Porto-Seguro - Corações Incompletos I escrita por Bia Zaccharo


Capítulo 13
Um Jantar Na Casa Da Vovó


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura.



Leiam as notas finais.



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Chegamos na casa de Christian e eu vejo que já são quase cinco horas.
Os empregados nos ajudam a entrar com as coisas, eles levam as sacolas para o quarto enquanto nós vamos mostrar os filhotes para os outros.
Entramos na sala e vemos Kate e Elliot se pegando - como sempre. - Mia e Ethan abraçados assistiando TV -o que não é nenhum pouco comum. E Grace e Carrick também abraçados assistindo TV.

—Oi. —Christian e todos nos olham.
—Ah que lindos! —Mia exclama e vem correndo para o nosso lado. Ela pega Floquinho e começa a beijá-lo. —Como ele é fofinho.

Kate se aproxima e pega Fadinha.

—Oi para vocês também. —Digo.
—Cachorros? —Grace pergunta.
—É para a Ana. —Christian diz encolhendo os ombros. —Eu não queria vê-la triste pela Cacau.
—Ah meu filho, que lindo. —Grace diz emotiva.
—Ana, eles são muito fofinhos. —Mia diz brincando com Floquinho. —Vocês já deram os nomes?
—Sim. —Sorrio. —Esse que está com você é o Floquinho e a outra é a Fadinha.
—Fadinha? —Ethan e Kate falam juntos.
—Por que todo mundo resolveu falar ao mesmo tempo hoje? —Elliot pergunta e todos dão risada. —Está muito bizarro.
—Está mesmo. —Carrick diz.
—Sua mãe já sabe? —Ethan pergunta agora brincando com Fadinha.
—Ainda não... Eu estou louca para ver sua reação. —Digo rindo.
—Ela vai surtar. —Diz Kate. —Ela gosta muito de cachorros, e também ficou muito triste pela Cacau.
—Eu quero só ver quando ela ver essas duas bolinhas aqui. —Diz Ethan.
—Eu também. —Sorrio.
—Ana, nós temos que nos arrumar. —Christian.
—Vocês vão sair? —Carrick pergunta.
—Sim, a minha vó nos convidou para jantar. —Digo.
—A vovó Louis? —Kate pergunta animada.
—Sim. —Semicerro os olhos para ela. —Ela chamou você também sua chata, e o Ethan. E o Elliot e a Mia também. Ela está doida para conhecer o Christian.
—Que bom que vocês vão crianças. Assim eu fico mais tranquila, já que eu e o Carrick temos um jantar beneficente hoje.
—Nós vamos sim. —Diz Christian. —Mas temos que nos arrumar.
—Ok, mas quem vai ficar com os filhotes? —Carrick pergunta.
—Eles vão também. —Digo.
—Ok. Então vamos nos arrumar. —Christian diz.

Nós pegamos nossos bebês e subimos para o quarto. Christian arruma a caminha deles e nós colocamos eles para dormir e vamos tomar banho.

Estou usando um vestido azul rodadinho e um solto de dez cetímetros preto.
Christian está usando uma calça social cinza, camisa branca arregaçada nas mangas e com o colarinho aberto.

—Você está lindo. —Digo passando a mão em seu cabelo bagunçando-o mais ainda.
—Você também. —Ele diz me dando um beijo. —Muito apetitosa.
—Sem vergonha. —Digo com falso horror.
—Você acha melhor deixarmos os filhotes aqui?
—Não sei... É melhor ficarmos de olho neles, filhotes podem fazer grande estragos, princilpalmente se forem dois.
—Então vamos levá-lo.
—Ok. Eu preciso arrumar algumas coisas para levar para eles.
—Tudo bem. Cuida dos seus filhos que eu vou ver se os outros estão prontos.
—Só para constar, eles são nossos filhos. —Digo. —Você que quis adotá-los.
—Ok, então cuida dos nossos filhos.

Christian sai do quarto e eu me sento ao lado do filhotes.
Uau...
Como um simples gesto podem mudar as coisas.
Eu nunca achei que fosse capaz de gostar de alguém como eu gosto de Christian, e isso me assusta, não faz nem uma semana que nos conhecemos e mesmo assim ele já fez tanto por mim. O que me deixa confusa.
Ele é carinhoso, gentil, mesmo quando eu sou uma filha da puta com ele.
Eu realmente não consigo entender as pessoas.

