Preato - The Rift: NeoGEN — INTERATIVA escrita por THEstruction


Capítulo 9
Capítulo VIII: Separados


Notas iniciais do capítulo

Imagina alguém envergonhado pela demora na postagem. Sim, sou eu. Não irei enrolar ou me justificar dessa vez, apenas leiam, meus amores, leiam e deliciem-se.



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Rosie acordou com o barulho de alguém chorando. Ao olhar para o lado, viu o homem sem nome assentado sobre uma pedra, chorando. Ao aproximar-se ele limpou as lágrimas e acariciou seu cachorro.

— Ei, o que foi? – Perguntou a jovem.

— Nada, não é nada. – Respondeu o homem.

— Não é vergonha chorar.

— Eu sei disso.

— Aliás, o que aconteceu com você ontem?

— Não quero falar sobre isso.

— Não foi essa a pergunta.

— Mas essa será a resposta.

— Sem joguinhos, vai.

O homem suspirou e contou a ela.

— Eu fui amaldiçoado. Todas as noites, desde o fim do pôr do sol eu não consigo dormir. Uma dor incontrolável vem sobre mim e toma todo meu corpo. E essa dor, essa maldita dor não passa até amanhecer. – Disse ele jogando uma pedra numa árvore à frente.

— Por quem foi amaldiçoado?

— Por isso não queria falar, você iria perguntar isso uma hora ou outra.

— Como poderemos confiar em alguém que não conhecemos?

— Se você precisa conhecer para confiar, então não é uma verdadeira confiança.

— A partir do momento em que você foi traída por uma pessoa que confiou muito, que levou um dos seus amigos à morte e te trouxe noites de pesadelos intermitentes, a sua concepção de confiança muda um pouco.

O homem abaixou a cabeça e em seguida tirou sua camisa. O que Rosie viu a fez olhar para o outro lado.

— Viu isso? – Perguntou o homem – Passei doze anos da minha vida sendo torturado todos os dias, doze anos. Sem saber o porquê, sem saber o que eu fiz, sem nem saber o meu nome. Não conheço nada além da dor. Dor, dor, dor. É só isso que eu sei. – Disse ele colocando sua camisa de volta.

— Q-quem fez isso contigo?

— Eu não sei.

— Tem que se lembrar de algo.

— A última coisa que lembro é de uma mulher tentando segurar minha mão antes de ter a garganta cortada e o sangue de sua artéria espirrado em meu rosto. Após isso, as lembranças se resumem a torturas de todos os tipos. Seja lá quem foi que fez isso comigo queria apenas que eu conhecesse o verdadeiro significado da dor.

— Mas a dor nunca passava?

— Não, achei que passaria, mas só ficava cada vez pior. Eu implorava, e quanto mais eu implorava, mais eles me machucavam, como se quisessem que eu ficasse com raiva e não com auto piedade.

— Que tipo de ser faria algo assim?

— Não faço ideia.

— Então você não sabe sua raça e não sabe de onde veio, certo?

— Certo.

— E como se livrou da sessão de torturas?

O homem olhou para o seu cão e, passando a mão nele, respondeu:

— Tama. Ele é responsável pelo que eu sou hoje. Ele me impediu de virar uma fera incontrolada e hoje consigo ser racional graças a ele.

— Mas o que ele fez de tão demais?

— Um dia, eu vi um homem vestido de um capuz completamente preto, tentando mata-lo. Ele havia quebrado uma pata de Tama. O choro dele ativou algo em mim que eu não consegui explicar. Parti para cima do homem e o derrubei, abri uma abertura em uma das paredes do local que estava enferrujada e fiz Tama passar por ela. Em seguida, quando fui passar, fui eletrocutado e, quando acordei novamente, estava preso pelos pés, sendo cortado. Após a tortura passar, Tama apareceu pelo mesmo lugar que havia saído trazendo uma planta em sua boca. Era uma flor de cor vermelha, bastante espinhosa que machucara a boca dele, porém ele simplesmente deixou em meus pés e me olhou, choramingando, enquanto eu tentava me soltar. Foi quando eu percebi que havia um mundo lá fora, um mundo sem dor. Sem sofrimento.

— E como saiu?

— Houve um acidente. Um dos homens tirou parte do meu sangue e colocou um líquido vermelho. De repente senti uma dor no meu corpo, a mesma que sinto toda noite. O cabo que ligava meu braço ao líquido estourou e caiu sobre Tama que bebeu e sentiu os efeitos. De repente tudo explodiu. A última coisa que eu vi foi Tama e eu caindo de uma altura absurdamente alta em direção ao chão. Isso foi há três luas antes de ver vocês.

— Nossa... – Disse Luna ouvindo toda a história.

— É meio rude ouvir a história dos ou... – Disse o homem.

