Preato - The Rift: NeoGEN — INTERATIVA escrita por THEstruction


Capítulo 6
Capítulo V: - É +


Notas iniciais do capítulo

OLÁ PESSOAL.
VAI, ME XINGA, ME XINGA MUITO, MEREÇO, EU SEI.
Desculpa pela demora, meu curso voltou :/ então já viu né... Mas enfim, apreciem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/674684/chapter/6

O monstro correu em direção aos inúmeros soldados. Luna fez um escudo cinético alguns metros à frente, mas ele fora destruído com extrema facilidade, foi quando eles perceberam a dimensão do problema que corria furioso em direção aos seiscentos soldados que se preparavam com as armas que exclamou:

— Tankers, agora!

Após o comando, mais de cento e trinta e seis soldados tomaram suas bazookas em mãos e atiraram contra o monstro que, ao sentir o dano causado pelos lançadores de foguetes, levantou-se sobre suas patas traseiras. Seu abdômen ficou exposto, porém uma rachadura no abdômen se abriu e de dentro dele foram expelidas algumas gosmas de cor esverdeada que parecias envolver alguma coisa. As mesmas então começaram a se mexer revelando algo dentro até que elas se romperam e criaturas com seis patas surgiram e se aprontaram a correr para cima dos jovens. Elas tinham cerca de um metro e noventa de altura e corriam ainda mais rápido que o Behemoth que, ao colocar as patas dianteiras no chão abalou o solo pela intensidade da força do monstro enorme que, assim como os menores, também corriam atrás dos jovens. Os pequenos monstros então se tornaram invisíveis e, de repente, soldados começaram a serem mortos, uns eram mortos pelos próprios companheiros por tentarem acertar os monstros invisíveis e outros eram mortos pelos próprios monstros que formavam arpões espinhosos com suas caldas, atacando os soldados, dilacerando seus tórax e outras partes do corpo dos bravos guerreiros.

Por outro lado, os jovens se viam diante de um enorme problema, enorme não apenas no tamanho.

Pensa, Alex, pensa.— Dizia Alex para si mesmo em pensamento – Aden, alternativas.

— A carapaça do Behemoth é extremamente resistente o que o torna quase invuln... – Dizia Aden.

— Rápido Aden, fala logo caralho.

— Senhor, isso é... – Respondeu Aden.

Porém, ao ver o perigo a poucos metros, Aden criou através seus braços, um escudo em forma de meia-lua o qual repeliu o monstro que tentou abocanhar os jovens. Claire viu que o escudo não ia aguentar e olhou para Luna.

— Faz tua magia, putinha. – Disse Claire para Luna.

Luna tapou os ouvidos de todos por telepatia e Claire usou sua fonocinese e criou um som tão alto que atordoaram os pequenos monstros que perderam sua invisibilidade por conta do som ensurdecedor que atordoou até mesmo o Behemoth que se afastou e prostrou-se sobre suas patas dianteiras. Aden recolheu seu braço e Alex voou até os monstros menores, tirando seu bastão, inverteu as chamas dele em gelo, congelou-os e os destruiu com socos.

— Quer saber? Cansei. – Disse Foster correndo na direção do Behemoth.

A agente pegou um canivete e subiu apelas patas do monstro até chegar à cabeça. Foster então transformou seu canivete numa grande foice dupla com uma correte nas hastes ligando uma a outra. Ela perfurou o olho esquerdo do monstro com uma foice e o direito com outra. Mandrak segurou na mão de Luna e absorveu seu poder.

— Você! – Disse ele para Rosie – Venha comigo, me impulsione.

Eles então correram na direção do monstro no exato momento em que Foster cortou horizontalmente os olhos do monstro que gemeu de dor.

— Agora! – Gritou Mandrak.

