Perturba-me escrita por Laila Gouveia


Capítulo 21
externar sentimentos é pior que saudade


Notas iniciais do capítulo

Oie, como estão vocês?
Estava procrastinando, de novo, mas dessa vez escrevi um cap grandão.
Achei melhor dividi-lo, portanto será dois. O prox eu posto quarta, ok?



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Naquela noite deitei sob os lençóis da cama, e deixei que minha mente governasse:

No meu sonho, meu pai ainda era vivo. Ele estacionava o carro e fazia barulho com as chaves antes de abrir a porta principal. A pequena Clarke descia as escadas com rapidez, suas tranças balançando e as meias deslizando pelo chão. Assim que seu pai entrava, ela pulava em seu colo e os dois giravam e riam. Uma alegria necessária que agora fazia imensa falta.

No meu segundo sonho, aquela pequena Clarke não era mais tão pequena. Ela escutava música com o fone e desenhava com concentração. A mão e o lápis precisos, em sincronia com sua imaginação. Seu pai entrava em seu quarto e dizia algumas coisas divertidas, ela, dessa vez, jogava o travesseiro no homem, e braveja em rebeldia. Mesmo sendo atingido, o pai sentava na cama e acariciava seu rosto emburrado. A garota tirava o fone e dizia que não era pra ele viajar, que ela não queria que ele ficasse meses longe de si. O homem pacientemente a puxava em seu colo e bagunçava seu cabelo, depositando um beijo em sua testa.

No terceiro sonho, aquela Clarke estava igual a mim. Eu caminhava em silêncio com Bellamy, nenhum de nós prontos para se expressar. De repente, ele puxava meu corpo e então estávamos nos beijando ferozmente. O beijo foi se tornando exigente, mas eu não me importava, apenas deixava que meu corpo se prendesse cada vez mais ao seu, derretendo-me em seus braços pelas sensações que suas caricias me causavam. Suspirando, ao senti-lo alcançar minhas coxas por debaixo do vestido azul, enquanto eu dirigia minha mão tentando desabotoar sua camisa. Minhas bochechas mais uma vez foram ficando vermelhas, até ele sussurrar algo que me fez olhar em seus olhos.  Olhos estes que agora não eram mais negros, e sim cinzas. A voz do meu pai ecoava. Ele chamava por mim! Olhei novamente para Bellamy, que naturalmente cobria seu rosto com uma máscara de esqui. Sangue escorria da faca que ele inesperadamente segurava; o mesmo corpo esfaqueado permanecia no chão, e tudo que eu sentia era vontade de chorar.

◘◘◘◘

▬▬▬▬▬▬▬

—Olha só a cara dele. —Jasper sussurrou no momento em que passamos pela porta do laboratório de biologia. —Deve estar rindo diabolicamente por dentro. Tenho certeza que esperou este dia o ano inteiro. Agora ele vai se vingar e ferrar todo mundo.

—É possível. —Comentei enquanto caminhava até minha carteira.

—Dá pra ver nos olhos dele. —O magrelo apontou discretamente para o professor Marcus, que organizava alguns papéis em sua mesa.

—A melhor coisa que você pode fazer agora é sentar e concentrar-se em tudo que estudamos.

—Ou seja: nada! —Jasper concluiu.

—Não seja pessimista. —Dei três leves batidinhas em seu ombro, tentando conformá-lo.

 Ele sorriu enquanto analisava todos os outros alunos sentados. E então, começou a avançar para o fim da sala. Esperei que ele sentasse em sua carteira no fundo e dei um aceno de boa sorte. 

Meu humor naquela manhã de segunda-feira estava inesperadamente agradável. Com exceção da paranoia que eu havia desenvolvido no pouco tempo que consegui dormir.

Não ter o mesmo pesadelo deixou-me incomodada. Entretanto, eu sabia que considerar Bellamy como o homem atrás da máscara era apenas resultado do receio que eu possuía.

“Ou não.”

Paranoia, nada mais!

