Preato - The Rift: NeoGEN — INTERATIVA escrita por THEstruction


Capítulo 2
Capítulo I: Manchetes


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal! THEzinho está aqui *-*
Finalmente estou postando o primeiro capítulo e espero que gostem. Já recebi as três fichas necessárias para a postagem desse capítulo. Obrigado a todos que mandaram ♥
Enfim, espero que gostem desse cap. E nos vemos lá embaixo.



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O barulho do jornal caindo no chão alerta o cachorro que corre até o amontoado de papéis cujas notícias mais atuais estão impressas de maneira excepcional. Com apenas uma abocanhada, o animal segura em sua boca o jornal e o trás até o interior da casa, passando através da passagem para cães na parte inferior da porta de madeira ricamente ornamentada e lapidada. O grande cão Labrador leva o jornal até uma das cadeiras de uma cozinha de tons pastosos, intercalando com fogão, coifa, microondas e outros eletrodomésticos de aço inoxidável.

Ao aproximar-se de uma cadeira de pernas em alumínio e assento em couro de cor vermelha, uma mão se estende até o jornal que se encontra na boca do Labrador, cujo rabo permanece inquieto até receber um carinho na cabeça de gratidão de uma mão cujas unhas estão pintadas de azul. Ao pegar o jornal, na capa, consta a manchete principal:

—_________________________________________________

Alex, O Homem!

Mais uma vitória para nosso exército comandado pelo brilhante Capitão Alex

—________________________________________________

 

Um suspiro pesado veio acompanhado das patas do cão que se apoiava nas pernas da dona que, ao ver o rosto reluzente do animal, entendeu o que aquilo significava.

— Aqui, toma, mas é o último. Você vai engordar se continuar assim, Julius. – Disse a moça colocando o jornal à mesa e pegando um pedaço grande de panqueca e dando ao cachorro que comeu rapidamente o saboroso alimento e logo subiu novamente para pedir mais – Eu disse que era o último, e nem adianta pedir mais.

De repente um barulho de passos pôde ser ouvido pela moça que acariciava o cachorro enquanto o mesmo dava leves lambidas em sua mão.

— Como estava a panqueca, querida? – Perguntou o homem de aproximadamente cinqüenta e poucos anos, abotoando seu terno e dando um beijo na cabeça da moça.

— Ótima tio, Julius gostou também. – Respondeu a moça levantando-se após o beijo e lavando as vasilhas usadas para preparar o alimento e também o prato onde comeu – Já vai?

— Já sim, estou indo mais cedo porque, como o exército vai passar pelo centro da cidade, vai causar um engarrafamento danado e se eu chegar atrasado você já sabe.

— Sei sim, então vai lá, bom trabalho.

— Obrigado, e anda rápido senão vai se atrasar.

— Não se preocupe.

O homem parou por um instante e disse:

— Ei, eu te amo.

— Eu também te amo, tio. Agora vai porque já vai dar oito horas.

— Nossa, é mesmo! Tchau querida.

— Tchau tio.

O homem fechou a porta e Luna acabou de secar os utensílios e talheres. Luna então secou suas mãos, foi até o banheiro, escovou seus dentes, pegou sua mochila, celular, plugou o fone de ouvido no aparelho e encaminhou-se até a porta da cozinha, despedindo-se de Julius enquanto fechava a porta de cachorro.

Enquanto caminhava ao som de uma de suas músicas favoritas, Luna olhava o celular e, em sua playlist constava uma música que, para ela, significava mais do que uma melodia. Ela pensou em clicar na mesma, porém preferiu guardar seu aparelho e continuar seu trajeto até o ponto de ônibus que ficava ao lado de sua casa. Após poucos minutos, seu ônibus veio e Luna assentou-se num dos últimos bancos, próximo a terceira e última porta de desembarque.

Alguns quilômetros depois, Luna salta do ônibus e vai em direção da sua universidade. Ao chegar no portão principal, ela para, respira fundo, aumenta o volume da música e caminha rapidamente através do caminho central enquanto recebe inúmeros olhares dos jovens que se acomodavam nos bancos próximos à fonte que ficava no meio da passagem e nos outros bancos ao redor, próximos às árvores que faziam sombras aos mesmos. Ao entrar no interior da universidade, Luna vai ao banheiro para ver como está. Ela ajeita seus cabelos que recaem sobre sua blusa de alça fina de cor cinza que, por ser bem justa, destacava involuntariamente os seios fartos dela que tentava esconder com os cabelos, em vão. Sua calça legging preta vestia a parte inferior do seu corpo da qual ela usava uma blusa xadrez, vermelha e azul de manga cumprida amarrada à sua cintura, tampando as suas nádegas também fartas. Sua sapatilha preta com um laço na ponta fechava o conjunto. Ao sair do banheiro ela vai para uma de suas aulas tediosas de quatro horas seguidas.