Rosie correu à frente de Aragor, abaixou-se e impulsionou o homem que pulou até o rosto do monstro, porém o mesmo levantou sua cabeça e Aragor viu-se caindo. Foster então lançou uma de suas foices no pescoço do monstro, servindo de auxilio para Aragor que se segurou na foice presa à pele do monstro que se mexia com vigor. Aragor então concentrou um pequeno laser com a energia do poder de Luna, esse laser foi capaz de abrir uma brecha no que seria a traqueia do Behemoth que, mesmo cego, podia sentir Foster e Aragor em seu corpo. Então o monstro incendiou seu corpo e Foster teve que pular. A queda seria muito grande, por isso Alex voou e a pegou, colocando-a junto com os jovens. Aragor parecia ser bastante resistente ao fogo e continuava abrindo a garganta do monstro que se balançava. Após algum tempo Claire viu a pele de Mandrak queimando.

— Ele não vai resistir. – Disse a jovem para Alex.

— Me queima. – Disse Alex.

— O quê?

— Vai, me queima muito.

Claire então lançou chamas contra Alex que, ao sentir a dor ficando quase insuportável e suas roupas começarem a abrir buracos, voou até o monstro. Ele então lançou água de suas mãos que apagavam as chamas da criatura, parando de queimar Mandrak. Aragor se segurou, exausto, porém não soltou a foice, pelo contrário, ele puxou a corrente e pegou a outra parte da foice, a qual prendeu sobre a ferida no pescoço da criatura.

— Homem de lata! – Gritou Mandrak – Pode me ajudar a degolar o monstro?

Aden voou até o homem e pegou pelos pés dele. Aden então voou ao redor do pescoço da criatura com Aragor segurando a foice várias vezes, até que Behemoth teve seu pescoço cortado, deixando sua cabeça presa ao seu corpo apenas por algumas fibras de músculos mais profundas que sustentavam a estrutura colossal do monstro que ameaçava cair. Alex parou de lançar água sobre o monstro e voou até a cabeça do Behemoth e, com um soco, arrancou a mesma, quebrando a mão do jovem no processo. A criatura então caiu, morta. Aden colocou Aragor no chão em segurança e Alex apenas olhava para sua mão quebrada, pois, por conta da adrenalina não sentira dor.

Os jovens e os soldados, exaustos, descansaram por alguns minutos e contaram as baixas do esquadrão que foram ao todo cento e vinte e seis.

— Você disse que os invasores o chamam de Behemoth, certo? – Perguntou Rosie.

— Sim. – Respondeu Aragor.

— Então ele é uma criação dos próprios invasores?

— Ele apareceu pela primeira vez quando as naves chegaram por aqui. Dizimou vários Preatonianos de uma vez só.

— Isso significa que quando eles descobrirem que seu cachorrinho foi morto virão até nós. – Disse Foster.

— Então vamos dar o fora daqui. – Disse Alex levantando-se – Soldados, vamos em fr...

A ordem de Alex foi interrompida, pois, ao olhar no horizonte, viu como se fossem sombras surgindo entre algumas montanhas.

— O que é aquilo? – Perguntou Alex – Aden, reconhecimento.

Após uma analise eletromagnética de longa distância, Aden constatou:

— Senhor, aquilo é uma nave vindo em nossa direção. Não, espere... São mais de uma nave. Senhor são aproximadamente setenta e oito naves vindo até nós.

— Puta que pariu. Peguem os equipamentos e corram! – Exclamou Alex para os soldados que fizeram como o ordenado.

Alguns dos bravos homens e mulheres tomavam os companheiros feridos em seus ombros e corriam o máximo que podiam enquanto olhavam para trás e viam as naves se aproximando. Eles se esforçavam ao máximo carregando pesos quase insuportáveis, fazendo todo o esforço necessário para dar o máximo de si a fim de poupar a vida dos companheiros que, feridos ou inconscientes, significavam tanto quanto aqueles que corriam para salvá-los.

Os tiros se aproximavam cada vez mais dos bravos soldados e dos jovens valentes à medida que se embrenhavam numa pequena mata à frente. Gritos de desespero se misturavam aos de Alex que insistentemente animava os guerreiros a continuarem correndo pelas suas vidas. Cada tiro possuía uma força de impacto que destruía quase que por completo os troncos das árvores que ocupavam a pequena mata. Eles continuavam correndo, expirando e inspirando o ar nos seus pobres pulmões que, apesar de cansados assim como suas pernas e braços, continuavam trabalhando para distribuir o oxigênio, elemento tão essencial nesse momento quanto a vontade de viver.

