Maze Runner - A Rebelião escrita por darkshowerd


Capítulo 3
Capítulo 2




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/675427/chapter/3

2

A caminhada até lá era um pouco longa. Vindo das planícies próximas a praia, eles adentraram numa trilha na floresta. A noite caia e parecia que quanto mais andavam mais escuro ficava. Chegaram a uma clareira, cheia de cabanas abandonadas, como um vilarejo. Eram grandes sobrados, cerca de nove, sendo quatro espalhados de um lado e quadro de outro e bem no final do que parecia ser uma rua que cortava as oito casas, uma grande e chamativa cabana se encontrava.

— Irônico? — Minho perguntou a Thomas.

—Com certeza!

Enquanto caminhavam, passaram por uma grande fogueira, que fora acessa a pouco tempo, no centro do acampamento. Thomas, seguido de um pequeno grupo composto por seus amigos e outras pessoas, se deparou com a grande casa que havia no final da estrada. Por um instante, lembrou-se da sede na antiga Clareira do Labirinto, agora destruído. Era uma construção de madeira, com uma arquitetura típica daquela época. Tinha pilares e decorações, como a entrada, feitas de concreto em ruínas, as janelas de vidro, intactas, porém empoeiradas. A casa tinha um aspecto de que tinha sido abandonada há algum tempo, porém, a mesma parecia conservada.

Thomas virou-se para o grupo e disse:

— Precisamos nos dividir. Minho, Brenda, Jorge e Gally vão vir comigo investigar a casa por dentro. — falava ele enquanto olhava para cadaumali por perto—O restante, vai investigar os arredores da cabana. Tudo certo?

Sonya, que estava com algumas meninas do grupo B, se impôs dizendo:

— Não é melhor dizermos a todas as pessoas que façam a mesma coisa nas outras casas? Assim poderíamos ter mais vantagem em encontrar suprimentos e abrigos para a noite.

Thomas, com hesitação, concordou:

— Ahmm... Boa ideia Sonya! — olhou para o grupo que ali se encontrava e continuou — Alguém poderia organizar os outros grupos para investigar as outras casas?

Jorge deu um passo à frente e cruzou os braços e disse:

— Eu vou muchacho! Vocês conseguem de virar sem mim. Há muitas pessoas preocupadas e confusas que precisam ser orientadas. Eu vejo o que posso fazer enquanto vocês procuram dentro dessa choupana!

— Ótimo. Distribua as lanternas pra todos antes de entrarem nas casas — disse Thomas.

— Onde conseguiram lanternas? — perguntou Kendra, uma jovem de olhos castanhos e cabelos encaracolados escuros. Era baixa e de pele morena. Uma garota que exibia determinação e pelo que haviam dito era uma sobrevivente do grupo B.

— Estavam nas mochilas do pessoal que restou do Braço Direito.

Dito isso, todo o resto se dispersou e foram fazer o que lhes foi incumbido. Thomas entrou na casa, seguido de Brenda, Minho e Gally.

Cada cômodo estava escuro e repleto de teias de aranha. A mobília estava coberta de poeira. Havia uma sala grande na entrada da casa, com dois sofás de três lugares e duas poltronas. Era possível notar silhueta de alguns armários e aparelhos eletrônicos. O teto tinha uma iluminação central. A direta se encontrava uma escada, na qual Minho subia com Gally em seu encalço.

— Se tentar alguma coisa eu te derrubo dessa escada, entendido Gally? — falou Minho enquanto subia os degraus

— Entendido senhor paciência.

Thomas e Brenda avançavam enquanto ouviam a discussão dos dois amigos subindo a escada ao fundo. Passaram por uma espécie de corredor curto e notaram uma porta em baixo da escada. Chegandoà cozinha, começaram a vasculhar os armários.

— Nada aqui — disse Thomas enquanto olhava os armários do lado direito da cozinha

— Eu achei algo. — falou Brenda. Thomas foi ao seu encontro — Parece uma espécie de maletas prateadas de laboratório.

— Vamos abrir.

— Espera um pouco Tom! Não sabemos o que pode haver ai dentro. Você já viu as inicias em cima das maletas?

Thomas apontou a lanterna para a parte de cima de uma maleta deitada e leu a palavra CRUEL. Sentiu um arrepio ao ler aquilo, mas sua curiosidade o venceu.

— Bem, só vamos descobrir se abrirmos elas!

Thomas pressionou a trava da maleta.Era uma caixa metálica robusta. Ouviu-se um "clic" e após isso a parte superior da maleta destravou. Um leve vapor de vácuo saiu de dentro desta. Brenda estava insegura e inquieta. Thomas levantou a tampa e o que encontraram eram latas e pacotes transparentes posicionados organizadamente.

