Princesa Sparta: A Herdeira de Cronos - 1 Temporad escrita por EusouNinguém


Capítulo 16
O perigo real - Laura




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Laura esta sentada em uma mesa bem no fundo de um bar que ficava nos Jardins, parte nobre de São Paulo. Ele sempre me faz esperar.

Ela olhou o relógio. Eram 23:00. Já fazia uma hora que ela estava esperando e nada de seu pai aparecer. Ele faz isso para mostrar quem é que manda. Refletiu sobre qual poderia ser o assunto dessa conversa enquanto bebericava a sua cerveja.

Laura havia usado seu poder de persuasão para fazer o garçom lhe trazer a bebida sem questioná-la sobre sua idade. Sorriu, ela adorava isso. Será que se a bastarda tomar o trono eu perderei meus poderes? Essa ideia a fez estremecer.

Não, nunca iria acontecer. Ela era apenas uma garota de quatorze anos, ela nem ao menos fazia ideia de que era uma semideusa. Que chances a criatura teria contra Zeus, o pai de Laura?

Ouviu a porta do bar se abrir e ergueu os olhos. Lá estava seu pai vestindo seu habitual terno cinzento. Ele deu uma ajeitadinha na gravata e olhou em volta procurando sua filha. Ele foi em direção a sua mesa e sentou-se na frente de Laura.

— Quantas mortais você já seduziu com essa ajeitadinha na gravata?

Zeus a ignorou.

— Estou realmente impressionado com a rapidez com que você achou a bastarda. Como você fez isso, eu me pergunto.

— Existe algo extremante inovador no século XXI, pai. Isso se chama internet e Google. Com eles é basicamente possível achar qualquer um em qualquer lugar.

Zeus coçou seu cavanhaque cuidadosamente aparado, pensativamente.

— Interessante. Foi realmente impressionante, você a seguiu até em casa.

Laura sentiu-se inflar por dentro. Estava mostrando para seu pai que era digna de sua confiança. Estava provando para ele que poderia ser sua filha favorita.

— Não foi difícil. Sabe, eu estava aqui pensando... Não deveríamos mesmo nos preocupar. A imunda nem sabe quem é e provavelmente não saberá. Podemos viver em paz até ela morrer por velhice e seu trono estará salvo para sempre.

O olhar de Zeus ficou frio de repente. O som de um trovão veio de fora do bar.

— Ela descobriu.

— O QUE?

Todos do bar se viraram para encará-la. Laura se recompôs e falou em voz baixa:

— Como assim ela descobriu?

— Aramis contou.

— Você deveria ter dado um fim nesse cara quando soube que ele a salvou do assassino que você mandou.

— Eu teria feito isso de bom grato, mas Apolo me impede.

Laura bufou e soltou uma risada de escárnio.

— O que Apolo pode fazer contra o rei? Por que você deixa ele te impedir?

— Ele não me fala onde encontrar esse Aramis e eu nunca o vi no Olimpo. Então não posso colocar minhas mãos nele.

— Vá até o castelo de Apolo, ué.

— Já fiz isso. Hoje mesmo, mas quando cheguei lá, Apolo disse que Aramis não estava.

— Por que não fez cair um raio em cima da cabeça dele?

— Laura, lembra-se qual foi o motivo da queda dos Titãs?

A princesa ficou confusa com essa pergunta, mas ela sabia a resposta.

— Eles viviam brigando então isso acabou por enfraquecê-los. As brigas os tornaram inimigos então ninguém veio ao auxilio de Cronos quando você o cortou em pedaços.

— Exatamente. Por esse mesmo motivo, assim que eu subi ao trono, eu proibi os deuses de brigarem entre si. Essa regra recai sobre mim também. Eu não posso matar Apolo nem nenhum dos deuses. – ele diminuiu ainda mais a voz – Se eu pudesse, já teria me livrado de Hades a muito tempo.

Laura riu.

— Faz sentido. Mas diz ai, qual o motivo desse ilustre encontro? Por que não me deixou entrar na casa da bastarda e matá-la ali mesmo.

— As coisas mudaram agora que ela sabe quem é. Precisamos ir com cautela.

— Pelos deuses, pai. A menina acabou de descobrir. Ela ainda não sabe nem como usar seus poderes. Eu acabaria com ela em questão de segundos.

— Mas é esse mesmo o perigo. Ela não sabe usar seus poderes. Em uma descarga de adrenalina ela poderia transforma-la em pó.

Laura arregalou os olhos.

— Me transformar em pó? Ela tem poder para tanto?

Zeus demorou para responder, um garçom passou por eles. Assim que o homem se afastou, o pai de Laura falou:

— Sim, ela tem. Ela ainda não sabe de seus poderes, mas se você aparecesse e a atacasse ela iria involuntariamente mandar essa força oculta para fora e se fazer virar pedacinhos.

Laura estava perplexa. Ela se curvou para frente e sussurrou tão baixo que Zeus mal pôde escutá-la.

— Que poder ela tem?

Zeus se curvou sobre a mesa. Seu rosto ficou a centímetros do de Laura. Os dois pares de olhos castanhos se encaravam sem hesitar.

— A bastarda de Cronos... Ela tem o poder de todos os olimpianos.

Laura sentiu sua cabeça rodar. Boquiaberta ela lentamente se ergueu e recostou na cadeira. Esvaziou seu copo de uma só virada.

— Tipo...ela pode fazer um raio cair na minha cabeça e... ao mesmo tempo pode fazer o mar se erguer?

Zeus assentiu.

— Ela tem o mesmo poder dos doze.

— Mas como é possível? Um mortal não poderia ter tanto poder assim. Ela explodiria!

— Ai é que está o nosso grande problema. O problema é real é que... Ela não é mortal.

Laura sentia que aquela conversa iria tomar rumos que ela nunca poderia ter imaginado.

— Pai? Com que tipo de monstro estamos lidando?


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