dividia meu quarto com minha irmã mais velha, Vanessa.  Ela tinha a cama dela e eu a minha, é claro, mas a minha cama é daquelas que você puxa debaixo da outra cama e quando termina de dormir você empurra de volta, sendo assim, dá mais espaço para o quarto. Um dia antes, eu acordei pela manhã e ao empurrar minha cama tinha uma pequena porção de sal, eu estranhei mais depois que eu vi um rato bem grande de olhos vermelhos, mas ele foi embora. Peguei uma vassoura e varri o sal.

                No dia seguinte, outra vez tinha sal embaixo da minha cama, só que dessa vez o rato não estava lá e a mesma coisa ocorreu no domingo, no dia seguinte. Minha família é composta por cinco pessoas, meu pai, minha mãe, minha irmã e meu irmão caçula. Estávamos caminhando para a igreja quando comentei com minha mãe sobre o assunto do sal e ela disse “ah! Então foi você, eu disse que tinha sido ela”. Ela tava se referindo ao pote de sal na mesa, porque todos esses dias que vinha aparecendo sal embaixo da minha cama o pote de sal também aparecia na mesa, no mesmo lugar e na mesma posição. Eles me culparam dizendo que tinha sido eu e que eu fiz isso sonâmbula.

                Eu tinha que provar que não tinha sido eu, mas não sabia como fazer isto. Um dia minha mãe estava fazendo plano de aula na mesa da cozinha, porque ela era professora, então, ela tinha que fazer essas coisas. Após ela arrumar todas as coisas dela de cima da mesa, ela foi para o quarto dormir, mas sentiu vontade de ir ao banheiro e então quando ela saiu do quarto que dá direto na cozinha o sal já estava lá em questão de minutos. Ela me chamou, eu já estava quase pegando no sono, no entanto, tive que ir até a cozinha.

                Ela me brigou, porque ela achava que tinha sido eu, eu também não disse nada, porque seria minha palavra contra a dela, então, fiquei calada e fui dormir. Mas uma vez o domingo chegou e o sal não apareceu pela manhã em cima da mesa. Fomos para a igreja às dezenove horas e quando voltamos a mamãe foi a primeira a entrar em casa e se deparou com o sal na mesa. Agora ela não tinha como dizer que tinha sido eu. Ela orou falando “que o sangue de Jesus te repreenda Satanás” e que ele nunca mais mexesse no pote de sal. Realmente ele nunca mais se mexeu até os dias atuais, mas naquela noite vi alguém me vigiar pela brecha da porta, mas por algum motivo ele não podia entrar, eu não sei por que, mas ele tentou e não conseguiu.

                A verdade é essa para meus pais e irmãos “o sal nunca mais se mexeu”. Mas a verdade é outra. Durante dois anos eu tive que acordar às três horas da madrugada para colocar o sal de volta no lugar e ao voltar para meu quarto eu tinha que abrir a porta do quarto para um ser do além entrar e se hospedar no meu armário até a manhã chegar. Até hoje eu não sei o que ele fazia lá dentro, talvez, se alimentasse do nosso sono ou sei lá mais o que. Ele nunca me fez mal e eu não sei qual era a relação dele com o sal. Depois ele sumiu e agora sim “o sal nunca mais se mexeu”.


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