Porto-Seguro - Corações Incompletos I escrita por Bia Zaccharo


Capítulo 15
O mesmo tipo sanguíneo e "...eu te amo..."


Notas iniciais do capítulo

Gente espero de coração que gostem desse capitulo, ele é interessantes, tipo, cheio de amor. Fic com muito carinho para dedicar a todas as pessoas que estão me apoiando nesse momento difícil e me dando conforto, sei que é repentino, mas acho que amo vocês ❤.❤



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—O que você está fazendo aqui? —Pergunto para Ray enquanto andamos até meu carro.
—Eu tive que vir para cá para uma investigação. E graças a Deus que vim. Só de imaginar que aquela mulher está solta por ai.
—Eu sei... —Sussurro e encolho os ombros. —Eu fiquei com medo, na verdade, eu pensei que nunca mais fosse vê-la.
—Se depender de mim isso não vai acontecer. Se ela se aproximar você me fala, que eu a prendo por perseguição.
—Não exagera papai. Eu não quero que ela vá presa, eu só quero que ela fique longe de mim. E também tem o Henri, e se ele também estiver solto?
—Calma querida, ele não vai chegar perto de você. Eu não vou permitir. Agora é melhor você ir, sua mãe pode estar preocupada.
—Está bem. —Coloco Fadinha no carro e depois entro. Papai me dá um beijo e fecha a porta para mim. —Obrigada.
—Tome cuidado Annie, e qualquer coisa me ligue ou ligue para a mamãe.
—Está bem.
—Eu te amo querida.
—Eu também.

Saio do shopping ainda muito atordoada. Eu não acredito que essa mulher voltou, logo ela. Não... Não! Ela não pode me machucar, eu tenho que pensar isso. Minha mãe e meu pai vão estar ao meu lado, então ela não pode se aproximar. Não pode.

Estaciono o carro em frente ao hotel e vejo so seguranças e mamãe chegando. Desço do carro e mamãe vem correndo em abraçar.

—Filha. Você está bem querida? —Ela pergunta preocupada.
—Sim. —Sussurro.
—Seu pai me contou o que houve. Eu fiquei tão preocupada.
—Eu estou bem mamãe. Já passou.
—Mesmo?
—Sim, eu só esbarrei nela, e o papai chegou e me tirou de lá. Nada aconteceu.
—Graças a Deus que ele chegou. Vem, vamos entrar.

No quarto do Hotel...

—Mamãe eu já disse que estou bem! —Digo pela décima vez enquanto dou água para Fadinha.
—Eu só fiquei preocupada filha.
—Eu sei Fadinha, mas eu estou bem.
—Fadinha é?
—Sim. —Dou um sorriso sapeca para mamãe. Ela senta ao meu lado e acaricia meus cabelos.
—Você conversou com o papai?
—Sim, ele me pediu desculpas por tudo.
—E você o desculpou?
—Claro que sim. —Sorrio. —Eu jamais vou guardar mágoas do papai.
—Você é uma menina de ouro, sabia?

Sorrio para mamãe e continuo brincando com Fadinha.

—Você já conversou com o Christian hoje?
—Sim. —Digo desanimada.
—O que foi?
—Ele disse que me ama.
—O que? —Mamãe pergunta incrédula. —Ama?
—Sim.
—Há, mas era de se esperar, o menino faz tudo por você.
—Faz sim...
—E o que você disse?
—Nada.
—Filha...
—Mamãe por que alguém como ele iria amar uma garota como eu? Me fala.
—Meu amor, você tem que parar de se menosprezar, você é linda, inteligente, e tem muitas outras qualidades, qualquer um teria todos os motivos do mundo para te amar.
—Eu não quero magoá-lo mamãe. Ele é muito bom.
—Você não vai magoá-lo meu bem, apenas retirbua o sentimento, mesmo que você não assusma está na cara que você também o amo...
—Talvez eu o ame... —Encolho os ombros. —Mas e se ele for embora?
—Ele não vai ir acredite.

Solto um longo suspiro e jogo a cabeça um pouco para o lado.

—Agora vamos esquecer os problemas, que tal nós duas irmos fazer compras?
—Ótima ideia! —Exclamo sorrindo.

