Maze Runner - A Rebelião escrita por darkshowerd


Capítulo 8
Capítulo 7




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7

Minho ajudou Sonya a se levantar, e sem hesitar, todos começaram a correr de volta para a Clareira. Thomas sentia a adrenalina tomar seu corpo. Em meio ao medo e a raiva, seguia os outros inconscientemente, pensando apenas nos amigos e como corriam risco nas mãos do Cruel ou seja lá quem fosse. Corriam entre as árvores. Pisadas fortes e rápidas. Minho na dianteira, seguido por Brenda, Thomas e Sonya. Quando estavam quase chegando na Clareira, Thomas não ouviu gritos, nem viu nenhum sinal de que eles estavam sobre ameaçava, mas mesmo assim, continuavam sem diminuir o ritmo. Chegando no fim da trilha, eles pararam derrapando e tropeçando, todos sorvendo grande quantidade de ar. Olharam para os lados e logo viram Alisson atravessando as arvores e surgindo ali.

— Alisson! Tudo bem com você? Onde esta Gally? — Perguntou Sonya.

— Estou bem. Mais me perdi de Gally enquanto voltava para cá — Ela falava em desespero — Eu e Gally voltamos correndo quando vimos o Berg indo em direção a Clareira. Passamos por uma parte escura da floresta e quando me dei conta, ele havia sumido. Eu sai correndo quando senti que algo queria me agarrar e então cheguei aqui.

Assim, a preocupação com Gally se tornou comum a todos.

— Aposto que ele vai voltar. — Falou Minho sem emoção nas palavras. —Não é a primeira vez que ele some. E nem será a última.

Thomas olhou em volta e viu que se instalava uma certa tranquilidade na Clareira. Exceto por aqueles que trabalhavam perto de onde os Corredores acabaram de sair desesperados da trilha, que os observavam pasmos.

— Isso é muito estranho.Tudo esta tão calmo por aqui. Será que ninguem notou o...

Mas antes que Thomas pudesse terminar, uma agitação e uma explosão vinda do lado sul da Clareira, onde se encontrava a cabana principal, pegou todos de surpresa.

Tudo aconteceu rápido demais. Pessoas começaram a gritar e correr na direção norte, vindo de encontro aonde Thomas e os outros estavam. Explosões aconteciam mais vezes, e logo o fogo estava consumindo construções, fazendas e até mesmo pessoas. Da floresta, mais ao fundo e do lado norte, soldados de preto, com armas cinzas, grandes e sofisticadas surgiram em meio a fumuça. Corriam e atiravam em tudo o que se mexia. O pânico tomava conta de tudo e de todos, mais uma vez.

Thomas estava paralisado, não sabia o que fazer. "Será que nunca vamos estar em paz ?" pensou ele. Estava com um misto de raiva e tristesa ao mesmo tempo, estava prestes a desistir. Depois de tudo o que passou, tudo o que enfrentaram, tudo o que perderam, estavam destinados a serem testados e torturados até a morte? Esse pensamento, porém, foi interrompido, por lança-granadas, pistolas e outros armamentos que revidavam o fogo inimigo. Os Vigias estavam assumindo seu papel em defender a Clareira. Mas era notável que não iam conseguir aguentar muito tempo. Mesmo com as pessoas mais aptas da Clareira, estavam em menor numero.

— O que vamos fazer? — gritou Brenda para Thomas em meio ao caos.

— Temos que ajudar os outros.

Num instante, estavam armados e correndo na direção sul. Conseguiram reunir os outros Corredores, menos Gally, que estava oficialmente desaparecido. Estavam todos divididos no conflito. Thomas ainda estava com Minho e Brenda. Estavam escondidos em pequenos declives no começo da floresta. A estratégia era contornar a Clareira e chegar onde a floresta fica mais densa, ao sul, para que pudessem ao menos ter uma chance. Minho atirava com um lança granadas, enquanto Brenda e Thomas davam o melhor com pistolas. Porém não importavam o quanto revidassem, era certo de que não tinham chance.

