Preato - The Rift: NeoGEN — INTERATIVA escrita por THEstruction


Capítulo 12
Capítulo XI: Encapsulados


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal! Como estão?
Mais um capítulo para vocês, voltando com o ritmo normal. Espero que gostem, boa leitura!
PS: muito provavelmente haverá erros porque não revisei, relevem.



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Alex apertava fortemente a mão de Raysha enquanto os jovens, completamente surpresos, olhavam para todos os lados procurando de onde viera o som.

Alex soltou a mão de Raysha e disse:

— A-Aden... É você?!

De repente, alguns fuzis de plasma foram ativados, mirando para Alex que deu um passo para trás.

— Como o invasor adquiriu conhecimento sobre meu nome?

— Aden, sou eu, Alex. Seu capitão.

— Eu não sirvo aos invasores. A minha identificação foi comprometida, informações sigilosas devem estar correndo risco, ameaça deve ser exterminada.

— Aden, para com isso, por favor. – Disse Rosie, tendo fuzis também postos em sua direção.

— Eu não dou a mínima para quem vocês sejam. Vocês são uma ameaça aos nossos planos.

— Aden, você não é assim. – Disse Alex.

— Quem você pensa que é para achar quem eu sou ou deixo de ser.

— Um robô nunca diria isso. – Sussurrou Uric.

— O que você acha que ele tem? Acha que não é ele – Perguntou Foster.

— Sem dúvidas é ele. O sistema de interface dele estava com problemas desde a primeira vez que o remontei depois daquela batalha, lembra? Se eu estiver certo, eles reconfiguraram o sistema operacional, porém a interface é única e não poderia ser desmontada ou alterada.

— Como podemos ter certeza? – Perguntou Claire.

— Eu já tenho certeza.

— Ok, mas o que isso significa?

— Significa que quando eu criei a interface, deixei alguns espaços virtuais, não muitos, para armazenamento de dados de emergência. Há uma maneira de trazê-lo de volta, mas eu teria que acessar manualmente o sistema dele e reconfigurar o sistema operacional para fazer com que ele retorne ao que era antes.

— Algum plano para sairmos daqui? – Perguntou Raysha.

Ian olhou para Tama e, vendo a sombra do cão passando pela barreira cinética, falou:

— Sombras não são físicas. Tama, preciso que passe pelo escudo e procure uma maneira de desativar as armas, deve ter algum botão, fareje. Vai!

O cão correu e, utilizando seu controle umbracinético, passou pelo escudo cinético. Os rifles então miraram nele e atiraram contra o cão. Ian lançou cristais contra os rifles, danificando-os e impossibilitando que os mesmos atirassem. Tama farejou até que achou um botão que desativou o escudo, mas logo foi pego por um soldado que ativou uma esfera que o prendeu. Ao ver Tama sendo pego, Ian correu até ele, porém teve uma corrente elétrica lançada contra seu pé a partir de um pequeno compartimento do qual foi puxado para cima.

— Ian! – Exclamou Claire indo atrás dele.

— Foster, Uric, vão com ela. André e Raysha ajudem os soldados. Rosie vem comigo. – Disse Alex.

Os jovens se separaram, Alex e Rosie tomaram o corredor à sua direita, Foster, Claire e Uric corriam desviando-se das correntes enquanto procuravam uma maneira de ajudar Ian e André e Raysha lutavam juntamente com os soldados contra a horda de inimigos que pareciam intermináveis.

— O que vamos fazer? – Perguntou Rosie.

— Aden está vivo... Bem, não necessariamente vivo porque ele é um robô, mas...

— Alex!

— Desculpe. Eu quero dizer é que se ele está vivo, Luna também pode estar.

— Alex, Luna estava quase inconsciente quando Aden ativou o sistema. Não tem como ela ter sobrevivido.

— E como o Aden sobreviveu?

— Ele é um robô, metal é mais forte que carne e ossos.

De repente Alex foi lançado contra a parede. Rosie, assustada, ficou invisível, porém não adiantou, pois a jovem foi arremessada contra um painel, em seguida os dois foram içados pelo ar.

— O que é isso? – Perguntou Alex, debatendo-se.

— Eu não sei.