Quando ele entrou na sala, eu exasperei tudo e sorri automaticamente. Acabei olhando para a cadeira ao meu lado e Bellamy se aproximou com seu habitual sorriso petulante.

Fiz o esforço de procurar e encarar seus olhos, eu queria ter certeza que seus dois discos escuros e redondos ainda estavam ali.

E estavam... Encantadoramente, ainda estavam.

Ele sentou relaxado, e estendeu o braço em volta do meu ombro. Abusadamente e dissimuladamente agindo como se tivéssemos alguma intimidade.

—Dormiu bem? —Bellamy perguntou esbarrando seu joelho no meu.

—Mais ou menos. —Acabei esbarrando meu joelho no seu também. —E você?

Minhas aventuras de espiã ainda pairavam entre nós de forma desagradável.

—Ótimo. Mas consigo imaginar uma maneira melhor de dormir.

Tive a chata percepção de que eu estava com a boca aberta após sua fala.

“Você fica pasma! Aff... Como se não o conhecesse.”

As luzes se apagaram quando Kane colocou um documentário. Suspirei e escorreguei minhas costas na cadeira. Podia ouvir os sussurros e resmungos de todos naquela sala. De vez em quando, o professor era obrigado a soltar um “Shh” na tentativa de manter o silêncio. Foram todas tentativas inúteis, devo acrescentar! Principalmente pelo fato de estarmos todos ansiosos por causa da avaliação que seria aplicada logo em seguida.

E de repente, os dois caras sentados atrás de nós riram e comentaram sem importância: —Sabia que ele iria acabar conseguindo comer ela.

Olhei para trás tão subitamente, que consegui enxergar as expressões zombeteiras de ambos. Não precisaria ser um gênio para notar que estavam dizendo isto de mim e do Blake.

—Eu diria que foi uma noite de avanços. —Bellamy aproximou-se do meu ouvido, e eu fui obrigada a empurrar seu braço do meu ombro.

—Certamente. —Afirmei. —Os seus amigos são interessantes.

Será que o Blake não tinha ouvido o quê disseram? Porque eu queria seriamente virar e estapear os dois moleques infantis.

“Faça isso, oras!”

Virei minha cabeça para frente novamente e encarei as cenas que se desenvolviam no projetor sem realmente entender o que estava acontecendo no vídeo. A verdade mesmo, era que eu estava respirando fundo para manter-me calma e não cometer o deslize desnecessário de bater nos caras.

—Não estava falando dos meus amigos. —Bellamy continuava a dialogar sem sequer mostrar indícios de que havia percebido meu descontentamento em ser acusada injustamente.

—Mas foi a melhor parte da noite passada. —Provoquei. —Seus amigos são intrigantes e divertidos.

—Podemos repetir a dose um dia desses.

—Não sei... —Falei relutante.

“Os dois malditos ainda estão rindo ali atrás.”

Um barulho estridente me fez sair do devaneio. Kane tinha batido no quadro-negro e feito todos os alunos se assustarem. As luzes se acenderam.

—Este último bimestre foi produtivo, inovador e transformador. Vejo que conseguiram se adequar com suas duplas. Mas hoje dizemos um adeus. Temos esta semana e a semana que vem de aulas, só que eu não sou idiota... Sei muito bem que ninguém vai vir semana que vem. —O professor dizia rapidamente, como se estivesse correndo contra o tempo. —Fiquei pensando muito a respeito disso, e por mais que seja maravilhoso marcar a prova no último momento e obrigar vocês a vir pra aula, ainda assim, opto por encerrarmos logo de uma vez. Eu realmente não aguento mais vê-los.

—É reciproco! —Jasper gritou ao fundo, e todos riram em uníssono.

—Exatamente por isto que a prova será hoje. Este curta que acabaram de ver, vai servir como base para o que estudamos. Peço que dividam as duplas. E espero fortemente que você, Sr. Jordan, faça uma boa prova. Tente não ficar ano que vem de novo!

—Eu também espero. —Meu melhor amigo bufou.

