Maze Runner - A Rebelião escrita por darkshowerd


Capítulo 4
Capítulo 3




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3

As luzes se acenderam. Nessa hora, os quatro, acostumavam seus olhos com a claridade repentina e deram mais atenção aos gritos que viam lá de cima. Pareciam ser histéricos, não de pânico, como se houvesse acontecido algo de bom. Thomas estava confuso.

— Mas o que...

— Vocês estão ai! — Disse uma voz feminina de cima da escada, pegado todos de surpresa.

Olharam e viram Kendra, no topo da escada, com mais duas pessoas ao seu lado.

— Venham logo, temos ótimas notícias!

Dizendo isso, ela e os outros foram para fora da casa.

"Ótimas noticias?", pensou Thomas. Pelas expressões em seus rostos, eram como se todos eles, tivessem pensado a mesma coisa.

Hesitaram por um minuto antes de sair. Agora que tinham luz, puderam ver o que havia no porão: Na parede oposta a da escada, uma grande estante de madeira. As prateleiras eram repletas de caixas de madeira, cheias de papeis e aparelhos eletrônicos, também poeira e teias de aranha. No chão, à frente, havia mais algumas empilhadas. E ao lado, vários galões brancos transparentes com um liquido amarelo escuro.

— Vamos nessa! — falou Minho fazendo um gesto com a cabeça em direção à escada.

Assim subiram a escada, notaram que a iluminação da casa agora funcionava, e puderam ver os cômodos e os moveis com muito mais clareza. Viram também as paredes, cobertas com um papel de parede meio bege e gasto.

Quando saíram, viam que as outras casas, também estavam iluminadas. A curiosidade tomou conta de Thomas.

Sonya vinha ao encontro de Thomas e parou na sua frente sorrindo.

— Encontramos geradores. Achamos um aos fundos de cada cabana que há aqui. E todos parecem estar funcionando.

— Isso é ótimo! —disse Thomas agora sorrindo. Olhou para a multidão ali. Quase se esquecera de quantas pessoas haviam salvado com eles. Eram cerca de cem pessoas animadas com as boas noticias, sem contar os amigos mais próximos.

— Nos vasculhamos as casas — Ela continuou. — Encontramos umas maletas cheias de sementes, latas e alguns pacotes estranhos.

— Nós também. — disse Brenda.

— Legal! Ah, também achamos varias outras coisas nos armários: Colchões, redes, roupas, utensílios... Umas tralhas no porão. Eu acho que temos tudo o que precisamos aqui.

— Sonya! — Jorge apareceu do lado deles de repente. — Já conferimos! Todas as casas têm água encanada. Bem, todas com exceção desta aqui que não olhamos ainda.

Thomas ficou impressionado com a rapidez com que todos haviam vasculhado as outras casas. Na verdade, se não tivessem os "pequenos contratempos", provavelmente teriam descoberto todas as outras coisas no mesmo ritmo. Mais ainda assim, talvez se tivessem mais pessoas vasculhando a cabana maior...

— Nós vamos conferir aqui também! Sonya, você poderia chamar algumas pessoas para nos ajudar aqui? Acho que deveríamos fazer um inventário das coisas, algo assim.

— Ok!

— Enquanto isso trazemos aquelas maletas aqui pra fora.

— Com licença. Eu vou checar a torneira! — Jorge passou pelo meio deles enquanto caminhavam em direção a cozinha.

— Ei, esperem. Eu preciso mostrar uma coisa pra vocês!

Sem esperar por uma resposta, Gally foi direto ao porão. Sonya tinha acabado de chegar com os reforços, portanto hesitaram um pouco.

— Vão lá. Eu ajudo aqui — falou Brenda.

Minho deu de ombros e Thomas foi com ele logo em seguida. Lá em baixo, Gally remexia uma das caixas cheia de bugigangas no chão.

— O que você encontrou ai? — disse Minho.

— No começo, achei que era só um monte de lixo eletrônico, mas depois, eu encontrei isso.

Gally levantou um aparelho cinzento, retangular e fino, com um tela grande de mais ou menos 6 polegadas e três botões abaixo desta.

— O que é isso?

— Workpads, Thomas. Com isso podemos ter acesso a várias informações úteis, saber sobre essa lugar, sei lá. Quem sabe se essas coisas têm até mapas dessas regiões.

— Como sabe se ainda funcionam? — perguntou Minho

— Eu estava testando. A maioria até agora liga. Olha!

