A Queda do Dragão - HIATUS escrita por Phoebe


Capítulo 17
Capítulo dezesseis - O objeto mais importante


Notas iniciais do capítulo

Eeeeeeei! Ressurgi das cinzas (e vou voltar depois que vocês tacarem fogo em mim).
Demorei pra caralho gnt. Desculpa. Na vdd eu nem sei como vcs acreditam quando eu digo q n vou demorar :v
Eu tenho motivos.
Desculpas (totalmente esfarrapadas):
Falta de criatividade
Internet cortada e 3g ruim
Escola (como se eu estudasse)
Preguiça (essa é vdd)


Desculpa, sério agora. Vocês não merecem uma autora tão ruim ;-;

Mas enfim, espero q gostem ♥

Amo vuces



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Capítulo dezesseis - O objeto mais importante

Frio. Ela sentia muito frio. Abriu os olhos, atordoada e só pôde ver o teto, branco. Estreitou os olhos tentando ver melhor o que havia no lugar e acabou reparando em um detalhe no teto acima de si.

Havia dezenas de estalactites e estalagmites (ela não sabia muito bem a diferença) acima de si. A garota achou-as tão pontiagudas que certamente a matariam se decidissem soltar-se do teto.

Sua visão ainda estava um pouco borrada, então teve que piscar seus olhos várias vezes antes de virar sua cabeça e ver o garoto pegando fogo.

E então as memórias vieram.

Um garoto, não. Leo Valdez. Um dos diversos garotos por quem ela se apaixonou, mas o único que não a deixara sozinha em uma ilha e ainda a tirara de lá.

Leo Valdez. O garoto que ela amava.

Ele finalmente parou de pegar fogo e se remexeu em sua cama tentando se libertar de suas amarras que - incrivelmente - não haviam cedido com as chamas. Ela então notou que também estava presa por aquelas amarras. Tentou libertar-se, o que chamou a atenção do menino.

–- Calipso - ele chamou.

Ela virou-se para Leo, raivosa.

–- Eu finalmente me liberto de uma droga de uma ilha e aqui estou!

Ela bufou. Leo sorriu, mas seu sorriso se desmanchou ao ouvir uma voz.

–- Ora, ora - era uma voz feminina. - Parece que nossos dois semideuses finalmente acordaram.

Leo inclinou um pouco a cabeça na direção da voz e seus olhos confirmaram o que seus ouvidos diziam.

Em pé, imponente e orgulhosa como se não tivesse sido derrotada por uma filha de Afrodite, Quione sorria maldosa para eles.

[...]

Nico ainda estava de olhos fechados quando eles voltaram para a fábrica.

–- Nico? - chamou Will com cuidado.

Nico balançou a cabeça apertando os olhos mais forte. E então as lágrimas vieram, em montes. Nico nem tentou contê-las. Caiu de joelhos no chão e, com as mãos no rosto, chorou audivelmente. Não ligava se Will e Kairós estavam assistindo. Não ligava para aquela missão idiota. Não ligava para Leo Valdez ou sua namorada. Naquele momento, Nico não ligava para nada. Apenas ligava para sua irmã. Depois de tanto tempo, deixou-se chorar de verdade por sua perda.

Bianca di ngelo. Semideusa, filha de Hades, Caçadora de Ártemis. Mas acima de tudo, irmã de Nico di ngelo.

Will, sem saber muito bem o que fazer, pôs a mão no ombro de Nico e apertou, carinhosamente. Aos poucos as lágrimas de Nico foram secando até acabarem. Nico respirou fundo, tirou as mãos do rosto e levantou-se, ciente de que seus olhos estariam inchados e o nariz vermelho.

Nico encarou Kairós a sua frente e perguntou:

–- Quem iremos salvar, então?

–- Eu já lhe disse, semideus - falou Kairós. - Alguém muito importante.

–- Não há ninguém mais importante do que Bianca!

–- Engana-se, semideus - o deus disse misteriosamente e estalou os dedos.

Novamente o cenário não era o mesmo, mas agora eles estavam no Acampamento Meio-Sangue, no refeitório.

–- Eu… Eu não entendo - disse Will, observando o lugar vazio. - O Acampamento é seguro, não há quem salvar aqui.

Então ouviram passos se aproximarem. Nico empurrou o loiro rapidamente para atrás de um dos grandes pilares. Percy Jackson entrou acompanhado de um garotinho.

O filho de Poseidon gesticulava, nervoso, enquanto contava alguma coisa para o garotinho. Conforme o menino ouvia, sua expressão mudava de curiosidade para tristeza.