Dois soldados surgiram de dentro da mata, surpreendendo-os. Minho foi imobilizado e Thomas partiu para o combate corpo-a-corpo, seguido de Brenda. Haviam treinado a poucos meses atrás. Thomas desferia socos rápidos contra o soldado enquanto Brenda tentava livrar Minho. Alguns golpes foram bloqueados e a ira só crescia dentro dele. Thomas e o soldado, rolavam tentando se desvencilhar a golpes um do outro. Ele se soltou e esmurrou rosto do homem até deixa-lo inconsciente. Ainda sobre o homem desmaiado, voltado para cima, Thomas viu no canto esquerdo da sua farda preta, três letras amarelas: D.O.R.

Quando leu aqui, ficou pasmo. Não era o Cruel que os estavam atacando. Quem eram eles? O que queriam? E se foram contratados pelo Cruel?

Thomas estava aprofundando suas perguntas e pensamentos, até sentir um chute que atingiu suas costelas e o jogar para o chão ao lado do soldado, ficando quase sem ar e se contorcendo de dor. Quando finalmente tentou visualizar seu oponente, Brenda e Minho já o haviam derrubado. Ajudaram-no a se recompor e seguiram, atirando e se deslocando.

— Quem eram eles? — berrou Thomas.

— Não faço ideia. Mais aposto que não querem conversar. Vamos! — falou Minho.

Os ataques foram ficando mais intensos e a linha de frente que os vigias formavam não estava mais aguentando. Eles saíram de trás dos escombros e barreiras improvisadas e se dissiparam, correndo para os contornos da Clareira, para o começo das florestas que a cercavam. Vieram de encontro a eles cerca de dez pessoas. Thomas reconheceu Kendra, que estava estancando um ferimento no braço esquerdo com sua mão direita, onde segurava uma pistola, Caçarola, com um fuzil, e alguns outros. Eles saíram em disparada e ouviam tiros cortando o ar e tentando os atingir. Thomas podia jurar que sentiu uma bala tirar fios de seu cabelo. Três pessoas caíram logo atrás deles e eles já sabia porque.

— Continuem correndo, estamos quase lá.

— Não vamos conseguir Thomas. — gritou Caçarola.

— Continuem! Não desistam!

Mais duas pessoas foram atingidas gravemente e foram ao chão. Thomas, Minho e Brenda perderam suas armas no meio da correria. Kendra vez ou outra atirava por cima do ombro.

As outras pessoas já haviam sumido. "Provavelmente já alcançaram a floresta", presumiu Thomas. Seu pensamento foi interrompido quando uma bala atingiu em cheio sua perna direta. Ele caiu e grunhiu de dor. Eles pararam e Brenda e Minho o ajudaram a levantar.

— Não vamos conseguir... Eu... Precisamos ganhar tempo...

Antes que qualquer um pudesse interferir, Caçarola saiu em disparada de encontro aos soldados, assim que acabou de

— NÃO! — Minho gritou.

Caçarola olhou para Thomas gritando as palavras:

— Leve eles, Thomas! Ache uma saída para isso tudo, como você costuma fazer. — Ele piscou e seguiu.

Parou a uns duzentos metros dali e começou a atirar. Thomas sentiu um impulso de querer correr lá, puxa-lo pelo braço e faze-lo fugir com eles, até onde conseguirem. Mas antes que pudesse pensar em qualquer coisa, foram todos capturados por vários homens fardados de cinza e com mascaras negras de plástico.

Thomas queria revidar. Se debatia e gritava no braço do seu raptor. Mais era inútil, estava fragilizado pela dor. Eram dois homens para prender cada um de seus outros amigos. Antes que quisessem gritar, se livrar dos homens, algo muito estranho começou a acontece. Todos ficaram surpresos com a atitude deles: Eles estavam revidando. "Eles estão do nosso lado".


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