— Eu já tinha visto tudo, e senti tudo. É inacreditável sua resiliência, sua resistência. E você, Tama, - O cão olhou para ela – você o impediu de se tornar uma máquina de matar.

— Não há uma forma de impedir que isso aconteça novamente? – Perguntou Rosie.

— Temos que descobrir quem lançou essa maldição nele. – Respondeu Luna.

— Como faremos isso se eu nem lembro quem fez? – Perguntou o homem sem nome.

— Nós daremos um jeito, sempre damos. Acho que o maior problema agora é encontrar um nome para você.

— Por que isso?

— Como iremos te chamar se nem nome você tem?

— Que tal “Jones”? – Disse Rosie.

— Feio demais. – Comentou Luna.

— Kaynem?

— Que porra de nome é Kaynem?

— Ah sei lá...

— Michel?

— Gay.

— Leon.

— Não dá para fazer apelido com isso. Vamos chamá-lo de Ian. Simples e rápido de pronunciar.

— É, pelo menos não é Ig. – Comentou o homem que agora se chamava Ian fazendo o dragão olhar para ele e bufar.

Alex despertou e acordou os outros. Meyers o indagou:

— Capitão, o que faremos agora?

— Continuaremos. Quando estava naquela nave, eu vi um mapa holográfico que indicava as coordenadas de onde estavam mais deles. Temos que ir atrás da nave que está ferrando com a natureza. – Respondeu Alex.

— Por que iremos para cima deles? – Perguntou André.

— Porque temos o Aden. Ele pode acessar o sistema deles e...

— Senhor, pode hav...

— Isso é uma objeção, Aden? Não é capaz de fazer isso, Aden? Você está com defe...

— Não senhor, de maneira alguma, mas...

— Então pronto. Assunto encerrado. Vamos ter cuidado.

Raysha levantou-se e, com muita malemolência, desceu da árvore onde observava o horizonte.

— Acho que vocês deveriam ver isso. – Disse ela.

Eles subiram as árvores e viram que uma nave pairava no ar e lançava várias cápsulas no chão. As cápsulas abriam e delas saíam várias pessoas, como se fossem habitantes terrestres e de outras raças.

— Merda! – Disse Alex ao vê-los sendo chicoteados e empurrados para dentro de uma nave.

— E agora? – Perguntou Claire.

— Vamos prosseguir com o plano.

Eles desceram da árvore e começaram a se preparar. Meyers tomava sua arma e olhava quantos pentes tinha na primária, na pistola secundária e quantas granadas flash e de fragmentação lhe restava. Isso tirou uma risada de Foster.

— O que foi? – Perguntou o soldado.

— A gente ter que ser babá de um soldadinho de chumbo é foda. – Respondeu Foster.

— Acha mesmo que eu preciso de sua proteção? Acha que eu não sei me virar sozinho?

— Se com “sozinho” você considera o rifle em suas mãos, então não. Não sabe.

— Ela está certa. – Concordou Claire e Rosie.

— Ah é? – Meyers soltou seu rifle, seu colete e sua bolsa de munições – Então por que não tentam vir todas juntas sem seus poderes de Power Ranger?

As meninas se olharam e concordaram.

— Não temos tempo para isso. – Disse Alex.

— Ah qual é capitão, deixa a gente se divertir um pouco. – Disse Claire.

— Ah meu Deus...

— Vai deixar? – Perguntou André.

Alex se calou e logo disse:

— Bem, precisamos nos preparar, certo?

— Alex, não faça isso. – Disse Raysha.

— Eu vou falar como disse o grande DJ André Marques: “Deixa os garoto brincá”.

— Senhor, tratam-se de mulheres, pois em sua carga genética, há a presença do cromossomo... – Disse Aden.

— Aden, calado.

— Só vou preparar meu punho para socar a cara desse metidinho. – Disse Foster estalando os dedos.

— Vai ficar falando ou vai vir puxar meu cabelo e me chamar de recalcada? – Zombou Meyers.

Foster correu para cima dele e Uric continuou parado com as mãos nos bolsos. Ela então tentou um chute aéreo, porém, Meyers simplesmente empurrou o mesmo pé com que ela havia tentado golpeá-lo fazendo com que caísse de cara no chão. Claire partiu para cima dele e tentou inutilmente dar socos na face do soldado que esquivava-se de todos e, numa rasteira, a derrubou. Rosie e Foster que já estava de pé tentou encurralá-lo contra a árvore. Ao encostar as costas na mesma, ele teve que tirar suas mãos dos bolsos e direcionou as mãos das meninas fazendo-as socar umas às outras. Claire surgiu no meio das duas que estavam atordoadas, tentando dar uma joelhada no soldado que foi para o lado e ela bateu na árvore.

Rosie o jogou no chão e Foster tentou chutar a face dele, porém, usando a barriga de Rosie, o soldado empurrou o abdômen da mesma com o pé esquerdo, deslocando-se para o lado e com o direito, chutou o pé de Foster que quase caiu sobre o soldado que rolou para o lado.