De repente, uma mão cinza estendida surgiu no fim do corredor, até que foi revelado que se tratava de uma mulher alienígena que parecia controlar os jovens por telecinese. Ela se aproximava cada vez mais dos dois enquanto falava uma língua desconhecida. Ela então usou uma espécie de argola elétrica que prendeu os dois e facilitou que fossem carregados, pois, a cada movimento brusco, uma corrente elétrica era liberada inibindo a ação deles.

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Raysha e André lutavam bravamente contra as hordas intermináveis de inimigos até que foram encurralados, Raysha, temendo entrar em seu modo animalesco e o que isso poderia causar, ela decidiu se entregar, assim, todos foram capturados.

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Foster esfaqueava um dos guardas enquanto Uric usava um machado de lenhador que fizera na floresta para cortar alguns outros e Claire incendiava os rifles que surgiam nas paredes. Ao chegarem a outro corredor, os jovens pararam ao se deparar com um robô que lhes apontava o braço.

— Parem ou terei de usar a força. – Disse o robô com uma voz conhecida.

— Aden, por favor, tem que se lembrar da gen... – Disse Uric.

— Pouco me interessa quem são vocês. Agora, parados!

Claire soltou uma nuvem de vapor na frente do robô que usou sua visão de calor para localizar os jovens, porém foi ludibriado, pois Claire fez uma espécie de boneco de fogo para enganá-lo enquanto deslizou entre as pernas de Aden. Uric usou seu machado para arrancar os braços robóticos de Aden e em seguida retirou a placa que protegia seu sistema de interface e sistema operacional.

— Merda! Está protegido. – Disse Uric.

— E o que a gente faz? – Perguntou Claire.

— Precisamos superaquecê-lo. Claire, preciso de um calor superior a dois mil graus Celsius.

— Eu... Eu não sei se consigo.

— Você tem que... Ah!

De repente Uric teve seu abdômen transpassado pela espada do mesmo robô que anteriormente controlou Aden tecnopaticamente na nave que foi destruída.

— Não! – Gritou Foster partindo para cima do robô que transformou seu braço numa corrente e, prendendo o pé da jovem a lançou contra Claire. Ambas, ao caírem, foram capturadas pela mesma corrente elétrica que pegou Ian.

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Os olhos de Alex abriam-se lentamente, até que ao deparar-se na situação em que estava, tanto ele quanto seus companheiros, começou a se debater. Ao ver que era inútil, o jovem observou o lugar. Era um lugar largo, como um depósito, ao olhar para seu lado, seus amigos, assim como ele, estavam presos em espécies de cápsulas circulares que iam desde o chão até o teto. O vidro das cápsulas era eletrificado a cada centímetro em que se movia.

De repente, os olhos de Alex se arregalaram ao fitarem em algo que fez seu coração disparar e seu corpo tremer. Seus olhos pareciam andar sobre cada milímetro do corpo daquela que era colocada em uma cápsula parecida com a sua. O sentimento de surpresa deu lugar à fúria que fez com que ele se jogasse contra o vidro sendo eletrocutado e caindo em seguida, fraco. Isso chamou a atenção de uma alienígena que observava os soldados selando a cápsula. Ela se aproximou da cápsula e disse:

— Olá, humano!

— Solta ela, agora. – Disse Alex colocando-se de pé.

— De quem está falando? Ah sim... Da humana na cápsula. Já não precisamos dela, mas não se preocupe, ela não está morta, ainda... Pelo menos ela foi útil em nossa experiência.

— O quê? Experiência? Que experiência?

— Remoção do Pagpa. – Disse um dos seres invasores andando até o jovem – Vocês, raça imunda, tiraram algo de nossa criação. Vocês, com sua ignorância e petulância vem há perijins destruindo algo que lhes foi dado por pura misericórdia: a vida. Nós criamos vocês, nós criamos tudo e tomaremos de volta o que é nosso.

— E para que precisam do Pagpa? – Perguntou Rosie, despertada.

— O Pagpa é a essência do poder, da força, da dominação. É lastimável ver que nossa pedra mais importante caiu nas mãos de insetos roedores, mas isso não importa agora, nós a temos de volta. Vamos criar um novo mundo, um mundo limpo dessa raça patética. Preato e a Terra serão um só planeta e com o Pagpa em mãos governaremos e iremos prosseguir em explorar mais e mais galáxias.

