Preato - The Rift: NeoGEN — INTERATIVA escrita por THEstruction


Capítulo 4
Capítulo III: Teleporte


Notas iniciais do capítulo

CHEGAY!
Aqui está mais um capítulo. Sim, demorei gente, desculpa, mas está aí ♥
Espero que gostem, boa leitura!



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O Major aproximou-se perto do portal que ficava ao centro da sala e começou a explicar as últimas coisas.

— Senhoras e senhores, hoje será um dia glorioso e memorável. Hoje vocês conhecerão algo que mudará a vida de vocês para sempre, assim como mudou a desses jovens... – Disse ele apontando para Luna que olhou para Alex e abaixou a cabeça em seguida – Estejam alertas, vigilantes e tudo que lhes apresentar ameaça, destruam, mas acima de tudo, obedeçam a seu Capitão e unicamente a ele. Desejo a vocês uma boa sorte, o sucesso dessa missão está em suas mãos e depende apenas da sobrevivência de vocês. Que a vida de vocês seja glorificada para todo sempre. Amém.

O Major aproximou-se dos jovens e Rosie o perguntou:

— Como voltaremos?

— Eu ia chegar lá. Venham.

O Major conduziu os jovens até outro corredor semelhante ao que os jovens passaram antes de entrarem na sala cuja placa na borda superior dizia “Portal’s Room”. Ao entrarem na segunda sala, os jovens se depararam com a mesma cápsula onde estava a árvore Preatoniana, porém, no interior da mesma, havia algo diferente.

— Esse é o passaporte de vocês. – Disse o Major.

— Um... Robô? – Perguntou Luna.

Dentro da cápsula havia uma estrutura robótica de cor amarelada e peças metalizadas.

— Ele não é um robô. Ele é o Aden. – Respondeu Alex.

— Pois o tal Aden, parece um robô. – Respondeu Rosie.

— Idiotas. – Sussurrou Claire no ouvido de Charlotte que concordou fazendo sinal de conformidade com a cabeça.

Luna ouviu telepaticamente o que as duas estavam falando.

— Vocês querem falar alguma coisa? – Perguntou ela.

— Com você? Negativo, a gente não quer se rebaixar ao seu nível. – Respondeu Charlotte.

— Fale por si só. – Retrucou Claire.

— Essa missão será um desastre. – Disse Alex.

— Silêncio vocês! – Ordenou o Major – Eu não me importo com essa briguinha de putas pelo ponto do cafetão. Eu ligo para essa missão. Então preciso de vocês focadas nisso, estão me entendendo, Foster e Claire?

— Sim senhor, Major. – Responderam as duas.

— Enfim, o nosso amigo Aden aqui é um protótipo de uma inteligência artificial criada em nossos laboratórios. Alguém aqui já assistiu o filme “Eagle Eye”?

Luna e Alex levantaram as mãos.

— Imaginem o Aden como uma ARIA, mas do bem. Ele os acompanhará durante a missão e será a única saída de volta para vocês.

— Ok, nossa esperança de volta está num protótipo? – Perguntou Luna – A última vez que eu consultei o dicionário, se eu não me engano, um protótipo se trata de algo em testes.

— Correto. Havia uma certa urgência para essa missão e, há dois anos, um programa governamental foi solto na internet para testes e o sucesso foi surpreendente. Ele hackeou o computador de todos que possuíam acesso à internet e, em menos de três horas formou perfis de usuários a partir do tipo de música, conversas, frequências de acesso à internet, diários eletrônicos e até mesmo pulsos eletromagnéticos que pareciam insignificantes, mas que, em contato com o corpo do usuário, calculou a freqüência cardíaca de todos que possuíam algum tipo de tecnologia próxima a ele, dando dados à OMS sobre o estado cardíaco da população.

— Isso é tecnologicamente impossível. – Disse Rosie.

— Bem, parece que o impossível está bem diante de seus olhos. – Retrucou Alex.

— Então conseguimos compactar as informações e desenvolver o software que colocamos na BIOS do Aden aqui.

— Todo esse papo é interessante, mas onde ele entra na nossa história? – Perguntou Rosie.

— Aden será o responsável por carregar os códigos de ativação do PowerShift, uma estrutura que tem a função semelhante ao portal que vocês usarão para viajar até Preato. Os soldados carregarão as peças da estrutura que serão necessárias para construir o portal que vocês usarão para retornar à Terra.

— Por que não fizeram simplesmente um mini portal? – Perguntou Luna.