Claire o pegou pelos pés e o arrastou. Rosie levantou e junto com Foster chutou a barriga do soldado que foi lançado contra uma árvore com a força do chute duplo.

Alex percebeu uma coisa e comentou com o soldado enquanto comia um fruto de uma árvore que Raysha fez florescer.

— Qual é soldado, elas não querem direitos iguais? Então mostre a elas.

Uric entendeu o recado e levantou-se.

— Cansei de ser delicado. – Disse o soldado.

Ele correu para cima delas e lutou contra as três simultaneamente. A velocidade e precisão de seus golpes eram tão surpreendentes que as meninas não conseguiam sequer golpeá-lo. Ele então derrubou Rosie e Claire com um golpe no pescoço. Foster cansou de não usar seus poderes e pegou uma faca e tentou cortar o soldado em áreas não vitais, porém o máximo que conseguiu foi um corte no antebraço do soldado que pegou a faca dela e, imobilizando-a, colocou em seu pescoço enquanto a respiração ofegante da mesma indicava que não aguentara contra ele.

— Acho que borroquei o seu rímel, gracinha. – Disse Uric, entregando-a a faca e deixando-a ir.

— Ótimo, agora vamos! – Disse Alex.

Uric pegou seu colete e equipamentos e todos foram por entre a mata. O grande dragão voava tentando avistar alguma coisa. Após algumas horas de caminhada, eles chegaram à beira de um riacho onde Luna sentiu a presença de alguém à frente deles. Os jovens se prepararam para a ameaça, porém, na frente deles, surgiu uma humana, correndo desesperada e topando com os jovens. Alex a segurou e ela gritava:

— Ei, calma, calma, está tudo bem. Estamos aqui por você, calma!

A mulher demorou um pouco para se acalmar e, quando ficou mais calma disse:

— Eles... Eles vão matar todo mundo. Eles...

— Eles quem? – Perguntou Rosie.

— Saiam da frente. – Luna colocou a mão na cabeça da jovem e entrou na consciência dela – Ah meu Deus...

Nesse momento, um disparo foi lançado contra a moça que teve sua cabeça explodida pela munição da bala de um invasor que, do outro lado do riacho. O invasor deu um grito anunciando que havia visto os jovens, foi quando uma infantaria inteira surgiu na frente dos jovens atirando contra eles. Ian protegeu os jovens criando uma muralha de cristais à frente deles.

— Nós vamos enfrentá-los? Perguntou André.

— Não, precisamos saber quantos são. – Disse Alex.

Aden lançou um sonar eletromagnético e disse:

— Há duzentos e vinte e um soldados. Sessenta e três deles estão usando exoesqueletos de um metal que não consegui identificar ligados a uma proteção corporal metálica.

— Uma armadura? – Perguntou Alex.

— Exato.

— Que ótimo, temos sessenta e poucos Tony Stark’s atrás de nós. – Comentou Claire.

— Vamos recuar? – Perguntou Luna.

O grande dragão de André voava desviando dos tiros e, através de sua conexão cerebral, disse ao jovem:

Senhor, eles estão colocando todos na nave. Acho que irão leva-los para outro lugar.

— Gente, eles estão partindo. – Comunicou André.

— Capitão, senhor, a única maneira de conseguirmos alcançá-los seria nos dividindo. – Disse Uric.

— Você ficou maluco, soldado? – Disse Alex – Isso é suicídio, não vamos nos dividir.

— Alex, ele está certo. – Disse Luna – Juntos podemos derrotar os soldados, porém não a tempo de alcançarmos a nave.

— Pessoal, Ig está falando que eles estão pegando os soldados remanescentes, sejam o que vão fazer, que seja rápido. – Apressou André.

Alex pensou muito a respeito e olhou para Raysha que fez sinal de conformidade.

— Merda, merda, merda! – Exclamou Alex – Certo, ouça o que vamos fazer: Uric, você, Raysha, Luna e Rosie ficam comigo, vamos tentar distraí-los enquanto “Igalgumacoisa” leva o restante para a nave. Tentem se inf...

— Não Alex, eu vou com eles. – Disse Luna.

— De jeito nenhum, não vou correr o risco de te perder.

— Isso não cabe a você decidir.

— Eu sou o Capitão então cabe a eu decidir e a você obedecer.

— Eu sou a única que consegue acessar a mente dos soldados e imobilizá-los antes que sejam capazes de nos ouvir e a única que consegue tirar informações deles sem que precisem falar. Logo vai anoitecer e eu tenho um plano para ajudar Ian conosco. Então eu vou e não há nada que vai me impedir.

— Quem é Ian? – Perguntou Claire.

— O homem do vira-latas. – Respondeu Rosie.