— Por que não podem deixar a gente em paz e procurar outras galáxias, sei lá, umas bem legais?! – Perguntou Foster – Se somos tão ruins assim, por que ainda perdem tempo com a gente?

— O sangue de vocês irá alimentar nossa nova morada. Vagamos por ultrajins através de galáxias e planetas longínquos assim que descobrimos que o Pagpa havia sido perdido. Ao chegarmos em Preato e descobrirmos que o Rei havia morrido pelas mãos de humanos sujos, decidimos agir.

— Espera, deixa eu ver se entendi. – Falou Alex – Vocês criaram Preato que, através das pedras e de tudo mais deu origem à Terra. Então, nós matamos o Rei que havia escravizado alguns de nós se mostrando uma ameaça ao nosso planeta. Daí vocês descobrem que ele estava morto e querem vir atrás de nós. Para uma espécie evoluída, isso me parece um plano bem idiota.

— Controle sua língua imunda antes que eu a controle por você. – Disse o invasor – Durante perijins seu planeta danificou tudo que havia de perfeito em Preato, reduzindo-o a criaturas horrendas e um lugar perigoso. Tudo que era belo foi desfeito pela ignorância de vocês que mesmo em posse de Nymphylus não tiveram discernimento para utilizar o conhecimento sagrado de maneira sábia. A sua raça é uma doença, uma praga que se instalou como sanguessuga a nossa criação e estamos aqui para exterminá-la e transformá-la em nosso novo lar. Preato, a nossa criação prevalecerá e vocês sucumbirão às cinzas.

— Vai sonhando, filho da puta.

— Isso não é um sonho, é real. Tudo que precisávamos era de uma maneira de chegarmos até seu planeta sujo, e agora... – Disse ele estalando os dedos, chamando Aden que carregava o portal – Nós temos o que precisamos. Vocês nos deram tudo, o portal, o ativador, os escravos de sua raça e agora temos o Pagpa.

Alex fixou os olhos na cápsula a metros a sua frente enquanto dela, a mulher levantava-se lentamente enquanto Alex acompanhava seus movimentos. Ela então, ao vê-lo, tomou-se de um grande emoção e começou a chorar.

— A-Alex... – Disse ela.

— Luna, você... Como você... – Tentava dizer o jovem enquanto todos olhavam emocionados.

— Rosie!

— Luna! Ai meu Deus! – Disse a jovem colocando a mão em sua boca e chorando de emoção – A gente vai te tirar daí, fica tranqüila.

— Eles... Eles tiraram meus poderes.

— O quê? – Disse Foster.

— E logo serão vocês. – Disse o alienígena – Preparem a câmara de remoção, chamem os soldados e os coloquem nas câmaras de transferência.

Aden desconectou a parte superior das cápsulas de contenção e, por um sistema automatizado, as mesmas foram levadas até um local onde as cápsulas foram deitadas e um tubo foi conectado na parte superior.

— Alex, o que a gente faz? – Perguntou Ian, também preso.

— Alex, se eles tirarem nossos poderes, já era. – Comentou Foster.

— Eu... Eu não sei... – Disse Alex.

— Pensa Alex, você precisa pensar. – Falou André.

De repente, a mulher alienígena voltou após olhar uma informação no monitor.

— Senhor, esses aqui não têm o Pagpa. – Falou ela referindo-se a André, Ian e Raysha.

— Pode desconectá-los, mas mantenha-os presos às cápsulas para que não saiam, não sabemos a origem do poder deles.

— Aqui consta que aquela ali é daqui de Preato mesmo.

— O quê? Mas como ela pode ser daqui se ela fala a língua deles?

— Eu não sei, senhor. Esse dois, eu nunca vi nada igual... Principalmente esse albino.

— Qual o seu nome?

— Não importa para você. – Disse André.

— E qual o seu no...

— Senhor, veja. – Disse a mulher mostrando algo numa espécie de tablet – Esse aqui tem algo em seu sangue.

— O que é?

— Segundo as leituras é um dos líquidos T-22.

O invasor parou por um instante, abismado.

— T-22? Não, não pode ser. É ele!

— Ele quem?