Ao retornar para casa, ela joga sua mochila ao lado da cama, tira suas sapatilhas e deita em sua cama, ligando a televisão. Sua mente tentava espairecer, mas as lembranças pareciam terem se eternizado em sua mente que fazia questão de provar sua sanidade com as memórias fúnebres do ocorrido. A sensação de estar sozinha constantemente a ameaça e a cerca, assim como a incerteza sobre a possibilidade de uma vida normal depois de tudo aquilo.

Após alguns minutos deitada, os apresentadores do noticiário da emissora local dão a seguinte notícia:

“— Na manhã desta quinta feira foi confirmada pelo Governo a aquisição da última peça chave da tão esperada “Missão Liberandum”.- Disse a apresentadora

“— É isso aí Jennifer, o esquadrão liderado pelo Capitão Alex Delacroix encontrou após o término do que foi conhecido “Guerra Nova” o que pode ser considerado o último fragmento de Nymphylus, a pedra que foi fragmentada após o que foi chamada Grande Invasão”

“— O Presidente, junto com a Companhia Internacional de Inteligência Espacial, a CIIE, a Organização das Nações Unidas, ONU e a Divisão de Suprimentos Tecnológicos Espaciais, DSTE, planejam um retorno ao planeta onde, há três anos, 4 jovens lutaram bravamente para retornar à casa e impedir que a Terra fosse destruída pelo ‘Invasor Preatoniano’.”

“— Esse retorno terá como objetivo explorar e resgatar os humanos que, segundo os relatos dos jovens Alex, Luna e Rosie... – Disse o apresentador mostrando as fotos dos jovens – ficaram por lá.”

“— Essa viagem irá marcar a história de toda a humanidade, confira a matéria completa, hoje a noite, com o Thierry Hallows, no “Conexão Planeta”.”

Luna parou por um instante, desligou a televisão e disse consigo mesma:

— Não, não, não, não pode ser. Eles não podem voltar lá sabendo dos perigos daquele lugar, é suicídio. E mesmo assim, como eles conseguiriam? O portal foi selado pelo Trijilon, não é possível que Nymphylus tenha vindo à Te... As inscrições no portal!

Luna então teve um flash do qual as pedras começavam a brilhar à medida que se aproximavam do portal junto com o Rei, antes de atravessarem o mesmo. Após disso elas simplesmente sumiram. Ela então decidiu ligar para alguém.

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O celular começa a tocar em cima de um banco improvisado de caixas de plástico. Uma garotinha nua pega o celular e o leva até uma moça cuja cor da blusa, calça, tênis e luvas de látex eram brancos. A moça pegou o telefone e o atendeu.

— Alô?

— Rosie! É você? – Disse Luna, do outro lado da linha.

— Só um minutinho... – Sussurrou a moça para um homem de semelhantes vestes – Oi, sou eu, quem é?

— É a Luna.

Rosie abriu um sorriso enorme ao saber que se tratava da amiga.

— Luna! Não acredito! É você mesma? – Perguntou Rosie, contente.

— Sim, sou eu. Há quanto tempo!

— Verdade, já faz um ano.

— Um ano e quatro meses, na verdade. Olha, tenho que te contar algo importantíssimo.

Nesse momento, a garotinha que havia entregado o celular para Rosie, pergunta se ela vai demorar muito, pois sua barriga estava doendo.

— Já vou te ajudar minha linda, só um instante. – Responde Rosie, passando a mão nos cabelos da menininha.

— Espera Rosie. Onde você está? – Pergunta Luna, intrigada.

— Estou numa comunidade nativa.

— Você o quê? Você está...

— Servindo como uma enfermeira numa missão voluntária? Sim. Algo mais?

— Não, esquece, depois falamos sobre isso. Eu liguei porque acabei de olhar na televisão uma notícia sobre uma possível viagem de resgate dos Remanescentes.

Rosie sentou-se à caixa onde estava seu celular, mudando completamente seu semblante.

— Luna, isso... Isso é sério?

— Sim, é sério. Eles acharam o último fragmento de Nymphylus e estão planejando criar um portal para voltar à Preato.

— Voltar? Como? O portal foi destruído Luna, não há...

— Rosie, se eles passaram três anos procurando por esses fragmentos, isso significa que eles têm certeza de que é possível.

— Mas isso é ótimo! Finalmente eles irão resgatar aquelas vidas.