Marcus pegou uma pilha de folhas, e começou a distribuir. Tive que arrastar minha carteira para o lado. Bellamy piscou para mim assim que as folhas foram entregues e o professor sinalizou que poderíamos começar.

Dispersei-me durante a prova por alguns minutos, tentava olha-lo perifericamente, mas acabei me concentrando e finalizando com sucesso. Pelo menos eu acreditava ter completado a prova e respondido tudo certo.

Quando o sinal tocou, continuei sentada. Os alunos levantaram com rapidez. Marcus já havia recolhido as avaliações e também saira da sala, despreocupado. 

 Sem hesitação olhei para Bellamy, que assim como eu, ainda estava sentado aguardando a sala ficar vazia.

—Ontem à noite não tivemos tempo de terminar o que começamos. —Ele disse no momento que o último aluno passou pela porta.

—Quando minha mãe apareceu, tenho certeza que estávamos justamente nos despedindo.

Antes que eu pudesse ter qualquer reação, ele puxou minha cadeira com facilidade até estarmos encostados novamente.

—Você descobriu algumas coisas que não deveria, e eu relevei toda sua curiosidade.

Eu sabia que meus olhos deveriam estar brilhando com a expectativa de ele finalmente revelar outras verdades. Entretanto, ele não parecia estonteante como eu. Bellamy transmitia a mesma indiferença do primeiro dia que sentamos juntos nesta sala. Por um breve momento, eu quase acreditei que tínhamos voltado no tempo.

—Não tenho culpa se você apareceu e ficou me rondando.

—Acha que eu fiquei te rondando?

—A questão é: Por que depois de todo esse tempo na terra, decidiu agora entrar ao colegial?

—Porque eu quero você. —Ele assumiu.

PUTA QUE PARIU!

Aquelas eram as únicas palavras que surgiram conscientemente e inconscientemente. Era incrível como naquele momento meu vocabulário parecera se resumir apenas aquelas três palavras, visto que elas eram as únicas que conseguiam expressar um pouco mais fielmente o que eu estava sentindo.

Mas afinal, o que é que eu sinto? Nem eu mesma saberia dizer. Raiva? Medo? Alegria?

 PUTA QUE PARIU DE NOVO!

—Eu te quero, agora. —Bellamy aproximou-se o suficiente para que meu corpo se arrepiasse. Seus lábios tocaram meu pescoço, e começaram a trilhar um caminho de beijos tranquilos até chegarem em meu queixo.

Estava pronta para iniciar um beijo involuntário e impensado, mas minha mente agiu antes e me fez lembrar o sonho desta madrugada. Rapidamente, vidrei em seus olhos e esperei que eles mudassem de cor.

Balancei a cabeça por um instante, afastando aqueles pensamentos absurdos de minha mente.

“Se os olhos dele ficarem cinza, acho melhor você correr!” Era como se minha consciência usasse do sarcasmo comigo.

—Eu nunca fui normal. Pelo menos desde tudo que descobri ao seu respeito... O que eu certamente não tenho vivenciado fora a normalidade. —Afastei-me e agilmente peguei minha mochila. —Mas agora... É como se eu estivesse num mundo surreal. —Completei, respirando fundo.

—Eu avisei. —Ele respondeu seco.

—Acho que eu havia jurado ódio eterno por você.

—Não duvido.

Exatamente naquele segundo, queria ler seus pensamentos. Bellamy estava catatônico, pensativo e estranho demais.

—Aconteceu algo? —Fiz a tentativa da pergunta.

—Vai acontecer. —Ele se desprendeu do ponto fixo que analisava, e voltou a sorrir petulante, erguendo ligeiramente suas sobrancelhas de forma articulada.

—O que vai acontecer?

—Neve. —O moreno levantou e segurou meu braço, acariciando minha cicatriz do pulso. De novo! —Não se preocupe com os alunos espertalhões. —Concluiu dando um leve beijo na costa da minha mão.

Não tinha entendido o quê ele quisera dizer com isto. Mas já estava sem esperanças de algum dia entendê-lo.