— Há alguns perijins, invadimos um planeta e capturamos vários seres desse planeta, crianças. Fizemos experiências nelas para testar a capacidade dessa espécie de resistir à dor. Os resultados foram um fracasso, milhares morreram... Mas ele... Ele sobreviveu. – Disse o homem apontando para Ian.

— Espera aí, quer dizer que vocês me transformaram no que eu sou hoje? – Perguntou Ian, enfurecido – Vocês me transformaram no escravo da dor por simples diversão?

— Você foi uma de nossas obras-primas perdidas, mas, finalmente te achamos.

— Vão se danar! – Disse Ian se contorcendo.

— Logo logo você terá utilidade para nós. Hitier, leve-o para a Jixis-9. Quero que tirem todo o sangue dele. O poder que ele deve carregar deve ser explorado.

Ian foi levado para fora da sala.

— Enquanto aos demais? – Perguntou Hitier, a alien.

— Inicie o processo de extração dos humanos e mate os outros. Não podemos correr riscos.

Os invasores saíram da sala.

— Alex... – Disse Raysha.

— Eu não devia ter te trazido aqui. – Disse o capitão.

— Alex, me perdoa por não poder ajudar. – Disse Luna.

— Não é sua culpa, eu... Eu fico feliz que esteja viva.

Luna sorriu timidamente, abaixando a cabeça em seguida.

— É assim? – Falou Foster – Nós viemos da Terra para esse planeta fudido só para morrermos dessa maneira ridícula?

— O que nós vamos fazer, gênio? – Perguntou Rosie.

— Tem que ter uma maneira de sairmos daqui. Não é só nossa vida que depende disso, se tudo der errado, quem vai pagar é o pai da Luna, quem vai pagar é aquele bebê remelento que está na casa de uma mãe que luta para dar o melhor para seus filhos. Nós não viemos para cá para fracassar. Eu queria uma morte gloriosa e não ridícula desse jeito. Alex, Luna e Rosie, não sei o que vocês passaram aqui nesse planeta e não me interessa porque eu sempre estive pouco me fodendo para vocês três, mas sei que vocês salvaram a Terra de um ataque que parecia impossível de se vencer e creio eu que não foi apenas na força, mas sim na inteligência. Ouvi falar muito no Neo, não o conheci, mas pelo que eu ouvi dele, era a pessoa mais inteligente que nós três. Luna, você o amava, certo? Então, pense: o que Neo faria agora?

Luna olhou para Alex que retribuiu o olhar, assim como Rosie.

— Neo mantinha os olhos sempre atentos, ele analisava a situação, fechava os olhos e pensava em uma loucura, mesmo diante dos riscos ele mantinha tudo sobre controle. – Disse Alex.

— Neo, era doido. – Disse Rosie – Mas... Era o melhor doido que eu conheci. Todas as vezes que ele planejou um ataque, ou que ele nos salvou em emergências, ele parecia ignorar os riscos e partir para o ataque combinando seus poderes de uma maneira surpreendente. Ele conseguia me fazer se sentir inútil.

— Ele... Ele sempre me protegeu, não importava o que acontecesse. – Falou Luna – Seu jeito maluco e protetor, sua genialidade, era algo sem igual. Só queria ser como ele, ser louco e insano e... – Nesse momento, Alex teve uma ideia.

— Luna, eu te amo. – Disse o jovem capitão – Raysha, lembra do que aconteceu na floresta naquela vez? Você entrou em frenesi completo, não foi?

— Sim, mas... – Concordou Raysha.

— Preciso que faça isso de novo.

— Alex, isso não é algo que se ativa e desativa. É necessário um catalisador.

— Raysha, olhe para mim. Você vai morrer, nós vamos morrer e seu povo também. Eu quero que pense no seu pai e em todo seu povo agora. Eles serão dizimados e aniquilados enquanto seu pai irá chorar pelo seu corpo sem vida jogada no meio do monte de terra que é só isso que restará se as coisas derem errado. Será que você será uma completa inútil como sempre foi?

— Eu não sou inútil.