Termino de arrumar as coisas dos filhotes e nós vamos para a casa dos meus avós.
Kate e Elliot vão de carro aom Ethan e Mia e eu e Christian vamos em outro carro com os filhotes.
Nós levamos cerca de meia hora para chegar na casa da vovó, quando chegamos somos recebidos por Lady, a cachorra que vovó cria desde filhote.

—Oi Lady. —Sorrio e ela pula em cima de mim para cheira Fadinha. —É sua nova amigiguinha.

Lady cheira Fadinha e se afasta, ela fica parada olhando para o carro.

—A Cacau não vem Lady... —Sussurro. —Não mais.
—Anastásia. —Viro-me e vejo vovó vir em nossa direção.
—Oi vovó. —Susssurro e lhe abraço pegando-a de surpresa.
—De quem são essas gracinhas?
—Meus. O Christian me deu de presenta.
—Seu namorado é um bom rapaz.
—É sim.
—É um prazer conhecê-la Sra. Louis. —Christian diz estendendo a mão para vovó.
—Para você é vovó Louis querido. —Vovó puxa Christian e o abraça. —Obrigada por estar fazendo minha menina feliz, olha esses olhinhos, estão até brilhando.
—Vovó esses são Elliot e Mia, irmãos do Christian.
—Olá crianças. Podem me chamar de vovó também.

Depois das apresentações vovó nos leva para dentro e apresenta meus amigos para vovô Mart, depois disso ela começa a nos intupir de comida na sala de jantar.
Elliot é quem está comendo mais, e pelo visto vovó o adorou, tudo bem que ela só lhe dou algumas palmadas no braço por ele falar coisas incovinientes, mas até que eles estão se dando bem.

—Coma mais querida. —Vovó diz.
—Não vovó. —Digo já passando mal de tanto comer.
—E você Christian.
—Não, obrigada. —Ele diz cheio -cheio mesmo.
—Então eu vou ter que guardar o bolo de chocolate que fiz especialmente para a Ana.

Faço beicinho e olho para vovó jogando a cabeça um pouco para o lado.

—Não vale. Você sabe que eu amo seu bolo de chocolate. —Digo e ela sorri.
—Você pode levar querida, e comer depois. Está na cara que você não aguenta nenhuma azeitoninha. —Vovô diz sorrindo.
—Posso vó? —Pergunto.
—Claro que pode minha filha, e leve também a torta que eu fiz para os pais do seu namorado. E você Christian, não deixe o Elliot comer tudo.
—Ok. —Christian diz rindo e Elliot protesta com uma careta.
—Vovó não dê biscoto para os filhotes. —Digo vendo Floquinho e Fadinha atacarem biscoitos no chão.
—Fique quieta menina. Eles estão gostando. —Vovó me dá um bronca.
—Mas pode fazer mal.
—Não fez mal para a Lady, e ela come isso sempre.
—Ok vó. —Digo rindo.

O jantar termina e nós ficamos mais um pouco com vovó e vovô.
Vovô senta em sua cadeira e nós no chão em cima do tapete peludo enquanto ele conta suas histórias de caça.
Olho para o lado e vejo todos meus amigos cativados nas palavras de vovô, inclusive Christian que presta atenção em cada palavrinha.
É tão diferente ver tantas pessoas assim, ao meu lado, e saber que todos eles estão aqui porquem gostam de mim, e eles não vão me deixar.
Confesso que eu tinha muito medo de me aproximar das pessoas. Eu tinha medo que elas me machucassem e fossem embora depois, que elas me deixassem ferida e sozinha, mas depois que eu comecei a me aproximar dos meus amigos, do Christian, até mesmo o Carrcik e a Grace, eu consigo perceber o quanto as pessoas são boas, e o quão bem elas podem nos fazer.
No fundo eu acho que sentia falta de me sentir amada, mesmo com as tentativas da mamãe e do papai de se aproximarem, eu nunca consegui me sentir amada realmente. Claro que as vezes eu podia sentir o amor deles, mas quando as brigas começaram tudo que eu sentia era culpa, só de pensar que as coisas ficaram ruins quando eu cheguei, isso me chatiava, mas eu acho que tudo acontece com um propósito, não é mesmo.

Sinto um leve aperto na minha mão e olho para o lado recebendo um lindo sorriso de Christian.
Sorrio de volta e nós começamos a prestar atenção nas histórias de vovô.


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