Desajustadas escrita por KitKatie


Capítulo 6
Afogando


Notas iniciais do capítulo

OH MY, FUCKING, GOD :O
Artemismoon, sua perfeita, quer que eu tenha um troço? Lá estou eu abrindo o nyah, inocentemente e o que eu vejo? MAIS UMA RECOMENDAÇÃO, É PRA LOUVAR DE PÉ NO OLIMPO NEGADA ^-
Deixando a loucura de lado, obrigado, obrigado, obrigado mesmo Artemismoon ♥
A história está bem pequena ainda, (acredite, ela vai ficar bem longa) e mesmo assim você já se sentiu confiante para recomendar, nem tenho como expressar minha gratidão ^^
Enfim, muito obrigado, e não só você mas como a todos os leitores que estão me acompanhando, eu espero não decepcionar vcs ♥
Boa leitura ^^



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Pela primeira vez em quase duas semanas o que acordou Thalia Grace não foi um dos ataques de Hera ou os gritos de Zeus, e sim o despertador. A menina levantou-se ainda embargada pelo sono e quando tentou andar enroscou seu pé na coberta e foi ao chão, sem nem mesmo conseguir se defender. Bufou irritada e levantou-se devagar, esfregando o nariz que ardia.

Foi até o banheiro e conferiu o estrago, por sorte, não sagrava e nem parecia quebrado, apenas estava vermelho, nada de demais. Suspirou aliviada e abaixou o rosto, abrindo a torneira e jogando um pouco de água gelada no rosto, para despertar complemente.

Escovou os dentes, penteou os cabelos e seguiu até o quarto, pegou uma calça jeans preta aleatória, uma blusa preta com os dizeres “Morte ao rosa” em cinza e um all star de cano médio preto. Colocou tudo, foi até a penteadeira, que Thalia jurava colocar fogo um dia, e ajeitou melhor o cabelo, olhou bem as pontas dele e as mechas e decidiu que quando voltasse da escola aquele dia repicaria mais as pontas e retocaria as mechas azuis.

Fez sua maquiagem padrão, padrão velório, de acordo com Hera e pegou sua mochila, nem se deu ao trabalho de conferir se todos os materiais estavam ali, apenas saiu de seu quarto. Desceu as escadas e se encaminhou para a cozinha, vendo Hera e Zeus tomando café como duas pessoas civilizadas, ok... algo estava errado.

—Bom dia, filha. –Zeus disse com um sorriso amigável. Thalia arregalou os olhos e deu um leve e discreto beliscão para ter certeza que não estava sonhando, seu pai amigável? O que estava acontecendo? Se Hera estivesse boazinha também, Thalia se jogaria do último andar do Empire States.

—Olá, Thalia. Não fica ai parada só olhando, vem comer, está tudo uma delícia. –Hera disse com um sorriso tão amigável, ou até mais, quanto Zeus.

—Ok…O que está acontecendo aqui? –Thalia perguntou. –Os Aliens finalmente ouviram minhas orações, sequestraram minha família verdadeira e devolveram duas sócias mais legais? –Perguntou, esperançosa.

—Claro que não, bobinha. –Hera disse, ainda amigável demais para o gosto de Thalia.

—Apenas estamos feliz pelos negócios de ontem, o investimento de Hermes vai trazer inúmeros benefícios para mim e a empresa. –Zeus completou, entre um gole de café e outro.

Thalia suspirou, ela devia ter suspeitado que toda aquela animação era por causa da maldita empresa.

—Vem logo tomar seu café, querida. –Hera pediu, sorrindo. Thalia fez o sinal da cruz discretamente e andou até a mesa, passando longe de Hera e Zeus, pegou uma maça da fruteira e voltou ao lugar que estava antes.

—Se eu ficar no meio dessa, hum, simpatia toda mais alguns minutos, eu vou enlouquecer. –Thalia falou, após morder a maça.

—Enlouquecer mais? É possível? –Hera perguntou antes que conseguisse se controlar.

—Você não faz ideia. –Thalia sorriu ao ver a máscara de gentileza cair.

Nem esperou algum comentário de Zeus ou a complementação de Hera, apenas saiu de lá, andou até a porta e saiu, caminhando o mais devagar que podia, ela não estava com pressa nenhuma para chegar ao ninho de cobra, vulgo escola.