— São suprimentos! — disse ele surpreso.

— Não acredito! Isso é ótimo! — disse Brenda sorrindo.

— Minho! Gally! Venham aqui!

E em alguns instantes, Minho estava ao lado deles.

— Olha só isso — disse Brenda, enquanto verificava os itens dentro da mala.

— Isso é ótimo! Vocês dois encontraram mais disso?

— Sim, há mais nesse armário, mas só nesse armário. Foi a Brenda que encontrou. Você e Gally acharam alguma coisa lá em cima?

— Não muita coisa. Só três quartos com camas, um banheiro e um sótão vazio.

— Isso é ótimo! — disse Brenda — temos lugares para dormir.

— Com uma admirável decoração de teias e poeira — complementou Minho.

— Ah, deixa disso! Uma boa faxina e esse lugar ficará ótimo! — Disse Brenda.

— Ei, onde esta o Gally?

De repente, toda a comemoração foi interrompida. Gally não veio ao encontro deles assim que o chamaram. Thomas começou a se preocupar, mas sabia que provavelmente ele não havia ido longe.

— Ah! Ele ficou embaixo da escada. Iria descer no porão da casa.

— Porão?

— Sim Thomas. Nós já estávamos aqui em baixo quando você nos chamou, mas ele disse que queria ver o porão e que depois viria para cá.

— É melhor alguém ir vê-lo. — disse Brenda preocupada

— Eu vou. Enquanto isso, vocês levam essas malas para fora para vermos melhor o que há nelas.

Minho se apressou e começou a andar, saiu da cozinha e se dirigiu a porta de baixo da escada. Thomas e Brenda pegaram uma maleta em cada mão e começaram a leva-as para fora da casa. Havia pelo menos três pilhas com seis maletas dentro do armário. Os dois caminhavam de encontro à entrada da casa quando ouviram Minho gritar:

— Thomas! Brenda! Venham até aqui! Rápido!

Os dois largaram as malas no corredor e foramcorrendo de encontro a ele. Começaram a descer uma escadaria de madeira que rangia a cada vez que desciam um degrau. Ao chegarem no final da escada, esbarraram com Minho. Thomas estava na frente e caiu sobre ele, enquanto Brenda se agarrava no corrimão para manter o equilíbrio.

— Saia de cima de mim seu cara de mértila! Sua namorada esta bem ali!

Thomas se levantou e estendeu a mão para Minho.

— Me desculpa cara. Viemos rápido ver o que havia acontecido.

— Você nos deixou preocupados! O que aconteceu? Onde esta Gally?_ disse Brenda descendo os últimos degraus e indo de encontro aos dois.

— Está ali.— Minho fez um sinal com a cabeça apontando para o breu do porão.

— Vocês estão bem?— Um feixe de lanterna se aproximava oscilando em varias direções e apontando para eles ali. Era Gally.— Até que foi engraçado.

Thomas espremia os olhos e colocou a mão na frente do rosto por causa da lanterna de Gally que ele mirara direto em seu rosto.

— Ah .Gally...

— Foi Mal.— Ele mirou a lanterna para o chão.

— Por que você não veio quando te chamamos?

— Eu encontrei uma coisa que vocês vão querer ver.

Ele andou em direção ao canto do porão, pegou uma caixa de cima de uma estante de madeira e colocou no chão.

Eles o seguiram. Ao andar por ali, Thomas notou que o porão era maior do que o comum.Estava completamente escuro, a não ser pelo canto onde estava Gally, porém o cheiro de mofo dava uma leve impressão do como estava o lugar.

Mal chegaram até Gally, e um estrondo alto veio lado de fora da casa, seguido de gritos e alvoroços abafados. Eles cessaram depois de apenas alguns segundos, o que foi suficiente para que alguém decifra-se se aquilo significava algo bom ou ruim.

De instinto os quatroforam rápido em direção a escada, até que Minho, na dianteira parou e mandou que todos fizessem o mesmo. Ele fez um sinal apontando para cima da casa e ouviram passos fundos dentro da casa. Ouviram um estrondo, e mais gritos, Estavam todos impacientes.

— Temos que fazer alguma coisa...—cochichou Thomas.

Os passos vinham em direção do porão. Todos ficaram ao lado da escada, preparados para enfrentar o que quer que se aproximasse.

Nesse instante, uma luz ascendeu bem acima deles, clareando o espaço.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Maze Runner - A Rebelião" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.