— Não Rosie, você não entende? Se eles forem lá eles podem acabar morrendo.

— Mas e as vidas, Luna? Eles realmente vão deixar... Olha, tenho que falar com você depois. Meu plantão acaba hoje a noite, podemos nos encontrar?

— Sim claro, vamos ao Shopping MountCalm?

— Excelente, hoje às sete da noite. Agora tenho que ir. Toma cuidado e espero que você tenha guardado nosso combinado.

— Sim, claro.

— Isso aí, beijos!

— Beijos.

Luna desliga o telefone e o joga na cama após colocar uma música para tocar enquanto toma banho. Ao terminar de se banhar, Luna se alimenta com um delicioso almoço cujo prato do momento era Spaghetti. Após lavar as vasilhas e escovar os dentes, ela coloca sua calça skinny azul, tênis preto de uma marca qualquer, uma blusa preta e a blusa xadrez por cima. Ao vestir a blusa xadrez, Luna respira fundo e tem um flash de lembrança sobre o dia em que recebeu essa camisa de seu melhor amigo naquele dia chuvoso e úmido: debaixo da proteção as cadeiras do campo de futebol americano na escola estavam os dois jovens, Luna e Neo. Luna tremia de frio e Neo, num ato de generosidade, tirou sua própria camiseta xadrez e a cobriu, colocando-a em seu coloco enquanto algumas gotas d’água caíam sobre o braço dele que a envolvia, deixando-a aquecida da maneira que podia.

O flash se esvaneceu assim que ela percebeu que seus olhos se enchiam de lágrimas.

Meu Deus, Luna, meu tio está certo, está na hora de superar isso. — Pensou.

Ela tirou sua blusa xadrez e a deixou em cima da cama, pegando as chaves e indo em direção à porta. Ela saiu, trancou a porta, colocou uma coleira no Julius e foi andando em direção ao cais que ficava a alguns quilômetros de sua casa. Ela tinha o costume de caminhar com seu cachorro, isso espairecia sua mente, deixando-a mais leve, mas ultimamente isso de nada tem servido. Os freqüentes pesadelos à noite e as lembranças que surgiam como devaneios a assombravam desde o ocorrido. Sua mente era constantemente bombardeada por nítidos lapsos de memória, memórias essas que sua avançada telepatia guardava com excelência, tornando seu poder mais uma maldição do que uma benção.

No meio do caminho, Luna passa por um beco, no qual avista um homem sofrendo uma tentativa de assalto. Ao parar para olhar, a reação instintiva de Luna foi entrar na mente do bandido e ver todas as atrocidades que esse cometera ao longo de sua vida, porém, ela se lembrou do combinado que fizera há dois anos com Rosie, no qual consistia na não utilização dos seus poderes. Tal acordo havia sido feito no intuito de ajudar ambas a voltarem a viver uma vida normal. Porém isso aparentemente havia funcionado apenas para Rosie que seguiu sua vida sem olhar para trás. Luna então libera a mente do homem que continua a assaltar o jovem senhor de meia idade e continua a sua caminhada até chegar ao cais aonde ia toda tarde para relaxar.

Após algumas horas, Luna volta para casa e novamente se arruma para encontrar-se com Rosie que a manda uma mensagem confirmando onde estaria. As duas se encontrariam no segundo andar do shopping colossal, de frente à uma vidraça que as presenteava com uma linda vista para uma pequena ilha, apelidada pelos moradores de Ilha Solitária.

Ao chegar ao shopping, Luna sobre pelo elevador enquanto arruma seu colar de ouro, discreto, com um pingente de uma pedra de diamante, presente de aniversário do seu tio que a deu em comemoração a seus dezenove anos. O vértice inferior do pingente encostava-se ao generoso decote do vestido curto ‘tomara que caia’ azul marinho que ia até um palmo acima do seu joelho. Em seus pés estavam um par de scarpin azuis com alças em forma de “x” na fronte e alça com prendedor ao redor do seu tornozelo.

Ao sair do elevador, ela anda em linha reta até encontrar, na penúltima mesa da área de alimentação, sentada de frente para a janela, uma moça de vinte e um anos, de cabelos castanhos médio, trajando vestes que consistiam em uma saia cropped rodada de cor verde e uma blusa ‘tomara que caia’ de cor branca. Embaixo da mesa, por estar de pernas cruzadas, era possível ver seu salto alto de cor branca.

Ao se aproximar, a mulher a reconhece e acena para Luna que se encaminha em direção da mesa, até ver um garçom apressado que, sem ver Luna, estava prestes a esbarrar na jovem que, por precognição se esquiva majestosamente, chamando a atenção de Rosie que a olha com um olhar de reprovação. Luna senta-se à mesa e começa o diálogo.