Porém, o cansaço bateu e alguns soldados, já exaustos, não conseguiam correr como lhes era necessário para garantir a sobrevivência e acabavam sendo alvejados por tiros, caindo desfalecidos e mutilados, com suas vísceras e sangues manchando as folhas de algumas árvores no local. Aden esticou seu braço e tomou a sacola que continha o portal e carregou consigo. Luna então, ao pressentir um perigo, ordenou que parassem.

Ao olharem para baixo, os jovens se depararam com uma queda que tiraria a vida de qualquer um que se atrevesse a desafiar a altitude quase insana do Canyon.

— Merda! – Exclamou Claire – E agora?

Alex tomou seu bastão e inverteu o fogo, criando uma rampa gigantesca de gelo que serviu como escorregador para ele e os soldados que se jogaram na mesma. Eles deslizaram sobre a rampa e, sob os tiros das naves, a rampa começou a se fragmentar, levando todos os mais de quatrocentos soldados assim como os seis jovens e o robô falante a caírem num rio que corria em direção a uma cachoeira. Ele então voou e puxou Luna e Rosie consigo, colocando-as nas bordas do rio, em terra firme, mas voar para pegar Claire e Foster, um míssil vindo de uma das naves rompeu uma represa que jorrou toneladas d’água que pegaram todos de surpresa, empurrando-os ainda mais contra a cachoeira que acabou por dragá-los.

—______________________________________________________

Após algumas horas inconscientes, os soldados se levantam e em seguida olham para Aden que despertava seu Capitão que, atordoado lhe pergunta o que aconteceu.

— Caímos pela cachoeira, vocês ficaram inconscientes, então arrastei os soldados sobreviventes e vocês para um lugar seguro. Houveram baixas de vinte e três homens.

Alex olhou ao redor, e viu que os soldados se levantavam, olhando uns aos outros, verificando os equipamentos.

— Onde est...

— O portal está em segurança. – Respondeu Aden mostrando a bolsa a Alex.

O jovem foi até Luna e a acordou.

— Ei, Lu, acorda. – Dizia ele, levantando o tronco da amiga que levemente abria os olhos – Está tudo bem? Se machucou?

— Eu... Eu acho que não. – Respondeu Luna, dando um sorriso para Alex que retribuiu de semelhante forma.

Aden levantava a Claire e Foster que olhavam suas roupas molhadas. Mandrak observava as árvores do local.

— Onde estamos? – Perguntou Aragor.

— Aden, reconhecimento. – Ordenou Alex.

 — Senhor, há uma diversidade de árvores Preatonianas semelhantes à que foi trazida ao laboratório. Sugiro evitarmos tocá-las, pois elas podem reagir e...

— Soltar espinhos pelos troncos. Obrigado. –Interrompeu Alex – Soldados! Vamos andando, com cuidado. Afastem-se das árvores, cheque suas armas e munição e vamos andando.

O esquadrão continuou andando, seguindo seu Capitão que, após alguns minutos de silêncio fora interrogado por Luna.

— Posso te fazer uma pergunta? – Indagou Luna.

— Diga. – Respondeu Alex.

— Você sempre foi contra armas, o que te fez gostar delas?

— Já me viu com alguma arma?

— Não.

— Então sabe que não gosto delas, mas sei a importância de cada uma delas num lugar como esse.

— Entendo. – Disse a jovem abaixando a cabeça.

— Eu sinto que não era isso que queria me perguntar.

— Na verdade eu queria saber o que você fez depois que nos separamos. Claire me contou que você a encontrou pela primeira vez enquanto saía de um bar.

Alex abaixou a cabeça e suspirou.

— Tudo bem, não pre...

— Não, quer saber? Está na hora de você saber. Ok, por onde eu começo?

— Pela saída da delegacia.