— Seria inviável. A força motriz das pedras deverá ser dissipada por todo o portal que exige uma distância segura do raio central de encontro das forças. Não encontramos a tradução dos códigos necessários para a ativação do portal, mas Aden de alguma forma conseguiu, portanto ele é uma parte essencial da missão. Sem ele e sem a estrutura vocês permanecerão lá para sempre.

— Nossa, deu-me até uma nostalgia. – Disse Rosie.

— É, a mim também. – Concordou Luna.

— Vocês insistem em viver no passado. – Comentou Alex.

— Será que não há um passado em você que te machuque nem um pouco, Alex? – Perguntou Luna.

O amigo sorriu para ela.

— Quando eu fui à sua casa eu disse que tínhamos uma missão. Vamos cumpri-la o mais rápido possível e você voltará a viver sua vida e eu a minha e diálogos como esse não existirão mais. – Disse Alex falando no ouvido de Luna.

De repente o vidro da cápsula desce e Aden é “despertado”. Ele olha para todos e para seu corpo robótico.

— Olá Aden. – Disse o Major.

— Olá Major Price. – Disse a voz digitalizada do robô que permanecia imóvel onde apenas sua boca se mexia, deixando à mostra alguns fios.

— Aden, você sabe o que é e se lembra da sua missão?

— Sou o portador dos códigos de ativação do portal Preato-terrestre. Minha missão é auxiliar o Capitão Alex Delacroix e sua equipe na Missão Liberandum e manter a ordem a qualquer custo.

— É isso aí. Preciso você de olhos bem abertos e que seja o braço direito de Alex.

— Senhor, o meu globo ocular digital telescópico não permite que ele seja aberto e seria humanamente impossível tornar-me o braço direito do Capitão Alex Delacroix, pelo fato de eu ser um consciência digitalizada numa forma humanóide robótica e também por infringir o princípio de exclu...

— Foi uma força de expressão, Aden. – Interrompeu o Major – Aden é precisa e quase totalmente técnico-científico, o que dificulta a integração de vocábulos dignamente... Humanos, eu diria. Enfim, Alex e eu veremos se está tudo pronto para darmos início à fase três da missão. Com licença.

O Major e o Capitão saíram da presença dos jovens pela porta a qual havia entrado. Os jovens se olhavam e olhavam para Aden. Luna pensou em entrar na consciência do robô, mas logo se sentiu idiota em tentar na mente de um ser inumano. Rosie percebeu por conta dos olhos azuis de Luna que brilharam em um segundo.

— Você não tentou fazer isso. – Comentou ela com a amiga.

— Deixa baixo. – Disse Luna.

— Fazer o quê? – Perguntou Claire.

— Nada. – Respondeu Luna.

— Ah, por que não fala? – Disse Foster aproximando-se de Luna, tocando em seu ombro direito. Seus olhos ficaram com a íris lilás.

— O que está tentando fazer? – Perguntou Luna.

— Como você resistiu?

— Aos seus olhos cor de mochila da Barbie? É que eu tenho queda por olhos castanhos mesmo.

Foster olhou para Rosie com a íris ainda lilás.

— O que foi? – Perguntou Rosie.

— Você percebeu que você é um cachorrinho? – Disse Charlotte – Agora late.

Rosie então começou a latir como um cachorro. Luna percebeu o constrangimento da amiga e reverteu o tal ato telepaticamente. Rosie ficou atordoada.

— O que eu fiz? – Perguntou Rosie.

— Você emitiu sons conhecidos como latidos, são usado por cães e lobos para comunicar-se entre si. – Disse Aden.

— Que tipo de idiota você é? – Disse Luna empurrando Foster com sua mão esquerda.

— Tira essas mãos de mim. – Ordenou Foster com a íris ainda lilás, fitando nos olhos de Luna.

— Pode tentar quantas vezes quiser. Essa porra não funciona comigo.

— Essa palavra trata-se de uma ofensa usada no vocabulário chulo do qual faz referência ao esperma presente nas gônadas masculinas. – Comentou Aden.

Todos olharam para o robô, enojadas.

— Esse cara me assusta – Sussurrou Rosie para si mesma.

— Eu tenho controle da minha própria mente. – Luna colocou as mãos na cabeça da Foster – E agora eu posso ter o da sua.

Foster percebeu que Luna estava entrando na mente dela e a empurrou.

— Nunca mais entre na minha cabeça, sua piranha. – Disse Foster apontando o dedo indicador direito para a jovem enquanto Claire ria bem baixinho – Você ri?