— Não olha assim para mim. – Diz ela colocando sua bolsa estilo necessaire em cima da mesa, arrumando seus cabelos, jogando-os acima do encosto do banco onde sentava.

— Estou vendo que alguém não cumpriu com nosso combinado. – Disse Rosie cruzando os braços fazendo sinal de meneando a cabeça.

— Boa noite, Rosemary Donnie. Estou vendo que alguém não consegue mais ter educação.

Rosie sorriu.

— E então, o que tem feito da vida? – Perguntou Rosie.

— Voltei à faculdade e recentemente terminei um estágio que estava fazendo. E pelo visto você esteve ocupada salvando muitas vidas.

— Ajudando-as, seria mais correto.

— Que seja.

— É um estágio não curricular e não remunerado que eu faço para cumprir as cargas horárias da faculdade de enfermagem.

— É, você sempre teve um dom para cuidar de gente desde Preato.

Rosie sorriu timidamente.

— Sabe, depois que você me ligou eu fiquei pensando muito a respeito disso. Nós poderíamos ter ajudado aquelas vidas.

— Sim, se não estivéssemos preocupados em salvar a Terra e a família do Alex. Pelo menos uma dessas coisas nós conseguimos, infelizmente.

— E se tivéssemos feito mais por elas?

— Rosie, seu lado de enfermeira está falando mais alto.

— Não Luna, não é isso. É que se tivéssemos voltado antes do portal ser fechado talvez ho...

— Rosie, presta atenção: não podemos pensar nas possibilidades, vamos pensar agora no que foi concretizado. É isso, perdemos o Neo, perdemos a Bia, perdemos o...

— O Alex?

Luna se calou.

— Luna, você tem que entender que ele seguiu sua vida. Eu segui a minha e você a sua.

— Sim, mas esse não é o Alex que eu conheço.

— Como assim? Está tendo contato com ele?

— Não, mas precisa? Todo mundo sabe, é só ler as manchetes do jornal.

— Espera... Manchetes de jornal?

— Você não lê os jornais?

— Não tenho tempo para isso, mas me conta o que está acontecendo.

— Alex entrou no exército e ele...

Rosie riu histericamente por alguns segundos até perceber que Luna estava falando sério.

— Está falando sério? – Perguntou ela.

— Está vendo algum sorriso na minha cara?

— Pelo mínimo que eu conheço o Alex eu sei que ele não gosta de armas de fogo.

— E pelo máximo que eu conheço dele, você pode ter certeza que ele não é do tipo que curte exército e força policial. E aí é que está o problema...

— Se ele entrou para o exército, significa que ele está realmente diferente. – Completou Rosie.

— Eu falhei, Rosie. – Disse Luna colocando o antebraço à mesa.

— Não diga isso. – Falou Rosie tentando confortar a amiga, pegando em suas mãos geladas – Luna, você tem que parar de se culpar.

— Parar de me culpar? – Luna tirou suas mãos das mãos da amiga e pegou seu celular, mostrando a ela uma foto recente de Alex, cujo semblante estava sério e fazendo continência. – Olha o que ele virou, Rosie. Eu podia ter impedido isso, eu podia ter o procurado, eu...

— A gente combinou...

— Foda-se o combinado. Se eu não seguisse à risca o combinado eu poderia ter entrado na mente dele e o feito entender.

— Você nem sequer seria capaz de fazer isso, aliás você só entrou na mente do Neo quando foi necessário porque ele estava lutando contra a gente.

— Esse é o problema! – Exclamou Luna batendo na mesa – Eu não sou uma babaca idiota a esse ponto. Eu não consigo.

— Você os respeita, é só isso.

— E esse respeito custou até hoje mais de dois milhões de vidas que o esquadrão de Alex fez durante a “Guerra Nova”. Três meses de invasões em território inimigo, matanças e mais matanças a mando daquele que antes era altruísta e agora é idolatrado por todo um país como um verdadeiro Capitão América, que usa de seus poderes a favor de seu país.

— Não exagera, Lu.

— Diga-me onde eu exagerei que vou me calar agora mesmo e fingir que não me importo mais com ele.

Rosie se calou. Os argumentos incontestáveis de Luna caíra sobre ela como uma bomba que foi difícil engolir assim como a saliva presa em sua garganta depois de um delicado gole do cappuccino que bebericava após ser servida pela garçonete loira e com traços linguísticos vindos de uma legítima italiana.

Após tomar um gole de sua bebida, Rosie continua o diálogo, indagando Luna.