— Certo. Após o velório da minha mãe, da minha irmãzinha e de ser considerado o culpado pela morte de Neo pela mãe dele, não me restou mais nada. Eu não tinha mais gosto pela faculdade, gosto por esportes, gosto por nada, minha vida se tornou um grande espiral de fracasso. Eu deitava na cama e não conseguia dormir. O barulho dos ossos da minha mãe e da... – Os olhos de Alex começaram a lacrimejar – Enfim, eu era constantemente bombardeado pelos malditos pesadelos com Preato, com o Rei, com o Neo e com a porra toda. Eu comecei a ficar esgotado todo o tempo, perdi contato com meus colegas, não queria saber mais de ninguém. Tudo que eu tinha eu perdi por conta dessa porra desse planeta! Eu... Eu não tinha mais ânimo para nada e daí você já entendeu qual foi a saída para me livrar da dessa dor do caralho.

Os olhos de Alex ficavam vermelhos como o solo em que pisava. Tais olhos eram inundados pelas lágrimas que ameaçavam cair, porém se prendiam às suas pálpebras inferiores como se segurassem em um abismo de tristeza como parecia estar o coração do jovem que pulsava acelerado em seu peito ao lembrar das memórias que lhe marcaram e mudaram o rumo da sua história, transformando-o no que era. Luna percebera a profunda tristeza do amigo e o pesar em sua fala.

— Alex, eu...

— Daí, em uma dessas noites eu encontrei Claire e ela já deve ter te contado toda a história.

— Sim, ela contou.

— Depois disso, quando eu saí da casa dela, um carro estava estacionado e um homem estava dentro dele e me chamou. Ele era o Major...

— Price.

— Ele havia visto a minha luta contra os pervertidos na saída do bar e já estava no meu encalço a algum tempo, foi quando me convidou para o exército e, em alguns meses eu já era o Capitão do meu próprio pelotão.

— Então você foi para o exército porque não tinha mais nada a perder. Por que não me procurou?

— Eu já perdi tudo que eu tinha, não queria perder você com minhas atitudes. Você Luna, foi a única coisa que manteve minha sanidade todo o tempo. Eu recebi suas cartas, eu lia todas elas. Você não tem ideia do quanto eu queria você de volta.

 — Vo-Você... Você lia as cartas? – Gaguejava Luna por conta da surpresa que fora receber a notícia que provinha da boca de seu amigo – Por que... Por que não me respondia?

— Eu não queria que soubesse o que se passava, senão eu sabia que me procuraria e por mais que a coisa que eu mais quisesse nos meus momentos de aflição fosse te abraçar, eu sabia que alguma coisa podia dar errado. Até que eu decidi mudar. Rasguei todas as cartas que chegavam, não podia ler porque isso estava acabando comigo por dentro.

— Quer dizer que... Fui eu que matei o velho Alex?

Alex levantou o queixo de Luna e depois arregaçou a manga de sua jaqueta, mostrando cerca de cinco marcas de cortes horizontais em seu antebraço esquerdo e uma sexta marca vertical que se estendia desde dois centímetros abaixo de seu antebraço até a palma de sua mão.

Ele apontou para a primeira marca, mais próxima à sua mão e disse:

— Três dias após o velório. Primeira tentativa.

Após apontar para a segunda marca, mais profunda, porém pela metade, Alex disse:

— Duas semanas após o velório. Depois de uma noite de bebida. Deitado próximo à porta, uma carta caiu, era você.

Na terceira marca, ele virou novamente o rosto de Luna que não queria ver as cicatrizes que a deixavam com aflição.

— Um mês depois, vinte dias antes de conhecer Claire. Na banheira, olhando uma foto de Neo. Ouço o carteiro chegar e paro de me cortar.

— Alex...

— Quarta marca. Três dias depois, matei um homem com minhas próprias mãos em um beco porque ele tentou me roubar. O sorriso em meu rosto indicava o que eu estava me tornando. Corri para casa e decidi ler a primeira carta, não consegui terminar o trabalho.

— Por que está me mos...

— Quinta marca, sete dias antes da Guerra Nova. Meu celular tocou, era Rosie perguntando se eu havia visto você. E por fim, sétima marca, depois da Guerra Nova. A tentativa definitiva de tirar a minha vida. Sentando naquele sofá, eu tentei me cortar e sangrar até morrer, foi quando, na estante, quase desmaiado, avistei a última carta que eu havia me esquecido de rasgar. Cambaleei até ela e com meu braço quase partido ao meio a peguei e a li. Não consegui ler por completo, meus olhos escureciam e as lágrimas caíam como se tivessem vida própria. Sua imagem corria em minha mente como se eu a visse do outro lado de um trem em movimento. Eu... Eu não consegui. Eu simplesmente liguei para a ambulância e após disso, só lembro-me de agulhas na minha pele e sacos com sangue entrando em minhas veias. Ao meu lado, havia...