— Claro, isso não é problema meu e ela não ousaria entrar na minha cabeça. – Respondeu Claire.

— Ah é? – Disse Luna.

— Sim, é. E se você pensar em deixar eles olhinhos azuis para mim, eu acabo com você.

— É o que vamos ver, peitudinha. – Disse Luna.

— Gente, chega! – Disse Rosie separando as duas – Isso aqui não é esquema de facções, somos uma equipe, temos uma missão para cumprir. Será que dá para vocês se acalmarem?

Nesse momento, Alex entrou e chamou as meninas e Aden que se encaminharam à sala do portal. Os jovens se dirigiram à suas câmaras, sentados nas mesmas, enquanto aguardavam o sinal para que se colocassem em posição. Luna arrumava sua mochila, assim como Rosie e não escondia o medo da amiga com qual se comunicava telepaticamente.

Estou com medo. — Disse a jovem para Rosie.

Eu também, mas não se preocupe, ficaremos juntas e terminaremos essa missão o mais rápido possível. — Respondeu Rosie telepaticamente.

O presidente então surgiu na porta da sala com vários seguranças ao redor. Nas abas superiores onde haviam marquises como se fosse um andar superior do laboratório, uma quantidade quase incalculável de câmeras e repórteres se punham a gravar cada segundo da importantíssima missão.

Nas casas, a comoção era quase global, a transmissão era exibida em tempo real para diversas nações. O hype produzido pela mídia sensacionalista colocava os jovens e os soldados como heróis mundiais. Também pudera, a missão da qual eles haviam se voluntariado era a coisa mais maluca do qual um ser humano poderia querer, porém, naquela sala, havia pais e mães de família, homens e mulheres que serviam ao exército e colocava os ideais do seu país acima de qualquer coisa, acima até de si próprios. Homens e mulheres experimentados em guerra, que passaram por árduos treinamentos em campo e até mesmo participaram de várias batalhas. Isso tudo era evidenciado pela importância da qual eles tinham na missão, algo que elevava o patriotismo da nação a níveis estratosféricos. O mundo parou, foi decretado feriado universal, as pessoas se trancaram em suas casas e assistiam à televisão como se estivessem se agarrando à ultima esperança de verem as vidas que ali estavam se preparando para embarcarem em algo que antes era considerado impossível pelos homens, mas que Luna, Alex e Rosie haviam mostrado que muitos impossíveis são apenas questão de desconhecimento.

O presidente então se pôs de frente ao portal enquanto uma secretária vestida de blusa social branca de manga longa por dentro de uma saia cinza que ia até o joelho e salto alto de cor preta ajeitava o microfone em seu colarinho. O imponente presidente, a autoridade máxima do país então se preparou para pronunciar as seguintes palavras:

— Senhoras e senhores, soldados bravos e valentes. Hoje é chegado o grande dia. O dia onde a fidelidade, força, bravura, honra e todos os valores que fizeram de vocês, os escolhidos para essa missão, serão provados naquele lugar. O local aonde vocês vão é desconhecido, hostil, inexplorado senão pelos três jovens que aqui se encontram. Os perigos são inimagináveis, mas nossa missão deverá ser bem sucedida. A vida dos Remanescentes depende unicamente da força de cada um de vocês. O instinto de vocês os guiará sob a liderança de Alex, o seu Capitão.

— Uh Uh! – Exclamavam os soldados com um grito de guerra, batendo seus rifles de assalto e espingardas ao chão.

— Hoje o nome de vocês será glorificado. As suas famílias torcem por vocês assim como toda a nossa nação. Eu, Lesther Potterfarht, o seu presidente, os saúdo... – o presidente tirou do bolso do seu terno um broche e levantou com sua mão direita e com o punho fechado, segurando firme o objeto – Glorificados sejam os bravos de coração...

— Glorificados sejamos nós! – A multidão de soldados acompanhava as palavras do presidente assim como Alex.

— Aqueles que dão sua vida pela nossa nação e que não param até ter a vitória em mão.

— Glorificados sejamos nós!

— Hoje é o dia onde hasteamos a bandeira do nosso país e mostramos ao mundo que somos capazes de qualquer coisa. Homens e mulheres, jovens e crianças, meu povo, contemplem!

O Major então ordenou que todos deitassem em suas câmaras e que os demais se afastassem. Os soldados colocaram as armas e equipamentos num compartimento especial reservado para os armamentos que possuíam o nome de cada soldado para que não se perdessem suas armas que só eram destravadas com a informação biométrica dos mesmos. Aden se colocou no centro do portal e pôs suas mãos nas extremidades do mesmo esticando-as graças a sua estrutura metálica bastante maleável e com capacidade de se estender a longas distâncias. De repente o portal foi ativado.

