20 Primaveras escrita por Thayná Soares


Capítulo 11
Você prefere o orgulho ou o amor?


Notas iniciais do capítulo

Oi minha gente! Como estão?
Nem sei mais o que fazer com essa Rebecca viu? hahaahha
Vamos a mais um capítulo?



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Parece que fiquei 1 semana abraçada com ele. Ali estava tão bom que eu nem vi a hora passando e nem me preocupei se ela passava rápido demais. Saí dos braços do Guilherme, me afastando o mais devagar possível, abaixei a cabeça, ele pegou no meu queixo levantando o meu rosto e me fazendo olhar para ele.

Ele era lindo demais e eu poderia ficar olhando para ele pra sempre.

—Gui, posso te perguntar uma coisa? – questionei e ele assentiu – Por que está nesse hotel?- perguntei e torci para escutar o que eu queria.

— Preferi ficar hospedado aqui enquanto te procurava. – sorriu- Tive medo de não te achar ou se eu te encontrasse você não quisesse falar comigo, aí eu não teria todo o problema de ter que me mudar novamente – brincou.

— Mas... você vai ficar? – perguntei e ele sorriu pra mim.

— Eu acho que sim – disse.

Guilherme me deu um beijo na bochecha e eu senti que meu estômago fazia uma festa. Ele iria ficar, eu realmente me senti muito feliz por saber que ele não iria embora novamente.

— Como vai ser agora? – perguntou Guilherme.

Eu o olhei de uma forma diferente, um tanto desesperada porque essa pergunta havia me pego de surpresa, eu não sabia como seria ou melhor eu sabia que não seria.

—Não vai ser, Gui- disse e ele se afastou um pouco.

— Como assim?- questionou.

—A gente não vai dar certo – disse fazendo um movimento com as mãos indicando nós dois.

— Mas como você pode ter certeza disso?- perguntou se levantando do sofá.

— É contra o que eu sempre afirmei pra mim mesma – comecei a dizer e ele ficou me olhando sem entender nada.

—Sempre tive a ideia formada de que se algum dia namorasse e tivesse um fim, eu nunca daria uma segunda chance para esse relacionamento. Se já deu errado na primeira tentativa porque na segunda, terceira daria certo? – completei.

Guilherme riu sarcasticamente e permaneceu me olhando.

— Você não pode estar falando a verdade.- disse sentando no sofá novamente – Você disse que ainda me ama, por que não podemos tentar de novo?- perguntou segurando minhas mãos.

— Porque eu não quero arriscar e sofrer de novo. Já estamos separados então que continuemos assim, somos muito diferentes e como você mesmo disse: “ se são opostos demais acabam se machucando”. E eu não quero me machucar novamente – expliquei.

— Então por que me perguntou se eu ficaria? Se você acabou de me dar todos os motivos do mundo para ir embora? – perguntou nervoso.

— Você pode ficar, mas eu... eu... agora eu queria amizade com você Guilherme, não quero que vá, quero você por perto – falei para ele que me olhou com desprezo.

— Você quer brincar comigo é isso? – perguntou e arqueou a sobrancelha, rindo de lado.

Essa pergunta dele me deixou com raiva, muita raiva, e eu queria mandar ele ir pro inferno com essa ironia toda, esse garoto sabe que eu não seria capaz disso, não sei porque banca o idiota e fica fazendo essas coisas. Quer saber, talvez seja melhor ele longe mesmo, bem longe de preferência do outro lado do oceano.

— Olha aqui, eu não vou ficar aguentando suas gracinhas e insultos – comecei a falar já de pé e com as mãos na cintura. –

Se quer ir, então vá, aproveita e fecha essa conta do hotel e some, desaparece... eu não preciso de você – disse segurando a vontade de chorar e percebendo que a última coisa que disse foi a mais falsa de todas.

Guilherme limpou a lágrima que caiu, foi em direção a porta e a abriu.

— Pode deixar senhora, vou fazer o que quer – disse sem me olhar.

Eu fiquei o encarando sem reação. A sua atitude me surpreendeu,eu imaginei que ele fosse sei lá, me pedir pra ficar e dizer que sabia bem que essa não era a minha vontade, que me abraçaria e calaria todas as possíveis asneiras que eu fosse dizer, com um beijo.