— Certo, mas vão, e tomem cuidado. Ian, no três você e seu cachorro eliminam todo o flanco dianteiro deles e deixe uma barreira de proteção para nós. Rosie, tente atacá-los furtivamente, Raysha, faça tuas macumbas e... Sei lá, faz o que achar melhor, e Uric, é hora de ser um soldado.

— Certo!

Ig, venha até nós e nos pegue, vamos correr para a direita, faça um voo rasante.— Comunicou-se André com seu dragão – Vamos correr para a direita, Luna e Ian, cubram-nos dos tiros. Aden, corra o mais rápido que puder e atire sempre que tiver a oportunidade. Claire atordoe-os com o som para facilitar o trabalho do Alex e seu grupo e preciso que você elimine a barreira do som para Ig poder voar com mais precisão. Foster ajude o Aden e corra conosco.

Todos se prepararam para as instruções e Alex começou a contagem.

— Um, dois, três! – Contou Alex.

— Vai filhão! – Gritou Claire.

— Ai caralho. – Exclamou Luna.

Os jovens fizeram como o planejado. Ian lançou cristais nos soldados, transpassando uns e criando uma barreira para Alex, Rosie, Raysha e Uric. Ig voava baixo para encontrar com os jovens. Claire atordoou os soldados através do controle do som e continuaram correndo. Aden atirava contra os demais soldados e tentava entrar no sistema dos que possuíam armadura, porém a armadura possuía o mesmo sistema de bloqueio dos navios que codificava uma nova linguagem a meio milésimo de segundo o tempo todo, impedindo que decifrasse a tempo.

Alex congelava alguns dos soldados invertendo o fogo do bastão em gelo, Uric trocava tiros enquanto tentava economizar as balas para uma possível emergência. Raysha olhou para as árvores ao redor e, dos galhos, fez criar cipós resistentes que tomaram as armas dos soldados e os deixavam vulneráveis para que Alex e Uric ajudassem Rosie, que atacava furtivamente os soldados, a limpar o caminho.

 Ig aterrissou e os jovens do grupo de Luna subiram nele. Enquanto voava, Ian olhou para o céu e viu que as nuvens estavam passando bem rápido. Luna percebeu do que se tratava e o acalmou.

— A gente vai encontrar uma saída. – Disse Luna.

— Melhor me deixarem aqui. Eu serei um estorvo para vocês. – Falou Ian.

— Falou o “Leon, Help!” de Resident Evil®. – Disse Foster.

— Ninguém vai te...

Antes que Luna continuasse, Ignisacer foi atingido com um disparo vindo de uma nave que o identificara e voara atrás dele.

— Ig! – Exclamou André.

Aden olhou para frente e viu que a nave estava perto de decolar e eles próximos a ela.

— Temos que saltar. – Disse o robô.

— Não, não podemos deixá-lo. – Disse André, furioso, mudando o campo gravitacional ao redor da nave, derrubando-a.

— Senhor, vá. Eu vou ficar bem. – Pediu o grande dragão, enfraquecido, quase caindo, com seu tórax sangrando muito.

— Vem! – Luna puxou a todos que caíram e saíram de cima do dragão que voava baixo, quase sem forças para bater as asas.

André pousou a todos com delicadeza e eles correram até a nave onde a escotilha se fechava. Do lado de fora, sete soldados protegiam a entrada da nave. Tama os envolveu num mano umbracinético e Foster criou a famosa foice dupla e degolou todos os sete. Eles entraram na escotilha de emergência que ficava na lateral da nave, escalando com a ajuda da coluna cristalina que se formou abaixo dos pés dos jovens por controle de Ian e logo a nave decolou com eles dentro.

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Alex e Uric batiam nos soldados, enquanto Raysha os dava suporte a distância a mando do Capitão. Rosie, furtivamente tentava danificar a armadura dos soldados que tinham na armadura as siglas “CQB”, porém era em vão. Em suas haviam placas metálicas que ao se juntarem, lançavam um pulso eletromagnético direcionado pelo visor de seus capacetes que tinham uma força muito grande a ponto de lançar Alex a metros de distância.

Ao ver que Alex havia caído, Raysha foi ajudá-lo.

— Está...

— Estou bem, Raysha. – Disse Alex – Cuidado!

Ele rolou com ela para o lado, escapando de uma árvore que havia sido lançada sobre ambos que se encontravam trocando olhares com Raysha em cima do Capitão.

— Posso ajuda-lo capitão? – Perguntou Raysha.

— Não se...

— Shhh! – Ela fez sinal de silêncio com a boca – Não vou nem me mexer daqui.

A mulher assoviou e, após alguns segundos o Tigre Preatoniano que havia enfrentado os jovens dias atrás surgiu e partiu para cima dos soldados, destroçando-os com sua força e seus dentes potentes.

Raysha virou sorrindo para Alex.