— Aden, codifique e distribua a energia, concentrando-as nas pedras. – Ordenou o Major.

— Reconfigurando códigos e-Trilos, conectando-se com a raiz central Dlak-22, reunindo informações distributivas, distribuindo energia... – Após alguns segundos, os olhos de Aden começaram a brilhar de inúmeras cores. Houve um abalo no laboratório fazendo alguns pedaços do teto se soltarem. Os repórteres se seguravam para não serem sugados pela força imensa de sucção do portal.

Dentro da câmara, Luna sentiu sua mão formigando e ao olhar para a mesma, viu que ela estava se dissolvendo como areia e sendo sugada para a ponta da câmara onde um cabo oco de grosso calibre conectava o portal ao compartimento onde a jovem se encontrava. Em sua mente, os flashes dela colocando o Pagpa no portal da cabana não paravam de passar e seu coração acelerado parecia deixa-la perto de um infarto. Seu corpo então se dissolveu inteiramente e, em sua câmara, não restara mais nada. O mesmo começou a acontecer a todos os soldados e jovens um por um. Na extremidade superior do portal havia uma estrutura circular que sugava todos os corpos dissolvidos do esquadrão e dos jovens. Alex manteve a mesma expressão, mas seu coração encontrava-se no mesmo estado que o de Luna. Por último, Aden começou a dissolver-se também até que foi consumido por completo.

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Uma onda de impacto e uma luz esverdeada surgiram no local, iluminando a quilômetros de distância. Junto com ela, um terremoto de poucos segundos de duração fora formado até que a luz e o abalo sísmico cessaram.

Após a intensa e cintilante luz se esvair, era possível ver, no centro de uma grande sala em ruínas, quase como se fosse um mar de cor esverdeada. Alguns tons de preto também eram vistos no meio desse mar cujas ondas eras criadas pelo movimento de alguns cotovelos que se flexionavam para elevar o tronco do esquadrão que gradativamente despertava. Entre esse mar de gente, podia-se ver uma quantidade exagerada de cabelos caídos sobre um blazer feminino que se estendia até a cintura de uma calça legging preta que possuía uma camiseta masculina xadrez envolto do quadril de uma jovem de pele branca como a neve, cujo rosto avermelhado combinava perfeitamente com a blusa vermelha lisa. Logo ao seu lado, uma figura de jaqueta de couro cujo idade útil estava avançada o que deixava claro que era envelhecida, tal jaqueta cobria quase que totalmente a blusa branca que destacava seus seios muito bem. Os coturnos e calça jeans eram a última peça da morena cujas maças do rosto eram perfeitamente arredondadas.

Alguns metros de distância, dois soldados ajudavam o homem de jaquetão cor verde petróleo que ostentava em seu lado esquerdo do peito uma variedade numerosa de medalhas e insígnias. Abaixo do jaquetão, uma gravata de cor marrom escura contrastava com a camisa social de manga longa de cor marrom claro com uma pequena insígnia no colar esquerdo protuberante sobre o ombro esquerdo. Tal camisa social escondia ainda outra camisa lisa de cor cinza. Sua calça, apesar da formalidade do uniforme, consistia num jeans normal de cor azul marinho e uma bota marrom.

Em pé, tirando o corpo de um soldado ainda desacordado, estava uma mulher vestida de regata preta com jaqueta de couro preta. Seus jeans pretos como o rifle dos soldados destacavam suas botas baixas de cor marrom escura. Abaixo do corpo do soldado estava a figura robótica, despertando seu sistema operacional e se pondo de pé graças a pequenas turbinas que o impulsionavam até que se mantivesse ereto, olhando para a mulher que dera as costas para ele, fazendo-o segui-la.

De repente o homem de uniforme do exército e calças jeans, ordenou:

— Aden, reconhecimento.

— Sim, senhor.

Um show de luzes estroboscópicas iluminou o chão ao redor do robô que permanecia imóvel. Não durou mais que dois segundos até que viesse o veredicto:

— Materiais de origem não terrestre. Cerca de novecentos trilhões, setecentos e vinte e três bilhões, seiscentos e trinta e oito milhões, duzentos e trinta e cinco mil, novecentos e oitenta e oito compostos químicos desconhecidos, cerca de duzentas e quarenta e uma variedade de pedras preciosas, entre elas: sardônico, rubis, diam...