— Um buquê de gérberas rosas aromatizado, enrolado em um papel branco semelhante a uma cartolina, porém mais fina... – Completou Luna.

— Você me perguntou se você havia matado o velho Alex. Não, Luna, você ajudou a ambos a não matarem a si mesmos. Você é o motivo pelo qual estou respirando. Não tenho mais motivos para continuar com essa missão, estou simplesmente fazendo meu trabalho, mas ficar perto de você está bagunçando minha mente. Eu não quero mais me responsabilizar pelas pessoas ao meu redor por conta de laços sentimentais. Só que com você eu não consigo. Eu tentei criar uma barreira sentimental com palavras curtas e arrogância, mas... Mas não dá, porra! Olha, Luna, o que eu quero dizer é qu...

Um barulho de galhos é ouvido, fazendo os soldados olharem para cima, apontando suas armas e atirando, interrompendo o diálogo entre Luna e Alex. Mandrak foca em algo e vê do que se trata.

— Não atirem! Cessar fogo! – Exclama ele.

— O quê? – Pergunta Foster – O que você viu?

— São apenas animais. Pude sentir muito medo vindo deles.

— Claro, estão correndo porque temos mais de quatrocentos homens apontando rifl...

— Não, sua tola. É alguma outra coisa, algo que... Não sei, algo que quase os controla.

Claire olhou para a cara de Foster e fez um sinal circular com o dedo indicador próximo à sua orelha direita.

Aden voou acima da copa das árvores e fez o reconhecimento do local.

— Senhor, aparentemente está tudo limpo. – Disse o robô após descer.

— Certo, continuem, mas com cui... AAAHHH! – Exclamou Alex sendo puxado para o chão.

— Alex! – Gritou Luna.

O galho de uma árvore veio em direção da jovem que rolou para a direita. Aden socou o galho para destruí-lo, porém a árvore lançou uma raiz contra sua perna robótica e o puxou para baixo. O robô usou seu propulsor que lhe dava a habilidade de vôo para livrar-se do galho até que retornou à superfície do solo. Claire e Foster eram atacadas e desviavam dos ataques. Rosie ficou invisível, mas as árvores sentiam seus passos através de alguns galhos que estavam a poucos centímetros do solo da qual ela pisava, tornando as coisas um pouco mais complicadas para a jovem que se apoiava em suas habilidades de esquiva a parkour para evitar os ataques dos monstros de madeira. Enquanto isso, alguns soldados também eram puxados para o chão, onde sumiam. Um galho veio em direção a Mandrak que pulou e, ao colocar os pés sobre a estrutura de madeira, manipulou a luz em um fino raio que cortou o galho com facilidade. Alex então emerge destruindo uma árvore de dentro para fora, porém, ao parar no chão, um pedaço semelhante a uma raiz atravessa sua panturrilha e o joga contra outra árvore.

Luna, ao ver o amigo caído, decide correr para ajudá-lo, desviando dos galhos. Quando uma das árvores tentou pegá-la desprevenida, Aden atirou com seu canhão de plasma.

— Ajude-o, cobrir-te-ei. – Disse o robô.

Luna então correu, sendo protegida pelos tiros provenientes do potente canhão em que se transformara o braço esquerdo de Aden que também auxiliava os soldados que faziam o que podiam contra as inúmeras árvores que os cercavam através de seu outro braço-canhão. Alguns, a grande minoria conseguia emergir do solo, outros eram puxados cada vez mais, sendo enterrados vivos e sufocados pela terra. Claire e Foster auxiliavam os soldados, foi quando Claire lançou chamas contra uma das árvores. Nesse momento, todas pararam e se moveram para trás.

— É isso? Elas são vulneráveis ao fogo? – Perguntou Claire.