Nico e Will assistiram, calados, o pequeno filho de Hades berrar com Percy, as lágrimas caindo pela face. O garoto jogou, então, a estatueta do deus do submundo no chão, raivoso. Então apareceram aquelas criaturas terríveis.

Percy tentava inutilmente lutar contra elas, enquanto gritava para o garoto fugir. Mas Nico parecia preso no lugar. Will, atrás dos pilares, sussurrou:

–- Eles vão matá-lo! - o loiro tentou ir de encontro ao filho de Poseidon, mas Nico o segurou pelo braço.

–- Não! - disse, sério. - Eu sei o que acontece depois.

Como se tivesse sido ensaiado, logo após a fala do garoto o chão começou a vibrar. Um grande buraco apareceu repentinamente no chão do pavilhão do refeitório e engoliu os monstros, como se fosse um grande animal faminto.

Ofegante, Percy olhou do buraco para o pequeno Nico e novamente para o buraco. E então, abriu a boca e exibiu uma expressão de alguém que acabara de tirar uma conclusão terrível. Assustado, o filho de Hades saiu correndo em direção a floresta.

–- Nico, espere! - Percy correu para alcançar o garoto, o que nunca aconteceria.

Will e Nico saíram de trás dos pilares e observaram o lugar para qual Percy e Nico mais novo foram.

Solace franziu as sobrancelhas.

–- Se não era Percy que tínhamos que salvar… quem é?

As palavras de Kairós retumbavam na cabeça de Nico repetidamente. “Alguém muito importante…”. Nico não conseguia pensar em alguém tão importante em sua vida. Ninguém além de Bianca.

O filho de Hades repassou mentalmente todas as pessoas com quem conversara, rira (algo raro) ou compartilhara algum segredo. Ninguém. E então parou para pensar em quem mais andara com ele nos últimos tempos.

E veio. Em cabelos loiros encaracolados, olhos azuis e pele bronzeada.

Olhou para o garoto ao seu lado. Will observava o buraco no chão. Parecia bem vivo e tampouco precisava ser salvo de algo. Ser salvo. Nico parou e acabou percebendo que, embora Solace fosse apenas um simples enfermeiro, nunca precisara ser salvo por Nico. Bem, exceto naquela vez em que ele usara a estatueta de Hades para afastar o ciclope de Will. Se não fosse por ela, talvez o garoto nem estivesse ali.

Com certeza não estaria ali.

Nico arregalou os olhos e gritou:

–- A ESTATUETA! - enxergou o objeto rolando pelo chão, onde há pouco seu eu do passado jogara. E rolava em direção ao buraco.

Will assustou-se quando o moreno jogou-se no chão e segurou a estatueta, já a milímetros de cair no grande e escuro buraco sem fim.

O filho de Hades virou-se de barriga pra cima no chão, ofegante, e juntou a estatueta ao seu peito, abraçando-a.

E então o cenário tremeluziu e estavam novamente na fábrica de Oreo.

–- FINALMENTE!!! - gritou Kairós, soltando um fogo de artifício, que explodiu e fez um buraco no teto da fábrica.

Will, surpreendido pelo barulho, gritou:

–- Vai atrair a atenção dos mortais!

Kairós balançou a mão em descaso.

–- Meros mortais não conseguem ver essa fábrica. Nem ouvir - ele revirou os olhos. - Mas enfim, conseguiram! Salvaram a pessoa.

Solace estava muito confuso.

–- Como assim? A única coisa que salvamos foi uma estatueta velha.

Nico levantou-se do chão e limpou a poeira de suas roupas.

–- Não salvamos só a estatueta.

Kairós balançou a cabeça freneticamente, concordando.

–- Existem alguns objetos muito importantes no tempo e no espaço. Capazes de matar e salvar. Esse é um deles.

Will coçou a cabeça.

–- Espera… então, quem salvamos?

–- Bem, o meu trabalho está feito - disse Kairós. - Deixo que a cria de Hades explique.

Com uma piscadela nada discreta para Nico, o deus desapareceu com um estalar de dedos, levando qualquer rastro de que já estivesse lá.

O loiro olhou para Nico.

–- E então, quem é essa pessoa importante que precisa ser salva?

O filho de Hades respirou fundo antes de dizer seriamente, encarando os olhos azuis como o céu:

–- Você, Will. Essa pessoa, afinal, era você.


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Notas finais do capítulo

Mereço reviews?