— Dá para resumir? – Pediu Claire.

— Resumindo: estamos em solo Preatoniano.

Luna pôs-se de pé enquanto era ajudada por Rosie e observou o local enquanto ela e amiga, assim como Alex estavam de boca aberta. O ambiente do qual eles se encontravam significava mais do que um simples local.

— Esse é...?

— Sim, Alex. Esse é o palácio do Rei. – Respondeu Luna.

Os jovens assim como os soldados olhavam as ruínas do que um dia foi um palácio imponente e majestoso. As plantas tomaram conta das paredes e de algumas partes do solo. Raízes gigantescas penetravam o ambiente criando uma visão mais do que surreal do local.

— Senhor. – Disse Aden – O local abriga plantas com substâncias capazes de imobilizar o esquadrão inteiro, sugiro que se abra caminho à nossa frente para sairmos o mais rápido possível desse local.

— Certo, Aden. – Respondeu o Capitão Alex.

Luna olhou para trás e constatou uma coisa.

— Espera... O portal ainda está aqui? Como é possível? – Disse a jovem.

— Trijilon apenas cortou a conexão da Terra com Preato através do portal. Isso tornou o nosso trabalho de teleporte mais complicado. – Respondeu Alex.

— Enquanto estamos aqui o tempo terrestre passa mais rápido. Para eles a nossa viagem durou, aproximadamente, sete anos, cerca de dois dias Preatonienses. – Complementou Aden.

— Como assim? – Interrogou Luna – Sete anos? Não. Isso é impossível.

— Na verdade não, Luna Delavega.

— Mas nós já estivemos aqui e quando voltamos...

— A diferença é que quando vocês estiveram aqui pela primeira vez foi pelo portal original. O tal portal criou uma alteração na temporalidade de Preato, fazendo os dias se passarem paralelos ao tempo terrestre.

Luna sentou-se com as mãos na cabeça. Rosie tentou confortar a amiga, sentando-se ao seu lado.

— Luna... – Disse Rosie tentando dizer algo a amiga.

— Meu tio me esperou por sete anos. – Respondeu Luna – Nós não fomos informadas sobre nada disso, Rosie.

— Vamos, temos uma mis... – Disse Alex sendo interrompido por Luna.

— Quer dar um tempo? Estou tentando mostrar um pouco de humanidade aqui, algo que não verei até o término dessa missão por conta de você e desse robô.

— Humanidade? A humanidade é uma fraqueza. – Disse Alex.

Rosie se levantou e foi até Alex.

— Não há nada mais ridículo do que um homem ferido tentando ser forte. – Disse a jovem no ouvido de Alex.

— Está vendo alguma cicatriz em mim?

— Não estou falando desse tipo de ferida que é fácil de esconder. Estou falando daquela que é difícil de superar.

— Lá vem você com esse papo. Escute, eu não tenho tempo para isso. Sentimentalismo é algo inútil.

— Inútil talvez seja. – Rosie pegou um lenço que estava no bolso traseiro da calça de Alex – Mas se é tão ruim assim, por que ainda guarda o pedaço da blusa dela?

Alex olhou para o lenço na mão de Rosie e em seguida para a jovem que continuou:

— E se eu abrir essa sua carteira, Alex, será que eu vou achar aquela fo...

— Chega, Rosemary. – Pediu o Capitão.

— Tudo bem, não preciso ser telepata para saber o qual fudido está esse seu coração fraco e destruído. Mas não se preocupe, você não é o único.

Rosie colocou o pano de volta no bolso do Capitão que engoliu a saliva presa em sua garganta.

— Aden, reúna o esquadrão, partimos em trinta segundos. - Ordenou o Capitão

Aden transformou seu braço num sinal luminoso de cor vermelha, que era um código para os soldados tomarem suas armas e equipamentos e seguirem o Capitão. Alex tomou a dianteira, pegou seu bastão que, ao ter um botão apertado pelo Capitão, inflamou-se, permitindo que Alex absorvesse o fogo com a mão direita e criasse uma bola de gelo com a mão esquerda da qual lançou para o alto enquanto o bastão se retraía e era guardado pelo Capitão que ao ver a bola de gelo caindo sobre sua cabeça, deixou-a derreter até sentir a água na mais pura essência. Alex então inflamou sua mão e lançou um jato pirocinético contínuo que queimou a vegetação que tomava conta do caminho, permitindo que todos avançassem e saíssem do castelo.