De repente, as árvores começam a se desfazer em pedaços e, ao se remontarem, um exército de troncos é formado. Cada um dos monstros possuía a habilidade de mudar a forma de seus corpos, alguns recriavam seus braços e pernas, outros andavam ao contrário, outros até lançavam uma espécie de seiva solidificada capaz de causar altos danos em quem fosse atingido. Eles eram ao todo, mais de cento e vinte.

Esses monstros de madeira começaram a partir para cima dos jovens e do esquadrão. Claire lançou fogo contra eles, mas isso os fazia se replicar cada vez mais.

— Como mata essa porra? – Disse Foster.

Luna levantou Alex que mancava de sua perna, tendo que levitar para não ter que pisar no solo. Ele via a destruição do seu esquadrão e partiu para cima dos monstros, ele voava entre eles, socando os com muita força. Entretanto, tal força só abria alguns buracos nos inimigos que se demonstraram mais resistentes do que parecia. As rachaduras nos corpos deles eram preenchidas pela seiva esverdeada, o que os garantia uma tenacidade surpreendente. Alex então tomou seu bastão e inverteu o fogo em gelo. Ele congelou alguns monstros e Aden e o esquadrão atiraram nos mesmos que se fragmentaram. Nesse momento veio uma lembrança de Luna de quando lutaram contra árvores muito semelhantes às que estavam lutando naquele momento. Porém, os pedaços se romperam e os monstros tornaram a se materializar da mesma forma que antes, porém, agora eles manipulavam o gelo que lhes foram arremessados.

— Você só pode estar de brincadeira. – Comentou Alex colocando a mão próxima à ferida de sua perna.

— Esses filhos da puta não morrem. – Disse Rosie.

— Eles não são filhos da puta, eles são provenientes das árvores que destruímos e não de mulheres que transformaram seus corpos em pro...

— Aden, cala essa boca. – Disse Luna

Os monstros vieram aos montes para cima dos jovens, lançando pedras de gelo.

— Luna, escudo. – Disse Alex.

Luna criou uma esfera cinética, protegendo os jovens.

— Tankers! – Exclamou Alex – Fogo!

Luna desfez o escudo e vinte e seis soldados que possuíam os lança-mísseis atiraram contra os monstros. Uma poeira se levantou e algumas pequenas aves Preatonianas voaram para longe dali.

Quando a poeira cessou, uma sombra se formou acima dos jovens, fazendo-os olharem para cima e verem que as árvores versão miniatura, haviam se transformado em um gigante de madeira.

— Tankers! – Exclamou Alex.

— Senhor, só temos mais quatro mísseis. – Disse um dos Tankers.

— Que merda!

O gigante esticou seu antebraço esquerdo que parecia se desfazer em galhos longos e que tentavam agarrar os guerreiros que eram defendidos por Aden cujo braço foi pego por alguns galhos e puxado para dentro da estrutura que parecia ser seu braço, na altura do cotovelo. Era possível vê-lo tentando se livrar dos galhos enquanto os mesmos o amarravam e cobriam todo seu corpo robótico. Era possível ver luzes azuis dentro do braço do gigante seguidas de rachaduras, indicando a tentativa de Aden de se livrar através de tiros de plasma. Alex viu que outros galhos, que por sinal eram bem maleáveis e elásticos, atacavam seu esquadrão e ele teve que ajudar.

— Vão! Peguem o Aden! – Ordenou Alex.

— Porra! – Exclamou Luna – Temos que tirá-lo de lá, rápido!

Rosie quase foi pega por um dos galhos, porém, sua invisibilidade fez com que o braço de tiras de galhos se confundisse, pelo monstro não ver mais a jovem, foi nesse momento que Mandrak percebeu o que poderia fazer.

— Você! – Disse Aragor apontando para Rosie – E você! – Apontou para Foster – Venham comigo.

Ele então manipulou a luz, deixando ele e as meninas invisíveis. Os galhos que surgiam de todo o corpo do monstro não os pegavam. Os jovens então correm em direção ao monstro, Foster tirou a espada de sua cintura e subiu pela perna do monstro, usando-a para escalar. Mandrak deu uma força, lançando-a sobre a estrutura a qual Aden estava, na qual ela se fixou com a lâmina também invisível. Ela então se segurou em uma das bordas e transformou a espada numa espécie de maçarico de energia plásmica concentrada que rompia bem lentamente a parte de fora da dura casca a qual Aden estava preso.