Gally apertou um botão para ligar o dispositivo, e uma tela azul exigindo uma senha e digitais apareceu. Thomas viu que na parte de cima da tela havia uma barra preta com vários símbolos. Ele conseguiu distinguir três: Um medidor de bateria, o relógio e a data. Estas duas últimas, uma do lado da outra, estavam dizendo: "232.4.10 8:49 pm"

— Viram?

— Maravilhoso. Mas por acaso você tem a senha ou o dedo para desbloquear essa coisa? — Resmungou Minho.

— Óbvio que não, mas podemos tentar. Talvez, ver se conseguimos descobrir.

Thomas se abaixou e pegou um também.

— Hm. Isso pode ser realmente útil, é intrigante, mas talvez útil. Só acho que devemos deixar isso para outra hora.

— Sim, mais e aí, era só isso?

— Acho que sim. Os outros são rádios de comunicação velhos, uns cabos e outras coisas que eu não sei dizer ao certo o que são.

— De novo, era só isso?

— Relaxa Minho, Gally quis ajudar, e essas coisas podem ser boas. Vamos lá em cima ajudar, e depois talvez voltamos aqui.

Eles subiram e foram ajudar com as maletas.

Enquanto carregava as maletas para fora, Thomas não parava de pensar. Quando terminaram, Thomas sentiu a necessidade de informar a todos, naquele momento, sobre tudo o que haviam descoberto. Esperava que assim, de certa forma, todos ficassem mais confortados com a situação, e que mais pessoas pudessem ajudá-los a começar uma nova vida.

— Jorge, pode vir aqui um minuto?

— Diga Muchacho.

Thomas colocou sua mala no chão e continuo:

— Chame as pessoas aqui. Precisamos dizer a todos o que encontramos e o que está acontecendo. Ok?

— Pode deixar!

— Eu vou também.

Thomas virou-se e viu Sonya ali perto. Ele acenou com a cabeça, agradecendo. Eles saíram chamando todas as pessoas para que fosse para frente da grande cabana.

—Ei! Venham todos aqui. — Thomas gritava da porta para seus outros três amigos dentro de casa.

Depois voltou e ficou esperando. Em alguns instantes, todos estavam reunidos ali, de frente para ele. Uns poucos homens e mulheres. Viam-se mais jovens e crianças, todos com olhares um pouco apreensivos, sem saber direito o que esperar.

Thomas subiu num tronco de árvore cortado que havia ali por perto e chamou atenção de todos, e quando consegui, não sabia por onde começar. Parecia que iria fazer um brinde importante para alguma ocasião especial.

— Bom... É... Olá. Eu me chamo Thomas, pra quem não me conhece... Bom... Mais o que realmente importa...

De repente, sentiu uma mão tocar a sua. Era Brenda e baixinho ela disse:

— Posso?

— Tudo bem.

Thomas desceu e Brenda subiu em seu lugar e começou a falar.

—Eu sei o que muitos estão sentindo! Medo por serem sequestrados, ou tirados de quem vocês mais amavam. Confusos por ficarem presos em um labirinto, como se tivessem feito algo errado. Culpados por serem obrigados a trabalhar para uma organização desumana. — Agora ela aumentará o tom de voz — Mas isso não importa. O que importa é que sobrevivemos. É que temos uma chance de recomeçar e salvar a raça humana da extinção. — Acalmou-se um pouco, mas ainda era possível sentir o sentimento em sua voz —Nós descobrimos que temos energia elétrica, temos suplementos e sementes para plantar — Thomas ficou boquiaberto com essa informação. Até então não tinha parado para ver o que tinha realmente dentro da maleta. Olhando para Brenda, escutava ela agora, de novo com o tom de voz mais alto — Porém, precisamos de vocês para que possamos nos restabelecer, para podermos continuar vivendo, e mostrar o verdadeiro sentido da palavra humanidade. Juntos, vamos vencer! Juntos nós vamos sobreviver!

Quando Brenda berrou a ultima frase, foi seguida por uma onda vibrante de berros, aplausos e assovios. Thomas também vibrava e correu de encontro a ela para lhe dar um beijo.

+++

Cerca de meses se passaram. Haviam se alojado nas casas. Todos ali se dividiram em várias tarefas. Conseguiram crescer naquela clareira. Tinham seu próprio alimento, construíram mais moradias, exploravam os mais diversos lugares. Conseguiram viver em paz por quatro meses até então.


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