Porém, mudou de ideia ao lembrar-se de Luke, ele disse que ia encontrar com ela na escola, esse pensamento fez Thalia apressar a caminhada, mas imediatamente parou. O que ela era? Uma retardada apaixonada? Mais uma vez Thalia fez o sinal da cruz e continuou seu caminho, mordiscando a maça vez ou outra.

Perto da metade do caminho a maça acabou e Thalia, após joga-la no lixo, retirou mais um cigarro da bolsa. Acendeu-o e tragou lentamente, absorvendo a paz momentânea que o mesmo a trazia. Imediatamente lembrou-se de todas as palestras que havia ouvido sobre cigarros e drogas em geral, soltou uma risada abafada pela fumaça e continuou seu caminho, nenhuma daquelas palestras servia para alguma coisa agora.

Voltou a caminhar e quando estava na mesma rua da escola, jogou o resto do cigarro no lixo. Passou as mãos pela calça e pegou um chiclete do bolso, mastigou-o afim de disfarçar o cheiro do cigarro.

Já dentro do colégio viu Drew e suas seguidoras importunando uma garota meio hippie, se Thalia não estivesse errada essa garota era da sua classe de biologia, ela era tipo um prodígio da biologia ou sei lá o que.

O trio de desmioladas estavam implicando com a garota, provavelmente pelas roupas dela, e a menina ouvia tudo de cabeça abaixada, parecia disposta a evitar uma briga. Thalia sentiu pena dela, ela era exatamente como Thalia. Aquelas três quase sempre implicavam com o visual punk da garota, só havia parado após ver que Thalia era um tanto agressiva, diferente dessa garota, que nem parecia irritada, apenas magoada.

Thalia iria até lá, defender a garota, e possivelmente dar uma plástica gratuita a essa meninas mas desistiu ao ver a garota hippie passar os seu lado, o cheiro de lavanda que ela deixou não negava. Thalia seguiu o olhar até onde Drew estava e viu que elas haviam sido ignoradas, soltou uma risada e fez uma nota mental, precisava ser amiga dessa garota.

 

 

Annabeth acordou mais cansada do que havia ido dormir, sentou-se desajeitadamente na cama, os vários livros depositados ali impediam o movimento livre da garota. Levantou-se com cuidado para não derrubar tudo ali e seguiu para o banheiro.

Tomou um banho rápido, ajeitou os cabelos, escovou os dentes e voltou para o quarto. Selecionou uma calça jeans simples, uma blusa cinza e colocou uma sapatilha da mesma cor da blusa, ajeitou-se e por fim arrumou o cabelo em um coque. Pegou sua mochila, colocou dentro dela o livro que estava lendo na noite anterior e seguiu para a cozinha, que estava totalmente silenciosa. Ao chegar lá viu um bilhete grudado na porta dela “Filha, fui mais cedo ao trabalho e, infelizmente, chegarei bem tarde. Eu confio em você, cuide-se”.

Annie suspirou em desgosto, ela sabia que mais cedo ou mais tarde todo esse trabalho poderia prejudicar seu pai e ela nem queria pensar nessa possibilidade. Ainda frustrada pegou alguns biscoitos e seguiu para a porta, não se daria ao trabalho de fazer um café todo para ela.

Caminhou até a escola e foi até a sala de filosofia, que seria sua primeira aula, sentou-se no lugar de sempre e pegou seu livro, concentrando-se no conteúdo impresso. Viu alguns alunos entrando mas ignorou, só não conseguiu mas o fazer quando uma sombra tampou parcialmente a luz, fazendo Annabeth levantar os olhos irritada pela intromissão.

—Será que você pode dar licença? –Perguntou com o máximo que de educação que pode reunir. Em sua frente Febe estava em pé, segurando um espelho de bolso enquanto retocava aquela gosma, que ela insistia em chamar de gloss, na boca.

—Espera um pouco, Chate. –Febe respondeu sem nem mesmo olhar Annabeth.

—É “Chase”, Annabeth Chase. –Annie murmurou.

—Tanto faz. –Febe murmurou indo para o seu lugar.

Annabeth deu graças aos deuses e voltou a sua leitura, mas não aproveitou muito, visto que o professor entrou na sala e ela entendeu o porquê Febe estar tão preocupada em encher a cara de maquiagem, a aula de Filosofia era com o professor Apolo, um cara que devia ter quase trinta anos mas continuava com uma aparência de, no máximo, 25.

—Olá, classe. –Disse com uma voz rouca, que devia ser muito sensual já que a maioria das meninas pareciam morrer com isso. Algumas garotas estavam abrindo mais o decote da blusa ou subindo mais ainda o short, desafiando as leis da física; Annie revirou os olhos e tentou se concentrar o máximo que pode na aula.

