Porto-Seguro - Corações Incompletos I escrita por Bia Zaccharo


Capítulo 12
Uma Pequena Surpresa


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem , boa leitura ❤



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Finalmente a última aula termina, e só agora eu percebo que Leila não voltou para à sala depois do intervalo. Por que será?
Guardo minhas coisas na bolsa e me levanto.

—Ana. —Christian entra na sala e vem em minha direção. —Vamos baby?
—Vamos. —Sorrio. —Até mais meninas.
—Até Aninha. —As duas dizem juntas e eu dou risada.

Christian segura em minha mão e nós saímos da sala juntos.

—Para onde nós vamos? —Pergunto quando entramos no carro.
—Surpresa.
—Ok. —Sorrio. Meu celular começa a tocar e eu atendo ao ver a foto de mamãe aparecer. —Oi mamãe.
—Oi querida. —Mamãe diz e sei que está sorrindo. —Como estão as coisas na casa dos Grey's?
—Bem.
—Que bom. Olha meu amor, eu conversei com a Grace e pedi para ela cuidar de você por alguns dias, você se importa.
—Não... Acho que não. —Sussurro. —Mas o que houve?
—Nós vamos mudar de casa.
—Vamos?
—Sim. Eu já comprei nossa casa nova, e é pertinho da casa do Christian.
—E o papai não vai, não é mesmo? —Pergunto depois de algum tempo em silêncio.
—Não querida, dessa vez seremos apenas eu e você.

Fico em silêncio por algum tempo.

—A vovó quer te ver. —Mamãe diz quebrando o silêncio. —Ela e o vovô estão com muita saudade.
—Eu também. —Sorrio.
—Você poderia ir lá com seu namorado.
—Ok... Opa, espera aí! —Exclamo. —Como você sabe?
—A Grace me contou. Eu estou tão feliz. Você sabe que eu te amo e quero que você seja muito feliz, não é mesmo?
—Sei sim mamãe. Obrigada. E quanto aos meus avós, eu vou tentar passar lá para vê-los.
—Ok meu amor, eu tenho que ir trabalhar agora, depois nos falamos. Muitos beijos para você.
—Beijos. —Sorrio e desligo o celular.
—O que foi? —Christian pergunta.
—Minha mãe já sabe que estamos namorando.
—Sabe? —Ele engole em seco. —E ai?
—Ela ficou muito feliz.
—Que bom. —Ele solta um suspiro.
—Ela disse que nós vamos nos mudar.
—Para onde? —Christian pergunta preocupado.
—Bom, ela disse que a casa fica perto da sua.
—Sério?
—Sério. E ela também disse que o papai não vem conosco.
—Sinto muito.
—Tudo bem... Acho que assim é o melhor, não é mesmo?
—É sim...
—Bom, mas vamos deixar esses assuntos chatos para lá. Minha mãe disse que meus avós querem me ver. Nós podemos passar lá mais tarde.
—Podemos sim. —Christian sorri e para o carro em frente à um portão azul. —Chegamos.
—Ok. —Sorrio.

Decemos do carro juntos e ele toca a campainha, logo ouço vários latidos de cachorros e meu coração para. Uma mulher abre o portão e sorri para nós.

—Christian Grey, certo? —Pergunta a mulher.
—Sim. —Christian sorri.
—Eu sou Mary, muito prazer.
—O prazer é meu, essa aqui é minha namorada, Anastásia.
—Oi. —Sorrio. Olho para Christian curiosa. —O que nós estamos fazendo aqui?
—Bom... Eu sei que ninguém substitui alguém que amamos, muito menos quando se é um cachorro. Eu também sei como você ficou mal pela Cacau, e te ver mal me destrói, mas infelizmente eu não poderia trazer a Cacau de volta, então eu pensei em adotarmos um cachorrinho.

Sinto meus olhos merejarem e abro um sorriso.

—Obrigada. —Abraço Christian e ele me aperta. —Isso é muito importante.
—Eu sei baby, eu só quero te ver feliz, e achei que isso fosse uma boa.
—É ótimo. Obrigada.
—Então vamos ver os filhotes? —Pergunta Mary.
—Claro. —Eu e Christian dizemos juntos.

Seguimos Mary e pelo caminho eu vejo vários cachorros brincando com alguns funcionários do local.
Christian segura minha mão e eu não consigo parar de sorrir.
Mary nos guia até uma casa... Ou pelo menos parece uma casa. Quando entramos vejo cercadinhos e vários filhotes brincando.

—Ah meu Deus. Eles são tão fofinhos. —Digo sorrindo.
—Vocês podem escolher qual vão levar. —Diz Mary. —Eu vou apenas ali no veterinário, e já volto.
—Ok. —Sorrio.

Sento-me no meio dos filhos e eles começam a brincar comigo, Christian sorri e senta ao meu lado.
Um cachorrinho vem para o nosso lado, ele tem os pelos pretos, brancos e caramelos e lindos olhos azuis.
Ele é tão fofinho!
Outro cachorrinho muito parecido se aproxima e Christian começa a brincar com ele.