— Você é inútil, acha mesmo que eu gostei de você? Você é uma menina da selva, uma selvagem burra e irracional. Sua raça merece a morte. Olha para você, você nem sequer é capaz de salvar a si mesma e ainda acha que é digna de ser sacerdotisa? Você é um fracasso. Cada gota do sangue imundo do seu povo irá ser derramado porque você não foi capaz de se livrar de seus inimigos. Imagina só a tristeza de seu pai ao saber que irá morrer assim como seus amigos por conta da sua incapacidade.

Os olhos de Raysha tornavam-se brancos a medida que Alex falava. A jovem avançou contra o vidro, ignorando completamente a eletricidade. Ela transformou-se numa criatura preatoniana de aspecto não definido, absorvendo a eletricidade e desferindo golpes contra o vidro resistente. Ela golpeava o vidro com uma força nunca antes vista até que o vidro começou a rachar. A bestial continuava sem parar a socar o vidro. Foi quando Raysha afastou-se um pouco e, concentrando toda sua força destruiu o vidro e partiu para cima da cápsula de Alex. A jovem bestial arrancou a cápsula de sua estrutura que conectava a eletricidade e lançava contra o chão repetidas vezes como se Alex nem estivesse ali. As unhas delas se tornaram como garras e a jovem começou a arranhar o vidro até que suas garras transpassaram a proteção, permitindo que Alex socasse o vidro também. Ao abrir um espaço considerável, Raysha o pegou pela cola da camisa e o jogou contra a cápsula de Luna.

Os dois começaram a lutar. Alex defendia-se dos ataques enquanto tentava acalmá-la, até que ele se lembrou da música que ela cantarolava e começou a cantarolar para ela. Raysha começou a se acalmar e logo e o frenesi passou.

— Alex... Eu...

— Você fez um bom trabalho. – Disse Alex beijando-a em seguida – Agora vem, vamos tirá-los daqui.

Os dois desconectaram os tubos que conectavam as cápsulas e, ambos usando suas forças descomunais, socaram o vidro até o mesmo se romper, tirando assim todos os jovens. Luna abraçou Alex que retribuiu o abraço.

— Pensei que você... Como você sobreviveu? – Perguntou o capitão.

— Não é hora para isso. – Disse Luna – Rápido, vamos.

Nesse momento Aden apareceu na porta e lançou uma rajada sônica que arremessou Alex contra a parede. Foster tentou atacá-lo, mas foi repelida com um soco vindo do robô. Luna ficou exposta e quase foi atingida por um tiro, porém Raysha se pôs na frente e recebeu o tiro por ela. André usou seu Amorphous para transformar a marca em seu pescoço um escudo que lançou contra o robô. O escudo o atingiu e fixou-se no peito do mesmo, André então inverteu a gravidade do escudo, deixando-o pesado, prendendo Aden no local.

Claire aproveitou o momento para ir até o local que Uric havia lhe dito.

— Certo Claire... É agora.

A jovem lançou chamas contra o local esquentando a interface de Aden. Enfraquecida, a jovem caiu de joelhos, porém continuou incendiando o local sem parar até que, exausta, prostrou-se. Luna foi ajudá-la, porém Aden levantou sua cabeça e tirou o escudo de sua estrutura. Ele pegou Luna pelo pescoço e olhou para a jovem por alguns segundos. Alex voou até ele pensando que ele faria algum mal a sua amiga, mas Rosie o segurou e mandou-o olhar.

Aden olhava para Luna até que ele a soltou e olhou para Alex e disse:

— Senhor...

Eles então correram até Aden e o abraçaram.

— Por que estão envolvendo seus braços em minhas estruturas? – Perguntou o robô.

— Isso é abraço, Aden. – Respondeu Claire.

— Abraço... Eu gostei.

— Gente, estamos abraçando um robô. – Disse Luna.

Todos os soltaram imediatamente.

— Aden, precisa nos mostrar onde está o Ian. – Disse Claire.

— Ian foi levado para uma câmara a alguns corredores daqui. – Respondeu Aden.

— Leve a gente até lá. – Ordenou Alex.

Os jovens passaram pelo corredor, porém Alex e Foster foram puxados telecineticamente por Hitier.

— Vão, vão! Peguem o Ian! – Gritou Alex – Claire, me incendeia!