— Viu?

— Vi sim, agora pode sair de cima de mim? – Pediu o Capitão encabulado.

— Desculpe, sou pesada assim?

— Não tem como ser pesada com um corpo bonit... Esquece. – Disse Alex tirando-a delicadamente de cima de si e voando para ajudar Uric e Rosie.

O jovem inflamou seu braço e lançou rajadas pirocinéticas contra os CQBs que mostravam uma certa aversão às chamas. O jovem então, com o braço inflamado, socou com muita força uma das juntas da armadura que parecia mais frágil até que fez um pequeno buraco na proteção metálica.

Uric viu o que o Capitão havia feito e tirou uma de suas granadas do bolso, puxou o pino e jogou dentro da armadura. Alex pegou o CQB pela perna e jogou contra outros dois que explodiram junto com que fora lançado. Rosie foi atingida por um tiro na perna, ao ver isso, Raysha correu com a velocidade de uma gazela e, criando cipós, tirou os soldados que se aproximava de Rosie das redondezas, socando outros, aproveitando a força da aceleração para desmaiá-los. Ela levantou Rosie que mancava da perna e viu o ferimento.

— Merda, você não pode continuar. – Disse Raysha.

— Não se preocupe comigo. Obrigada. – Disse Rosie mancando levemente.

Ainda haviam sessenta e um CQBs e noventa e três soldados. A desvantagem era visível. Os jovens cansados quase não tinham força para continuar a lutar. Uric estava alcançando o auge da exaustão e encontrava-se apanhando de vários soldados ao mesmo tempo. Raysha foi pega e lançada contra uma árvore e Rosie, para fugir de um pulso eletromagnético de um dos CQBs tentou correr, porém foi atingida e caiu prostrada.

Alex levou um tiro no abdômen e caiu, sofrendo de dores terríveis por conta do tiro atordoante que um dos soldados disparou modificando o tipo de munição de seu rifle que contava com três: plasma, tiro convencional e bala atordoante que consistia numa munição que agia nas áreas relacionadas aos nervos sensitivos que ativavam os estímulos de dor ao cérebro.

Nesse momento, o mais puro furor tomou conta de cada parte de seu corpo. Os gritos de dor do parceiro tomaram não somente conta dos ouvidos dela, mas de cada célula de seu corpo. Ela levantou-se lentamente, enquanto seus olhos iam ficando cada vez mais esbranquiçadas, até que tudo parecia ter ficado mais lento. Ela não conseguia ver pessoas, seres, seu corpo parecia ter vida própria. Sua consciência naturalista e não violenta deu lugar a alguém que parecia ter sido possuída. Ela tomou sua espada nas mãos e partiu para cima dos soldados. Um por um, ela cortava ao meio, um por um dos CQBs ela destruía a armadura na base dos socos e chutes. Seu corpo simplesmente não sentia dor alguma, os ferimentos que lhes eram causados pelos golpes dos soldados que tentavam lhe ferir pareciam apenas cortes de papel. Ela sintetizara a virtude da força, agilidade, velocidade e tenacidade de cada um dos animais em todo seu corpo. Não havia uma consciência humana ou bestial naquela máquina de matar, havia apenas a concepção e desejo frenético de matar.

Sete minutos e trinta e seis segundos, foi o tempo necessário para que os noventa soldados e todos os CQBs se encontrassem mortos ou caídos no chão, desmaiados ou agonizando.

Alex, após a dor ter passado, Rosie e Uric olhavam assustados para Raysha. Ao ouvir a respiração dos jovens, Raysha, o que quer que seja aquilo que havia se apossado dela partiu para cima deles.

— Raysha não! – Disse Alex tentando desviar dos socos dela, porém não foi efetivo, pois com um único soco em sua barriga, Alex foi lançado a metros dali.

Rosie ficara invisível, porém Raysha sentia seu cheiro e sabia exatamente onde a jovem estava através da visão térmica de cobra, então não foi difícil colocá-la deitada no chão com um chute certeiro.

Uric desviava dos socos de Raysha que criou um cipó que segurou o braço do jovem. Ele deu um mortal escapando do chute aéreo da mulher implacável, pegou uma faca e cortou o cipó. Raysha tirou sua espada e começou a lutar usando a sua arma branca contra a adaga de Meyers. Alex levantou-se e criou uma barreira de fogo ao redor dela, numa tentativa de fazê-la parar, porém Raysha passou através do fogo, mesmo com sua canela e braços queimando continuou lutando contra Uric que recebera um corte no tórax. Ao cair, Raysha preparou para transpassar o coração do soldado com sua espada, porém Alex lançou uma árvore nela e levantou Uric e Uric a Rosie.