•••

Assim que saí da lanchonete, após meu lanche habitual com os meninos, acabei encontrando, –creio com todas minhas forças que não era coincidência-, exatamente os dois caras ridículos que sentaram nas cadeiras/carteiras atrás de mim na aula.

Seus narizes sangravam, e seus olhos estavam com um tom roxo ao redor. Quando eles me viram, fizeram a maior expressão de susto e desviaram para o lado oposto.

Dez minutos depois, entrei em casa passando pela neblina do jardim, e adentrando com obvias especulações na minha mente; Tinha quase certeza que fora Bellamy o responsável. -se é que estivéssemos começando, finalmente, um convívio pacifico-. Eu pensara que o Blake não tivesse escutado o maldoso comentário, ou, simplesmente achado divertido a afirmação dos dois... Porém, ele me defendeu.

“Grande coisa!”

Minha mãe estava pronta para perguntar o motivo de eu chegar parecendo uma boba contente, mas, antes disso, eu simplesmente me joguei em cima dela no sofá.

—Agora é um momento perfeito para conversarmos sobre sua saída.

—Eu tenho uma ideia melhor. —Arrastei-me até a | raque | e puxei uma caixa de filmes. —Ao invés de discutirmos sobre um passeio inocente com um colega de escola, poderíamos aproveitar seu breve momento em casa e... Assistirmos Tarantino

—Você é boa em fugir dos assuntos, querida.

—Não vai negar Tarantino. É quase uma blasfêmia.

—Passo a maior parte da minha vida presa em um hospital vendo gente ferida por toda parte. E agora que estou limpa e confortável na minha casa, você quer me obrigar a assistir mais explosões de sangue! —Ela afastou o cabelo do rosto e sorriu sonolenta. —Que horas são?

—Hora do momento: Mãe e Filha.

Liguei o aparelho DVD, e desabei no sofá colocando minhas pernas em cima das dela.

—Estava esperando um pouco pra tocar no assunto... —Minha mãe observava eu escolher o idioma no menu.

—Aquela foi a primeira e última vez que andei de moto. Juro! —Sorri falsamente.

“É bom que seja”

—Estou pensando em colocar o casarão a venda. —Ela soltou de uma vez.

—O quê? Por quê? —Franzi o cenho.

—A casa é muito grande e muito velha. Moramos bastante afastadas das outras casas, nosso bairro é deserto. Não fico bem quando estou trabalhando porque penso em você, sozinha. É tão perigoso.

—Mas esta é nossa casa.

Todas as lembranças estavam ali. As memórias do meu pai estavam ali. Não podia acreditar que ela não sentisse o mesmo. Eu faria o que fosse necessário para permanecer.

—Mãe! —Continuei desesperada. —Eu vou pra faculdade. Você não vai mais precisar ficar preocupada.

—Então eu vou ficar sozinha...

—Moramos aqui há tantos anos. O papai sempre disse que permaneceu com a família Griffin por séculos. Não podemos quebrar as tradições de todos nossos antepassados.

—Eram antepassados do seu pai, não meus.

—Exatamente. —Segurei-me para não bravejar. –Ele gostava daqui.

—Tenho medo, Clarke. Estou cansada de viver aqui. —Os olhos dela ficaram umedecidos. —Poderíamos recomeçar em outro lugar.

—Minha vida está aqui, mãe. Não me peça para ficar longe dos meninos. Porque eu não vou ficar!

—Não têm vontade de voltar pra Londres? O vovô sente sua falta.

—Não. —Respondi seca.

Entretanto, automaticamente percebi seu olhar triste e lhe abracei com toda força.

—Como soube que estava apaixonada pelo papai? —Perguntei, esforçando para empregar um tom casual.

Ela encarou meus olhos e sorriu suavemente.

—Não soube. Pelo menos até um ano depois de termos nos casado.

Não era a resposta que eu esperava.

—Então... por que você se casou com ele?

—Porque achava que estivesse apaixonada. E quando você acha que está apaixonada, fica disposta a insistir e a fazer dar certo até o que se tem virar amor de verdade.