Claire fez surgir fogo abaixo de Alex. O capitão virou-se dorsalmente e arremessou uma estalagmite contra ela que desviou. Atrás da invasora, três robôs apareceram e, com seus braços atiraram balas elétricas contra os jovens que foram protegidos por um iglu feito por Alex. Hitier pulou sobre o iglu e lançou uma rajada de energia, destruindo-o, percebendo em seguida que ambos haviam escapado, pois Alex havia feito um buraco no chão para que ele e Foster escapassem. Aden, percebendo pela leitura de calor que eles estavam perdidos, mudou a coloração dos LEDs que iluminavam as paredes, fazendo setas para os jovens que correram em uma rota alternativa e o alcançaram.

Ao passarem pela porta aberta por Aden, os jovens se depararam com Ian numa câmara com vários cabos conectados ao seu braço, retirando seu sangue. Eles correram até ele e Ian desconectou, por tecnopatia, a cápsula que o prendia diagonalmente à parede, derrubando o jovem diretamente ao chão.

Claire correu até ele. Ian estava fraco, pois perdera muito sangue.

— Ian, Ian, fala comigo, por favor. – Disse a agente sendo seguida pelos demais.

— Eles... Eles tiraram meu sangue. – Falou Ian, tentando ficar acordado – Tama... Onde... Onde está ele?

— Nós vamos achá-lo, mas fica acordado, por favor. Rosie, você é enfermeira, o que devemos fazer? Rápido.

— Ele perdeu muito sangue. Ou recuperamos o sangue dele ou esperamos, não há o que fazer. – Disse Rosie.

— Droga! Ian, fica com a gente, vai dar tudo certo.

— Homem de lata, o que eles querem com o sangue dele? – Perguntou André.

— O sangue dele contém o líquido T-22, esse líquido é compo...

— Aden, vamos direto ao que interessa. – Disse Alex – Para que retiraram o sangue dele?

— Os invasores irão filtrar o sangue dele para obterem apenas o líquido para abastecer seu exército.

— Para que robôs precisam de líquido? – Perguntou Luna.

— O T-22 não será usado em robôs, mas sim nos prisioneiros de outras raças e demônios.

— Demônios? – Perguntou André.

— Espera, prisioneiros de outras raças? – Perguntou Raysha.

— Eles estiveram em vários planetas dominando-os e obtendo prisioneiros para serem usados como experiência. O T-22 mostrou-se eficaz, porém a fórmula original havia sido perdida. Com o líquido retirado de Ian agora eles podem ter quantidade suficiente para alimentar as raças que descansam em cápsulas. O poder deles será derivado da combinação dos seus genes com os compostos do líquido.

— Quer dizer então que eles planejam invadir a Terra com um exército estuprante e cada um com um poder diferente? – Perguntou Luna – Isso... Isso é...

— Loucura?! Sim. – Respondeu Foster – E os humanos que resgatamos? Também serão usados?

— Não. O T-22 puro é nocivo aos humanos. – Respondeu Aden.

— Galera, temos que sair daqui. – Disse Claire tomando Ian no colo e dando para Aden cuidar.

— Vamos achar o Tama. – Disse Raysha.

— Para quê? – Perguntou Foster – Só porque é o cão dele?

— Não, é porque ele pode usar as sombras para nos proteger. E ele pode ser útil em limpar o caminho até acharmos o lugar onde estão usando o sangue do Ian.

— Ela está certa, Luna não pode mais usar os escudos cinéticos e aquela puta arrombada está com os poderes dela agora. – Disse Alex.

— Senhor, devo informar-lhe que ela não presta serviços sexuais em tro...

— Aden, calado.

— Deixa ele falar, já estava com saudade disso. – Disse Foster, dando um sorriso para Aden.

Os jovens saíram pela porta, porém, à direta, estavam robôs que logo atiraram neles, porém foram protegidos por Aden, que ficou de costas para os robôs e criou uma parede eletromagnética que puxou os robôs para ela como um imã e, desferindo choques de alta voltagem, os inutilizou.

— Boa Aden. – Disse Alex – Agora nos leve até o cão.

Os jovens então correram, sendo guiados por Aden até o local onde supostamente estava Tama, porém, foram surpreendidos ao chegarem lá.


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam? Espero que tenham gostado. Deixe seu comentário de praxe e nos vemos na próxima, até mais!
BEIJOS DO THE!



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