Maze Runner - A Rebelião escrita por darkshowerd


Capítulo 7
Capítulo 6




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6

No outro dia, Thomas acordou mais decepcionado com o clima nublado e cinzento do que com tudo aquilo que acontecera no dia anterior. Olhando-se no espelho do banheiro, lembrara-se da descrição simplória de Chuck:

Aparentava ter entre dezesseis e dezessete anos, um metro e oitenta, cabelos castanho, lisos e curtos e olhos castanhos também. Lembrou-se do que ele lhe havia dito: "Feio como um churrasquinho de fígado torrado". Um pequeno sorriso surgiu-lhe no rosto. Não era muito vaidoso, mais poderia dizer que não era assim tão feio quanto um Crank. Afastando um pouco seus pensamentos, desejou que Chuck estivesse ao menos ali, vivendo em segurança com eles agora. Brincando com outras crianças da sua idade. Ou incomodando Thomas um pouquinho. "Vivendo em segurança com eles", pensou. Se aqueles Bergs fossem realmente um problema, por quanto tempo estariam em segurança? Ele enxaguou o rosto e foi tomar seu café da manhã.

Por mais cinza que estivesse o tempo, não chovia, e parecia que o dia todo seria daquele jeito.

Em uma ocasião, Thomas conversou com Caçarola, e ficou sabendo de sua história com seus pais, e por isso tinha consideração pelo cozinheiro. Por mais que às vezes dessem risada das piadas sobre a sua comida, ele não levava a sério, o que no final fazia com que todos se entendessem.

Caçarola preparou o almoço de todos os Corredores. Eles sempre voltavam para almoçar na Clareira. Mas ultimamente, as coisas estavam estranhas, por tanto, talvez não haveria tempo para retornarem.

Dessa vez, Thomas teve a companhia de Minho na sua caminhada. Eles Corriam por trilhas retas e diminuíam a velocidade, sempre que encontravam recursos, dos quais eles marcavam as posições para trazer alguns Coletores, que coletavam madeira, frutas, sementes e até caçavam animais. Também diminuíam o passo sempre que encontravam alguma coisa estranha. Algo que estava ocorrendo muito naquele dia. Marcas e mais marcas nas árvores. Os troncos, ou estavam marcados com simbologias de círculos e letras sem nexo algum, ou estavam com arranhões profundos que pareciam ter sido feitos pelas garras de uma fera gigante. E à medida que iam adentrando nas florestas, Thomas se surpreendia com a quantidade de trilhas abertas que haviam. Eram feitas com espaçamentos perfeitos, tanto que eram abertas ate o topo das árvores, numa mesma largura, de modo com que o caminho não ficasse escuro com as sombras das árvores.

— Isso é muito estranho cara.

Minho disse tudo o que Thomas pensava naquele momento. Perplexidade, confusão e medo eram o que definam o atual estado, não só de Thomas, mas de todos os Corredores, Vigias e de certa forma todos os Clareanos.

Eles continuavam caminhando. Não queriam ir muito longe para o caso de uma chuva de repente desabar sobre eles no meio da mata. Todos haviam combinado isso.

A preocupação tomou conta de Thomas, quando finalmente se deu conta de que dessa vez não precisaram ir muito longe para encontrar mais rastros do que quer que estivessem procurando.

— Então? O que aquele Aris queria?

— Hã? — Thomas estranhou o modo de como Minho mudara de assunto, mas concordou que seria uma ótima alternativa para afastar toda aquela preocupação. — Ah... nada. Ele só queria conversar um pouco e se desculpar pela... pelo deserto.

Minho franziu o cenho.

— Pelo deserto? — Ele encarou Thomas — Ahhh, já entendi. Pelo jeito a conversa era sobre as muitas coisas que rolaram lá, não é? Aquela encenação, a Teresa... — Minho forçou um leve sorriso falso.

Thomas baixou a cabeça. As palavras de Minho o fizeram pensar de novo em tudo que estava tentando esquecer. Teresa era uma dessas muitas coisas. Não teve tempo de fazer uma despedida adequada para ela. Para seus amigos. Não teve se quer uma chance para se despedir.

— Me desculpa cara. — O arrependimento notável em sua voz. — Eu sei que deve ter sido difícil...

— Não foi nada. — Disse Thomas com uma voz serene, devido à tristeza, depois suspirou.

O silencio tomou conta, até Minho falar novamente:

— Sabe Thomas, as vezes eu me sinto triste assim em relação ao Newt. Digo, às vezes eu me pego pensando: O que aconteceu com ele?

Um nó se formou na garganta de Thomas e seu estomago se contraiu. Minho continuou:

— O que me angustia quando penso nisso, é fato de nunca saber pra onde ele foi. O que aconteceu com ele e... como ele morreu...

Thomas não disse mais nenhuma palavra. Na verdade, ele não sabia se conseguiria dizer alguma. Ele deixou seu olhar perdido no chão, e se perguntou se um dia conseguiria ter aquela conversa com Minho. Tudo o que ele desejava é que algo acontecesse naquele momento para que interromper aquela conversa e para que ele pudesse afastar todos aqueles pensamentos. Dito e feito. Um barulho de turbinas ecoou um pouco distante dali. Thomas ergueu a cabeça e olhou para um lado e par o outro, apreensivo.

— Ouviu isso?

— Sim. — Minho respondeu — E acho que sei de onde vem. Vamos!

Os dois começaram a correr em linha reta por uma trilha extensa que haviam encontrado a poucos minutos atrás. Conforme corriam, Thomas conseguia ouvir o barulho do Berg cada vez mais perto. De algum modo, era como se aquela coisa estivesse indo de encontro a eles.

Sentia a adrenalina tomar seu corpo, e a cada metro que percorriam, sua determinação para encontrar aquela coisa aumentava. Em ritmo acelerado, Minho encontrava-se poucos centímetros a sua frente. Ambos concentrados foram surpreendidos quando se chocaram instantaneamente com duas pessoas que cruzaram a trilha em disparada.

— Ai!

— Uou!

— Ahh!

Foi o que se ouviu, além do barulho do Berg cada vez mais próximo.

Thomas foi o primeiro a levantar, e assim que recobrou o sentidos, viu que acabaram de se chocar com Brenda e Sonya, que provavelmente, estavam atrás do Berg também.

— Mas o que? — disse Minho surpreso.

— É bom ver vocês também! — Disse Brenda se levantando.

— Vocês estão bem? Como...

As palavras de Thomas foram abafadas pelo som das turbinas da imensa aeronave que sobrevoou baixo, acima de suas cabeças e que seguia em sentido oposto ao que Thomas e Minho estavam indo. Um Berg imenso e Preto, bem diferente daqueles que haviam visto no Cruel. Nas suas laterais, haviam letras amarelas, as quais não conseguiram ler.

Minho levantou-se e ajeitou-se rápido.

— Vamos logo. Não há tempo a perder. Aqueles Mértilas estão indo para a Clareira.

 


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