“Penso assim também, mãe.” Espera! Aquele não tinha sido meu consciente. Eu não pensava desta forma. Aliás, estava começando a ficar irritante essa vozinha dentro de mim.

—Você teve medo? —Resolvi continuar com as perguntas.

—De me casar com ele? —Ela riu. —Essa foi a parte divertida.

—Você nunca sentiu medo do papai?

—Sempre que o time dele perdia.

Minha mãe deu batidinhas ao lado dela no sofá, e eu me aconcheguei ali, descansando a cabeça em seu ombro.

—Sinto falta dele. —Falei.

—Eu também.

—Tenho medo de esquecer como ele era. Não como ele era nos retratos, mas quando estava por aqui, sábado de manhã, de moletom, preparando ovos mexidos.

—Você sempre foi muito parecida com ele. Desde pequena.

—De que jeito?

—Ele era bom aluno, inteligente. Não era exibido nem extrovertido, mas as pessoas gostavam dele com facilidade.

—Papai alguma vez se comportou... de forma misteriosa? —Eu pensava no sorriso malicioso de Bellamy.

Ela pareceu pensar antes de responder.

—Pessoas misteriosas têm muitos segredos. Seu pai era muito transparente.

—Ele alguma vez foi rebelde? Já fez coisas quando jovem que não fossem... muito ético?

—Posso perguntar como entramos nesse assunto? —Mamãe semicerrou os olhos.

Eu não tinha ideia de como explicar a minha mãe meus conflituosos sentimentos pelo Blake. Ela provavelmente esperaria uma descrição que incluísse o nome dos pais, a média acadêmica, em quais universidades ele planeja estudar. Não podia alarma-la dizendo que possivelmente ele teria uma ficha criminal, que ele fumava, bebia, e que seus amigos não fugiam desse tipo também. Além de... Bellamy sequer é humano.

“Lexa é totalmente o oposto.”

—Nada demais. Só queria conversar um pouco sobre o papai. —Disfarcei. 

Eu queria que meus sentimentos fossem ilusórios, eu queria que sua presença fosse vislumbres, eu queria que meu coração clamasse por outro alguém. Mas eu não tinha certeza, eu só tinha momentos passageiros... Nunca é possível saber se vai durar uma noite, ou a vida inteira.

—Alguma vez odiou alguém? Considerou essa pessoa uma farsa, um erro, se fechou pra qualquer querer. Mas quando você percebeu... as coisas tinham mudado.

—Uma vez. —Ela sorriu. —Então me casei com ele! E o odiei vários dias, mas na maioria do tempo eu o amei loucamente.

Se minha vida fosse um filme, eu teria usado o controle remoto e dado replay no que minha mãe havia acabado de dizer. Ela estava sorrindo, sem sequer perceber. Os olhos vagavam por qualquer lugar, menos ali.

No entanto, fomos tiradas daquele mágico momento com o som de batidas na porta. Minha mãe piscou algumas vezes, sendo tirada de seu devaneio feliz.

—Atende pra mim, querida. Vou fazer pipoca enquanto isso.

Caminhei até a porta, tentando controlar meu insistente sorriso. Aquele dia todo tinha sido preenchido com atitudes bobas de minha parte, eu estava agindo iguais àquelas mulheres de novela mexicana.

“Está mesmo!”

Toquei na maçaneta e tive que forçar a porta para abrir, porém, assim que me deparei com a figura raivosa em minha frente, acabei com o sorriso estúpido de imediato.

Raven aparentava estar andando por muito tempo. Seus fios de cabelo estavam indomados, e sua feição indicava uma nítida vontade de estrangular alguém.

—Octavia fugiu, e eu tenho que bancar a babá. Será que dá pra pedir a ela que saia aqui fora? Eu sei muito bem que vocês duas viraram amiguinhas!

 


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Notas finais do capítulo

Agradeceria se todos os leitores favoritassem. Apoio é sempre bom, né?
E agradeceria se vocês comentassem.
Beijos e beijos



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