Raysha destruiu a árvore com suas mãos. Alex criou uma redoma de gelo reforçado ao redor dela, mas Raysha escavou o chão e pegou Alex pela perna e o jogou contra a própria redoma, destruindo-a. Alex pensou em lançar chamas contra ela, porém isso poderia afetar drasticamente sua saúde, levando-a a ser queimada.

— Raysha, pare, me escuta, sou eu, Alex. – Tentava dialogar o Capitão enquanto desviava dos golpes de Raysha.

Alex segurou um dos punhos dela e em seguida segurou o outro. Raysha tentou dar-lhe uma rasteira, porém ele a derrubou primeiro e congelou os punhos e pés dela no chão, impedindo sua mobilidade. As suas mãos se deslocavam como um aracnídeo trocando seu exoesqueleto, quanto mais ela mexia mais ele congelava.

— Raysha, me escuta! Sou eu Alex. Pare com isso, por favor.

O jovem Capitão lembrou-se da música que ela cantarolava enquanto se banhava e começou a cantar para ela. De imediato ela não o dava ouvido, apenas grunhia, latia e fazia sons estranhos cujo timbre de voz indicava que havia apenas raiva irracional dentro de si. Porém, à medida que ele ia cantando, Raysha ia se acalmando. O som da cantoria de Alex penetrava nos ouvidos da mulher como o som relaxando das ondas das águas se desfazendo em meio à areia.

Alex ia alisando o rosto da jovem enquanto cantava até ver que sua íris estava gradativamente voltando ao normal e ela já o reconhecia.

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Infiltrados na nave, a tensão se intensificava cada vez mais. Luna mantinha todos em silêncio. Ian acalmava Tama para que o mesmo não latisse. Aden ouviu um dos soldados vindo e logo se prontificou para imobilizá-lo, transformando seu dedo robótico numa navalha, cortando a traquéia do soldado e deixando-o agonizar até morrer.

Vamos, devagar, não façam barulho. — Comunicou-se Luna mentalmente com os jovens.

Eles então foram agachados através dos corredores estreitos e cheios de aparatos tecnológicos da nave. Enquanto andavam, André perguntou:

— Qual o plano?

— Não conseguiremos pegá-los furtivamente. – Disse Claire.

— A alternativa mais viável é fazer Aden acessar o bloqueador do painel de controle, aterrissar a nave e tirarmos todos daqui reunindo, claro, os humanos. – Disse Luna.

— Isso é um plano? – Perguntou Foster – Está na cara de que vai dar errado.

— Já estamos aqui, tem ideia melhor? – Perguntou André recebendo o silêncio de Foster como resposta – Ótimo.

Os jovens continuaram andando através dos corredores até que encontraram um setor repleto de soldados. Aden fez uma análise breve do sistema e constatou que era o setor de navegação.

— Consegue ver onde estamos indo? – Perguntou Ian a Aden.

— Aparentemente estamos prestes a sair do planeta. Isso inclui sair da órbita Preatoniana. – Respondeu Aden.

— O quê? – Exclamou Luna – Estamos indo a outro planeta?

— Exatamente, iremos ao Lupus-V2.

— Que porra de planeta é esse? – Disse Claire.

— Não sei. Mas entraremos em órbita em poucos minutos. E devemos nos apressar, pois com a força da aceleração é capaz de nos desintegrarmos desprotegidos como estamos. Além de outras coisas.

— É para foder mesmo. – Reclamou Foster.

— Que coisas? – Perguntou Luna.

— Cada segundo que passarmos fora da órbita Preatoniana, acrescerá vinte e dois anos terrestres.

— Espera, você quer dizer que se sairmos de órbita...

— Não restará mais nada na Terra quando voltarmos.

Luna, Claire e Foster se calaram.

— Não há maneira de reverter isso? – Perguntou André.

— Não há como lutar contra a teoria da relatividade. – Respondeu Aden – Não se volta no tempo, apenas se avança.

— Temos que impedir isso. – Disse Ian ao ver a tristeza das amigas – Temos que ir lá e tomar o sistema de navegação para nós, daí reconfiguramos a rota e voltamos.

— Temos onze minutos para fazer isso sem alertar os vinte guardas que há ali. – Disse Luna após lançar seu sonar telepático.

— Eu só preciso de dez segundos. Vem Tama.

Ian e seu cão partiram para cima dos soldados. Ian lançou cristais pontiagudos no pescoço de sete soldados e, teleportando-se, degolou mais seis enquanto Tama matou os outros sete soldados com seu controle umbracinético. As meninas, Aden e André então se aproximaram.

— Aden, procure por câmeras. – Ordenou Luna.

— Área limpa. – Respondeu Aden tomando o controle do sistema de navegação.

De repente, no rádio comunicador, um soldado tentava comunicar-se com o chefe do setor, porém, ao não obter resposta, desligou o comunicador. Aden verificou a rota de quem falava através das ondas acústicas eletromagnéticas que se propagaram de maneira semelhante a uma chamada de telefone celular.