Ele não seguiu o roteiro, e eu não daria o braço a torcer. Que ele vá então, de uma vez, sem despedidas.

Parei em sua frente e fiquei olhando seus traços, ele expressava raiva e tinha o maxilar pressionado, sinal de que o ódio que ele sentia de mim não era pouco. Eu era bem mais baixa que ele, me senti uma formiguinha diante do elefante, por isso preferi não dizer mais nada, só saí.

Nos meus primeiros passos em direção ao elevador escutei a porta do quarto do Guilherme ser fechada com força, me virei assustada e vi que ele não estava nem um pouco bem. Tive a intenção de voltar, bater naquela porta e pedir que ele ignorasse o que eu havia dito que não tinha nem um pingo de verdade na parte que eu disse que não precisava dele.

Mas meu orgulho era muito e em hipótese alguma assumiria isso. Entrei no elevador e pus a chorar. Parecia que espremiam o meu coração e o choro era daqueles de soluçar, só de imaginar que ele iria embora novamente eu já sentia saudades antecipadas.

Vi que estava chegando no térreo e limpei as lágrimas, o elevador se abriu e eu saí. Lê estava sentada conversando um homem com roupas sociais, bem bonito, deve ser que ela está vendo se ele sim serve para casar.

Me aproximei dela, toquei em seu ombro, pedi desculpas por estar interrompendo e falei que já estava indo embora e que poderia ficar conversando. Ela olhou meu rosto e viu que eu havia chorado, nessa mesma hora se despediu do homem com quem ela conversava e me disse que iria comigo.

Eu me despedi do Roberto, esse era o nome do cara com quem Letícia falava e fomos embora. Pedimos um táxi, entramos, seguimos corrida e eu não disse uma palavra sequer, nem Lê perguntava alguma coisa. Ela viu que eu não estava bem e respeitou meu silêncio, esperaria até chegarmos no apartamento para podermos conversar.

Minha cabeça revirara cada momento que havia se passado. Chegamos em casa e Letícia foi quem pagou a corrida dessa vez, eu estava aérea demais para perceber as coisas, saí do taxi e fomos pro meu apartamento.

Assim que eu abri a porta em automático comecei a chorar, Letícia nessa hora me abraçou e me deixou chorar em seu ombro, chorei como nunca e nem imaginei que pudesse chorar tanto, dizia repetidas vezes para ela que nunca daria certo Guilherme e eu, que foi um erro do destino fazer nós dois nos apaixonarmos.

Depois de chorar bastante, soluçar e lamentar, levantei a cabeça, puxei Letícia pela mão, sentamos no sofá e contei para ela tudo que havia acontecido.

A cada palavra que eu dizia ela fazia caretas referentes as situações, mas a pior de todas foi a que ela fez quando eu disse:

“ Eu não preciso de você”.

— Você é trouxa? - perguntou carinhosamente depois de escutar as besteiras que eu disse – Como pode alguém ser tão burra assim? – continuou os elogios.

— Letícia me entenda... – fui interrompida.

— Entender nada Rebecca! – começou – Entender que você prefere sofrer do que engolir o orgulho? O que você acha que está fazendo, bancando a que não sente só está sofrendo. A torcida do Brasil inteira sabe que você ama o Guilherme. – disse perdendo as estribeiras comigo.

— E que coisa, agora ele também sabe e ao invés de você aproveitar a chance que a vida está te dando de viver esse amor que mais parece de novela, você joga tudo pro alto. Eu estou com uma enorme vontade de te xingar, mas eu não vou fazer isso. Você não precisa disso, você precisa é que eu te dê coragem e te faça entender que ele vai embora e sabendo como ele é, ele não vai voltar- finalizou e eu senti o maior medo da minha vida, prestes a se tornar realidade.

E dessa vez eu não poderia o culpar por estar me deixando pra trás...


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Notas finais do capítulo

E a vontade de dar um chá de semancol pra Rebecca hein? Hahaha
Não vá embora sem deixar sua opinião aí, por favor!
Mil beijos!



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