A aula, para sorte de Annie e azar do resto da população feminina, passou rápido. A explicação de Apolo era ótima e fluída, o que fez com que Annabeth entendesse todo o conteúdo com extrema facilidade, nada fora do normal.

Já no corredor, Annabeth pegou seu horário e sentiu vontade de socar todas as pessoas do universo, a próxima aula dela seria educação física com o treinador Hedge, um anão com complexo de superioridade que adorava punir os alunos com intermináveis voltas na quadra e com flexões desnecessárias.

Annabeth seguiu até a quadra quase se arrastando, lá na quadra pode ver que quase todos os alunos já estavam presentes, demorou alguns segundos até o treinador começou a falar, leia-se, berrar:

—Muito bem, cupcakes. –Ah, esqueceu de mencionar que ele tinha essa mania bizarra de chamar os alunos de cupcakes. –Hoje teremos uma aula diferente.

Annabeth sentiu o sangue gelar e rezou para todos os deuses que conhecia para não ser queimada, a combinação Annie mais queimada sempre resultava em Annie sendo alvo de todos. Geralmente, quando jogavam queimada, a loira voltava cheia de hematomas.

—Teremos aula de natação. –Anunciou Hedge, sorrindo.

—Nadaremos no bebedouro? Porque acho que é o único lugar com água nesse colégio. –Algum engraçadinho soltou no fundo da sala.

—Haha, muito engraçado Stoll, paga 10. –Hedge gritou para o garoto, e quando ele parecia prestes a questionar a ordem, berrou novamente. –AGORA.

O tal Stoll não teve escolha a não ser pagar as 10 flexões, e quando ele acabou, Hedge continuou a explicação.

—Iremos até o clube de natação do colégio. Vamos, cupcakes.

—A escola tem um clube de natação? –Annabeth sussurrou para si mesma enquanto seguia o treinador.

Ao chegarem ao clube de natação, que até então Annabeth desconhecia, ela percebeu o quanto o lugar era enorme. Ficava atrás do ginásio, e isso explicava o porquê de Annabeth não saber sua existência, e tinha uma piscina olímpica, com trampolim e tudo.

—Pro vestiário. –Hedge gritou e ninguém teve escolha ao não ser obedecer.

De volta à beira da piscina, todos devidamente vestidos, as meninas com um maio e um short preto, não pergunte, e os meninos com uma espécie de calção. Hedge explicou que a aula seria quase livre, já que ele precisava ir até a escola do filho dele, verificar alguma coisa. Muitos alunos comemoraram, inclusive Annabeth, que não sabia nem o básico de natação.

No momento que Hedge saiu, praticamente todos pularam na piscina, começando uma festa na piscina improvisada. Annabeth se amaldiçoou por não ter trazido um livro, agora teria que ficar ali, por uma aula inteira, sem ler nada. Que horrível.

—Hey, Chate. –Ouviu Febe dizer. Suspirou irritada, essa aula melhorava a cada segundo.

—O que foi? –Perguntou, tentando manter o nível de educação.

—Não vai entre na piscina. –Febe perguntou enquanto dava alguns passos em direção de Annabeth, que não teve outra opção a não ser recuar, indo em direção da piscina.

—Não sou muito fã de água. –Respondeu, sentindo-se cada vez mais acuada.

—Ah, não vai entrar mesmo? –Febe perguntou, em falsa inocência.

—Não. –Rebateu, já um pouco nervosa.

—Não consegue, né? –Perguntou, sorrindo maldosamente. –Deixa que eu te ajudo. –Febe respondeu e empurrou Annabeth.

Annie caiu em cheio na piscina, sentiu toda a água rodear a si, ouviu de longe as risadas de Febe mas não se concentrou nisso, apenas em toda a água que entrava no seu nariz, tentou colocar os pés sobre o chão da piscina, mas eles não conseguiam tocar o fundo, tentou usar os braços para ajudar mas tudo que conseguiu fazer foi se debater, sentia os pulmões queimando. Annabeth estava se afogando.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado ^^
Eu nem tinha a intenção de postar tão cedo mais um capitulo, mas depois da linda recomendação como eu poderia demorar?
Enfim, vocês já entenderam ne?
Bom, obrigado, de qualquer forma ^^
Um beijão a todos que leram e até o próximo capitulo