— O chamado veio do painel central. Temos quarenta e seis segundos até ele chegar aqui e contando. – Disse o robô.

— Você é quem tem que se preocupar com isso, acesse logo o sistema de navegação. – Comentou Foster.

Aden procurava uma maneira de reconfigurar a rota de navegação, porém isso se mostrava um árduo trabalho.

— Anda Aden. – Pediu Luna.

— Não é tão fácil quanto parece. – Respondeu o robô – Quase lá... Quase lá... Pronto!

A nave parou bruscamente e todos foram lançados para trás.

— O que você fez? – Perguntou Claire.

— Reconfigurei a rota. Agora voltaremos para Preato. – Respondeu Aden.

— Por que eu sinto que estamos indo rápido demais? – Perguntou André.

— Porque estamos. A força de impacto será muito forte, então temos que pegar uma das cápsulas de emergência, colocarmos quantos humanos for possível e sairmos daqui. Chance de sobrevivência é de oitenta e seis por cento. Vinte minutos para o impacto.

— Grande gênio, como faremos isso? – Perguntou Foster.

— Minha parte está feita, agora pense no resto já que você está reclamando.

Foster se assustou por conta da resposta de Aden, principalmente pelo fato disso ter vindo de um robô.

— Pessoal, tem alguém vindo. – Avisou Ian.

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— Calma, calma, está tudo bem. Sou eu, Alex. – Dizia o jovem Capitão repetidas vezes até que a íris de Raysha voltasse ao normal.

— A-Alex? É... É você? – Disse Raysha olhando para ele, levantando seu tronco com os olhos cheios de lágrima, mudando sua íris para azul e abraçando Alex em seguida – Me perdoa, me perdoa, me perdoa!

Rosie e Uric olhavam sem entender o que estava acontecendo. Alex continuava abraçando a moça enquanto ela chorava sem parar.

— Depois nós falamos sobre isso, agora vamos. – Disse Alex ajudando-a a se levantar.

— Senhor, as demais naves que se encontravam ali partiram. – Comunicou Uric.

Raysha sentiu um tremor de terra.

— Tem alguma máquina escavadora no local, deve estar tirando os nutrientes do solo, isso que está matando as árvores. – Disse Raysha apontando logo à frente para uma floresta de árvores caídas.

— Vamos seguir a floresta e ver no que vai dar. – Ordenou Alex.

Os jovens então correram em direção à floresta até que avistaram Ignisacer caído. Eles então foram até o dragão ajudá-lo.

— Ig, o que houve? – Disse Alex.

— Eles... Eles conseguiram entrar. – Respondeu o ofegante dragão.

Raysha, sensibilizada sobre o estado do dragão, tirou de seu alforje uma solução de ervas. Ela subiu no dragão e viu a ferida em seu peito. A mulher pingou seis gotas na ferida e passando a mão no tórax do animal, foi espalhando pétalas de uma flor semelhante a um girassol nas bordas da ferida até que Ig fechou seus olhos.

— Ele morreu? – Perguntou Rosie.

— Não, apenas esta inconsciente. Ele é um forte animal, vai se recuperar em breve.

— Não podemos deixá-lo aqui. – Disse Uric.

— Ray, consegue me dar alguns cipós resistentes? – Pediu Alex.

— Ray? – Indagou Raysha intrigada.

— Esquece, faz isso por mim, rápido, não temos tempo.

Raysha foi sorrindo até uma árvore e fez cipós caírem da mesma.

— Aqui. – Disse ela.

Alex amarrou cipós no corpo de Ignisacer e o puxou.

— Certo, vamos. – Disse o Capitão.

Os jovens adentraram na floresta enquanto Alex carregava o grande dragão que rolava através de troncos colocados abaixo do mesmo, permitindo que fosse carregado com mais facilidade.

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Ao ouvir que alguém se aproximara, Foster o puxou e, transformando seus olhos em uma cor rosa, ordenou ao homem:

Você não viu ninguém aqui. O setor está limpo e você voltará e dirá que foi apenas um problema no curso de navegação e que tudo está sendo consertado.

Ela soltou o homem que voltou manipulado mentalmente pelo poder de persuasão da jovem agente e disse tudo o que ela ordenara, fazendo com que os demais soldados recuassem e voltassem às suas tarefas.

— Ótima jogada. – Disse Ian – E agora?

— Agora Aden, descubra onde os humanos estão escondidos e onde estão as cápsulas de emergência.

Aden adentrou no sistema e descobriu a localização dos devidos setores.

— Próximo corredor à direita estão os humanos e no corredor consecutivo, as cápsulas de dispersão.