— Anda logo. – Exclamou Rosie, desviando do pé do monstro que pisava, andando em direção ao esquadrão.

— Vem cá e faz melhor. – Retrucou Foster.

O monstro, ao sentir dor, levou sua mão direita até onde estava Foster, obrigando-a a subir para escapar da palma da mão esmagadora que tampou completamente o local onde estava sendo aberto pela jovem.

— Quer me foder me beija. – Disse a jovem.

Luna então pensou um pouco e viu uma solução.

— Claire, tem uma mira boa? – Perguntou Luna.

— Excelente. – Respondeu Claire.

— Então é hora do Kamehamehá duplo.

Luna criou uma bola de energia e Claire criou uma bola de fogo.

— Alex! – Chamou Luna – Que tal um basquete de peito de mão?

Ele captou a mensagem e criou uma bola de gelo.

— Agora! – Gritou Luna.

Todos eles lançaram seus poderes em direção à mão do monstro. A junção da esfera energética de Luna e do fogo de Claire causaram uma explosão suficientemente poderosa para destruir completamente a mão do monstro e causar alguns outros danos pelo seu ombro e peito direito e o gelo de Alex congelou todo o antebraço do monstro, atrasando o processo de regeneração. Foster continuou com seu maçarico de plasma e, com muito esforço, conseguiu abrir a estrutura e se deparou com um robô com a estrutura extremamente danificada e o robô inconsciente.

— Merda. – Disse ela – Alguém me ajuda aqui.

— Estou in... – Disse Mandrak.

— Não, eu vou. – Interrompeu Rosie.

— Tem certeza?

 — Me joga logo.

Mandrak lançou a jovem até Foster que a segurou e ambas puxaram Aden para fora da armadilha. Porém, o peso do robô fez com que Aden e Rosie caíssem. Aden abriu seus olhos robóticos e, ao ver Rosie abaixo de seu corpo em queda, segurou a jovem com o pouco de força que tinha e protegeu-a da queda de mais de trinta metros de altura, destruindo quase que por completo a sua estrutura metálica, porém salvando a jovem da morte certa.

Luna, por não haver entendido e visto completamente o que aconteceu, achou que Rosie havia caído. Uma fúria quase incontrolável tomou conta da jovem que emanava de seu corpo uma fumaça roxa enquanto seus olhos, antes azuis, tornavam-se esverdeados. Então, num súbito gesto, Luna socou o chão e uma onda de energia dizimou todas as árvores no raio de mais de meio metro, reduzindo-as a puro pó, assim como o gigante que se fragmentava como cinzas em um monte de papel queimado em uma churrasqueira. A energia liberada foi tão forte que todos foram jogados a metros de distância.

Quando a poeira cessou, a única coisa que era possível ver eram os jovens e soldados se levantando e Luna, parada no mesmo lugar, com a mesma fumaça emanando de seus poros, até que a jovem caiu desmaiada. Alex correu até a amiga, tentando despertá-la, mas apesar dos sinais vitais estarem estabilizados, ela não acordava de nenhuma maneira. Ele então a abraçou, beijando sua testa, dizendo:

— Calma, Lu. Vai ficar tudo bem, eu prometo. Vai ficar tudo bem.

Os demais foram até Rosie que se levantava enquanto Aden, destruído, olhava bem devagar para a jovem e, como se a saída de voz dele estivesse danificada assim como seu corpo, ele disse com sua voz robótica e falha, mudando o timbre a cada sílaba:

— Vo... Você... Vo... Você se ma... machucou?

— Aden... Obrigada. – Respondeu Luna

As luzes dos olhos de Aden se apagaram e a jovem se levantou. Por algum motivo ela queria chorar, mas... Por um robô?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí pessoal? O que acharam? Mais uma vez me perdoem pela demora. Mas não prometo postar com mais assiduidade porque não sou obrigado a nada. Mentira, é porque não dá mesmo.
BEIJOS DO THE



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Preato - The Rift: NeoGEN — INTERATIVA" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.