Já fora das ruínas, os jovens, juntamente com o esquadrão contemplaram a visão completamente diferente do que Luna, Rosie e Alex viram há anos.

— Onde estão as casas? – Perguntou Luna.

— Alguma coisa aconteceu aqui. Soldados! – Gritou Alex.

— Ah Uh! – Gritaram o esquadrão.

— Fiquem em alerta, algum...

Antes que Alex terminasse de falar, Aden empurra o Capitão, salvando-o e sendo pego por um tipo de pássaro que era pilotado por um ser estranho. Tal pássaro levou Aden aos ares. Uma lança saiu do abdômen da criatura e tentou perfurar o robô que, por ter sua estrutura metálica quase impenetrável, entortou involuntariamente o ferrão do monstro que gemeu de dor. Aden então transformou seu braço numa grande furadeira e perfurou o animal que soltou o robô que conseguiu se segurar às penas ásperas que ficavam próximos à região do ferrão. Aden então escalou a criatura e foi empurrado de surpresa, fazendo o robô se segurar, pelo piloto do monstro cuja pata possuía, na palma de sua mão, uma espécie de dardo com uma cola que se aderiu ao olho esquerdo de Aden e começou a eletrocutá-lo, porém o robô se mostrou extremamente resistente ao choque elétrico que vinha em rajadas cuja duração era de em média quatro segundos.

Enquanto isso, no solo, mais criaturas semelhantes planaram próximo ao esquadrão.

— Fogo! – Gritou Alex.

Os soldados atiravam contra a criatura que acabou morrendo de tanto ser perfurada pelas balas das potentes armas. Porém a gigantesca criatura começou a cair na direção dos soldados de uma altura capaz de dizimar todos eles, principalmente pelo seu tamanho que se assemelhava ao de um arranha-céu.

Claire pensou rápido, se posicionou ao lado de Alex e disse:

— Capitão, que tal um pouco de Paula Fernandes?

— Entendi a referência. – Disse Alex pegando seu bastão.

O capitão fez o mesmo esquema que havia feito para sair do palácio e quando estava com os braços incendiados ele olhou para Claire que fez sinal de conformidade com a cabeça e ambos lançaram jatos pirocinéticos tão intensos que transformaram o monstro em cinzas em poucos segundos. Ao olhar para o lado, eles vêem o monstro onde estava Aden caindo ao chão, criando um rasto de destruição aonde o corpo da criatura se arrastava até parar totalmente. De cima dele, Aden sai com seu corpo manchado de sangue de cor azulada.

— Alvo destruído, senhor. – Disse Aden fazendo continência.

De repente, sete monstros semelhantes voaram acima do esquadrão que abriu fogo contra eles. Foster correu na mesma direção que os monstros e então gritou:

— Atordoa eles para mim, Claire.

— Certo. Tapem seus ouvidos. – Disse Claire.

— Por qu... – Antes que Luna terminasse, um barulho ensurdecedor a fez criar uma barreira cinética ao entorno de sua cabeça, barreira que rachava conforme a intensidade do som aumentava como se fosse um ataque físico, de tão forte.

Claire usou sua fonocinese para atordoar os monstros voadores que batiam um nos outros por conta da impossibilidade de serem manejados pelos pilotos que também eram atordoados. Foster tirou de sua cintura um canivete e, ao se aproximar dos monstros que estavam caindo a mais de duzentos metros acima, transformou o canivete num arco e flecha e atirou contra um dos monstros. A centímetros de um dos monstros que estava mais próximo, a flecha transpassou seu corpo e de mais dois, porém, ao chegar próximo aos outros cinco, a flecha transformou-se em um míssil semelhante ao que alimentava o rocket launcher do soldado conhecido como Tanker que esperava as coisas ficarem mais complicadas para utilizar desse recurso. Ao tocar na asa de um dos monstros, o míssil explodiu, lançando pedaços e vísceras dos monstros por todos os lados, obrigando Luna a criar um escudo cinético para proteger tanto ela e o esquadrão quanto Foster das vísceras das criaturas que pareciam haver cessado de aparecer.

Foster se aproximou de Luna e disse:

— Não pedi sua proteção.

— E eu não te perguntei se você queria ou não. De nada. – Respondeu a jovem.


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Notas finais do capítulo

ESPERAAAAAAAAA! DEIXA SEU COMENTÁRIO, NUNCA TE PEDI NADA.
E aí o que acharam? Comentem, critiquem, por favor. Espero que tenham gostado. Nos vemos na próxima, beijos do THE



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