Os jovens apressaram-se até os humanos que estavam presos numa sala gigantesca junto com outras raças. Tama imobilizou os homens do setor e Luna, entrando na mente deles, os desmaiou. Eles olhavam para os demais seres e eles os olhavam de volta. Luna comunicou-se mentalmente com eles para que todos entendessem o recado:

Nós viemos em paz, viemos para resgatar vocês. Meu nome é Luna, sou uma Terráquea. Confiem em mim, tiraremos vocês dessa nave imediatamente, mantenham o silêncio, sejam furtivos e confiem em nós.

Nem todos entenderam, pois haviam várias línguas, porém eles se comunicavam entre si. Os humanos olharam bem para Luna e uma pessoa, uma mulher de repente disse:

— Foi ela, ela que estava com a Katrina. Você não vai pegar minha Mayra.

— Espera, Mayra? – Disse Luna.

Ian havia ficado como vigia da porta e alertou os jovens:

— Luna, tem vindo alguém aqui.

— Olha, estamos aqui para levar vocês para casa, essa foi a missão que nos deram na Terra, venha conosco, por favor, ou então essa nave irá decolar e vocês jamais verão a Terra novamente.

A multidão quase interminável de seres extraterrestres e de terráqueos então seguiu Luna. Claire anulava o som dos passos e das vozes deles para que não ecoasse e não alertasse a quem quer que estivesse perto. Foi quando, no corredor da frente apareceram soldados que logo dispararam contra os jovens. Ian criou uma muralha cristalina para protegê-los dos disparos.

— Corram para as cápsulas, rápido! – Exclamou André para todos eles, fazendo sinal com a mão.

Eles corriam gritando desesperados e se acomodaram nas cápsulas onde cada uma das vinte cápsulas emergenciais de dispersão tinha capacidade para 300 seres. Claire separava os humanos dos demais em cápsulas próprias.

— Vão, entrem. – Disse Ian enquanto tampava a porta da sala com seus cristais.

Claire e Foster entraram com os humanos na cápsula, seguido de André e Ian.

— Certo, Aden, como ativa isso? – Perguntou Luna.

— No painel central. – Disse o robô encaminhando-se para o painel que ficava à esquerda da porta de entrada.

A luz vermelha das cápsulas piscava toda vez que Aden tentava algo que fazia um som de erro.

— O que foi agora? – Perguntou Luna.

— Há um código de ativação. – Respondeu Aden – Preciso de tempo para codificá-lo.

Uma voz robótica os alertou.

— O que a voz disse? – Perguntou Luna.

— “Dois minutos para o impacto”. – Respondeu o robô.

— Anda Aden. – Gritou Claire.

— Estou tentando.

Nesse momento, um robô surgiu de uma escotilha acima de Luna que previu o perigo e se afastou. O robô golpeou Aden e o prendeu na parede, desmembrando tecnopaticamente e eletrificando-o, danificando as funções que permitissem uma reconstituição corporal. Luna tentou ajudá-lo, porém o robô lançou um dardo eletrificado que a imobilizou como um taser em uma pessoa.

— Luna! – Gritou Ian tentando sair da cápsula de ativação.

Porém Aden conseguiu decodificar o código de ativação e olhou para Luna. A luz ficou verde, Luna olhava para a luz e em seguida para Aden com a visão turva, ainda tomando pequenos choques que atuavam na transmissão neural dos impulsos nervosos de seus músculos.

O robô então disse:

— Eu tenho que fazer isso, antes que seja tarde.

As lágrimas de Luna responderam por si só e Aden, lutando contra o controle tecnopata do robô que o prendia e tentava controlar seu sistema operacional, ativou o lançamento das cápsulas.

Os gritos de Claire, Foster, Ian e André se misturavam ao barulho da pressão de lançamento das cápsulas. Luna olhava o compartimento se fechando a medida que seus olhos também se fechavam e lá ficou ela, caída, inconsciente, enquanto Aden, mesmo lutando com toda sua força robótica, foi desligado.

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As cápsulas caíram próximo a Alex, Rosie, Uric e Raysha que foram averiguar e viram vários seres saindo e se abraçando. Porém, esse não era o semblante dos jovens humanos do grupo de Luna. Ao ver que Luna não estava lá, Alex deixou Ig e voou até os jovens.

— Vocês conseguiram! – Disse ele.

— É o que parece. – Disse Claire.

— Onde está Luna? E o Aden?

— Na... Na nave. – Respondeu Ian.

— Na o qu...

Uma explosão silenciou os jovens. Além do barulho e da onda de impacto que moveu as poucas árvores que ainda estavam de pé, o único barulho que Alex conseguia ouvir, era o de seu coração que batia tão forte que seria capaz de dizer que estava tendo um colapso cardíaco.

Quem dera fosse.


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Notas finais do capítulo

Como postei hoje, ainda irei revisar, porém amanhã já estará tudo certinho.
COMENTEM! Deixa seu comentáriozinho lindo aqui pro pai, ajuda muito. Beijos do THE.



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