Porto-Seguro - Corações Incompletos I escrita por Bia Zaccharo


Capítulo 16
Um Outro Alguém Com Olhos Cinzas


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem meninas ❤



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—Repete. —Christian ordena e eu sorrio.
—Eu. Te. Amo. —Falo pausando.

Christian me puxa e começa a me beijar.

—Eu também te amo. Muito.
—Você quase me matou Christian. Por que fez isso?
—Eu estava com raiva, muita raiva. Aquele maldito do José veio com falsas hitórinhas de que vocês estavam ficando.
—E você acreditou?
—Claro que não. Você nunca falou com ele. Eu confio em você, mas eu fiquei com raiva mesmo assim, eu perdi a cabeça e bati nele.
—Você é um completo idiota.
—Eu sei, mas você me ama.
—Amo sim. —Sorrio e lhe dou um beijo.
—Como foi a viagem?
—Normal. —Minto. —Como está o Floquinho?
—Bem. E não ouse mentir para mim, o que houve?
—Nada. —Digo me levantando e começo a morder a pontinha do dedo.
—E por que você está tão nervosa?
—Por nada.
—Ana, eu estou falando sério. Diga.
—Eu encontrei minha mãe. —Digo por fim.
—Sua mãe?
—A Ella, a mulher que me sequestrou.
—O que? —Christian grita. —Você não falou com ela, falou?
—Claro que não. Meu pai apareceu do nada e me levou para longe dela.
—Melhor assim. Eu não quero ver você sofrer outra vez por causa daquela mulher.

Tento manter o rosto sério, mas acabo sorrindo com a sua preocupação.

—Por que você está rindo?
—Porque você fica fofo quando está preocupado.
—Srta. Steele já me acusaram de muitas coisas, mas fofo sem dúvidas não foi uma delas.
—Bobo.

Sento ao seu lado e acaricio seu rosto.

—Promete que nunca vai me deixar?
—Nunca, eu te amo baby.
—Eu também te amo. Como eu nunca pude amar antes, e eu tenho muito medo de ter peder. O que eu sinto por você é muito grande, e isso me assuste.
—Não fique preocupada baby, eu vou estar aqui sempre.

Duas Semanas Depois...

Christian e eu estamos bancando o casal "Kelliot" (apelidado assim por Mia), nós estamos nos pegando na frente da escola inteira e todos estão olhando - inclusive José - ele está fuzilando Christian com o olhar e nós começamos a rir disso.
Empurro Christian e ele puxa meu lábio inferior com os dentes.

—Acabou? —Mia diz com cara de tacho.
—O que foi Mia? Está bravinha que seu peguete não veio hoje? —Christian provoca e Mia avança para bater nele, mas Elliot a segura. —Quanta carência.
—Ok ChristAna, vamos para casa. —Diz Kate. —Já deu de showzinho por hoje.
—Essa combinação de nomes e horrível. —Digo rindo.
—Sem dúvidas. —Christian concorda. —Vocês podem ir, a Ana e eu temos que passar na farmácia.
—Boa sorte. —Diz Kate. Ela e Mia me dão um beijo e vão embora com Elliot.
—Vamos. —Christian diz me puxando para um beijo.
—Vamos. —Sorrio e nós entramos no carro.

Vamos o caminho inteiro até a farmácia brincando e fazendo palhaçada.
Christian estaciona o carro em frente a farmácia e quando vou descer do carro tomo um tombo e nós começamos a rir.

—Boba. —Christian diz me ajudando a levantar. —Como você consegue cair assim?
—Eu não sei. —Digo rindo.

Olho para o lado e tenho o reflexo de algo me olhando, tenho que olhar novamente e vejo uma menina me olhando, ela deve ter uns três anos, tem cabelos castanhos e lindos olhos cinzas, um pouco parecidos com os de Christian, só que maiores e mais claros.

—O que foi? —Christian pergunta.
—Olha.

Ele se vira e olha para a menina.

—Ela está sozinha?
—Não sei. —Sussurro.
—Vamos falar com ela.
—Vamos.

Nós aproximamos da garota e abaixamos juntos na sua frente.

—Oi. —Christian diz e a garota fica em silêncio. —Você está sozinha?
—Tudo bem bebê, pode falar conosco, nós queremos te ajudar. —Digo.
—O homem mau, ele machucou a mamãe. —A menina diz.
—Onde ela está? —Christian pergunta.

A menina se vira e aponta para o fim do beco onde tem alguém caída.

—Merda.

Christian se levanta e vai correndo até lá, ele abaixa e checa os sinais da mulher, mas pelo o olhar que ele me deu acho que a mulher está morta.