Depois de várias horas de shopping, jantar fora e mais compras, mamãe e eu finalmente voltamos para o hotel. Nós estamos exaustas, megacansadas e necessitando de banho e cama.
Mamãe é a primeria a tomar banho, enquanto eu fico deitada descansando.
Meu celular começa a tocar e eu atendo ao ver que é Mia.

—Mia, oi. —Sorrio.
—Ana. —Ela diz e parece estar chorando.
—O que houve? —Pergunto me sentando.
—O Christian.
—O que tem ele? —Minha respiração acelera e eu fico em alerta.
—Ele brigou com o maldito do José.
—Por que?
—Não sei, parece que o José inventou uma história louca de que estava ficando com você.
—O que?
—O Christian se exaltou e bateu nele, depois ele bebeu e saiu com a moto. Ana, ele sofreu um acidente e está no hospital.
—Ah meu Deus. Mia! Como ele está?
—Eu não sei, eles não nos deixam vê-lo, parece que ele perdeu muito sangue e vai precisar de uma transfusão.

Lágrimas começam a escorrer pelo meu rosto e eu não tenho palavras.

—Olha, eu vou dar um jeito de voltar ainda hoje, ok?
—Ok, nós vamos te esperar.

Desligo o celular e começo a andar de um lado para o outro.

—Está tudo bem querida? —Mamãe pergunta saindo do banheiro.
—Não. —Digo chorando. —Me leva para casa?
—Por que meu bem? O que houve?
—O Chritisan está no hospital.
—Mas o que houve com ele?
—Ele sofreu um acidente.
—Ah meu Deus.
—Por favor, mamãe me leva para vê-lo.
—Claro, olha arruma toma um banho enquanto eu arrumo nossas coisas e preparo as passagens para o próximo voo.
—Está bem. —Digo balançando a cabeça frenéticamente.
—Fica calma bebê, tudo vai ficar bem. —Mamãe diz me abraçando. —Vai tomar seu banho, ok?
—Ok.

Qurenta e três minutos depois mamãe e eu estamos com as nossas malas prontas para voltar à Seattle. Max e os outros seguranças nos levam para o aeroporto onde embarcamos no primeiro voo.

Fadinha está com mamãe e eu estou muito nervosa tentando não pensar em coisas ruins, mas está difícil.
Tento dormir um pouco, mas parece impossível fazer qualquer coisa quando a pessoa que mais nos importamos está no hospital.

—Bebê fica calma. —Mamãe diz tirando-me de meus devaneios.
—Eu estou tentando. —Sussurro.

Mais algumas horas de voo e finalmente desembarcamos no aeroporto de Seattle.
Mamãe vai com Fadinha para casa e eu pego meu carro e corro para o hospital, levo menos de vinte minutos para chegar, e assim que chego vou correndo para a sala de espera. Avisto Grace, Carrick, Mia, Elliot, Ethan e Kate. Todos me parecem estar bem aflitos.

—Grace.
—Ana. —Eles dizem todos ao mesmo tempo.

Grace corre e me abraça.

—Como ele está? —Pergunto.
—Mal, ele precisa de uma transfusão de sangue, e infelizmente o sangue dele é raro. O Carrick e eu já tentamos o teste de compatibilidade, mas nós não somo compatíveis, nem a Mia e o Elliot.
—E agora? —Pergunto.
—Nós vamos ter que ficar na fila de espera até que aparece um doador.
—E ele?
—Ele está em coma induzido.
—É tudo minha culpa, não é? Ele brigou com o José por minha causa.
—Não repita isso Anastásia. —Carrick diz se aproximando. —O Christian foi imprudente, não foi sua culpa.
—Por que ele tinha que fazer isso? —Começo a chorar e Grace me abraça.
—Fica calma querida, ele vai ficar bem.
—Eu estou com medo. —Sussurro.
—Não fique, ele ficará bem.

Já se passaram duas horas desde que cheguei ao hospital, Grace e Carrick foram levar Mia para comer pois ela passou mal e Ethan foi acompanhá-los. Kate e Elliot estão ao meu lado, nós não trocamos uma palavra se quer nessas duas horas.