—Já vi que vocês gostaram dos filhotes. —Mary diz sentando ao nosso lado.
—Que raça eles são? —Pergunto aidna brincando com os filhotes parecidos.
—Pastor Australiano. Esses dois são irmãos, a mãe deles foi morta por um caçador, mas conseguiram salavar os filhotes e os trouxeram para cá.
—Os dois são machos? —Pergunto.
—Não, esse ai que está com você é macho, e o outro femêa.
—Eles são tão fofinhos. —Digo apertando o filhote. —Mas eu não sei qual escolher.
—Acho que nós vamos ter que levar os dois então. —Christian diz sorrindo.
—Sério? —Mary pergunta. —Eles podem dar trabalho, e ainda tem a castração, vacinas.
—Dinheiro não é problema. —Christian diz.
—Você tem certeza que quer levar os dois? —Pergunto.
—É você quem vai cuidar baby, você quem sabe.
—Ok. —Sorrio. —Então vamos levar os dois.
—Eu vou preparar os papéis para a adoção. —Mary diz se levantando.
—Qual vai ser o nome deles? —Christian pergunta.
—Não sei... —Pego o cachorrinho e olho para ele. —Acho que eu vou chamá-lo de Floquinho.
—Floquinho?
—Sim, ele é tão fofinho.
—Ok. E ela?
—Pode escolher o nome se quiser.
—Que tal Fadinha?

Olho para Christian e abro um sorriso.

—Minha mãe vai adorar esse nome. —Digo.
—Por que?
—Quando eu cheguei, eu a chamava assim... Mamãe fadinha.
—Sério?
—Sim.
—Então, vai ser Fadinha?
—Sim.

Depois de resolvermos tudo com Mary, nós vamos embora com os nosso bebês, mas antes passamos na Pet Shop para comprar algumas coisas para eles, inclusive marcar a castração.

Entramos na Pet Shop segurando os filhotes.

—E então, o que vamos comprar? —Christian pergunta olhando tudo confuso.
—Bom, temos que comprar ração, como eles ainda são filhotes, temos que comprar a cadeirinha para o carrom até mesmo porque eu não tenho em casa... A Cacau era muito grande.
—Mais alguma coisa?
—Sim... Muitas coisas. —Digo rindo.
—Isso pode ser pior do que ir ao shopping? —Ele pergunta e eu tenho que rir.
—Talvez.
—Me fudi.
—Bobo.

Pegamos um carrinho e começamos a comprar todas as coisas dos filhotes.

Depois de umas duas horas, eu acho que pegamos tudo, na hora de pagar Christian e eu, realmente, entramos em uma discussão sobre quem vai pagar, mas infelizmente eu não tenho sucesso e ele paga tudo.
Marcamos a castração e depois vamos embora, Christian guarda as coisas no carro enquanto eu seguro os filhotes, ele pega a cadeirinha e tenta prendê-la ao banco, mas não está tendo muito sucesso com isso.

—Deixa eu colocar. —Peço.
—Não, eu consigo. —Ele diz muito concentrado.
—Chris, eu posso colocar, eu sei como.
—Amor, eu coloco! —Ele exclama bravo.

Olho para ele boquiaberta.
Amor?

—Me chamou do quê?
—Pode colocar. —Ele buxa frustrado e pega Floquinho e Fadinha dos meus braços.
—Ok. —Sorrio e vou até o carro, prendo a cadeirinha e depois coloco os filhotes. —Pronto.
—Eu teria conseguido colocar, ok?
—Claro. —Digo com sarcamos.

Entramos no carro e meu celular começa a tocar.
Atendo ao ver que é minha vó.

—Oi vovó. —Sorrio.
—Querida. —Vovó diz com sua voz rouca. —Como você está?
—Bem vovó. E a senhora?
—Eu estou bem. Sua mãe me contou o que houve com a Cacau, como você está?
—Em relação à isso, eu estou mal. Eu ainda não acredito que meu pai fez isso.
—Seu pai é um impretável. Eu falei para a minha filha que ele traria problemas, mas ela não me ouviu e casou com esse traste, está vendo no que deu.
—Estou sim vovó. —Digo rindo. —Mas tudo bem, infelizmente nós não podemos fazer nada.
—É sim minha querida. E quando você vai vir aqui?
—Hoje a noite, eu pretendo jantar ai.
—E seu namorado? Ele também vem?
—Você já sabe?
—Mas é claro! Eu sou sua vó.
—Ok. —Digo rindo. —Eu vou levá-lo comigo, eu acho.
—Tudo bem. Traga aquela sua amiga também, ela é muito gentil e educada.
—Ok vovó, eu vou levá-la, e outros amigos também.
—Então eu aguardo querida, até mais tarde.
—Até vovó. Beijo. —Desligo o telefone ainda rindo.
—O que foi?
—Nada. Minha vó quer que nós jantemos na casa dela hoje.
—Tudo bem.
—E nós podemos levar seus irmãos e a Kate e o Ethan.
—Está bem baby.
—Obrigada.
—Pelo que?
—Por tudo. Pelo Floquinho, a Fadinha, e acima de tudo. Por estar ao meu lado. Você é muito importante para mim.
—Eu sempre vou estar aqui baby. Sempre.


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