—Olha aqui. —Digo ganhando a atenção da menina. —Qual o seu nome?
—Phoebe.
—Pheobe? É um nome muito bonito.

Vejo Christian pegar o celular e ligar para alguém.

—Quantos anos você tem Pheobe?
—Tlês.
—Que legal. E me fala uma coisa, aonde está o seu pai?
—Eu não tem papai, a mamãe falou que ele esta lá no céu.
—No céu?

Pheobe balança a cabeça positivamente.

—E quem era o moço mau? O que machucou sua mamãe.
—O Richard.
—Quem é Richard?
—Ele é namolado da mamãe.
—Ok, onde ele está agora?
—Agola? Agola ele foi embola.
—Ok.
—Você vai ajudar a mamãe?
—Vou sim bebê.
—Qual o seu nome?
—Anastásia.
—Ana. —Christian diz se aproximando. —Seu pai está vindo, e minha mãe também.
—Ok.
—A mamãe está bem? —Pheobe pergunta para Christian.
—Eu não sei princesa.

Ouvimos barulhos de cirene e vemos Grace e papai descendo de um carro que está sendo seguido por uma ambulância e viaturas.

—Christian, onde ela está? —Papai pergunta e Christian aponta.

Papai corre para lá com Grace e eu e Christian ficamos com Pheobe.
Papai me dá um olhar e agora tenho certeza que a mulher morreu, ele a cobre com um plástico preto e por um momento eu me sinto perdida.
O que vai ser de Pheobe?
Grace se aproxima de nós.

—Olá.
—Oi. —Christian e eu dizemos juntos.
—Como está a menina?
—Acho que bem. —Digo olhando para Pheobe que está dormindo nos braços de Christian. —E a mãe dela?
—Ela morreu, três tiros direto no coração. —Papai diz se aproximando.
—Merda. —Digo baixinho.
—E o que nós vamos fazer com ela? —Christian pergunta.
—Levá-la para o pai. —Diz papai.
—Ela não tem pai, ele morreu. —Digo.
—Como você sabe? —Grace pergunta.
—Ela me contou, assim como disse que o namorado da mãe que atirou nela.
—O que nós vamos fazer? —Pergunta Christian.
—Vocês não vão fazer nada, os dois para casa. Isso não é assunto para vocês. —Diz papai.
—Eu cuido dela. —Grace diz e pega Pheobe dos braços de Christian.
—Não! —Pheobe acorda gritando. —Não! Eu quelo a Ana. Me solta.
—Tudo bem querida, fique calma. —Grace diz em uma tentativa vã de acalmá-la.
—Me solta! Eu quelo a Ana. Ana não me deixa, por favor.
—Calma amor, eu estou aqui. —Pego a menina em meus braços e ela paa de chorar.
—Não me deixa sozinha mamãe. —Pheobe diz me apertando e eu começo a chorar.
—Ok, acho que não vamos conseguir tirá-la da Ana. —Diz Grace.
—Eu vou tentar encontrar algum familiar delas. —Diz Papai. —Ana e Christian vão para casa, e levem a menina, mais tarde nos veremos.
—Vão antes que a emprensa chegue. —Alerta Grace.
—Ok. —Christian diz. —Vamos baby.

Caminhamos até o carro com Pheobe e Christian abre a porta para mim, vou atrás com ela enquanto ele dirige.
Pheobe vai dormindo o caminho inteiro, mas assim que chegamos na casa de Christian, e ele a pega no colo a menina acorda e começa a chorar e me chamar.
Christian me entrega a menina e nós entramos, caminhamos até a sala e vemos nossos amigos sentados assistindo TV.

—De quem é essa menina? —Kate pergunta olhando Pheobe.
—Longa história. —Eu e Christian dizemos juntos.
—Conta. —Mia diz se aproximando, ela acaricia os cabelos de Pheobe, mas a menina me agarra.
—Calma babê, ela não vai te machucar. —Digo acariciando suas costas.
—E então? —Kate pede. —Quem vai falar?

Sentamos todos juntos no chão e começamos a contar tudo, aproveitando que Pheobe voltou a dormir.

—Uau. —Kate diz. —O que vai acontecer agora?
—Nós não sabemos. —Diz Christian. —O pai da Ana vai procurar alguém da família, e provavelmente a menina vai ficar com eles.
—Se ela soltar a Ana. —Diz Ethan. —Mesmo dormindo a menina está grudada na Ana.
—Mas se ela tiver uma avó, acho que ela muda de ideia. —Digo.
—E se ela não tiver ninguém? —Diz Elliot.
—Ai eu acho que ela vai para um orfanato.

Sinto meu coração se apertar... Mas será que eu quero que ela se vá?


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Notas finais do capítulo

Gente o que acharam da Pheobe?
Comentem ❤