—Você está com medo? —Kate pergunta baixinho enquanto segura minha mão.
—Muito...
—Tenta ficar calma, pensar em coisas boas.
—Eu não consigo.
—E se... Nós fizermos uma brincadeira.
—Brincadeira?
—Sim.
—Eu digo uma palavra ou frase e você me diz o que significa para você.
—Pode ser... —Sussurro.
—Quer jogar Elliot?
—Claro. —Elliot diz.
—Então vamos. —Diz Kate. —É... Um momento importante na sua infância.
—Quando eu vi a mamãe e o papai pela primeira vez. —Sorrio com a lembraça.
—Um momento mágico. —Diz Elliot.
—O dia que eu conheci o Christian. —Uma lágrima rola no meu rosto e eu abro um sorriso.
—Um momento diferente. —Pede Kate.
—Aquele jantar na casa da vovó. Com vocês.
—Algo marcante na sua infância. —Agora é a vez de Elliot.
—Quando eu tinha oito anos, eu sofri um acidente e precisei fazer uma transfusão. Meu sangue era raro e por um milagre um soldado tinha voltado da Guerra, ele estava machucado, mas quando ouviu sobre o meu caso doou seu sangue para mim.

Termino de falar e tudo fica em silêncio.

—Porra! —Exclamamos juntos.
—Seu sangue pode ser compatível Ana. —Kate diz. —O do Christian é O-, e o seu também.
—Como eu não pensei nisso antes.

Vamos correndo atrás de Grace e a achamos no refeitório.

—Mamãe. —Elliot diz ofegante.
—O que foi? —Grace pergunta preocupada.
—O sangue da Ana. —Diz Kate. —É O-, como o do Christian.
—Ah meu Deus. —Grace se levanta. —Você quer tentar a compatibilidade?
—Sim. —Digo recuperando o folêgo.

Voltamos para a sala de espera e Grace me leva para ver o Dr. Cooper, ela diz que meu sangue talvez seja compatível, então nós fazemos o teste, e graças a Deus dá compatibilidade. Sou levada para um outro quarto e eles começam a me fazer algumas perguntas, depois de confirmar que eu tenho mais de 50kg, não uso nenhum tipo de droga, não uso nenhum tipo de medicamento controlado e tenha feito apenas "sexo seguro", eles me levam para um sessão de exames, depois disso finalmente eles começam a tirar meu sangue.

Depois que eles tiram meu sangue Grace me leva para comer algo e tomar um suco enquanto eles continuam com a transfusão.

Já são sete e meia da manhã e nós não dormimos nada, mas finalmente podemos ver Christian, Dr. Cooper nos disse que ele logo acordará.
Grace e Carrick são os primeiros a entrar, eles ficam algum tempo lá e acho que Christian já acordou, depois Mia e Ethan entram juntos, e quando chega a minha vez eu mando Kate e Elliot irem na frente.

—Por que você está evitando de vê-lo. —Kate pergunta me puxando de canto.
—Porque eu não quero matá-lo. —Digo e Kate sorri.

Kate e Elliot entram para ver Christian e eu fico sentada com Mia e Ethan.

—Como você está? —Mia pergunta.
—Com vontade de matar seu irmão. —Digo calmamente.

Mia sorri e revira os olhos.

—Até parece, aposto que quando você for vê-lo vai ficar toda derretida. —Diz Ethan e eu mostro língua para ele.

Elliot e Kate chegam na sala de espera rindo muito.

—O Christian disse que se você não for vê-lo, ele vai chamar a Leila para consolá-lo. —Diz Elliot.
—O que? —Grito e me levanto indignada. —Eu vou arrancar o briquedinho dele e ele vai mesmo precisar de consolo.

Grace e Carrick me olham boquiabertos enquanto Kate, Elliot, Mia e Ethan morrem de rir.

—Eu vou ver o Christian. —Digo e vou em direção ao seu quarto, paro na porta e vejo ele deitado na cama mexendo no celular.
—Vai ficar ai parada? —Christian pergunta me olhando. —Apreciando a visão?
—Não, estou apenas pensado de que forma eu posso te matar. Talvez te prender junto a Leila seja a pior forma de tortura.

Christian faz uma careta e eu abro um sorriso, aproximo-me dele e sento ao seu lado.

—Você doou seu sangue. —Ele diz arqueando uma sobrancelha. —Para mim.
—Sim. —Sorrio. —E sabe por que eu fiz isso?
—Não. Por que?
—Porque eu te amo.


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Notas finais do capítulo

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