— E você pretende fazer o que a respeito?

— Existe algo que possa ser realmente feito?

— Não faço ideia, só sei que ele não vai ceder por você e nem por mim.

— Então não há nada a ser feito.

— Temo que sim, pelo menos no momento.

— Então nós verdadeiramente o perdemos.

— Ainda há esperança, Luna.

— Assim espero.

Rosie olhou no relógio e se assustou com o horário.

— Nossa! Gatinha desculpe, mas eu tenho que ir agora. – Disse ela levantando-se rapidamente e tomando seu cappuccino à longos goles.

— Sem problemas. – Luna se levantou e a abraçou.

— Foi bom falar com você. E não se preocupe, nosso gatinho vai ficar bem.

Rosie saiu da presença de Luna e desceu a escada rolante. Luna andou um pouco pelo shopping por alguns minutos, mas logo se entediou e foi para casa.

Luna decidiu passar por um atalho que dava de frente à sua casa, numa rua com casas que haviam sido construídas recentemente. No meio do caminho, na rua de vizinhança de classe média baixa, a visão das casas e do caminho à frente só era possível por conta da precária iluminação que se tinha nos poucos postes ainda não queimados ou destruídos.Luna sente algo estranho, tem uma sensação diferente, como se alguém a estivesse seguindo. Ela olha para trás e para os lados, mas não vê ninguém senão um carro estacionado do outro lado da calçada. Preocupada, ela acelera o passo, mas a sensação fica cada vez mais sufocante, até que ela se dá conta que realmente alguém a está seguindo. Luna então lança um radar telepático e percebe que alguém está a poucos metros dela, ela se vira rapidamente e percebe que o carro andou e está paralelo a ela. Ela então encara o carro, um Porche® Cayman preto fosco, porém não conseguia enxergar o motorista. Ela pensa em entrar na mente dele, mas preferira ver até onde isso iria dar para ter que tomar uma atitude extrema.

De repente, a porta do carro se abre e era possível ver uma mão vestida com uma luva preta segurando a porta do carro e, embaixo dessa mão, um objeto cilíndrico pequeno. Luna decide voltar a andar enquanto lança breves sonares telepáticos, os quais mostram que o indivíduo a está seguindo e se aproximando cada vez mais dela. Ela então lança o último sonar que denuncia que a mão que antes abrira a porta, agora estava a milímetros de seu ombro direito.

Luna então vira-se rapidamente, segura a mão do homem e se joga, fazendo um espacate, trazendo o braço do indivíduo até o meio das pernas do mesmo. Ela então levanta seu corpo e puxa por completo o braço do quidam que gira sobre seu corpo e cai de costas no chão. O objeto cilíndrico é ativado, demonstrando ser um bastão longo. Luna, por achar que o sujeito vai atacá-la, se antecipa e cria em suas mãos esferas de energia, porém, antes de lançar contra o indivíduo caído, o bastão dele se transforma em fogo e, de sua outra mão, um jato de água é lançado contra o rosto de Luna, a deixando sem visão.

O homem aproveita a distração e tenta bater com o bastão, não mais flamejante, nas pernas da jovem que, por precognição, dá um mortal para trás e lança uma rajada de energia no homem, fazendo um corte circular na altura do ombro do homem em seu sobretudo preto que o homem trajava por cima de uma roupa social com direito a uma gravata vermelha presa por um prendedor dourado na sua camisa social branca. O homem então gira o bastão flamejante numa velocidade espantosa e lança uma bola de fogo criada pelo bastão contra Luna que usa uma barreira cinética para repelir o ataque. O homem então, com sua mão direita, lança uma rajada criocinética no galho de uma árvore alguns metros acima da cabeça de luna, congelando o galho. Ele então começa a lançar algumas bolas de gelo extremamente resistentes que são repelidas pelo escudo de Luna enquanto corre em direção da jovem que se afastava pela força dos impactos.

O homem então rola o bastão até chegar a um metro dos pés de Luna. O bastão se incendeia e faz uma barreira de fogo. O homem então pula até o galho da árvore congelada e absorve o gelo, jogando um jato contínuo contra a barreira de fogo, criando uma névoa densa que ofuscou a visão de Luna que tocou na calçada lançou uma rajada de energia no solo, cuja mesma foi refletida por todas as casas ao entorno, dispersando a fumaça. Foi quando ela se levantou e, ao ficar ereta, sentiu algo na sua garganta. Era uma adaga. Ela percebeu a armadilha tarde demais, foi quando ouviu as palavras do homem que a fizeram arregalar os olhos:

— Você já foi melhor lá em Preato, Lu.


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Notas finais do capítulo

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